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Ana | @anacarolinafl 09/03/2018

Resenha de Sherlock Holmes
Sir Arthur Conan Doyle, nomeado cavalheiro devido a sua participação como cirurgião na Guerra Boer, foi um médico e um grande escritor britânico. É conhecido por muitos como o autor dos contos do famoso personagem Sherlock Holmes. Durante a sua espera por pacientes, no ano de 1882, ele escrevia as suas histórias. Antes de Sherlock ganhar total destaque, o personagem apareceu em dois romances, foram eles: Um Estudo em Vermelho (A Study in Scarlet) e o Signo dos Quatro (The Sign of the Four), publicados respectivamente em 1887 e 1890.

Os contos de Sherlock Holmes escritos por Conan Doyle foram publicados pela revista mensal The Strand em julho de 1891 com Um Escândalo na Boêmia (A Scandal in Bohemia). Logo de início o editor da The Strand, H. Greenhough Smith os adorou. São esses 12 contos iniciais que estão presentes no livro As Aventuras de Sherlock Holmes (The Adventures of Sherlock Holmes).

O querido Holmes não foi o primeiro detetive fictício, que na verdade foi C. Auguste Dupin, cujo o criador foi Edgar Allan Poe. Contudo, Sherlock ganhou uma fama muito maior por trazer um detetive totalmente único. Um detetive cuja a inteligência era imensa devido aos seus estudos pela criminologia e sua facilidade de captar o que os outros não conseguiam de imediato. Apesar de fictício, ele possui traços humanos e seus casos se aproximavam mais à realidade. Ele se interessa por casos em que a polícia já deixou de lado ou até mesmo vai contra a opinião final da polícia, como aconteceu no caso do Nobre Solteirão (The Noble Bachelor). Ele se mostra como um homem que também pode falhar como acontece em dois dos 12 contos. Em As Aventuras de Sherlock Holmes não se dá detalhes sobre a vida pessoal do personagem, só que ele era um usurário de drogas, como por exemplo, de cocaína.

Watson, grande amigo de Sherlock, é um médico que nas horas vagas acompanha o detetive em suas aventuras. Todos os 12 contos são narrados por ele, sempre elogiando e se mostrando surpreso com a capacidade de dedução do seu amigo. Apesar de ele só observar o detetive em ação, é um personagem de extrema importância na medida que Holmes explica como chegou àquela dedução, ajudando o leitor a compreender os finais dos casos. A medida que Watson aprende com o Sherlock, o leitor também aprende seus métodos.

Não se pode negar que As Aventuras de Sherlock Holmes desperta interesse e curiosidade. Junto à Watson, o leitor embarca no caso e precisa descobrir até onde vai dar. Os melhores contos foram Um Caso de Identidade (A Case of Identity), O Mistério do Vale Boscombe (The Boscombe Valley Mystery), As Cinco Sementes Laranjas (The Five Orange Pips), A Bandana Malhada (The Speckled Band), O Polegar do Engenheiro (The Engineer's Thumb), A Coroa de Berilos (The Beryl Coronet) e As Faias Acobreadas (The Copper Beeches). Os demais foram mais ou menos, mas ainda sim bons. De início podem parecer casos muito normais, ainda mais se o leitor assistiu aos dois filmes baseados nas obras de Conan Doyle; ambos os filmes tornaram tudo muito fora do possível e surreal, o que pela leitura você percebe como se diferem. É uma leitura essencial e clássica.

site: https://submundoliterario.wordpress.com/2018/03/09/as-aventuras-de-sherlock-holmes/