Resenhas - One Day

Ende 17/07/2011

Um livro cheio de Edimburgo e vida
Há muitas coisas com as quais me identifiquei no "One Day", em especial com os cenários. A cidade de Edimburgo, onde estive ano passado, é um dos pontos altos do romance, e assim como ela já seria cenário de meu próximo livro, Nicholls também a escolheu pra seu.

Resolvi ler a versão original por três motivos: primeiro porque acho que a original, se puder ser entendida em sua língua, é mais pura que a traduzida (por melhor que o seja, será a mesma história contada de outro modo - aguá de coco de caixinha). Segundo para não estimular o já opressivo mercado de livros estrangeiros traduzidos no Brasil, e terceiro para poder comparar os diálogos com os do filme, a ser lançado mês que vem. Pretendo escrever algo sobre o filme quando sair, mas uma coisa já dá pra chutar: os diálogos de Dexter (Jim Sturgess) e Emma (Anne Hathaway) estarão ainda melhores no filme. Mais redondos. O que não tira em nada seu brilho no romance.

Acho que de tudo, a sacada mais genial de David Nicholls é o fato de fracionar os capítulos sempre no dia 15 de algum ano, entre 1988 e 2007. O conceito disso é muito bom, e algo raro, acompanharmos a vida de um casal por tanto tempo. Desde sua formatura até o ocaso de suas vidas, acompanhando-o justo onde mais fazem - e mais erram e acertam: nos anos mais agitados de suas vidas.

A história é extremamente realista, e vemos dois pontos de vista bastante distintos o livro todo, com protagonistas e coadjuvantes riquíssimos. Nicholls utiliza boa parte do universo que conhece para criar duas histórias que se entrelaçam ao longo de anos de maneira incrível e deliciosa, difícil e dolorida. Como a vida real.

Impossível não me render às referências de Edimburgo, capital da Escócia, que é a cidade que os liga, por mais que quase a totalidade do livro se passe fora de lá. Difícil não imaginar que andamos pelas mesmas ruas, subimos os mesmos montes, até talvez tenhamos ficado no mesmo hotel. Ter ido a Edimburgo me fez entrar ainda mais no romance, e quem ainda não teve a maravilhosa oportunidade de conhecer a "Atenas do norte", poderá conferir nos cinemas em breve em "Um dia", os cenários incríveis de uma das mais belas cidades do planeta, permeada de histórias linda de amor. Eu fiquei noivo lá, num restaurante na esquina da North Street com a Royal Mile. E ler um livro em que a linda história de Emma e Dexter se cruza com a minha, é muito mais que tocante: é irresistível.

Fer 06/06/2011

Não existem palavras para o quão maravilhoso esse livro é; e nem mesmo para exemplificar o quanto gostei. Acho que posso dizer que é um livro que te inspira a acreditar na força do amor,em toda a magia e o sentimento em seu mais puro significado; e ao mesmo tempo, te mostra algumas realidades incontestáveis que esbarrarão conosco ao longo da vida, independentemente da nossa vontade sobre este fato.
Em e Dex serão sempre meus personagens favoritos.

Felipe 25/05/2011

Apaixonante
Meses atrás tinha ouvido falar do livro. Gostei do que ouvi a respeito, mas a memória acabou se perdendo. Daí veio o poster da adaptação cinematográfica que estréia dia 8 de julho nos Estados Unidos, pelo qual me apaixonei. E com ele veio novamente a lembrança do livro, que eu definitivamente tinha que ler antes de assistir ao filme. Estava com cinco livros começados e ainda não terminados, mas esse pulou pra frente da fila. Eu queria ler ESSE livro. Expectativas são perigosas. Mas nesse caso, felizmente, foram correspondidas.

É o terceiro romance do autor inglês David Nicholls. O livro atravessa 20 anos na vida de dois personagens, Emma e Dexter, sempre através de um dia específico do ano, 15 de julho. E contar mais que isso seria demais.

Quando o comprei ainda não havia sido lançado em português (menos de 1 mês atrás), o que acabou sendo ótimo. Eu gosto de comprar livros em português porque lá em casa todo mundo lê, mas foi muito bom ter lido no original mesmo. O texto é delicioso, o sotaque inglês (que eu amo) transborda em cada diálogo. Aliás, os diálogos são excelentes. Todo mundo que escreve costuma dizer o quão difícil é escrever diálogos (eu também acho) e Nicholls faz isso com muita habilidade. E é através desses diálogos que nos apaixonamos pelos protagonistas. O que é incrível, já que Dexter é uma figura que na vida real provavelmente me causaria antipatia. Os milagres da ficção e de um personagem bem construído! Já Emma... Ah, Emma... Essa é completamente apaixonante. Bom, pelo menos pra mim.

Dei muitas risadas com o livro, chorei, fiquei bravo, torci, me identifiquei, sonhei, não consegui parar de ler.

Pra tentar simplificar com exemplos, acredito que quem gosta dos livros do Nick Hornby, comédias românticas inglesas e dos filmes Antes do Amanhecer e Antes do Pôr-do-Sol gostará muito desse livro. Se você não tem problemas com inglês, recomendo muito que leia no original. Caso contrário, a edição em português já está disponível.