Tiago Queiroz 30/09/2020Um livro árido e excessivamente técnico A coleção à qual este livro pertence é um clássico, no entanto - ou talvez justamente por isso -, os livros têm alguns problemas:
1 - este livro foi escrito nos início dos anos 70. De lá para cá, a pesquisa historiográfica avançou muito e nenhuma das descobertas feitas após 72 consta na obra, pois a edição é única
2 - a narrativa é muito técnica e se atém basicamente a descrever quem tomava ordens e quem executava. Por exemplo, se um batalhão entra se um vilarejo russo, sofre um ataque de guerrilheiros, seu comandante é morto e os soldados em vingança executa os homens na forca e tranca as mulheres e crianças em uma igreja e as queima vivas lá dentro, o menos importante nessa história é saber saber o número do batalhão envolvido. A Segunda Guerra Mundial é um tema que desperta curiosidade devido ao tamanho do drama humano que significou e a destruição sem precedentes, além da proximidade histórica com o nosso tempo. No exemplo que citei, pouco importa para o grande público se este crime teria sido cometido pelo terceiro batalhão de caçadores ou pelo trigésimo de granadeiros. No entanto, o autor informa pouca co i da além disso.
Dessa forma, o livro é um relatório de movimentação militares. Acho que a leitura pode ser muito proveitosa para pesquisadores e para consultas sobre as estratégias elaboradas. Mas para quem deseje conhecer a Operação Barbarossa do ponto se vista do camponês que teve sua terra invadida e sua casa destruída e do soldado que passou frio e fome no inverso russo, definitivamente não é neste livro onde irá encontrar isso.