Eugênia Grandet

Eugênia Grandet Honoré de Balzac




Resenhas - Eugênia Grandet


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Michela Wakami 16/05/2024

Muito bom
Temos aqui a história de um pai extremamente sovina, que chega a ser cruel as suas atitudes, em nome do dinheiro.
A nossa personagem principal é uma das criaturas mais amável que você vai encontrar na literatura mundial.

Eu simplesmente devorei esse livro, só não dei cinco estrelas, por causa de uma frase, que me incomodou bastante.
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Roarezito 13/03/2024

? ?? ? ?
"Não se pode ao mesmo tempo ser e ter sido"
"Mal se põem os lábios num cálice e já ele vazio está!"
Misericórdia profunda
Infortúnio da fome
Puro, suave e complexo*
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Procyon 22/02/2024

Eugénie Grandet ? Resenha
?Em certas cidades da província existem casas cujo aspecto inspira melancolia igual à provocada por claustros sombrios, charnecas desoladas ou ruínas tristonhas. [?] Esses traços de melancolia existem na fisionomia de uma casa situada em Saumur.? (p. 18)

Eugénie Grandet (1833) conta a história de uma jovem provinciana, filha de um rico e avarento vinhateiro de Saumur, dividida entre a paixão por seu primo parisiense e aristocrático ? que viera à cidade por recomendação de seu pai, que comete suicídio em razão de suas dívidas ? e pelo seu destino de dar continuidade a herança do Sr. Grandet, seu pai (tanto num sentido financeiro quanto moral, pois ela se torna tão avarenta quanto o velho vinhateiro, em razão das circunstâncias e da hostilidade do meio em que vive).

Nesta obra-prima da literatura moderna, Honoré de Balzac trata do tema da avareza exacerbada, traçando tipos clássicos que perpassam toda sua obra. Eugênia é descrita como uma moça doce, inocente e reclusa, e que ignora o estado miserável em que vive com e mãe e a fortuna do pai. Balzac aqui evidencia a mentalidade da época da Restauração, retomando seu estilo altamente descritivo, minucioso e pormenorizado, tanto dos aspectos físicos do ambiente e do cotidiano quanto psicológicos. Repleta de referências históricas, a obra de Balzac traz descrições que tem uma função narrativa, não sendo, portanto, meros artifícios que visem exibicionismos. Como uma espécie de cirurgião de seu tempo, Balzac observa a época e a sociedade em que vive como um objeto de experimento científico, tamanho o rigor em trazer um ambientação sombria e melancólica (?a casa de Saumur, casa sem sol, sem calor, sempre na sombra, melancólica, é a imagem de sua vida.?, p. 193) quanto a descrição pormenorizada das tipologias de cada personagem (?ele [Grandet] nunca visitava ninguém, não convidava ninguém nem oferecia jantares; nunca fazia barulho e parecia economizar tudo, até movimentos.?, p. 27).

?Agora é fácil entender todo o significado das palavras: a casa do senhor Grandet, casa sem cor, fria, silenciosa, situada na cidade alta e protegida pelas ruínas das muralhas. [?] A porta, de carvalho maciço, castanha, ressecada, com fendas por todo lado, de aparência frágil, era solidamente sustentada pelo seu sistema de tachões que representavam desenhos simétricos. [?] Pela gradezinha, destinada ao reconhecimento dos amigos nos tempos das guerras civis, os curiosos podiam perceber, no fundo de uma abóbada escura e esverdeada, alguns degraus deteriorados pelos quais se subia para um jardim pitorescamente delimitado por paredes espessas, úmidas, cheias de limo e tufos de arbustos mirrados.? (p. 31-32)

Balzac, além de pioneiro do realismo, ainda parece ser prenunciador de fortes personagens femininas da literatura moderna, grandes e tristes mulheres que perdem a ingenuidade ao serem moldadas pela sociedade. Influenciados pelo meio em que vive, os dois jovens primos, Eugénie e Charles, são praticamente obrigados a se modelarem de acordo com as convenções sociais.

?Entre as mulheres, Eugénie Grandet será talvez um tipo, o tipo dos devotamentos que, lançados em meio às tormentas do mundo, neles se engolfam tal como uma nobre estátua que retirada da Grécia, caia no mar durante o transporte e lá fique, para sempre ignorada.? (p. 201)
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Benício 13/01/2024

Que ódio do Carlos por ter magoado a Eugénia. Que ódio da Eugénia por não se permitir amar novamente. Como o próprio autor disse: Eugénia é qualquer coisa como uma estátua da Grécia, que cai no mar e é logo esquecida.
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Paulo 04/12/2022

Assim como com outros clássicos franceses, como os de Flaubert e Stendhal, esse, que foi meu primeiro Balzac, começou cansativo pela extensa e às vezes confusa descrição pormenorizada de "tudo". Sou detalhista, e é sempre admirável a criatividade e competência de criadores artistas quando criam detalhes, mundos e conexões muito bem pensadas (nunca li ainda Tolkien, que brincam que escrevia os detalhes de uma porta em duas páginas), mas algo nessas descrições francesas cansam, certamente que o vocabulário e a linguagem formal etc. das épocas têm parte nisso.
Li o livro de início muito devagar, demorei por causa do trabalho, até que decidi começar a ler toda manhã antes do trabalho e algumas vezes no metrô quando dava (ou quando conseguia trocar as músicas excitantes que ouvia por Vivaldi, para ao mesmo tempo ouvir música no caminho e conseguir ler), porque queria ler, e precisava, amo livros e atualmente trabalho numa livraria, preciso ler. Aí foi então que, felizmente, meu prazer embalou junto com esse novo ritmo de leitura, ainda parco, acho que foi a mistura disso, de tentar ler o máximo que eu conseguia junto com o texto talvez finalmente ficando mais interessante e cativante.

Algumas coisas são meio estranhas na narrativa/escrita, não sei se é sempre minha falta de entendimento, mas às vezes coisas pareciam sair de ordem (leia-se lógica), como certa vez em que um personagem estava trancada num quarto e outro personagem estava em outro quarto e de repente esse último meio que começa a falar com o primeiro, dando a entender que não havia mais, de repente, uma distância de portas e paredes entre eles. Há também uma hilária nota de rodapé que menciona que Balzac trocou a idade de certo personagem na segunda vez que o narrador a menciona no romance, "Balzac parece ter esquecido (...)", diz a nota.
No entanto, algo observado pela editora na contracapa do livro, que também li, depois da leitura do livro, como sendo algo trivial sobre Balzac e que eu notei na leitura e que me fascinou é sua descrição psicológica dos personagens, e não apenas sobre as emoções mais extremas. Essas observações, percepções e descrições são tão além da superfície, cirúrgicas e admiráveis que me admira mais ainda pensar que na época a psicologia nem existia como ciência definida (acho).

Enfim, à princípio o romance foi para mim maçante, depois passei a ficar muito interessado e sentir prazer na leitura. Os conflitos, a escrita e a história, apesar de menos polêmicos do que "O Vermelho e o Negro" (Stendhal) e "Madame Bovary" (Gustave Flaubert), me interessaram muito mais que esses outros clássicos franceses.
Quanto à edição, a capa, como deve ser de toda essa coleção de obras primas de bolso, é ridícula num nível de se perguntar como ninguém barrou essa porcaria em algum estágio da confecção do livro. Comprei esse e outro do Balzac, mesma coleção, por 5 reais cada na Estação da Luz (SP). Mas é da Martin Claret, uma editora conhecida pelo roubo de traduções e que hoje tem belíssimas e imensas edições de clássicos.
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Giovana.Rech 13/02/2022

Incrível
Esta obra escrita por Honoré de Balzac e publicada em 1833 trata do tema avareza e me pareceu incrivelmente atual. O livro não deixou margem para dúvidas em relação à tendência dos homens em serem seduzidos por esse pecado capital. O principal exemplo é extremo: um homem e pai de família obstinado pelo acumulo de bens e que mantém a esposa, filha e única funcionária em extremas privações de confortos. Ademais, a história se passa na cidade francesa Saumur, conta alguns hábitos dos respectivos habitantes, além de decorrer sobre a cultura interiorana e religião cristã. A moral da história nos sinaliza e relembra as informações que muitas vezes já conhecemos: a sabedoria está acima da esperteza no fim das contas e é um melhor alicerce para as decisões econômicas e também para as relações afetivas.
Particularmente, eu fiquei encantada. Recomendo muito a leitura!
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Andréia 05/11/2021

Boa leitura
Esse livro pra mim foi um misto de raiva e nojo... eu tenho abominação por ganancia e gente rica metida a pobre, e as imposições e o jeito que o Sr. Grandet tratava tanto a esposa, quando a filha, quanto as demais pessoas só me fez torcer para ele ter um fim DOLOROSO e realmente pobre... porém, achei que o fim dele foi excelente demais para a pessoa nojenta e mesquinha que ele era. Enfim, apesar do meu ódio pelo personagem, o livro e o enredo dele é ótimo, faz você ver até onde as pessoas podem ir por causa do dinheiro. Recomendo a leitura.
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Kevin 17/07/2021

novo rico eh uma merda
atual e muito interessante, revela o caráter manipulador e calculista de quem só se interessa em acumular capital.

é claro que esse não é o único tema presente no livro, mas pra mim é o principal e o mais interessante.
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Tha 31/12/2020

Grandet só a Eugênia
Gosto do estilo sarcástico e bem-humorado de Balzac de contar histórias.
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Ester8 27/09/2020

Ótimo
Achei o livro muito bom,porém por ser de uma época diferente,as palavras me forma um problema.
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Francisco 18/09/2020

Um pouco cansativo de ler...
Pensei em abandonar várias vezes. Mas li por completo. A história é chata e o final pior ainda.
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