Angela Davis: An Autobiography

Angela Davis: An Autobiography Angela Davis




Resenhas - Angela Davis: An Autobiography


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Leticia.Santoss 19/11/2023

A história de uma vida dedicada à luta coletiva
Primeiro de tudo, quem é Angela Davis? Em poucas palavras, ela é uma mulher preta, ativista, professora e militante em prol das causas como igualdade racial e de gênero. Nascida no estado do Alabama, Estados Unidos, na década de 40, onde as políticas de segregação racial ainda eram vigentes (sendo criminalizadas só na década de 60) e a violência contra negros eram muito constante tanto por parte policial, quanto por membros da Klu Klux Klan.
Além de ser abertamente comunista, Angela também foi membro dos Panteras Negras. Partido que lutou ativamente contra o racismo nos EUA. Filósofa e letrada, ela foi um exemplo de luta coletiva e emancipação do povo negro.
Na década de 70, sua autobiografia foi publicada. Contando sobre sua realidade e de seu povo (meu povo) entre os anos 60 e 70. Há uma mistura de história pessoal, luta coletiva e pensamento crítico que te envolve ao longo da leitura, em especial, porque a escrita de Angela é assertiva, ácida e sarcástica nos momentos em que têm que ser.
O livro é dividido em seis partes, e começando por quando a autora entrou para a lista dos dez mais procurados pelo FBI depois da revolta de Marin County em agosto de 1970, para falar brevemente, a revolta aconteceu quando um grupo de panteras tentaram libertar os irmãos Soledad que estavam sendo usados como bode expiatório na morte de um dos guardas da prisão de Soledad, correndo o risco de receberem a pena de morte. Isso devido a convicções políticas. Muita coisa deu errado nesse dia e muita gente foi ferida e morta. De alguma forma Angela foi associada a esses acontecimentos, o que culminou em sua prisão e o julgamento que decidiria não só por sua liberdade, como também por sua vida. Também vemos muito sobre a infância até a vida adulta da autora, o cenário político do país e a perseguição que sofreu por seu posicionamento político.
Me senti tocada pela leitura em várias partes, muitos dos pensamentos e problemas apresentados na autobiografia seguem atuais, mesmo que o contexto tenha sido há quase 50 anos. Acredito que a autora deveria ser lida por todo mundo que deseja saber um pouco mais sobre a luta pela liberdade da população preta, estando no mês da consciência negra ou não.
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