O ano do pensamento mágico

O ano do pensamento mágico Joan Didion




Resenhas - O Ano do Pensamento Mágico


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Natália 01/04/2020

Relato autobiográfico de um ano marcado pela perda do marido e a internação da filha da autora. Uma tentativa de reconstrução do itinerário da perda, do instante que a pessoa querida parte, dos sinais perdidos que anunciavam a partida, é também uma recapitulação do passado e uma esperança frustrada de retorno daqueles que sabidamente não voltam. Mistura de dor, saudade, angústia, sem (muita) comiseração.
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MaPetrini 10/01/2022

Triste, mas tão delicado.
Primeiro livro que leio dela, e não consegui parar de ler até acabar. É um livro triste, que te faz pensar sobre a brevidade da vida. Ela escreve maravilhosamente bem.
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Tice 28/02/2024

O ano do pensamento mágico
Eu fiquei pensando no quanto é exatamente assim que vivemos o luto. Os próximos 365 dias sem a pessoa do nosso convívio, serão sempre um referencial para o vazio e a tristeza que se apoderam de nós.
A autora tem, nessa obra, uma escrita tão confusa quanto é o processo de luto na vida de qualquer cidadão.
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25/10/2019

Há uns anos atrás, por gostar muito de Gilmore Girls, comecei o tal do Rory Gilmore Book Challenge, e apesar de hoje em dia não ter o objetivo de concluir tal lista, gosto de continuar nesse projeto por um único motivo que é o de conhecer títulos que de outra forma eu não teria contato e nunca ficaria sabendo da existência. O Ano do Pensamento Mágico é um desses livros. Somente depois de terminar que descobri inclusive ser ganhador de um Prêmio Pulitzer.

É um livro de não-ficção na qual Joan Didion, a autora, conta sobre a sua experiência com o luto. Em 30 de Dezembro de 2003, depois de mais um dia normal, seu marido John sofre um ataque cardíaco fatal, bem na sua frente, terminando assim um relacionamento de quase quarenta anos.

Para piorar a situação, sua única filha, Quintana, está internada em estado grave depois de ser diagnosticada com choque séptico. Foi justamente logo após uma das visitas ao hospital que John acaba morrendo.

É muito interessante entrar na cabeça de uma mulher, até então, completamente racional, afirmando que não poderia doar os sapatos do marido porque ele poderia voltar. Se doasse as córneas, como ele iria enxergar? Que se não anunciasse ao mundo que ele havia morrido, haveria uma chance de ele retornar. Coisas assim, completamente absurdas, são encaradas como normais. Sinal gritante de que o luto realmente mexe com a capacidade de julgamento das pessoas, daí o título do livro.

Não consigo nem imaginar uma dor dessas, mas por incrível que pareça, como se isso tudo não fosse trágico o bastante, a autora vai sofrer mais uma perda no ano seguinte: Quintana acaba não sobrevivendo. Isso não consta no livro, porque ela já havia terminado de escrevê-lo e já estava prestes a lança-lo. Ela optou, então, por escrever um outro livro somente a respeito da perda da filha, chamado Blue Nights.

Gostei bastante desse livro. As 100 primeiras páginas são absurdamente interessantes e li essas 100 páginas numa tacada só. O problema é o restante. Eu sei que talvez seja característico do próprio processo de luto, mas ela entra num looping repetitivo de acontecimentos que acabam cansando.
Afonso74 06/02/2022minha estante
Perfeito! Terminei o livro mas da metade p frente comecei a pular capítulos? muito cansativo depois da pg 100 e não melhora até o final




Ingrid 06/09/2023

?Somos seres mortais imperfeitos, conscientes dessa mortalidade mesmo quando a negamos, traídos por nossa própria complexidade, tão incorporada que quando choramos a perda de seres amados também estamos chorando, para o bem ou para o mal, por nós mesmos. Pela perda daquilo que éramos. Do que não somos mais. Do que um dia não seremos de todo.?
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Fernando 31/03/2021

Luto
Depois de crescido nunca perdi alguém muito próximo então não sei a dor do luto. Comecei a ler pra entender essa dor e poder ajudar uma amiga que estava passando por algo na época. Lendo o livro você entende um pouco disso, e mesmo no meio quando alguns podem dizer que a autora se perdeu acho que isso apesar de ser um pouco chato para o livro é necessário, pois descreve essa fase onde podemos ficar fora de nós.
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Martha 29/01/2023

Sobre sentimentos que ninguém quer sentir.
Profundamente tocada pela história, pela escrita, pelas referencias nuas e cruas sobre o luto.
Eu enxergo a confusão, a sensação de afogamento, a solidao, a confusão metal e fisica que o luto deixa. E para alem disso, essa biografia do luto, mais que da vida, tras todas as adversidades que ela teve que passar no seu momento de luto.
É difícil escrever sobre o livro estando tbm nesse processo, mas me senti acolhida e representada durante a história. Aprendi que meus devaneios são vórtices de memorias e que eles ainda vão seguir por muito tempo, mas principalmente nesse primeiro ano. (Mas não entendi o título)
Escrita fluida que te toma e arrebata com força e não da vontade de parar de ler.
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Giovana 13/10/2020

A escrita é incrivelmente fluída, limpa. A história é muito triste.

O modo de falar e de lidar com a morte, com o processo de morrer, mais bonito que li até hoje.
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Sofia 24/08/2022

O sofrimento pela perda acaba por se revelar um lugar que nenhum de nós conhece até chegar lá.
Minha curiosidade por ler Joan Didion sempre foi muito grande porque os elogios da escrita da autora são vários. Mas eu sabia que também o que me esperava era uma literatura dolorida, principalmente desse livro.

Aqui, Joan relata como foi a sua vida, mais especificamente um ano da sua vida, quando perdeu o seu marido para um infarto. Um jantar normal, um dia normal e, de repente, a pessoa com quem dividiu toda sua vida não está mais ali.

Não bastasse vivenciar esse luto doloroso, a filha única do casal estava muito doente, inconsciente na UTI, quando isso aconteceu. E só soube do falecimento do pai meses depois.

Joan então decidiu dividir conosco como foi esse ano, o ano do pensamento mágico. Tudo que ela sentiu, viveu, pesquisou e sofreu após perder John e ter que lidar com a grave doença de Quintana.

E o que nos prende nessa história tão triste e difícil é a sua escrita maravilhosa, que nos envolve e também acolhe o coração de quem já passou pelo difícil sentimento de perder alguém.

Valeu demais a pena essa leitura, mesmo que precisando de algumas pausas. Eu quero ler tudo que ela já escreveu porque sua escrita é muito envolvente, diferente de tudo que já conheci.

Quando Joan Didion faleceu, li um post que dizia que ela finalmente estava do lado de quem amava (sua filha faleceu 1 ano e poucos meses depois do seu marido). E hoje, depois desse livro, entendo o que o post quis dizer e tenho certeza que Joan está finalmente feliz ao lado de quem mais amou.
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Bruna 13/04/2020

Intenso e único.
Experiência do luto relatada por uma das melhores jornalistas e romancistas dos EUA. O livro é intenso e a autora descreve suas emoções de uma maneira simplista e única. O livro permanece na mente por várias semanas.
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31/12/2021

?Você se senta para jantar, e a vida que você conhecia termina.?

Só vim conhecer Joan após sua morte, tendo sido esse o motivo que me levou a este livro. ?O Ano do Pensamento Mágico? é facilmente um dos melhores e mais arrasadores livros que já li. A forma que a autora aborda o luto, a perda e a superação é devastadora, sendo ainda mais triste sabendo que sua filha viria a falecer um ano depois.

?Sei por que tentamos manter vivos os mortos: tentamos mantê-los vivos para que permaneçam conosco.
Também sei que, se quisermos viver, chega um momento em que temos que nos libertar dos mortos, deixá-los ir, deixá-los mortos.
Deixar que se tornem uma fotografia em cima da mesa.
Deixar que se tornem um nome nas contas fiduciárias.
Deixar que sejam levados pela água.?
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Carol 03/02/2020

Impressões da Carol
Livro: O ano do pensamento mágico {2005}
Autora: Joan Didion {EUA, 1934-}
Tradução: Marina Vargas
Editora: Harper Collins
240p.

"As pessoas que perderam um ser amado recentemente têm um certo olhar, reconhecível talvez apenas por aqueles que viram esse mesmo olhar em seu próprio rosto. (...) As pessoas que perderam alguém se sentem desamparadas porque se consideram invisíveis." p. 82

A primeira leitura de 2020 foi este livro no qual Joan Didion narra um ano de sua vida: o ano seguinte à morte de seu marido, John Dunne, devido a um ataque cardíaco súbito. Como desgraça pouca é bobagem, o ano em que sua única filha, Quintana, teve de lidar com uma doença brutal, que começou com uma gripe, evoluiu para uma pneumonia, choque séptico e infecção generalizada.

Didion capta bem a sensação de desamparo e de irrealidade que acomete a pessoa enlutada, um vórtice de pensamentos desconexos. A todo momento, há repetições e retomadas de lembranças em seu relato. Ela descreve a morte de uma pessoa amada como ela, de fato, é: ausência, solidão, falta de sentido.

Hoje, a morte é tabu e o ato de morrer foi profissionalizado, ocorrendo em hospitais, longe dos olhos do público. Mas nem sempre foi assim. Antigamente o luto era permitido, não ocultado, a morte ocorria em casa, perto dos familiares. Lidávamos melhor com a perda, dávamos tempo para o luto. Lidávamos de maneira mais saudável com a morte.

"O ano do pensamento mágico" foi a forma que Didion encontrou para elaborar seu luto, compartilhar sua dor. É um olhar honesto e pessoal sobre o amor, sobre a perda. Um lembrete de que "a vida muda rapidamente. A vida muda em um instante. Você se senta para jantar, e a vida que você conhecia termina." p. 9
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Gabi 03/04/2022

Imersão nos pensamentos de Didion
Uma imersão nos pensamentos de Didion, após a perda de seu companheiro dois meses antes deles completarem 40 anos de casamento, o ano do pensamento mágico foi um tsunami de sentimentos.
Me lembrou Só garotos de Patti Smith que você se sente íntima da escritora que empresta seu papel pra narradora.
aqui também o sofrimento da perda te invade. poderoso demais esses livros que os escritores te fazem sentir como eles. pra mim essa é a beleza da literatura.
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Olívia Giacomin 11/02/2022

luto cru
sempre quis ler algo da didion, era quase uma meta minha, fiquei extremamente empolgada quando vi que esse título seria publicado no brasil e logo adquiri o meu, cheia de expectativas. quando comecei a leitura eu encontrei algo diferente do esperado, não melhor ou pior, só que muito diferente. eu conhecia a sinopse do livro, sabia da temática envolvendo o luto, e acho que por isso eu esperava um livro que me levaria pra esse lugar mais sensível, emocionante e não foi o que encontrei no livro da didion, seu relatos são extremamente crus e eu desenvolvi muitos pensamentos sobre isso porque no início fiquei um pouco incomodada, expectativas frustradas, afinal, eu abri o livro esperando algo mais romantizado, e ele não é assim, ainda bem. aos poucos eu entendi que faz todo sentido, esse livro traz os sentimentos e pensamentos de alguém que perdeu o marido e a filha, ela perdeu a família dela, o marido de uma maneira muito súbita, e a filha num processo muito lento, repleto de idas ao hospital, internações, melhoras e pioras, uma coisa tão dolorida, sabe?! faz sentido a gente ter esse ponto de vida mais cru do luto, em alguns momentos eu nem entendia o que a didion tava falando, e é claro que eu não entendi, eu nunca cheguei nem perto de vivenciar esse luto todo, alguns pensamentos dela se perdem, a gente acha que ela tá ficando doida ou paranóica, porque talvez ela esteja, porque faz parte do luto dela, ela até menciona isso num capítulo, e depois de entender isso minha compressão a respeito do livro mudou e meu sentimento por ele também.
não é um livro com frases bonitas e reflexões sobre a vida e as pessoas amadas, são ensaios (acho que posso chamar assim, não sei direito, mas são textos, fragmentos) escritos por uma pessoa que teve a vida que conhecia virada ao avesso, sobre toda dor que ela sentiu, sobre o amor que sentiu e ainda sente, sentirá sempre.
num geral, eu gostei desse livro, foi uma leitura bem arrastada e lenta, com muuuuitas descrições de hospitais e procedimentos médicos, isso me deu uma preguicinha, mas acho que faz parte também, não é um livro com uma temática viciante, mas tem coisa demais a agregar!!?
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Aléxia 04/09/2022

Um livro pra se voltar durante toda a vida
Eu tinha achado que esse livro não ia me fazer chorar. Mas, depois de umas cem páginas, lá estava eu chorando só de olhar pro meu namorado, e fazendo ele me prometer que vai fazer um check-up logo.
Eu tinha achado que a Joan Didion não ia me deixar obcecada nela. Até porque eu já tinha lido o tão amado Rastejando Até Belém e, mesmo tendo gostado, não tinha sido aquela coisa de emendar todos os livros. Mas, depois de passar da metade desse, lá estava eu jantando enquanto assistia entrevistas dela no YouTube.
Da série: livros que eu não imaginava que iam tomar um espaço tão grande no meu coração, O Ano do Pensamento Mágico tem algo de fascinante sobre como ela tenta ser pragmática e racional com tudo em uma situação absolutamente trágica, sendo que a própria escrita do livro é uma forma de ela lidar com o luto. Sendo que ela mesma se percebe na tentativa de ser racional ao mesmo tempo em que identifica seus próprios “momentos de loucura”.
Pra mim, a potência do relato está em como ela consegue te levar pra dentro da própria cabeça e você acreditar que ela faz sentido, mesmo sabendo que nada na situação em que ela está faz sentido. E mesmo sabendo do final, você acredita que vai dar tudo certo, e que mesmo o impossível pode acontecer. Mesmo sabendo que o marido dela morreu enquanto a filha deles estava na UTI, que a filha se recuperou, e mas logo foi internada de novo, e que “A vida muda em um instante. Você se senta para jantar, e a vida que você conhecia termina”.
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