Attraverso le Pagine 01/05/2017
O livro surgiu a partir de uma parceria entre a atriz Klara Castanho e a autora Luly Trigo, que se conheceram na Bienal do Livro Rio de 2014 quando a atriz foi pedir autografo a autora. Um ano depois, quando as duas viraram amigas, a atriz apresentou à autora alguns textos e ideias que tinha e as duas se uniram para assim escrever a obra.
Eu comecei a leitura achando que seria apenas mais um livro adolescente e que eu não ia curtir tanto, já que não é mais tão minha realidade - e em alguns casos nunca foi - mas acabei me surpreendendo e o que achei que seria meu último jovem-adulto (ou YA) acabou sendo uma boa experiência, mesmo com ressacas literárias bem recorrentes que me dificultou em engrenar na leitura.
E mesmo estando de ressaca consegui identificar a fluidez, que é notável também por seus capítulos curtos e sua boa escrita, sendo composta por assuntos importantes e as consequências deles, o que tornou um livro que todos precisam ler. Ele contém sua grande importância, mas sem deixar nada muito na cara e maçante, e ficamos com certa curiosidade do que será do futuro de Giovanna em sua vida nova em SP.
Mesmo Giovanna sendo uma pessoa com uma personalidade ótima, bem decidida e com atitude, estando segura com seu estilo e com seus pais amorosos, ela decide que quer ser aceita em um grupo que Miguel faz parte, o menino por quem ela acaba se encantando, e eles são pessoas que se diverte bebendo ao extremo, fumando, matando aula e incentivar a mentir aos pais, fazendo Nanna deixar toda a sua essência de lado para ficar com eles, o que acaba afetando seu estilo de “roqueira despojada”, que era seu maior orgulho.
Porém, como nem tudo são as flores que parecem ser, ela começa a perceber que a maioria das coisas ali é falsa, começando pela “líder do grupo”, Manuela, que vive em uma vida de luxo que qualquer um gostaria de ter, mas que é uma farsa para abafar a falta dos pais que não lhe dão atenção, nos mostrando que “julgar um livro pela capa” nos surpreende de formas negativas, como foi com a Manu, e de positivas, como foi com Henrique, o vizinho de Giovanna, que tem um estilo oposto ao seu, com um jeito mais “engomadinho”, como a própria Nanna o chama, e mesmo com esse pré-conceito que ela cria de início, eles se dão uma chance de se conhecer melhor e acabam se tornando melhores amigos.
A edição do livro está maravilhosa, desde os começos dos capítulos, a lombada e a segunda e terceira capa, tudo feito com bastante carinho por parte da editora.
(Resenha por Nessa)
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