Edgar Allan Poe: Medo Clássico

Edgar Allan Poe: Medo Clássico Edgar Allan Poe




Resenhas - Edgar Allan Poe: Medo Clássico


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Marlonbsan 27/07/2021

Medo Clássico Volume 1
Trata-se de uma coletânea de contos escritos por Edgar Allan Poe, autor clássico de horror dos anos 1800.

Esse é o segundo contato que tenho com a escrita do autor, ano passado havia lido o volume 2 das coletâneas lançadas pela Darkside. Como já conhecia, imaginava o que estava por vir, com uma escrita mais densa e um grande simbolismo. O primeiro conto, O Poço e o Pêndulo, até gostei, já que traz um sentimento de agonia e aflição que foi característico da história. A queda da casa de Usher ainda traz um ar sombrio e até interessante. E Ligeia tem uma construção boa.

Algo que me incomodou foi que, no início, tudo parece ser a continuação da mesma história, por isso havia lido 8 contos e jurava que tinha sido apenas 5, certo que o sono ao ler o livro ajudou a dispersar a atenção.

A parte mais negativa de todo o livro está por conta do Detetive Dupin, os contos com ele são enfadonhos, descrições sem fim sobre assuntos que pouco tinha a ver com os casos investigados e as explicações em si, traziam uma carga de densidade muito grande.

O destaque desse livro está para Gato Preto, de longe o melhor conto, possui uma fluidez e progressão muito boas. Não há tanto simbolismo e nem subjetividade, por conta disso, agrada muito mais. O outro conto que gostei foi O Escaravelho de Ouro, as explicações são boas, apesar de alguns pontos terem bastante descrições, é mais objetiva.

Ainda é trazido o poema O Corvo, tanto sua versão original quanto duas traduções, já que é bem complicado fazer a adaptação métrica e manter o sentido das frases e rimas. Mas o poema em si não me cativou.
Sem dúvidas muitos autores se inspiraram em Poe para escrever, mas para mim, a leitura não funciona tão bem, e novamente o medo foi zero.

Conteúdo literário no meu IG @Marlonbsan
Ricardo Galeriani 25/07/2022minha estante
A parte do detetive Dupin deu vontade de jogar o livro na parede, isso sim.


David 21/10/2022minha estante
Nos contos do Dupin, simplesmente pulei (cai na armadilha do primeiro por nunca ter lido algo do autor anteriormente), já o volume 2 não me surpreendeu em praticamente nada, mas no fim das contas foi uma leitura proveitosas


David 21/10/2022minha estante
*proveitosa


Marlonbsan 23/10/2022minha estante
Sim, são contos bem complicados esses kkkkk mas é bom pra conhecer o autor e sua obra haha


David 25/10/2022minha estante
Mistério, no estilo detetive nunca foi muito meu gênero


VinAcius 01/11/2022minha estante
Eu amei os contos do dupin, são simplesmente geniais, poe foda demais


Caio.Victor 14/01/2023minha estante
Os contos de Dupin foram os melhores na minha opinião! F**a demais!


Marlonbsan 15/01/2023minha estante
Ah que bom que gostou ?


Jorge.Antosko 24/03/2023minha estante
Edgar Allan Poe (1809 - 1849) é um grande escritor do horror. Conhecido por utilizar muito bem as palavras nos contos, conseguia passar uma excelente ideia do terror em seus escritos.
A Darkside sem dúvida caprichou bastante nas artes desse volume, mas acho que eles deixaram a desejar nas traduções, tornando chata a leitura que era contínua e fluida, clássica do Poe.


Gabriel.Lopes 05/02/2024minha estante
a parte do detetive Dupin tbm não gostei kkkkkkk




Fabio Pedreira 30/07/2020

Nevermore?
Clássicos da literatura nem sempre chamam minha atenção, mas sempre tem uns que acabam se destacando na multidão, principalmente se for do tema de fantasia ou terror. No caso do primeiro, temos O Senhor dos Anéis e Nárnia para ilustrar, já no caso do segundo Lovecraft.⁣

Quem me acompanha sabe que eu já trouxe três resenhas de livros do Lovecraft, já li quase todos os contos e novelas do autor, mas até recentemente tinha falhado em ler outro autor clássico do gênero e talvez o mais famoso… Edgar Allan Poe. Mesmo tendo uma edição em mãos, uma oportunidade nunca se apresentava, até que finalmente ela apareceu quando passei a fazer parte do grupo @odeoncinezap no instagram.⁣

O grupo tem como objetivo assistir filmes antigos de terror/suspense (aliás, sintam-se convidados a participar) e o primeiro deles foi Os Assassinatos na Rua Morgue, filme baseado no conto do Poe. E como gosto sempre de ler a obra na qual um filme é baseado antes de assistir, finalmente peguei o livro para ler. E já adianto o veredito… Eu adorei.⁣

Os contos presentes no livro da Darkside são divididos por temas. São 6 para ser mais exato: Espectro da Morte, Narradores Homicidas, Detetive Dupin, Mulheres Etéreas, Ímpeto Aventureiro e O Corvo⁣

No fim, essa edição da Darkside é simplesmente uma obra prima. Tanto de acabamento como pelos contos presentes. Logo no início temos também introduções explicando cada uma dessas fases e um pouco mais sobre o autor. ⁣

Porém, das 6 partes presentes, gostei apenas de 5. Os contos do Detetive Dupin eu tenho que falar que nem O Corvo… “Nunca Mais”. Vou explicar o motivo. Dizem que a linguagem do autor é difícil, mas não sei se foi a tradução ou o costume que me fizeram achar bem tranquila, mais simples até do que o próprio Lovecraft. Só que os contos do Dupin, parecia que eu estava lendo Sherlock Holmes na escrita do Tolkien.

São contos (ou novelas talvez) bem maçantes, com uma linguagem técnica muito chata. E como se não bastasse, eles são as maiores histórias do livro. Felizmente são apenas três narrativas e também ainda bem que o Doyle ao se inspirar, conseguiu fazer um detetive muito mais dinâmico.⁣

Mas tirando isso eu recomendo bastante a leitura do livro. Algumas me fizeram refletir, outras me fizeram dar risada e o conjunto da obra certamente me fez querer ler mais coisas do autor.
Ari Phanie 30/07/2020minha estante
Ótima resenha. Os contos do Dupin são horríveis mesmo. E coloca o segundo volume na tua lista, tem uns poemas do Poe mto bons q provavelmente estão nessa segunda edição.


Fabio Pedreira 31/07/2020minha estante
Obrigado ?. Já tá na lista kkkkk espero achar e ler logo kkkk


Sophia Lincy 04/08/2020minha estante
Dupin me fez sentir como se estivesse lendo grego, no escuro! Nusss!! #sherlockarrasa kkkk


Fabio Pedreira 06/08/2020minha estante
É bem isso aí mesmo kkkkk


Alerandro 09/11/2020minha estante
ótima resenha embora eu tenha lido o livro acredito que esse seja um livro realmente que Mereceu sua nota Tanto sendo um dos meus favoritos Que também me inspirou a fazer meu propio livro posso ser novo no site não sou um Escritor dos melhores mais damos um jeito


Fabio Pedreira 10/11/2020minha estante
Muito obrigado. E parabéns. Sempre bom quando acabamos inspirados assim e colocando nossas próprias ideias no papel.


Alerandro 10/11/2020minha estante
:)


Giovanna.Clemente 11/11/2020minha estante
Comecei a ler hoje! \o/


Fabio Pedreira 11/11/2020minha estante
Opa. Tomara que goste




Aline MSS 06/01/2024

Poe: polêmico, depressivo e mto descritivo
O livro possui 15 contos e 1 poema. Nunca tive contato com a escrita dele, mas sempre fui curiosa por conta das inúmeras citações à sua obra.

Achei a escrita bem depressiva, cansativa e mto descritiva, msm nos contos menores. Gostei de 7 contos (a metade do livro ?) e tbm do poema. Os q mais valem à pena são os q tratam do detetive Auguste Dupin, q serviu de inspiração para o Sherlock.

Comprei o livro qdo maratonei o seriado The Following e tb por conta do Sherlock.
Sempre tive a impressão q sentiria medo ao ler esses contos, mas senti mais angústia, sufocamento, depressão e em alguns>>tédio.

É um livro clássico e tem racismo, misoginia, maus tratos aos animais e mta morte. ?

Apesar da morbidez, escrita cansativa e mto descritiva acho q vale o investimento pela importância do autor.
A introdução dessa edição da DarkSide é bem longa e traz uma boa biografia do Poe.

A edição da Darkside é lindíssima e as ilustrações são as mais bonitas dos livros da editora (tenho vários e falo c/ conhecimento de causa, hahaha).

Obs.Jamais pagaria o valor q estão cobrando hj em dia (R$70,00?). Recomendo o e-book p/quem tem curiosidade. Essa é uma edição p/quem é mtoooo fã do gênero ou quem não tem pena de gastar p/alimentar os fantasmas da própria depressão. ??
Samukk 06/01/2024minha estante
Concordo com vc. O único conto que realmente me agradou foi o Gato preto


Aline MSS 06/01/2024minha estante
Pois é, Samuel. Esse conto q vcs citou é mto bom msm, mas a maioria é bem monótono. Esperava algo mais impactante e recebi depressão.


Léo 10/01/2024minha estante
Nesse livro tem O Coração Delator? Foi o primeiro conto que li dele e é meu preferido.


Aline MSS 10/01/2024minha estante
Sim, Léo. Tem esse! Lembro de dar uma agonia danada. ?


B.norte 15/01/2024minha estante
Se te deu angústia, sufocamento, depressão e até mesmo tédio em alguns momentos, o livro atingiu seu objetivo ? acredito que Poe escrevia com a intenção de despertar tais sentimentos, do que propriamente o medo ou o terror... ?


Aline MSS 15/01/2024minha estante
?É isso msm, Baú do Norte. Essa é a pegada do autor e ele consegue transmitir tudo isso q descrevi mto bem. É mais horror do q terror em si. ?




Kath 13/10/2019

Poe: Maravilhoso, Assustador e Atual!
Esse livro, na verdade, foi mais uma revisita do que uma leitura propriamente dita. Em 2015 eu resenhei minha primeira antologia de Poe, Contos de Imaginação e Mistério,, muitos dos contos dessa coleção da Darkside tinham nessa outra antologia, mas outros foram uma grata surpresa. Obviamente, conforme a gente vai amadurecendo e expandindo o leque de leituras, a cabeça com que revisitamos os autores, em especial os clássicos, é outra e isso faz toda a diferença numa leitura. Por isso, o olhar que tinha sobre Poe aos 25 não é o mesmo que tive agora, aos 29, quando passei a semana em sua companhia.

Espectro da Morte:

O Poço e o Pêndulo - Em uma narrativa agonizante, nós acompanhamos o relato de um homem condenado à morte pela Inquisição, ele é jogado numa espécie de cela escura e, a princípio seus algozes pretendiam que ele caísse em um enorme poço, contudo, vendo suas tentativas falhadas amarram o homem numa estrutura para ser partido por um pêndulo afiado que desce vagarosamente. Poe nos envolve numa narrativa sinestésica que domina todos os nossos sentidos deixando-nos atordoados e presos não apenas na agonia do homem (provavelmente inocente do que lhe acusaram) que espera a morte sem quaisquer esperança de fuga, mas também nos convida a refletir sobre a crueldade humana e o fanatismo. Lembro que a primeira vez que li esse conto, quatro anos atrás, senti-me não apenas sufocada, mas com um alívio indescritível quando cheguei ao final haha. Um fato interessante sobre esse conto é que a música The Poet and the Pendulum da banda Nigthwish foi inspirada em parte por ele. Maravilhoso.

A queda da Casa de Usher - Esse também tinha no outro livro. Aqui acompanhamos um homem que é convidado por seu amigo, cujo sobrenome é Usher, para passar uns dias com ele. Percebendo pela missiva que o amigo estava de alguma forma atordoado com uma enfermidade mental, o homem decide aceitar o convite e viaja até a propriedade sombria que logo de cara lhe intimida. Por serem amigos de longa data, durante sua estadia ele fica ciente da espécie de maldição que assola a família e é noticiado também da debilidade da irmã de seu amigo preso não apenas pelas supertições que cercam a casa e sua família, mas pela certeza da morte. Quando a irmã deste vem a falecer, somos levados por um verdadeiro redemoinho de loucura sombria onde realidade e insanidade se fundem em um desfecho tenebroso. Poe demonstra quão frágil é a mente humana, suscetível ao declínio fácil quando manipulada por algo que crê ser verídico.

O Baile da Morte Vermelha - No outro livro, se bem me lembro, o título estava "a máscara da morte vermelha", nele, um príncipe vendo seu reino assolado por uma peste (que acredito se tratar de um surto de tuberculose) recolhe mil amigos e se tranca em uma fortaleza abandonando seu povo à própria sorte. Seguros lá dentro, eles se entregam a uma farra envolta em luxúria e esbanjar enquanto do lado de fora das muralhas o povo sofre com a morte e a fome. A fortaleza, feita de intricados cômodos fora do convencional tal qual seu dono, se torna um verdadeiro palco gigante de música e libertinagem até que um convidado inesperado surge trajando uma fantasia grotesca remetendo ao mal que se alastra do lado de fora. Mesmo com a ordem do príncipe, ninguém tem coragem de expulsar a criatura e a festa tem um fim sinistro. Nesse conto senti meio que uma crítica social ao descaso dos governantes o que, é claro, é muito pertinente. Também tem aquela sensação de que, cedo ou tarde, a justiça cai sobre aqueles que negligenciam seu dever.

Narradores Homicidas

O gato Preto - Esse conto é uma mistura de loucura com terror, acredito que aqui o aspecto psicológico sobrepõe-se ao sobrenatural, ainda que de alguma forma os dois interajam na mente do leitor como, ambos, aceitáveis. A primeira vez que o li senti um misto de indignação e repúdio, mas essa segunda leitura me trouxe uma nova ótica que excede o horror dos atos praticados. Seguimos um homem apaixonado por animais que vive com a esposa que compartilha do seu amor pelos bichos e juntos eles criam vários animais. Entre esses pets, está um gato preto que figura entre os favoritos do homem. Porém, ele acaba se tornando um alcoólatra e, além da esposa, o pobre gatinho começa a ser o alvo de sua fúria cega partindo de torturas até finalmente matá-lo num acesso de raiva, o que ele não contava era que as consequências de seu crime teriam um preço bem alto. Quando li a primeira vez, o lado sobrenatural do conto me tomou com muito mais força, porém, nessa segunda leitura eu vi mais o lado da natureza humana cruel e entorpecida pelo álcool que revela sua verdadeira identidade. Até certo ponto, o homem sabia o que estava fazendo e, mesmo nos poucos debates internos que lhe afligiam em nenhum momento ele procurou deter-se de verdade. O preço disso, é claro, foi mais uma consequência de sua própria consciência autopunitiva que propriamente o sobrenatural.

O barril de Amontillado - Esse é um conto sobre vingança. Quando o li a primeira vez confesso que não achei graça nele, talvez meu primeiro contato com Poe tenha acontecido na hora errada ou na fase errada, não sei. A tradução também ajuda muito a experiência de leitura para o bem e para o mal. O narrador-personagem rumina uma vingança contra um conhecido há anos, sabendo este que o outro é um conhecedor de vinhos, arquiteta um plano para atraí-lo até sua casa vendo que o outro está muito doente. Ele o leva pelos túneis úmidos de seu porão enquanto acompanha a piora do conhecido com total indiferença (e poderia dizer até certo prazer), quando chegam ao destino e o homem se percebe enganado já é tarde, acorrentado ele vê o outro emparedando-o vivo na certeza que a doença terminará de matá-lo. Apesar de o terror sobrenatural não ser tão apelativo aqui, a crueldade e ardil do homem, ao contrário, causa muito incômodo. Quão pesados são os grilhões da mágoa e como nos cegam transformando-se de incômodos em verdadeiros fardos.

O coração delator - No outro livro o nome era "denunciador" e não delator, mas dá na mesma. Confesso que, dos três desse bloquinho, esse me causou mais a sensação de "WTF?" Gente, eu apenas não conseguia entender como a mente dessa criatura funcionava, juro. Só uma pessoa seriamente perturbada poderia pensar dessa maneira. Nesse conto, somos apresentados a um homem que cuida de um velhinho que tem catarata em um dos olhos, não é certo que eles tem algum parentesco (pelo menos não lembro se especifica), mas é certo que o sujeito tem uma fixação com o olho do velhinho e aquilo vai crescendo numa loucura desgovernada até que ele decide, por fim, assassiná-lo. Com a certeza que nunca seria pego, ele não contava que seria assombrado pelo coração do falecido. Te dizer que depois que li esse conto fiquei meio contemplativa, quer dizer, que nível de crueldade ou insanidade leva uma pessoa a matar outra porque simplesmente "não gosta do olho"? Gente... me deu um mal estar que nem a "vingança" conseguiu aplacar.

Detetive Dupin

Os Assassinatos da Rua Morgue - Esse tinha no outro livro também e dizer, relê-lo me deixou com uma vontade incrível de rever Sherlock. Poe, pelo que li no prefácio, foi o pioneiro na criação da ficção dedutiva e, conforme vamos lendo, impossível não notar como Christie e Doyle beberam na fonte do mestre do horror. Aqui, Dupin se oferece para ajudar a polícia a resolver um caso brutal de assassinato de uma mãe e sua filha que foram mutiladas de maneira horrível e nada foi roubado de sua residência. Tudo dentro da casa estava trancado e testemunhas afirmavam terem ouvido duas vozes vindas do andar onde as mulheres foram encontradas. O que parecia aparentemente insolúvel, em especial dado a brutalidade com que as mulheres foram mortas, para Dupin se torna uma luz no fim do túnel quando o improvável assassino escapou de qualquer sinal da polícia. Apesar de ter ficado realmente vidrada durante toda a leitura e cada vez mais ávida com o desfecho, não pude evitar uma ponta de decepção e até mesmo incredulidade quando o assassino foi finalmente revelado. Mas vale muito a pena.

O Mistério de Marie Rogêt - Esse foi, talvez, um dos que eu mais tive "problema" para ler. Se trata do sumiço de uma moça chamada Marie Rogêt que é encontrada dias depois afogada em um rio sem qualquer traço do motivo ou do assassino. Por ser uma jovem muito conhecida, todos os jornais da região falam sobre o assunto, e é através desses recortes que Dupin tece suas conjecturas a respeito do crime, contudo, talvez por não ter um modo de investigação direta com perseguição ao suspeito e tudo mais, o conto envereda por uma linha cem por cento lógica que se torna um pouco desconfortável para quem não tem costume de literatura policial desse nipe, foi o que aconteceu comigo nas duas vezes que li esse conto. Baseado em uma história real acontecida em Nova Iorque, apesar das deduções de Dupin, o caso acaba sem solução.

A Carta Roubada - Esse conto é interessantíssimo haha. O super intendente procura o detetive para lhe contar sobre uma importante carta roubada de uma importante figura política por um opositor de reputação ruim. Enquanto narra para Dupin a natureza de sua busca minuciosa na casa do suspeito em que cada vão de porta e cadeira foi investigado com esmero, o detetive se diverte com a aparente ingenuidade do super intendente tão focado nos fatos e ignorante quanto a natureza do infrator. Achei bem divertido não apenas a maneira como o detetive obteve a carta, mas a cara do super intendente ao precisar pagar por ela. Dei umas boas risadas.

Mulheres Etéreas

Berenice - Esse bloquinho trata de amores eternos, praticamente, que se transformam em uma obsessão insana que leva os homens a atitudes absurdas. Nesse primeiro conhecemos Egeu que se casou com sua prima Berenice, ele tinha uma condição mental instável que piorava continuamente. Então, Berenice ficou muito doente e ele começou a prestar uma atenção singular aos dentes da esposa, apreciando, inclusive, sua beleza deteriorada pela doença. Em tal condição fica com os dentes da esposa que sua loucura atinge o ápice em um desfecho sinistro.

Ligeia - Esse conto tem muito do outro, na verdade, todos esses contos são bem parecidos, em especial pela temática. O homem se casa com Lady Ligeia, uma mulher de beleza e inteligência ímpares e ele era completamente devotado à esposa, apaixonado de modo cego e intenso, contudo, um dia a esposa fica gravemente doente e acaba por falecer. Adoecido pelo seu luto leva algum tempo até que ele consiga enfim casar-se novamente, mas seu coração continua fiel e apaixonado por sua esposa mortal, tal que não consegue fazer a atual esposa feliz, pois não consegue amá-la. Quando ela fica muito doente, algo realmente sinistro e sobrenatural acontece.

Eleonora - Quando crianças, o personagem apaixonou-se por sua prima Eleonora e os dois, em consequência da doença dela, fizeram uma espécie de promessa de amor eterno que ele descumpriu alguns anos depois da morte dela ao se ver cego de paixão por outra mulher. A promessa de Eleonora se manteve fiel tal como sua garantia de que a parte dele seria cobrada posteriormente.
Esse bloquinho mexe mais com o romance sobrenatural, aqui tem quase uma obra ultrarromântica que faz alusão a beleza da donzela e ao amor eterno e melancólico do amado que fica após a morte dela. Apesar de admitir que sou uma romântica literária, não me surpreendi muito com o Poe romântico mesmo com a dose meio sombria kkkkk porém é inegável que cada conto ao seu modo traz não apenas muita coisa interessante, mas são verdadeiras aulas de escrita criativa e construção de personagem.

Espírito Aventureiro

Manuscrito encontrado em uma garrafa - Um homem sai em um navio que acaba passando por uma tormenta poderosa e toda a tripulação, excetuando ele e outro passageiro, morrem. À deriva em alto mar por um tempo, eles enfrentam outra tormenta e um barco enorme surge na crista de uma onda gigantesca, esse barco cai sobre o navio deles e o homem acaba indo parar à bordo. O negócio é que ninguém nesse navio vê ele. Sim, isso mesmo, bizarríssimo. Ele pode andar entre os marujos, interagir com os objetos do navio, mas ninguém lá consegue vê-lo como se ele fosse um fantasma. Assim, ele decide escrever tudo que aconteceu e colocar dentro de garrafas que vai jogando em alto mar.

O Escaravelho de Ouro - Esse conto é uma mistura de detetive com Indiana Jones haha. Um homem fica muito amigo de um ex rico chamado Willian Legrand. Esse homem, após perder toda a sua fortuna, refugiou-se numa ilha onde construiu uma cabana e dedicou-se a colecionar insetos que estudada com esmero. Um dia, em decorrência de uma visita sem avisar, ele acaba descobrindo que o amigo conseguiu um escaravelho muito raro que possivelmente ainda não fora catalogado, contudo, junto do bicho, seu amigo começa a mostrar sinais de insanidade e uma busca ao tesouro se desenrola com um desfecho surpreendente.

Nunca aposte a cabeça com o diabo - Te confessar que esse foi um daqueles contos que parecem aquelas histórias de avó para a gente não fazer determinada coisa. O personagem principal tinha um amigo chamado Dammit, este por ter sido criado com um rigor desnecessário, cresceu com o juízo meio amassado se podemos dizer assim, tinha o hábito de apostar coisas, claro dentro de sua possibilidade uma vez que era muito pobre, e de suas apostas mais comuns costumada apostar "sua cabeça com o diabo" coisa que as pessoas em geral ignoravam. Até um dia que um velhinho estranho e coxo apareceu aceitando o desafio que ele fizera ao amigo, no qual apostou sua cabeça com o diabo que saltaria de uma catraca em uma ponte. Bem, digamos que o diabo ganhou a aposta.

O Corvo

Nesse bloquinho, Poe nos apresenta todo o seu processo criativo na construção do seu mais famoso poema e, conforme lia, ficava parecendo que estava lendo um manual de escrita criativa tão minucioso e claro é seu explanar sobre as veredas da construção literária. A seguir, vem o poema original em inglês, que nunca tinha lido, e duas traduções, uma de Machado de Assis, bem rebuscada e floreada como era a cara de sua época e sua literatura e outra de Fernando Pessoa, essa, ao meu ver, mantendo mais fidelidade ao texto original em si.

Ler Poe é fazer um mergulho na mente e natureza humana passeando por cada camada e mergulhando no seu interior frágil e por vezes perverso. Fica claro que o autor era um observador atento do comportamento humano e da sociedade de sua época, além de um estudioso das emoções que permeiam o coração humano e sabia aplicar isso com maestria em sua literatura de modo a nos impingir medo, desespero, descontrole e repúdio, além de incitar a reflexões muito válidas sobre o comportamento, as escolhas, a efemeridade da vida e a força dos sentimentos. Sem dúvida, seu legado continuará ainda por muitos séculos sendo atual, imortal e aterrador.
Lorena 14/10/2019minha estante
Poe é maravilhoso, não importa quando!! Adoro!!


Kath 14/10/2019minha estante
Sim, não é mestre por acaso!


Victor Dantas 14/10/2019minha estante
Eu nunca li contos, nem mesmo de terror, apesar de gostar bastante da temática. Todos reverenciam o Edgar Allan Poe, raras as pessoas que vejo com crítica negativa a obra do autor. Espero lê algo logo dele


Kath 16/10/2019minha estante
Victor, acho que você vai gostar muito! Poe é um contista maravilhoso e muito observador, traz enredos sagazes e cheios de um suspense palpável. Mal espero para saber o que vai achar dele! Vale muito a pena!


Lorena 16/10/2019minha estante
Concordo com a Kath. Poe é muito bom, vai gostar de conhecê-lo!!




DaniBooks 16/11/2019

Edgar Allan Poe: Medo Clássico
Volume I de uma coletânea de contos de Poe, esse livro contém preciosidades como O Gato Preto, O Barril de Amontillado, A Queda da Casa de Usher e O Corvo - no original e nas traduções de Machado de Assis e de Fernando Pessoa. São 15 contos e o famoso poema que compõem essa obra. E somos brindados também com um texto em que Poe nos explica como criou O Corvo, em detalhes. A escrita de Edgar Allan Poe é preciosa, o leitor tem que ficar atento aos detalhes para alcançar o sentido do texto de forma global. É uma palavrinha no início do conto, uma pequena expressão que se perde no todo, o que nos diz exatamente do que se trata a história. A loucura, o horror dos distúrbios mentais, a maldade intrínseca ao ser humano são temas recorrentes e muito mais terríveis do que algo sobrenatural. A ambientação em cada conto é espetacular. Os 3 contos detetivescos, que nos trazem o Detetive Dupin, precursor de Poirot e Sherlock Holmes, foram os únicos que não me agradaram: cansativos, extremamente descritivos, com elementos por vezes desnecessários para a construção do enredo, com desfechos bizarros e risíveis, esses contos não me agradaram em nada. Porém, são apenas 3 em um universo de muitos contos extraordinários. Já sou fã desse escritor e já sigo para o volume II, lançado pela DarkSide com suas edições belíssimas como sempre.
Rayane 27/02/2020minha estante
Adorei sua resenha. E queria saber se vc entendeu algo de O mistério de Marie Rogêt. Eu entendi tudo e talz, mas chegou no final, eu fiquei tipo "???" Cadê? É isso? Se vc entendeu algo mais daquele final me explica, please kkkk pq fiquei confusa


DaniBooks 27/02/2020minha estante
Um trecho do final foi retirado na primeira publicação do conto e nunca foi recuperado. Parece que, como o conto investiga um caso real, não quiseram colocar o desfecho para não se comprometerem. Por isso que ficou sem desfecho.


DaniBooks 28/02/2020minha estante
E que bom que gostou da resenha!


Rayane 28/02/2020minha estante
Affs. Eu tava bem curiosa, sacanagem. Obrigada, eu realmente tinha ficado confusa kkk




Luizin Espaia Lama 22/09/2021

A genialidade e repetição de Poe
Contexto: Estava eu, numa Leitura de shopping qualquer, lembrando alguns livros que sempre tive vontade de ler. Topei com a sessão "terror", e um lapso de memória me lembrou da Santíssima Trindade do Horror: Stephen King, H.P Lovecraft e Edgar Allan Poe.
Como eu tava sem vontade de voltar a leitura do King (IT já me traumatizou bastante), e Lovecraft é dito como pior ainda, resolvi buscar conforto no homem que escrevia contos para o jornal local, e ganhou fama por sua ambientação. Não, não é o Maurício de Souza, é o EDGAR.
Dada essa introdução, vamos ao livro.
- DO QUE SE TRATA
? Contos organizados de forma quase que aleatória; temos como temática comum uma ambientação com seres paranormais e/ou anormais, e normalmente narrados em 1a pessoa pela personagem apresentafa
- ESTILO DE ESCRITA
? Poe vem do século XX, obviamente seu estilo de escrita foi adaptado, mas pelo contexto ainda sim são usadas palavras mais antigas e de certo ponto cultas. A descrição também é um recurso absoluto em sua escrita (chamados de "Unidade de Efeitos"), mas esse é um dos pecados do livro, que quase sempre descreve ambientes escuros, claustrofóbicos, com névoa, pedras frias e úmidas. Alguns contos escapam da fórmula, ainda que dotados do léxico vicioso de Poe.
- MELHOR PARTE
? O 1? conto é perfeito, e sintetiza muito bem o que é Allan Poe. "Ligeia" acompanha um protagonista frustrado, que perdeu a esposa, e não a superou, mesmo anos depois. A frase
"O Homem não se entrega aos anjos, nem se submete a morte, senão pela fraqueza de sua débil vontade"
É perfeita, e define o final do conto de maneira frígida, depois de todos os desejos do personagem.
- Nota geral: 10/10, uma antologia que marca, essencial para todo fã de Terror, e perdoável em suas falhas.
belacrcruz 07/10/2021minha estante
mórbido mórbido mórbido porém genial


belacrcruz 07/10/2021minha estante
já ouvi falar muito bem do hp lovecraft, ainda não leu nada dele?


belacrcruz 07/10/2021minha estante
do nada um belo de um "Maurício de Sousa" ali no meio KAKWJDJJSJEJEJWKWKWO


belacrcruz 07/10/2021minha estante
pfto, escreve dms??




Reemilk 03/01/2018

Uma certa decepção
Eu não tinha lido nada do Poe até que comprei o Livro "Medo Clássico". Extremamente lindo, super bem acabado, carregado de detalhes incríveis que só a Darkside sabe fazer. Pois bem, comecei a leitura toda empolgada pensando que ficaria semanas perturbada com os contos do "Mestre do terror". Decepção total! Massss a decepção foi porque eu criei uma expectativa de que o livro seria voltado pra um terror que envolva espíritos, feitiçaria, pactos, etc. E até envolve mas de uma forma diferente e muito mais realista do que vemos nos filmes hoje em dia (Aquele terror forçado). Poe escreve contos de uma forma sutil e poematizada, envolvendo toda uma história por trás do objetivo final, sem falar que ele escreve de uma forma antiga, utilizando um linguajar que eu, particularmente não estou acostumada. O conto que mais atingiu o que eu esperava foi o conto do Gato Preto e claro, se tornou um dos meus preferidos justamente por te sido escrito de uma forma em que eu me sinto mais a vontade com o livro.
Luiz.Gustavo 18/01/2018minha estante
Até agora estava gostando. Mas o conto da Marie Roget... Sinceramente... , o pior de todos os que eu li até hoje!


Lydia.Fernnanda 22/06/2018minha estante
"ele escreve de uma forma antiga, utilizando um linguajar que eu, particularmente não estou acostumada."

Claro, os contos foram escritos há uns 200 anos !!!


aillia 28/06/2018minha estante
Tem que se ter em mente que o " terror" de décadas passadas não se compara com os medos atuais ,por exemplo o medo da catalepsia era muito comum ,hoje nem se ouve falar.Então pra gente que ta acostumado com stephen king não entende o quanto as historias de Edgar. A .P assustava na sua época.
recomendo o conto O GATO PRETO o meu preferido do autor


Pharmakon 30/09/2018minha estante
Acredito que você vá gostar de Lovecraft e M R James, o primeiro tem várias edições em português, o segundo é meio esquecido pelas editoras nacionais.




Thiago275 13/11/2017

Não me conquistou
Tenho uma relação estranha com Edgar Allan Poe. Desde muito jovem, sempre ouvi as pessoas o elogiarem, bradando a qualidade de seus textos, o capricho de suas histórias e a beleza com que ele retratava o tétrico e o horror.

Me sentia um peixe fora d´água, pois dos poucos textos dele que tinha lido, nada de muito brilhante ou assustador tinha ficado gravado em minha memória, com exceção do conto "O Gato Preto": esse sim eu me lembrava até hoje como surpreendente.

Muitos anos depois, resolvi dar uma nova chance ao autor nessa nova coletânea organizada pela DarkSide Books. E, devo admitir, Poe ainda não me conquistou.

Reconheço seu papel como pioneiro no gênero do Terror, Suspense e Policial (este último meu gênero favorito, mas me desculpe Poe, o mestre dos mestres viria depois: Arthur Conan Doyle).

Entretanto, com exceção de pouquíssimas histórias, como a já citada "O Gato Preto" e também "Berenice" (cujo final do mesmo modo achei super bem escrito), os textos do autor me passam a impressão de serem todos muito parecidos e quase enfadonhos.

Como disse, sou grande fã do gênero policial e estava ansioso por ler mais histórias do detetive Dupin, precursor de todos os detetives. Na juventude tinha lido "Assassinatos na Rua Morgue" e achado bizarro (não no bom sentido).

Infelizmente, me desapontei. O autor consegue transformar histórias de detetive em contos extremamente chatos. Uma pena.

Dei uma segunda chance a Edgar Allan Poe, mas ele não aproveitou.

Obs: apesar de tudo isso, a edição da Darkside está impecável.
Leh 02/01/2018minha estante
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Reemilk 03/01/2018minha estante
Thiago, eu senti a mesma coisa, eu adorei a história do gato preto e queria que todos os contos seguissem o mesmo ritmo. Mas acredito eu que o que mais me incomodou na maioria dos contos, foi a forma da escrita do Poe, uma forma antiga, mais poematizada. Eu acabava divagando nas histórias e terminei o livro meio que "forçada", pois não me atraia nem um pouco. Ainda não li nada de Lovecraft, que tem basicamente a mesma "fama" do Poe. Espero que ele não me decepcione da mesma forma que esse bigodudo rsrs.. Abraços!


Michely 27/06/2018minha estante
Tive impressões semelhantes. Achei os contos enfadonhos e muitas vezes repetitivos em suas estruturas. Gosto é gosto, mas o Poe definitivamente não me conquistou.




Gabriel.Safo 29/12/2020

Incrível
Uma ótima coletânea pra quem quer começar a se embrenhar na obra do autor. Encontramos contos de todos os tipos, inclusive os aclamados gato preto e o corvo. O livro já serve pra mostrar porque Edgar Allan Poe é um dos maiores escritores de todos os tempos.

As ilustrações dos contos também são maravilhosas. Vale cada centavo investido nesse livro!
Marjorie 29/12/2020minha estante
Edgard Allan Poe foi um dos maiores presentes a humanidade. ????????


Gabriel.Safo 29/12/2020minha estante
Estou totalmente de acordo, Marjorie ?




Literatura Policial 12/04/2017

Um livro importante e necessário
Os quinze contos de Poe são divididos em cinco partes: O Espectro da Morte, Narradores homicidas, Detetive Dupin, Mulheres Etéreas e Ímpeto Aventureiro. O panorama é abrangente e quase didático. Se o leitor não conhece o autor, tem nas mãos um útil curso introdutório. Se é um frequentador assíduo, poderá se deliciar com pérolas sangrentas como O coração Delator e O Baile da Morte Vermelha. Se é um especialista, terá matéria para discutir as razões que levaram ao resultado daquela coletânea em particular.

Leia a resenha completa no literaturapolicial.com

site: https://literaturapolicial.com/2017/04/12/resenha-edgar-allan-poe-medo-classico/
Rafaela1517 03/10/2017minha estante
Quantos contos aparecem nesse livro?


Literatura Policial 06/10/2017minha estante
Em torno de 20.




Pam 15/03/2021

Não é atoa que o Edgar é conhecido como o mestre do horror!
Poe é um autor completíssimo! O conjunto ambientação, personagem e enredo, não deixam a desejar.
Os contos são ótimos, super interessantes e distintos entre si, apesar de seguirem, de certa forma, a identidade do Poe.
Confesso que alguns contos são um pouquinho arrastados, mas num geral, acabam sendo tão incríveis quanto todos os outros.
Jose.Alisson 18/03/2021minha estante
O mestre do horror não seria Lovercraft?


Pam 18/03/2021minha estante
Acredito que ele é considerado também...




Doug 09/03/2019

Relatos de uma mente brilhantemente obscura
O livro reúne 15 contos do excelentíssimo mestre, Edgar Allan Poe, e mais o notório poema O Corvo.

Nesta antologia encontramos Espectros da Morte, Narradores Homicidas, intrigantes casos do Detetive Dupin, Mulheres Etéreas e um grande Ímpeto Aventureiro, cada qual com três contos que nos conduzem às arestas mais densas e inabitadas do coração gótico do autor.
Os contos de Poe são capazes de nos prender à leitura ao compasso que nos fazem desejar querer fechar o livro com intento de escapar dos horrores ali relatados. Seus contos são um prato cheio para as mentes sedentas por casos adversos em que podemos nos deparar com o inimaginável, e até mesmo com o imaginável e não palatável, realmente um banquete da literatura clássica que por ele nos foi deixado como legado.

Nas páginas deste livro estão os mais profundos sentimentos de um homem que de tudo sofreu em seus poucos anos de vida, e que em vida não conheceu o reconhecimento de sua obra, mas que foi capaz de influenciar outros grandes mestres como H.P.Lovecraft, Stephen King e Neil Gaiman.

"-Nunca mais" Disse o Corvo.

As mãos de todos os amantes da literatura gótica e do horror sempre estarão estendidas para Poe, o Corvo que nos presenteou com as penas negras de suas asas.

site: @douglaskurt
Lorrany Moura 30/03/2019minha estante
Doug, bom dia. Me interessei muito pelo livro e li ótimas resenhas sobre ele mas estou receosa com relação à linguagem, se é muito densa, difícil de ler. Você tem o livro aí contigo? Se sim, te pergunto se existe a possibilidade de me enviar duas ou três páginas para eu dar uma olhada? Não acho a versão em pdf na internet....
Te agradeço muitíssimo! Grande abraço.


Doug 30/03/2019minha estante
Oi Loris, tudo bem? Claro, posso sim.
E posso te dizer também que de inicio eu estranhei um pouco, mas conforme a leitura vai andando e se torna fluida como qualquer outra.




Rhe 22/11/2020

Satisfatório
Gostei apenas de alguns contos, que são
?O poço e o pêndulo (O que mais me deixou desconfortável)
?O gato preto (me surpreendeu de mais)
?Os assassinatos na rua morgue (Achei o final inesperado)
?O escaravelho de ouro ( Com uma mistura de gêneros, de longe o que mais gostei)
?O corvo ( achei diferente)
Os outros não são te todo ruim, mas deixou a desejar.
Destaque para
? O mistério de Marie Rogêt ( Eu odiei )
Por ser um autor antigo, a escrita não é das mais fluidas.
Tuts 21/01/2021minha estante
Esse de marie roger eh terrivel,bleh


Rhe 23/01/2021minha estante
Cara, eu comecei ele mó empolgado por ser um conto baseado em fatos reais, mas foi um balde de água fria kkkkk




Thay 13/08/2017

Fui com certa sede ao pote atrás do mestre do horror, e me surpreendi ao ver que Poe não é essencialmente terror. Ele é doce, romântico, investigativo, vingativo, divertido, e claro, assustador. A obra é magnífica! Não gostei de todos os contos que li, mas mesmo não gostando me diverti. Agora os que gostei, não vou esquecer jamais haha! Quem não leu não pode perder a chance, e quem já leu, sinta-se livre para reler haha.
Obrigada Poe 😍
Brunna 20/09/2017minha estante
Você acha que vale a pena eu comprar, sendo que nunca li nenhum dos contos dele? Só vi uma resenha sobre O Corvo e curti as metáforas...


Rafa569 24/09/2017minha estante
A mesma percepção que eu tive. Também fiquei meio perdido em alguns, acabei não gostando tanto. Vale a pena comprar sim!




Gabriella 11/10/2019

QUE EXPERIÊNCIA AMIGOS!
Foi a primeira vez que peguei qualquer coisa de Poe para ler. Tinha ouvido falar dos contos, do autor mas principalmente, a fama do próprio autor como sendo um dos pioneiros e referência no gênero do horror.

Por todo o prestígio e relevância de Poe, inspirando até o King (Que sou apaixonada, diga-se de passagem.), fui com muita sede ao pote achando que leria sobre víceras, estripamento, possessão e etc; Não me julguem, não conhecia os contos do autor.

Bom, não tem nada disso! Os contos, não todos, causam certos incômodos, como "O gato preto", "O pêndulo e o poço" mas não o horror em si. Em nenhum momento lendo senti medo ou desconforto. Mas o que me cativou realmente foi que, em todos os contos, por mais fraca que a história seja - Não aposte a cabeça com o diabo - sempre, sempre tem um questionamento filosófico, ou algo que nos faça refletir de alguma forma. E eu lia e pensava: Caramba, esse homem foi muito inteligente!

Meu contos favoritos, sem sombra de dúvidas - Já que os contos de fantasmas não tinham uma história que me surpreenderam - Foi os contos do detetive Dupin. Amei todos os três contos, são contos extremamente inteligêntes e que te prende até você ficar sabendo a resolução do problema no final!

O Corvo, é incrível. Eu sou apaixonadissíma por poesia e esse em especial, tem todo uma questão mística com relação ao corvo, pra mim, está aberta á livre interpretação. Aliás, achei a versão de Machado de Assis um pouco mais fiel e melódica do que a de Fernando Pessoa; mas sem desmerecer o trabalho desses mestres, ambos são ótimos.
Elvis H 19/10/2019minha estante
Eu só gostei de dois do Dupin, o caso da morte da Marie Roget achei chatissimo hahahha.


Gabriella 19/10/2019minha estante
Entendo! Os comentários dos jornais são intermináveis e um pouquinho confusos kkkkkkk
Mas é valido, qual vc gostou mais?




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