Eduardo 23/01/2012A primeira parte do livro dedicou-se às especificidades do estudo da história. Pareceu-me um pouco confuso na boa intenção do autor em explicar a diferença da história das mentalidades e do imaginário, mas o saldo foi positivo diante das diferentes especificidades analisadas pelo autor.
A próxima etapa do livro do autor analisou as diversas abordagens no estudo da história. Inicialmente, achei bastante oportuna a preocupação em enfatizar a distinção entre as abordagens e as especificidades, pois é comum existir esta confusão por parte das pessoas que estudam história.
Ainda no estudo das abordagens, o autor dedicou uma parte considerável para a análise da ideia de micro-história: categorização, métodos, objetos e principais obras e historiadores que trabalham com tal abordagem. Foram utilizadas algumas metáforas para problematizar micro-história e a análise intensiva das fontes. Achei que foram recursos válidos e didáticos para a importância da análise do corpus documental em uma pesquisa e os questionamentos que são feitos às fontes. Contudo, faço uma ressalva a metáfora da gota d'água e o oceano. Percebi que há um grande esforço e dedicação para estabelecer a correlação com a abordagem micro-historiográfica, mas me pareceu um pouco confusa.
Além disso, o autor procurou enfocar e categorizar as ideias de biografia, dimensões e domínios no estudo da história. Chama a atenção a sua preocupação em estabelecer as variações de biografias e dos tipos de autores e pesquisadores que as fazem ou fizeram. Pareceu-me bastante oportuno, nesta do livro, em discutir este assunto e analisar, à guisa de exemplo, a biografia de São Luís realizada por Jacques Le Goff.
Enfim, o livro se mostrou um bom guia e de fácil entendimento do estudo da História enquanto área do conhecimento humano.