A noite escura e mais eu

A noite escura e mais eu Lygia Fagundes Telles




Resenhas - A Noite Escura e Mais Eu


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Perdida_nas_Estrelas 26/06/2023

Esplendoroso!
Eu não consigo parar de me perguntar como alguém pode não ter gostado de "Dolly"?!?! Pois era o único conto que eu já havia lido e a releitura foi da mesma maneira que a primeira: instigante e maravilhosa. As ambiguidades que a Lygia deixa em seus contos me consomem por completo, amo o modo de escrita dela.
Confesso que o conto "O crachá nos dentes" me confundiu em um nível que creio não ser capaz de compreender, quem sabe num futuro, em alguma releitura?!?
Mas os outros contos foram totalmente imersíveis, e além de "Dolly", os meus favoritos foram "Uma branca sombra pálida", "Anão de jardim", "Papoulas em feltro negro" e "O segredo" o que no fim dá mais d metade do livro (risos).
Sempre que estou lendo Lygia Fagundes Telles aproveito aquele deleite de arte, pois ela consegue tornar os mais simples hábitos cotidianos, ou os atos corriqueiros das pessoas, em uma leitura esplendorosa, que leva você àquele local e junto daquelas pessoas como um espectador (a) curioso e atento.
Sempre me sinto agraciada por poder ler os escritos dessa mulher magnífica. Muito obrigada, Lygia!
Nara_Thais 01/09/2023minha estante
Estou gostando muito das suas indicações. Eu já queria ler mais Lygia Fagundes e foi um ótimo incentivo. Grata!!


Perdida_nas_Estrelas 01/09/2023minha estante
Oi, Nara! Obrigada pelo comentário, amei




pinkcastle 16/02/2023

Lygia Fagundes Telles te vejo como uma figura materna
Tinha esquecido completamente de postar minha resenha ???
Cara eu adorei, é uma seleção muito boa de contos so não gostei muito de dois..mas o resto me agradou muito. Os melhores:

Dolly
Boa noite, Maria
O segredo
Uma Branca Sombra Pálida
Anão de jardim

Eu amo o jeito narrativo da queen, os fluxos de consciência, essa temática recorrente dos desencontros da vida, Lygia é uma querida
Pedro 17/02/2023minha estante
?


Cat Lu 18/11/2023minha estante
Acabei de ler. Ela é perfeita, amei muito




Nicole Pazzini 03/10/2023

Esse livro não me agradou tanto como os outros que li da Lygia. Confesso que um ou dois contos terminei sem entender muito bem o sentido, voltei para ler o final e mesmo assim, não peguei a coisa (kkk). Acontece.

Nessa obra temos nove contos, bem curtos, que falam sobre a morte, solidão, amor e velhice. Meus contos favoritos foram Rosa Verde e Anão de Jardim.
Vinícius Tyrone 05/10/2023minha estante
Minha escritora favorita. Amo demais tudo da Lygia




Cat Lu 18/11/2023

É sobre a escrita, mas é mais sobre a escritora
A obra reúne contos de Lygia, todos revelando a genialidade da escritora que conheci dois livros atrás e que já se tornou uma das minhas preferidas.

Seus contos possuem estruturas parecidas: longos parágrafos com fluxos de consciência. Algo também muito recorrente, pelo menos para mim, é uma certa confusão nas falas das personagens, que nunca sei se são realmente falas, pensamentos ou divagações. O passado, presente e futuro se misturam na cronologia psicológica. E daí? A leitura não é a interpretação singular de cada um? Ela gosta de brincar com isso, a Lygia, deixando seus contos entreabertos e você e sua curiosidade que se virem.

Os contos, ao meu ver, são fotografias, é o que a escritora me faz perceber. É quase como se ela sorteasse alguém no mundo e contasse um pouco de sua história. É preciso atenção para ler seus textos e se afundar na perspicácia da autora. E algo que gosto muito é como a Lygia se torna nítida! É quase como se ela estivesse sentada ao meu lado e eu pudesse vê-la escrevendo ou me contando a história de alguém, mesmo que as narrativas sejam em primeira pessoa. É possível ver Lygia por trás de todas elas.

Meu conto preferido foi "Anão de Jardim". Nele fica claro a intenção dela de denunciar. O que, eu não sei, talvez a humanidade. Fagundes Teles nada mais faz que usar as personagem como pretexto para xeretar o íntimo dos seres humanos. É como se ela olhasse dentro de nós, sem aviso ou permissão, revirando tudo e deixando apenas a perplexidade do enxergar de nós mesmos.

Nesse livro, você experimentará da crueldade crua de algumas pessoas. Não é ficção, por mais que seja. Só depois de terminar de lê-lo percebo o quão mórbido ele é e me pergunto como a escritora teve coragem de despir a todos nós tão profundamente, sem cerimônias.
Guilherme 19/11/2023minha estante
Essa foi a resenha mais bem elaborada que já li em toda a minha vida, descreveu a escrita da Lygia com perfeição. Tenho sorte de conhecer duas escritoras tão incríveis como você e ela.




Lis 29/07/2021

Para registro pessoal
Os contos da Lygia merecem ser devoradas de uma vez, nesse terceiro contato com a escrita da autora reforço minha impressão de encanto com sua sensibilidade. As temáticas densas muitas vezes encobertas por uma narrativa sútil e outras vezes escancarada sem o pudor que só a profundidade releva.
Destaco os contos: ?Dolly?, ?Boa noite, Maria?, Uma branca sombra pálida?.
Margô 08/09/2021minha estante
Sou fã!!!!




Paula.Moreira 20/05/2021

Já quero ler os romances
Todos os contos despertaram em mim uma profunda nostalgia... Nunca tinha lido nenhuma obra da Lygia Fagundes Telles, então não sabia muito bem o que esperar! Fui com a mente aberta e posso dizer que a experiência me proporcionou muitas lágrimas, risos, entre outras emoções... Parece que a Lygia estava tocando um tambor e o meu coração só ia seguindo! Hahah
Terminei o livro já pesquisando os outros títulos dela para adicionar na minha lista de desejos.
Ps: tive o privilégio também de fazer essa leitura com duas queridas amigas, o que ajudou a ramificar mais ainda a experiência!
PS2: os contos que mais me moveram foi "boa noite, Maria", "papoulas em feltro negro"(acho que talvez esse seja o meu preferido), "uma rosa pálida" e "anão de jardim".
Amanda.Santiago 21/05/2021minha estante
????




bizinhavieira 06/02/2011

A Noite Escura e Mais Eu
O livro cujo título foi inspirado num poema de Cecília Meirele, é composto por nove contos:

- Dolly
- Você não acha que esfriou?
- O crachá nos dentes
- Boa noite, Maria
- O segredo
- Papoulas em feltro negro
- A rosa verde
- Uma branca sombra pálida
- Anão de jardim

Todos são contados em primeira pessoa e destes nove contos, sete são contados pelo ponto de vista de mulheres das mais diversas idades. Já "O crachá nos dentes" é contado pelo ponto de vista de um cachorro e "Anão de jardim", pelo ponto de vista de um, bem, anão de jardim. O que mais me encantou em todos os contos é que nenhum deles a principal preocupação é contar uma história, neles o importante é ressaltar como a personagem se sente naquele momento de solidão, desamparo, medo.

Outro ponto fantástico dos contos é a forma como os pensamentos se desenrolam, me identifiquei totalmente como pode-se chegar de um ponto a outro aparentemente sem ligação, mas que na linha de pensamento faz todo o sentido.

E ao ler, no fim do livro, uma análise feita por Fábio Lucas é que me dei conta de um aspecto muito interessante também dos contos. Assim como a narrativa não é o objetivo do conto, ter finais felizes também não é. Não importa nem se busca que a personagem tenha uma inspiração ao término da história e se sinta melhor com aquela situação, nem que escape de um destino que parecia certo. Importa sim, os sentimentos delas naquele recorte temporal, sejam meninas, jovens, idosas. Um livro de contos para se ler, reler, pensar, degustar.

FRASES
"O noivo da Matilde disse que três motivos podiam provocar um crime assim, ela esqueceu o terceiro mas não tem terceiro, o motivo é um só, a crueldade a crueldade a crueldade." p.25

"Era alto demais o preço para escamotear a velhice, neutralizar essa velhice - até quando? Por favor, quero apenas assumir minha idade, posso?" p.46

"Entraram pela fresta, bisbilhotaram o avesso da pedra e depois saíram obedecendo a mesma formação, além de disciplinada a formiga é curiosa e essa curiosidade é que a faz eterna." p.105

-- Mais resenhas em http://bizinhavieira.blogspot.com
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Renato Medeiros 25/09/2010

Contos de conflitos insolúveis

A noite escura e mais eu, primeiro livro de contos inéditos publicado por Lygia Fagundes Telles, após um breve intervalo no gênero, traz textos selecionados com esmero. A autora mantém sua particular e distinta escrita, além de se deter em maiores cuidados na constituição de suas histórias, transformando este livro em uma coleção de contos extremamente elaborados.

Os contos de Lygia, em sua maioria, não são explícitos, evidentes. Exigindo do leitor a capacidade de reflexão, fazendo com que ele participe da história para buscar a essência dela. Em seus textos, os fatos são fornecidos, mas não destrinchados e, por isso, muitas vezes o leitor acha o conto incompreensível ou insensato, sem nexo. Em A noite escura e mais eu os contos são mais pensados e também discretos, exigindo mais atenção e compreensão de quem lê.

Com esse livro, Lygia novamente traz abordagens polêmicas, que incomodam a moral da sociedade. Exemplo disso é o homossexualismo nos contos "Você não acha que esfriou?" e "Uma Branca Sombra Pálida", assunto já discutido em outros livros dela como Ciranda de Pedra e As Meninas. Além disso, a exclusão infantil causada pela família, tema também já explorado em Ciranda de Pedra, pode ser percebido em "A Rosa Verde". A prostituição, o preconceito e a intolerância em "O Segredo". Novamente a exclusão infantil, somada a memórias de infância e à relação problemática - até traumática - de professores e alunos em "Papoulas em Feltro Negro". Também a velhice, a eutanásia e a inclusão de objetos modernos como o celular, fruto da percepção aguçada da escritora - o livro foi publicado em 1995 - no excelente "Boa Noite, Maria", que também envolve certo mistério. Esse elemento não poderia mesmo faltar em um livro de Lygia Fagundes Telles, o mistério, que marca presença no conto "Dolly", abrindo a seleção.

As protagonistas dos contos de Lygia são predominantemente femininas. A escritora intensifica a sua sensibilidade e busca penetrar no psicológico de suas personagens, sejam elas crianças, adultas ou idosas, por meio do fluxo da consciência. Além disso, o clima de suspense, tão comum em suas composições, continua presente neste livro, mas cede espaço para o pensamento, a interiorização das recordações e para as minúcias que ajudam na concretização da problemática.

A noite escura e mais eu vem à tona como um excelente resultado de dedicação e esforço racional, para formar textos coerentes que passam ao leitor toda a idéia pretendida pela autora, com elegância na escrita e inteligência em sua construção.

Além disso, o título, tirado de um poema de Cecília Meireles, está diretamente relacionado com os contos, mostrando personagens solitárias em meio a uma teia de problemas que influi de formas diversas na vida de cada uma delas, como se estivessem sozinhas e perdidas em uma noite escura, assustadora, em que elas precisarão saber como atravessar ou então sucumbir no meio do caminho.
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Carol851 06/11/2011

Simples e Profundo
Um livro gostoso de ler, que desperta sensações, que é sensível. Eu definiria como um livro de histórias simples, mas cheias de profundidade e intensidade, exatamente como gosto, exatamento como sou!
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Flavia 01/08/2013

A Noite Escura e Mais Eu
Não conhecia a escritora anteriormente, porém me agradou muito seu estilo. Numa linguagem que oscila entre o delicado e o intenso, Lygia narra contos que nos desnudam diante dos conflitos humanos e na crueza das relações estabelecidas no dia a dia. Excelente para quem gosta de devanear nas entrelinhas e refletir além do óbvio.
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Deivid.Asaphe 09/04/2024

Qualidade ímpar
Acredito ser o melhor livro de contos da autora, escrito quando ela já tinha quase 80 anos, fica claro como Lygia dominava o estilo e gostava de se arriscar. Os contos são enigmáticos, comoventes, mas sobretudo intensos. Seja de maneira cruel, surpreendente ou triste, o que fica claro é que a autora não tem medo de escancarar as perversidades e dissimulações do ser humano. Por meio de personagens traumatizados e feridos por alguma situação da vida, a autora desenvolve os dilemas e conflitos que os levam até o extremo, e o que em cada caso, ele representa. Diferente dos livros anteriores, o título não é o de uma das histórias presentes na obra, mas sim um trecho da poesia de Cecília Meireles. São contos subversivos que me marcaram profundamente.
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Biblioteca Álvaro Guerra 24/10/2019

Noite Escura e Mais Eu enfeixa nove contos breves. Usando ora a primeira, ora a terceira pessoa narrativa, Lygia Fagundes Telles parece colher sempre suas personagens no contrapé, em situações-limite que revelam o que elas têm de mais secreto e incomunicável. São, em geral, histórias de destinos frustrados em algum momento, seja por circunstâncias externas, seja por traumas e fantasmas interiores.

Empreste esse livro na biblioteca pública.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535915464
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Maiara.Alves 24/12/2019

Lygia, sempre maravilhosa! ❤️
Contos que envolvem, surpreendem e abalam! Leitura provocadora de sensações e sentimentos inenarráveis!
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Syl 16/05/2020

Um mundo incrível repleto de significados.
Lygia Fagundes Teles uma contista exímia com as palavras . Cada conto muito bem representado com personagens e até mesmo objetos que criam uma " vida" em particular. Esses, tornam -se narradores personagens com pontos de observação indiscutível. Todos os contos muito bons, fechando com O anão de jardim. Uma viagem junto com a reflexão .
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