Sangue Por Sangue

Sangue Por Sangue Ryan Graudin




Resenhas - /////


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Andréa Araújo 18/01/2021

Incrivelmente real
Se tem uma característica que define basicamente os personagens desse livro, é sobrevivente.

E não é sobrevivência sobre humana, aquela que o adolescente adquire do nada, só com o poder do protagonismo, não, é aquela sobrevivência necessária, de quem já passou por tanta coisa na vida, que a única alternativa que resta, é sobreviver, e eles lutam para isso. É doloroso e lindo. Essa duologia é toda assim. Linda e dolorosa.

Eu me apeguei tão mais ao Luka, desde o final do primeiro livro, que passei a leitura desse toda tensa em qualquer cena, só queria pegar ele e a Yael e guardar num potinho. Eu confesso que quis ficar com raiva do Feliz durante a leitura, mas não consegui, eu entendo todas as suas ações durante o livro, com raiva, mas entendo. Yael com toda certeza entrou para a minha lista de personagens favoritas. Ela é tão humana e isso faz dela tão especial, que nem sei, passei o livro todo repassando o mantra: por fa vor não morra! por favor não morra!

Quando acabei de ler Lobo por Lobo, eu estava muito ansiosa para o que viria acontecer em Sangue por Sangue. E confesso que sou bem adepta de finais felizes e lá no fundo, tive esperança de um final bem água com açúcar e Deus Ex Machina. Mas ainda bem que não houve, não seria um bom desfecho, de qualquer forma.

A autora aqui, consegue trazer o tema de segunda guerra, abordar todas as crueldades e imaginar uma realodade paralela se o final real tivesse sido a vitória do Eixo. É uma ideia muito, muito boa e que ela escreveu maravilhosamente bem, sem diminuir nada, nem tratar de forma superficial. Abordar os dois lados, aqueles que foram perseguidos e aqueles que fingiram que nada estava aconteceu, porque era mais cômodo.

Sempre quando falamos do passado, pensamos em como as pessoas permitiram que a situação chegasse aquele ponto. Mas não é exatamente isso que estamos fazendo agora? Em pleno 2020/2021, o mundo está um caos e muitos permitem, porque é mais fácil acreditar em palavras que não nos prejudiquem naquele momento. E é por isso que livros assim, são necessários.

É uma leitura tão boa, tão bem escrita, tão real. Foi tão doloroso e tão maravilhoso, que indico esse livro para qualquer pessoa.
c a r o l 17/02/2021minha estante
Concordo com tudo que você falou! Achei que o final foi bem acertado! Cá entre nós, estava esperando um final ainda mais doloroso haha


Andréa Araújo 17/02/2021minha estante
Eu esperava um final de novela ne, mas tinha certeza que não seria assim haha não seria real.




My | @pagesandseasons 06/01/2021

Lobo por lobo é um livro simples, envolvente e um bom começo. Mas nada se compara a Sangue por sangue.

A autora conseguiu expandir muito bem a história, deixou os personagens mais tridimensionais e cativantes, a trama está muito mais elaborada e tem muita emoção.

Eu simplesmente não conseguia largar o livro, agoniada para saber que caminho a autora ia tomar.

Estou muito satisfeita com o desfecho, mas confesso que queria mais livros. Gostei tanto dessa jornada que leria mais páginas sem reclamar.
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Emilly 22/09/2020

Quase não era 5 estrelas!!!
Aqui vamos ter outros pontos de vista o q é positivo.
A jornada da protagonista contínua tão boa quanto no primeiro livro. O q eu achei desnecessário foi o romance tanto q pra mim o personagem só estava lá pra o romance acontecer o q me deixou bastantes irritada agr o Felix eu amei conhecer mais, se manteve com seu propósito de ajudar a sua família , msm eu achando suas escolhas erradas ele fez o que sempre pregou desde o primeiro livro. O q fez esse livro ser 5 estrelas pra mim foi o desfecho dos protagonistas e um final emocionante.
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Lucas 02/07/2020

Deveria ter sido uma trilogia
Eu amei a história de Lobo Por Lobo por ela ter sido muito diferente e instigante. Uma corrida po continentes? Uma mística da vida? Tudo pra mim.

Apesar de ter amado a duologia, reconheço que dentro de mim não fiquei totalmente satisfeito. Acho que o final não foi muito bem trabalhado e se fosse uma trilogia creio que seria perfeito e menos corrido. Mas valeu a pena.
raafke 01/11/2021minha estante
concordo, um dos meus livros favrts, mas se tivesse continuação acho q seria bem mlr




julia 22/06/2020

Resenha: Sangue Por Sangue
Chorei tanto lendo Sangue Por Sangue. O início é super super tenso e esse sentimento de aflição continua durante a leitura inteira. A jornada da Yael é cheia de altos e baixos e muitos desses são de destruir o leitor.

Os personagens continuam sendo ótimos e bem desenvolvidos. O Luke tem uma chance nesse livro de brilhar e eu amei isso pra ele. O Felix também ganha bastante tempo de página, mas a história dele é muito diferente da dos outros.

O final é meio zoado? A Graudin meio que se apropriou de uma teoria da conspiração em torno do Hitler e mudou ela um pouco pra encaixar na história. Me tirou da leitura porque é algo tão estranho de se ler em um livro com um tom super sério até então.
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Letycia30 21/04/2020

Emoção, sentimentos, histórias, passado, futuro...
Criar um mundo novo e complexo como o dessa duologia não é nada fácil... E por isso, fico maravilhada com o trabalho dessa obra. Todos os detalhes, os pensamentos, as descrições dos locais, as emoções, o suspense, é tudo na quantidade certa, nada exagerado nem precário. A história flui e apesar de acontecer em inúmeros lugares, conseguimos acompanhar. A autora consegue fazer o que muitos não consguem. No nosso coração, sabemos que não pode ser um final 100% feliz para todos, aliás é uma guerra, mas não deixa de ser é incrível e cativante. Yael é exemplo de determinação. Mesmo que tirem a identidade dela, não podem tirar sua alma.
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Caroline.Velani 11/04/2020

Sangue Por Sangue
"Eles eram o que o Reich mais temia. Uma garota judia e um menino alemão segurando o futuro e o passado de mãos dadas."

Não tenho palavras.
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Anna 07/03/2020

Meu deus
Esse livro foi algo que eu não estava esperando. Eu não tenho palavras pra descrever ou fazer uma resenha, pois essa autora conseguiu fazer um final triste e real.
Fiquei triste pelos acontecimentos ao longo do da narrativa nos pontos principais da narrativa, mas entendo o que ela queria passar.
Amei muito.
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Vanessa Vieira 07/09/2019

Sangue por Sangue - Ryan Graudin
Em Sangue por Sangue, segundo volume da duologia Lobo por Lobo, da norte-americana Ryan Graudin, temos uma história repleta de adrenalina, perigos e com um desfecho estarrecedor. Os personagens continuam fortes e determinados, em especial Yael e a trama se mostra cada vez mais sombria, ardilosa e intrigante.

Yael não se sagrou a campeã do Tour do Eixo graças ao genioso corredor Luka Löwe, mas cumpriu a promessa que fez para a resistência, ou seja, atirar em Adolf Hitler durante o Baile da Vitória, fazendo com que o mundo inteiro assistisse a morte do Führer por meio das câmeras. O problema é que, logo após o disparo, ela percebeu que o alvo de seus tiros era um metamorfo assim como ela e que Hitler ainda continuava vivo em algum lugar da Germânia.

Entretanto, para o resto do mundo, a ex-prisioneira cometeu um atentado contra a vida do Terceiro Reich e está sendo procurada viva ou morta pelos arianos. Como ela estava camuflada na pele da corredora Adele Wolfe quando atirou no líder nazista, surgindo uma verdadeira incógnita quando Yael revelou sua real identidade, ela acabou colocando em risco a vida de pessoas que não estavam ligadas com a resistência, tal como Felix Wolfe, gêmeo de Adele e o próprio Luka, que se veem obrigados a fugir junto com a audaz rebelde.

Tal grupo 'inusitado" precisa não somente escapar das garras dos agentes da suástica no Japão como também chegar ao quartel-general da resistência na Germânia, o único lugar que se mostra seguro para eles. A jornada do trio é árdua e envolve o perigo da travessia em meio aos soldados soviéticos, que não simpatizam nem um pouco com tipos como o de Felix e de Luke. Porém, Yael irá receber uma surpresa inusitada ligada ao seu passado, que irá lhe dotar ainda mais de força, garra e determinação. Em meio a batalhas sangrentas, disfarces esfuziantes e traições inesperadas, a jovem metamorfa irá conhecer ainda mais o seu real valor, além de descobrir que os tempos difíceis não vêm acompanhados somente de dor e lágrimas...

Sangue por Sangue fecha a duologia de Ryan Graudin com chave de ouro, mantendo o mesmo ritmo de outrora e aumentando ainda mais a nossa admiração por suas personagens. Tal como o próprio título sugere, trata-se de uma trama sangrenta e quase épica, envolta em uma verdadeira conspiração para deter Hitler e seus asseclas em um episódio tão sombrio de nossa história. Narrado em terceira pessoa de forma enérgica e repleta de adrenalina, o enredo te conquista do início ao fim e te comove com a bravura e força de seus protagonistas.

"De todas as almas que ele já havia encontrado, a dela era a mais radiante. Tinha a bravura de Cem Cruzes de Ferro derretidas e forjadas em algo mais puro e uma coragem não corroída pela crueldade."

Yael é uma personagem forte, determinada, brava e guerreira. Sobrevivente não só dos campos de concentração como também de experiências maquiavélicas promovidas pelo Anjo da Morte, a jovem metamorfa é uma das armas mais mortais e eficazes da resistência para combater Hitler e sua corja. Ela se mostra uma mulher de personalidade e uma amiga leal, protegendo aqueles que ama com unhas e dentes, quantas vezes forem necessárias. O que ela não esperava era que, em meio a tanta carnificina e sangue, fosse encontrar o grande amor de sua vida. E, para completar as alegrias de seu tão sofrido coração, uma personagem do passado - que até então ela julgara estar morta - volta para a sua vida e também abrilhanta a sua grande batalha.

"Saber quando confiar em alguém não era uma ciência exata. Era uma equação misteriosa, feita de fios e intuições."

Luka foi um dos personagens que mais me surpreenderam na trama. No livro anterior, ele me passou uma impressão bem negativa, mas aqui pude conhecer melhor o seu passado, sua dores e tudo aquilo que moldou e forjou o seu caráter. Ele não só se sobressaiu no livro, como também ostentou uma postura nada menos que heróica. Por sua vez, Felix se mostrou um personagem fraco, altamente manipulável e me decepcionou bastante com suas atitudes. Mesmo tomando as decisões mais acertadas ao longo do enredo, sua postura foi muito frustrante neste desfecho final da duologia.

Resumidamente, Sangue por Sangue é um livro indescritivelmente original, cheio de embasamento histórico e com personagens fortes e extremamente multifacetados. O enredo de Ryan Graudin é nada menos do que espetacular e nos traz uma visão abrangente sobre a Segunda Guerra Mundial e como houveram pessoas dispostas a arriscar tudo - até mesmo suas próprias vidas - para combater o nazismo e seus horrores. A capa segue o mesmo padrão da anterior, desta vez permeada por balões carregando sobreviventes e com uma textura levemente aveludada e a diagramação está ótima, com fonte em bom tamanho e revisão de qualidade. Recomendo ☺

site: http://www.newsnessa.com/2019/09/resenha-sangue-por-sangue-ryan-graudin.html
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Lauraa Machado 04/05/2019

Doloroso, emocionante, basicamente espetacular!
Foi só quando eu estava lendo as primeiras frases dos agradecimentos da autora neste livro que percebi o quanto deve ter sido difícil escrever essa história. Essa é uma das minhas ideias favoritas para livros, tão inteligente e mirabolante que eu teria dado uma chance para ela mesmo se todo mundo falasse que era ruim. Mas eu demorei para perceber que, talvez por ser tão boa, seria extremamente fácil errar feio na hora de desenvolvê-la.

Tanto pela questão do holocausto, que não é nada simples e, muitas vezes, eu sinto que não existe um jeito bom o suficiente para falar sobre ele; o que claramente influencia na relação entre os personagens, a protagonista judia e que passou por um campo de concentração da morte e alemães que passaram a vida inteira ignorando o que estava acontecendo e sendo a cara da raça pura e de todas as crenças perturbadas do nazismo; quanto pelas questões políticas, de revolução e revolta sobre o que a autora explica desde o primeiro livro como um império absurdo de grande e opressor. Nenhuma dessas coisas é simples. Seria tão fácil para a autora errar.

Mas ela não errou em nada! Fiquei esperando alguma cena romântica apelativa, uma resolução deus ex machina, um final feliz forçado, qualquer coisa assim - não pela minha própria experiência com a escrita da autora, mas porque já vi isso acontecer com tanto livro bom, e esse me parece ser o mais difícil de manter o nível da história. Mas ela realmente conseguiu. De um jeito doloroso, como esse livro tinha que ser, mas realista, pé no chão e tão emocionante que, só de falar sobre, me dá um nó na garganta e vontade de chorar.

Pois eu não consegui escolher entre este e o primeiro livro como um favorito. O primeiro significa tanto para mim, principalmente pelo foco na situação da Yael, no campo de concentração e fora dele. Mas esse segundo foi perfeito. Sem ideias mirabolantes sem pé nem cabeça, mas também sem um segundo de situações entediantes. E foi doloroso mesmo, mas tão bem feito!

Fiquei especialmente feliz pelo final, ainda que ele não seja o que todo mundo chamaria de final feliz. Tem só uma grande reviravolta do livro que eu já tinha previsto desde o final do primeiro, mas o livro não depende dela para ter significado ou emoção. A Yael teve mais foco no primeiro, e confesso que senti um pouco de falta desse foco nela durante este segundo, mas deu tempo da autora desenvolver os outros.

Sim, eu amo o Luka agora, porque consigo ver sua essência e substância, o que não tinha visto no anterior. E o melhor é que a autora o desenvolveu sozinho, não em função da Yael, o que foi absolutamente necessário para eu conseguir vê-lo como uma pessoa completa e cujo ponto de vista valia meu interesse.

Sobre o Felix, talvez essa seja minha única crítica mesmo para a duologia toda. Ele começa super bem, mesmo que tenha tomado atitudes que podem fazer algumas pessoas o odiarem. Não tive o menor problema com isso, porque mega entendo suas razões. Entendo suas razões do começo ao fim, aliás, mas não consegui evitar sentir que a autora se esqueceu um pouquinho dele durante o livro, que ela até o infantilizou em alguns momentos. Não era como se a situação dele fosse das mais fáceis e, durante muito tempo, eu não esperava mais mesmo. Mas achei que, da metade para o final, ele poderia ter sido mais aprofundado.

Outra coisa que poderia ter sido aprofundada era a relação dele com a Yael. Acho que os dois ficaram muito afastados um do outro durante o livro todo. Não teve aquele momento de reconhecimento entre os dois, pelo qual fiquei esperando desde o anterior. Senti bastante falta disso.

Mas o resto do livro ainda é maravilhoso, me dá arrepios só de pensar, e a cena da Yael com o tatuador é uma das mais dolorosas para mim, não consigo nem explicar.

A única outra coisa que preciso falar é: leiam este livro. Leiam esta duologia. Ela não deixa nada a desejar, nem em ação, nem em inteligência, nem em solidariedade e história. Lobo por Lobo e Sangue por Sangue são exatamente do tipo de livro que muda sua vida! Deixe que eles mudem e enriqueçam as suas!
Andréa Araújo 08/05/2019minha estante
Ai Deus


Lauraa Machado 08/05/2019minha estante
Haha amei o comentário!


Andréa Araújo 08/05/2019minha estante
Haha foi só o que consegui expressar


dkdmkd 29/07/2019minha estante
Finalmente encontrei alguém que ama essa duologia tanto quanto eu!
Me marcou e entrou para minha lista de livros favoritos DA VIDA. Não consigo nem expressar o quão tocada fiquei pela história da Yael, o quanto eu me conectei com a história e me emocionei (principalmente com o final nada fácil de superar do segundo livro hahaha)




Aryanna 09/08/2018

É impossível resenhar Sangue por Sangue sem soltar vários spoilers sobre o livro anterior.
No final de Lobo por Lobo, após revelar sua identidade a Felix e trancá-lo em um quarto, Yael comparece ao Baile da Vitória como convidada do duplo vencedor Luka Lowe. Seu plano era dançar com o Fuhrer e aniquilá-lo na primeira oportunidade, um plano que teria sido bem sucedido caso o cadáver no chão fosse realmente do Fuhrer, e não de um metamorfo desconhecido.

Sangue por Sangue começa bem aí, na descoordenada fuga de Yael. Diante do acontecido, Luka Lowe não tem escolha a não ser seguir a recém-criminosa - pois seria bem difícil ficar no local e tentar convencer a SS de que sua convidada tentou matar o Fuhrer mas ele não tinha nada a ver com isso. Convencido pela falta de escolha, Luka segue Yael sem saber se a garota que é inimiga do Reich também pode ser amiga do garoto-propaganda do mesmo regime.

Ao perder seu disfarce - afinal, não foi difícil fazer com que Felix fornecesse à SS a informação de que Adele (sabidamente Yael), na verdade, é uma troca-rostos que só pode ser identificada por sua tatuagem de lobos -, nossa protagonista fica em dupla desvantagem: sem plano (não havia um manual sobre "o que fazer se você matar o Hitler mas ele não for mesmo Hitler") e sem o escudo impenetrável que era sua habilidade de trocar de rostos. Seguida por um Luka confuso e desconfiado e por um agente duplo, Yael precisa se reconectar à célula da resistência e tentar dar rumo à revolução que estava dando seus passos iniciais no Reich.

O desenrolar do romance entre Yael e Luka é singelo, algo completamente digno de um livro da seção infanto-juvenil - que é o caso aqui, afinal. Ver Luka conhecendo a verdadeira Yael, e não mais a garota que fingia ser Adele Wolfe, foi uma das melhores partes da leitura. Por outro lado...

(Resenha completa em http://www.asmeninasqueleemlivros.com/2017/12/resenha-sangue-por-sangue.html )
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Tamirez | @resenhandosonhos 02/08/2018

Sangue por Sangue
Quando eu li Lobo por Lobo eu tinha expectativas elevadíssimas para a história e acabei não encontrando o tom de selvageria que a sinopse me passou. A trama era uma jornada muito menos perigosa e eu baixei as expectativas para esperar esse segundo livro. Porém, Sangue por Sangue tem um tom bem diferente, com muito mais aventura, e com uma virada de história ao final que dá gosto de ter seguido em frente com essa duologia.

Se o charme do primeiro livro foi conhecer o passado de Yael, aqui é realmente conhecer essa garota. No primeiro livro ela interpretava uma personagem que no momento lhe servia, mas a verdadeira pessoa estava escondida. Em Sangue por Sangue ela demonstra seus sentimentos, suas fraquezas e medos, sem perder o tom da missão e o fato de que houve sim um treinamento envolvido e que ela não caiu de paraquedas nessa história. E isso foi algo que eu gostei. Mesmo as coisas dando errado, mesmo sendo perseguida, ela nunca desiste, Yael segue em frente, tentando consertar, em busca de informações, como um bom agente faria. Acho que esse tipo de coisa dá mais peso à construção que a autora quis impor da personagem no primeiro livro e que, mesmo ela sendo jovem, a vida já ensinou que não há tanto espaço e tempo para se perder com leviandades.

Entretanto, há muito sentimento nela, e isso faz com que ela tome algumas decisões que são movidas não apenas pela lógica, mas pelo coração. Ela também deixa passar algumas coisas por confiar em pessoas que ela não deveria. Porém, o que poderia ser um ponto fraco, acaba por contra balancear a situação mencionada a cima. Mesmo como soldado, mesmo com uma missão, mesmo “modificada”, há muito de humano em Yael, e humanos cometem erros.

“Seus fantasmas – tanto os vivos como os mortos – estavam se tornando vingativos.”

Há também uma certa esperteza no cenário. E é quando a grande revelação vem à tona que se percebe quantas pistas se deixou passar pelo fluxo de narrativa. Eu ia lendo e pensando: onde isso vai dar? pra onde essa história está caminhando? E ai, pá. Lá estava, o tempo todo na frente do meu nariz. E eu acho incrível quando isso acontece, mesmo não sendo tão surpreendente pelas pistas porque significa que o livro me distraiu o suficiente para que eu mergulhasse na trama e deixasse um pouco de lado o meu sendo lógico.

O período histórico e a construção social do mundo é algo que me chamou a atenção desde o princípio. Uma realidade onde Hitler venceu a guerra não esteve tão longe de acontecer e ver algumas das mudanças é de dar arrepios. E também é bacana ver como uma mesma premissa pode ser usada de várias formas pra construir histórias diferentes. Em 2017 eu também li O Homem de Castelo Alto, que tinha uma proposta semelhante, mas com outro propósito. Aquele foi um livro mais seco, confuso, enquanto esse se propõe a aventura e com um tom bem mais jovem, sem perder a seriedade da realidade.

“Eles eram o que o Reich mais temia. Uma garota judia e um menino alemão segurando o futuro e o passado de mãos dadas.”

Esse também é um livro onde conhecemos verdadeiramente os personagens, sem máscaras e eles são palpáveis. O desespero e a dúvida que habitam alguns que os fazem tomar certas decisões, parecem extremamente corretos mesmo que eu estivesse em discordância, e isso dá mais veracidade para a trama.

Diferente de Lobo por Lobo que não me satisfez completamente, Sangue por Sangue foi uma grata e apreciada surpresa. Eu li ele durante uma maratona 24h e o fluxo da narrativa é super fluído, diferente do que eu imaginava por ter demorado mais no primeiro livro. Há uma ânsia crescente de saber onde aquilo tudo vai dar e somos instigados a devorar o livro.

Então, se você já deu o start nessa duologia, a conclusão vale a pena. E se caso você não tenha começado ainda, mas se interessa pela premissa, acho que é um bom investimento por toda a jornada e pelo contexto de uma realidade opressora que, por mais que seja horrível admitir, passou perto de acontecer e parece perto no momento atual do mundo também.

site: http://resenhandosonhos.com/sangue-por-sangue-ryan-graudin/
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Marcella.Martha 02/08/2018

JESUS ME CHICOTEIA!
SENTA QUE LÁ VEM TEXTÃO PORQUE EU TENHO MUITOS FEELS!!!! (Mostly non-spoilery, exceto se você nem leu Wolf by Wolf, AÍ, MEU AMIGO, REPENSE BEM AS DECISÕES DA SUA VIDA!!!)

Eu não sei o que fazer com a minha vida. Os últimos seis ou sete capítulos foram lidos como se eu tivesse miopia, porque as lágrimas tavam embaçando tudo. Raríssimas são as vezes em que eu choro UM POUQUINHO, UMA VEZ durante uma leitura. Blood for Blood me deixou desidratando igual uma porca antes do abate.

Eu estou seriamente dividida entre estar muito feliz por ver uma história pela qual eu me apaixonei ganhar um final incrível e digno e a tristeza pela qual eu fui forçada a passar para este fim. Aqui temos eu:



O que eu posso dizer sobre Blood for Blood é que é dos livros mais crueis, desesperadores e bonitos que eu já li. Minhas expectativas depois de Wolf by Wolf eram altíssimas, tão altas que teria sido mais fácil a Ryan Graudin decepcionar a minha alma cri-cri corneteira do que acertar. E ela acertou. Acertou em cheio NO MEIO DO MEU CORAÇÃO. COM UMA FACA. DEPOIS TORCEU.

Enquanto Wolf by Wolf foi incrível mas, em sua maior parte, feito de uma aventura na forma da corrida de motos, Blood for Blood subiu a barrinha de nível, e subiu com força. Foi assustador, perigoso, terrível em alguns momentos, mas também libertador e absolutamente verdadeiro. A Ryan Graudin escreveu uma história aqui que está alguns níveis acima do que normalmente a gente vê no universo YA. Não só porque a escrita dela é fantástica, poética, eletrizante e a escolha de palavras é perfeita, mas porque o mundo que ela construiu - uma distopia com uma pitada de ficção científica - é real. Ou foi real. E você consegue sentir tudinho: o medo, a incerteza, o perigo constante, a iminência da desgraça.

É importante lembrar isso: durante muitos anos, mais de uma década para ser mais exata, esse mundo existiu de verdade. Pessoas morreram exatamente nas mesmas circunstâncias em que os nossos personagens se encontram em Blood for Blood. A resistência, as tentativas de assassinar o Führer, as pessoas que perderam tudo e mais um pouco para o ódio e a perseguição nazista - nada disso é ficção. Talvez por isso essa seja uma história que vai lá no âmago. E será que nós estamos tão distantes assim de viver alguma coisa parecida de novo? No ritmo que a coisa anda nesse mundão, eu não sei não, viu...

Os personagens! OS PERSONAGENS!! Foram o
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Larissa Guedes de Souza 18/06/2018

Se você não leu Lobo por Lobo, esta resenha pode conter spoilers.

Iniciei a leitura com altas expectativas pelo fim dessa história super interessante e foi melhor, mais eletrizante, mais cheio de emoções do que imaginei! Assim como o primeiro livro, este também tem uma ambientação perfeita da época do Terceiro Reich. A violência, a tensão, as conspirações e traições que sabemos que existiria em um mundo que Hitler tivesse vencido a guerra estão presentes. E você consegue sentir tudo isso. O leitor fica tenso junto com os personagens em fuga após Yael matar quem ela pensava ser o Füher.

Agora Yael deve tentar atravessar a Ásia e Europa novamente, desta vez sendo perseguida, para voltar à Germania e decidir os próximos passos. Pois para a Resistência ter sucesso total, Hitler não pode estar vivo. Onde está e quem é o verdadeiro Hitler? Será que ela matou o único metamorfo que podia se passar por Hitler? Ou será que existem outros? Quantos metamorfos existem mais? Ela achava que era a única com essa habilidade, mas agora deve questionar tudo.

Novamente a caracterização e as personalidades dos personagens são destaque no livro. Enquanto no primeiro só conhecíamos mais de Yael, já que a história era contada apenas sob sua ótica, neste livro a autora alterna os pontos de vista do narrador entre Yael, Luka e Felix. Assim, podemos conhecer mais sobre cada um deles. Os conflitos, as crenças e as lealdades nos são escancaradas e isso é um dos fatores que nos deixa apreensivos, pois sabemos que certas traições estão por vir, antes dos outros personagens descobrirem. Também há alguns flashbacks que servem para detalhar e esclarecer mais a personalidades dos três adolescentes principais da história.

Luka, na minha opinião, foi o personagem que mais evoluiu nesse livro. Percebemos e entendemos que ele não é o garoto propaganda Reich. Ele é mais denso e com mais camadas do que imaginamos. Não posso falar muito disso, senão pode sair algum spoiler. E claro que também temos a relação entre Luka e Yael, agora que ele sabe que ela não é Adele.

Enfim, a autora conseguiu fazer uma história de ficção ser completamente verossímil e possível na realidade. Tratando inclusive das questões de que nem todos que viviam (ou vivem) em uma ditadura que faz atrocidades concordam com aquilo. Na verdade, a maioria das pessoas é apenas massa de manobra e nem faz ideia do quão longe a maldade, o preconceito e o racismo podem ir. As pessoas se acomodam com a sua posição confortável nesse mundo e não veem, ou não querem ver, o que outros estão sofrendo. Às vezes, por maldade mesmo, às vezes por egoísmo, às vezes por pura ignorância e às vezes por medo. E vemos como cada um dos meninos alemães da história reagem quando a violenta verdade é jogada na cara deles.

“O medo não é desculpa. O medo é ser humano” - Yael

Achei o livro bem mais tenso e eletrizante que o primeiro, pois nesse a ação está bem mais evidente. Enquanto que no primeiro Yael tinha apenas um objetivo e o caminho até lá era bem mais linear, este livro é repleto de planos, fugas, reviravoltas e conspirações. Meu único comentário um pouco negativo é que achei o clímax e as resoluções finais meio corridas, mas nada que diminua minha opinião sobre a série.

site: https://bibliomaniacas.blogspot.com.br/
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Luiza Helena (@balaiodebabados) 28/05/2018

Originalmente postada em www.oquetemnanossaestante.com.br
Sangue por Sangue é a eletrizante continuação de Lobo por Lobo (leia a resenha aqui) e começa exatamente de onde parou o livro anterior. Não vou me adentrar muito na história desse aqui para não soltar spoilers, mas posso dizer com tranquilidade que esses dois livros já entram na lista de melhores de 2018.

Não vou mentir que fiquei bem receosa em como a Ryan iria dar um término digno a história em apenas um livro. Pois a mulher cumpriu o que prometia. Além de não deixar uma ponta solta na história, Sangue por Sangue tem um ritmo bem rápido e angustiante, deixando você sem ar a cada página.

Yael se tornou uma das minhas heroínas favoritas. Ela é minha guerreirinha e irei protegê-la. Para uma pessoa que foi vítima de um experimento nazista, Yael ainda nutre bastante esperança de um mundo melhor, caso consiga cumprir sua missão de matar Hitler. E é esperança que a ajuda a manter o foco na missão. Até em momentos de desespero, Yael consegue se manter concentrada e focada, colocando em prática todo seu treinamento.

Além do ponto de vista de Yael, nesse livro somos agraciados com capítulos narrados em terceira pessoa, focando em Luka e Felix. Gostei muito desse acréscimo porque assim conhecemos melhor esses dois meninos que se viram caindo de paraquedas na conspiração contra o Fuhrer.

Nos capítulos de Luka, vemos que ele é um garoto que sempre tentou agradar tudo e todos, mesmo que isso fosse na direção totalmente oposta do que ele realmente pensa. Apesar de toda essa fachada de cara que não se importa, ele esconde sua verdadeira personalidade por trás de respostas irônicas. Na real, Luka é um bolinho de pessoa, um tanto inseguro e que deve ser protegido de todos os males.

O responsável pelas emoções dúbias nesse livro é Felix Wolfe. Suas atitudes foram daquelas de fazer qualquer um espumar de ódio porque todas as tretas que acontecem e colocam em risco a vida de Yael é por culpa dele. Parando para analisar, eu entendo o que o levou a fazer tudo aquilo; provavelmente eu teria feito o mesmo, mas no momento do desespero a raiva aparece. Entretanto, a partir de certos acontecimentos, o mais novo dos Wolfe foi uma pessoa extremamente burra e iludida, merecendo sim ter a fuça arrastada no asfalto quente coberto por pedra brita.

Um ponto que quase toda resenha concorda é na importância das mulheres nessa história. A vida de Yael foi marcada por mulheres que ajudaram-na a moldar seu caráter de alguma forma. Temos Miriam, que foi seu alicerce durante a época do campo de concentração; Babushka, que sempre acreditou que ela iria mudar o mundo; Henryka, que a ajudou no momento em que ela se viu perdida no mundo. E por que não falar de Adele Wolfe que, apesar de ser uma cobra criada, que se recusou a seguir o destino já traçado por Hitler para as mulheres de sua nação? Ryan conseguiu equilibrar de forma maestral o destaque entre os homens e as mulheres.

Claramente, na reta final do livro, temos um grande plot twist que muda tudo o que Yael sempre soube. Também tivemos muitas mortes, todas ainda sofridas e abertas em meu coraçãozinho de gelo. Nunca esquecerei vocês.

Uma única coisa que não me convenceu na história foi o romance surgido entre Yael e Luka. entretanto, o fato de já gostar deles juntos desde o livro passado (com Yael sendo a não-Adele) e o livro ser maravilhoso do começo ao fim, esse detalhe fica bastante em 826548207143 plano.

Lobo por Lobo e Sangue por Sangue foram livros escritos após uma grande pesquisa minuciosa em uma das épocas mais negras da história da humanidade. Durante todo o livro, você vai ficar com aquele sentimento de “e se…”, o que aumenta mais a angústia pois o mundo passou bem perto de ser igual ao de Yael.

Sem sombra de dúvida, super recomendo essa duologia e espero que todo mundo tenha a chance de acompanhar a saga de Yael na luta para um futuro melhor.

“Yael não era um monstro. Luka não era a próxima geração do nacional-socialismo. Eles eram o que o Reich mais temia. Uma garota judia e um menino alemão segurando o futuro e o passado de mãos dadas.”

FICHA TÉCNICA
Título: Sangue por Sangue (Lobo por Lobo #2)
Autor: Ryan Graudin
Editora Companhia das Letras / Selo Seguinte
Nota: 5♥

Leia mais resenhas em www.oquetemnanossaestante.com.br

site: http://www.oquetemnanossaestante.com.br/2018/05/sangue-por-sangue-resenha-literaria.html
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