Aryane 02/09/2021
Cherloque vai à caça do assassino
Neste livro Cherloque Rolmes (deste jeito abrasileirado mesmo!) ao fugir de um hospício vai parar em uma mansão no bairro Morumbi. Pra quem não sabe, Morumbi é um dos bairros mais nobres de São Paulo, está chovendo e debaixo de chuva e tudo ele conhece Severino, motorista do secretário de Estado". Após uma breve conversa, Cherloque Rolmes oferece um emprego para Severino: assistente, ajudando no que for necessário para resolver o caso, no qual ele está trabalhando, então o investigador passa a chamar o chofer de doutor Uótis. 😅 O mistério a ser desvendado é a "maldição" dos Vista Grossa, antigos donos da não mais tão suntuosa mansão, vendida pelos Vista Grossa para a família dos Catingueira. Ao que parece todos os Vista Grossa estão sendo assassinados por um monstro, uma mula sem cabeça, talvez...
A cada capítulo uma nova descoberta é feita por Cherloque, um detetive não tão sagaz quanto o original que o inspirou, pois o livro se trata de uma ótima sátira e homenagem ao gênero de livros policiais. Existe até um momento no livro em que Cherloque cita o seu criador Sir Conan Doyle, criticando-o por ter tentado matá-lo, que foi o que realmente aconteceu no livro Memórias de Sherlock Holmes ( que terminei de ler recentemente, inclusive). Após a publicação desse livro, Doyle foi obrigado a reviver o personagem, por causa da revolta dos seus fãs. Assim como esta referência existem outras ao longo do livro.
Ele é recheado de personagens engraçados, reviravoltas, mortes esquisitas, porões, sótãos misteriosos e passagens secretas.Eu recomendaria este infanto-juvenil não só para os jovens leitores, mas também para quem quer uma leitura leve e divertida ou é fã do gênero policial. Como fã do gênero e apaixonada pelo personagem Sherlock, amei reencontrá-lo em terras brasileiras.