rperesperes 21/11/2019Tudo sobre o livro + Resumo + Minhas breves consideraçõesRESUMO
Somos influenciados por outras pessoas em tudo o que fazemos, mesmo que não tenhamos conhecimento disso. De imitar alguém palavra por palavra, fazer exatamente o oposto de outra pessoa apenas para ser diferente, outras pessoas estão sempre guiando nossas ações. A boa notícia é que quanto mais entendermos essa influência, melhor poderemos lidar com ela.
MINHAS BREVES CONSIDERAÇÕES
- Somos propensos a imitar os outros em comportamentos e a adotar suas opiniões.
- Todos querem se destacar de alguma forma, por isso é importante a criação de uma identidade.
- Marcas e pessoas trabalham duro para mostrar o que não são, às vezes com resultados negativos.
- As pessoas anseiam por familiaridade e diferença – e o melhor caminho é conseguir alcançar um equilíbrio entre os dois.
- Outras pessoas podem ser uma fonte de grande motivação ou uma grande distração, dependendo da tarefa em mãos.
- Dica: Quando você estiver em uma negociação e as coisas não estiverem boas, tente usar o mimetismo para conquistar a confiança da outra pessoa. Negociadores que espelham o comportamento de suas contrapartes têm cinco vezes mais chances de alcançar um acordo aceitável.
A partir daqui, tudo sobre o livro...
SOMOS MAIS INFLUENCIÁVEIS DO QUE ACHAMOS QUE SOMOS
Você sabe o que é pressão social? Enquanto você pensa que todas as decisões que você toma – como quais roupas vestir, o que comer, quais objetos comprar – são apenas suas, na verdade cada decisão que você toma é afetada por outras pessoas. Os outros tem influência sobre nós, e identificar essa influência pode ajudar você a superá-la.
Mas o que nos torna tão vulneráveis a influências alheias? Um dos motivos é que influenciados por certos fatores sutis. O psicólogo Richard Moreland tentou demonstrar um exemplo da nossa vulnerabilidade a partir de um estudo que instruía quatro mulheres, consideradas igualmente atraentes, a participar de uma grande turma de faculdade, agindo como estudantes normais. As quatro mulheres deveriam participar de zero, cinco, dez e quinze aulas da turma, respectivamente.
No final do semestre, Moreland deu fotografias das quatro mulheres aos alunos e pediu que classificassem as mulheres com base em sua aparência. A maioria da turma preferia a mulher que participou de quinze aulas, mas o mais curioso é que eles não estavam cientes de já tê-la visto alguma vez. Isso quer dizer que tendemos a preferir pessoas familiares, e a influência social é uma força poderosa nesse sentido. No entanto, se estivermos cientes, isso tem menos efeito sobre nós.
Por exemplo: digamos que, em um bairro, a maioria das crianças costuma zombar daquelas que gostam muito de passar seu tempo lendo livros em uma biblioteca. Facilmente, uma nova criança que entra nesse bairro pode ser influenciada a também zombar daqueles que leem muito, mas somente até que se dê conta de que está sendo influenciada.
Ao perceber que, na verdade, essa opinião não era intrinsecamente sua, mas de um grupo, a criança nova pode considerar que todos as pessoas inteligentes que ela admira são pessoas que imergiram em livros e, em vez de odiar os leitores, ser encorajados por eles.
TENDEMOS A REPETIR E NOS APOIAR NAS OPINIÕES E COSTUMES DOS OUTROS
Já aconteceu de você ver alguém espirrar e sentir vontade de fazer o mesmo? Ou percebeu que quando alguém ri, você fica mais propenso a rir também? Quando vemos outra pessoa expressando uma emoção, as células do nosso cérebro – chamadas neurônios-espelho –, começam a disparar. E não é somente nas emoções que gostamos de imitar os outros.
Graças à nossa mentalidade de rebanho, tendemos a nos sentir mais confiantes fazendo o que outras pessoas fazem. Por esse motivo, somos mais propensos a adotar o comportamento e as opiniões daqueles que nos rodeiam, mesmo que achemos que somos completamente independentes.
Fazemos isso basicamente por causa da pressão social. Em 1951, o psicólogo Solomon Asch fez um experimento bastante interessante: grupos de 7 pessoas, em que seis eram atores e uma era o único participante real, eram solicitados a combinar o comprimento de uma linha com três outras linhas que estavam traçadas em um cartão. Cada participante era chamado individualmente para combiná-los. Os seis atores eram instruídos a dar respostas incorretas, e observou-se que, em um terço dos casos, o participante real concordava com a opinião do grupo – e dava a mesma resposta incorreta.
A imitação pode até explicar várias formas de mídia que fazem grande sucesso. Embora os editores e produtores queiram saber o quão popular será um livro, uma música ou um filme, é quase impossível dizer por causa do poder da influência social.
Então, o que os outros pensam pode nos influenciar tremendamente. Mas nem sempre queremos ser como todos as outras pessoas.
MUITOS DE NÓS SOFREMOS COM O EFEITO ESNOBE - GOSTQMOS DE NOS DIFERENCIAR DOS DEMAIS E NÃO QUEREMOS PERTENCER A UMA MAIORIA
Amamos o sentimento de gostar de algo que quase ninguém gosta. Aquela banda desconhecida que é nossa preferida, parece nos fornecer um sentimento de exclusividade que amacia nosso ego. Quando ela se torna popular e, repentinamente, todos gostam dela, é normal sentirmos frustração. Mas por quê?
Existe uma força em jogo que vai contra a ideia de imitarmos a maioria: o efeito esnobe. Quanto mais a população em geral gosta de algo, menos interessados se tornam muitos.
Pessoas assim não querem apenas parecer diferentes; elas querem parecer melhores, mais inteligentes, mais ricas ou mais sofisticadas. Enquanto algumas pessoas anseiam por se distinuirem, nem todos nós o fazemos. Por exemplo, nos Estados Unidos, as pessoas sentem uma forte necessidade de se diferenciar, enquanto o Oriente Médio se preocupa mais com harmonia e conexão social.
Mas também existem diferenças dentro dos Estados Unidos, especialmente ao longo das linhas de classe. Assim, enquanto uma pessoa de classe média estará mais ansiosa para se diferenciar, digamos, por possuir objetos materiais diferentes, as pessoas da classe trabalhadora são mais propensas a imitar as escolhas umas das outras.
Os valores são mutáveis de acordo com as classes. Pessoas de origens mais humildes costumam gostar mais de coisas que a maioria da população gosta. Isso porque nas comunidades de classe trabalhadora, a familiaridade e a cooperação são mais valorizadas do que a exclusividade.
MARCAS E PESSOAS FAZEM TODO O POSSIVEL PARQ GARANTIR QUE AS PESSOAS NÃO AS CONFUNDAM COM OUTRAS - ESPECIALMENTE SE ESSA OUTRA ENTIDADE FOR INDESEJÁVEL
Ninguém gosta de ser “mais um” em meio a tantos outros. As marcas e pessoas buscam sempre destacar-se de uma maneira única, criando sua própria identidade. Um grande exemplo são as diversas marcas e grifes de roupas, que as pessoas usam em busca de comunicar algo sobre si mesmas e distinguir-se das demais.
Provar o que você não é pode ser tão importante quanto provar o que você é, e às vezes as pessoas se machucam tentando fazer o primeiro. Tendo isso em conta, se você quiser se diferenciar, é mais seguro escolher produtos caros e descartáveis. Afinal, você não pode se destacar usando algo que todos precisam e podem pagar, como pão ou papel higiênico. Produtos e atividades caras, por outro lado, são ótimos para se distinguir, contanto que os outros o vejam usando ou executando.
Mas lembre-se: o fato de que nem todos podem pagar por essas coisas não as torna exclusivas. Tais custos podem ser investimentos monetários, como comprar um iate; investimento de tempo, como aprender uma nova língua; ou um custo de oportunidade, como ostentar muitos piercings.
OS HUMANOS TENDEM A PREFERIR PESSOAS E COISAS FAMILIARES
Gostamos daquilo que nos é familiar e o motivo é que isso aumenta nossas chances de formar grupos muito unidos. Na verdade, essa atração pelo familiar vai tão longe que em países onde acontecem grandes furacões, os pais costumam dar aos filhos nomes que começam com a mesma letra da tempestade, como uma família em Nova Orleans que nomeou sua filha Kathy depois do furacão Katrina. Esses pais preferiram esse nome simplesmente porque foram expostos ao som da letra K.
Mas, enquanto a familiaridade é um atributo favorito que procuramos, os seres humanos também anseiam por novidades. Assim como todos os outros mamíferos, estamos sempre buscando novas experiências. Por exemplo, o efeito Coolidge descreve um mamífero, um hamster macho, por exemplo, perdendo todo o interesse em uma fêmea da mesma espécie depois de copular com ela várias vezes.
Então, quando uma nova fêmea é introduzida, o hamster, neste caso, torna-se brincalhão, excitado pelo potencial de uma nova experiência. O mesmo efeito ocorre nas fêmeas, embora com um efeito não tão poderoso.
Mas independentemente de quanto desejamos algo, muitas vezes permaneceremos passivos até sabermos que é seguro. Nesse sentido, o que realmente estamos procurando é o meio termo – e isso também vale para nossa identidade: queremos ser familiares e diferentes.
Todos nós queremos ser únicos em nossos círculos sociais. Mas para fazer parte de tal grupo, você também precisa estar familiarizado. Então, você pode divergir de seus colegas dirigindo um carro branco em vez de um prateado, mas não vai tão longe a ponto de insistir em dirigir um trator.
UNIR-SE A OUTROS PODE AJUDAR A GARANTIR UM MELHOR DESEMPENHO
Quando uma tarefa é relativamente simples, temos melhor desempenho sob o olhar de espectadores, competidores ou companheiros, já que essas pessoas nos mantêm motivados. Por exemplo, é mais provável que você persista em uma dieta se outras pessoas estiverem responsabilizando você; Da mesma forma, você correrá mais rápido quando estiver competindo com outras pessoas.
Mas, se a tarefa é bastante difícil e envolve aprendizado, a presença de outras pessoas pode prejudicar seu desempenho por diversos motivos. Em primeiro lugar, outras pessoas podem gerar distração, porque elas nos fazem focar em parecer bons ao invés de completar a tarefa em questão, ou porque elas envolvem você em atividades não relacionadas ao seu objetivo.
A presença de outras pessoas também deixará você mais fisicamente alerta. Seu corpo estará pronto para lutar, fugir ou agir, e nenhum deles ajuda muito na solução de uma complexa equação matemática.
Ao mesmo tempo, você pode usar a influência social para motivar os outros a agir de forma diferente, mas essa ferramenta tem seus limites. Por exemplo, você pode fazer com que as pessoas consumam menos energia em suas casas, apelando para seu espírito competitivo. Em um estudo, quando se tratava de consumo de energia, o que as pessoas mais se importavam era quanto de energia eles economizavam em relação aos seus vizinhos. Isso acabou sendo um fator motivador muito maior do que, digamos, proteger o meio ambiente.
No entanto, essa estratégia só funciona se houver esperança de que você possa vencer a concorrência. Então, se um estudante está tão atrasado em seu trabalho escolar a ponto de não haver chance de recuperar o atraso, compará-lo com seus colegas só prejudicará sua moral.