Manual da faxineira

Manual da faxineira Lucia Berlin




Resenhas - Manual Da Faxineira


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Max 21/11/2022

Uma mulher incrível!
É um livro de contos, enormes, quase uma novela cada um. Daí o livro ter mais de 500 páginas. A autora faz uso da autoficção, narrando episódios de sua vida com pitadas de ficção. O alcoolismo, uma mãe terrível, maridos, filhos, mudanças, permeiam todo o livro.
Todo o encanto da leitura está em sua capacidade de transformar cada tragédia em um milagre, um aprendizado, deixando prá traz o passado e seguindo em frente. Ao final senti-me grato por ela, em toda sua sensibilidade, ter partilhado conosco toda a aventura que foi sua vida. Recomendo fortemente!
Naiara 22/11/2022minha estante
olha so, vou manter na minha lista de livro para ler no futuro entao rs, boa


Max 22/11/2022minha estante
Tenho certeza que vai gostar Naiara! ?


Ster 22/11/2022minha estante
Obrigada pela resenha! Neste ano já estou passando metas de leitura para 2023, mas quero ler manual da faxineira em breve.


Max 22/11/2022minha estante
Eu que agradeço, Ster! Se não fosse sua intervenção não teria desfrutado do prazer dessa leitura...?




Rodrigo de Lorenzi 20/02/2018

Não me conquistou
Eu queria muito ter gostado e também dado 5 estrelas e aplaudido de pé, mas não deu pra mim. Lucia Berlin escreve maravilhosamente bem, há melancolia, tristeza, esperança e vida, mas os contos não me disseram nada, talvez por serem muito pessoais, não sei. Não me tocaram. O livro ainda me lembrou por que eu não curto muito contos (embora Manual da Faxineira tenha várias histórias que completam as outras). Alguns contos eu gostei, outros eu me entediei e na maioria das vezes eu não sentia nada e parecia que eu estava lendo a mesma coisa inúmeras vezes. Bola pra frente
Dias 18/11/2018minha estante
Senti exatamente o mesmo!


Dani 04/04/2023minha estante
Concordo plenamente




jota 19/04/2021

ÓTIMO: histórias singulares, variadas, que têm como ponto de partida a própria vida da autora, repleta de acontecimentos e reviravoltas
Lido entre 16/03 e 18/04/21. Avaliação da leitura: 4,8/5,0

Levei mais de um mês para finalizar Manual da Faxineira (A Manual For Cleaning Women), contos escolhidos de Lucia Berlin (1936-2004) com comentário da escritora Lydia Davis (de Tipos de Perturbação) e posfácio de Stephen Emerson, especialista na obra da autora e amigo dela. Demorei não porque as histórias me parecessem desinteressantes, pelo contrário. É que a maioria delas tem muitas páginas, pouquíssimas são curtas. São quarenta e três contos, dos setenta e seis que Berlin publicou em vida, a maioria presente neste Manual da Faxineira, que é apenas o título de uma das histórias. Na edição brasileira são 536 páginas, exemplar bastante volumoso; nos EUA suas histórias foram publicadas em três volumes mas aqui somente nesse único, com o subtítulo Contos Escolhidos. Certamente para que pessoas desavisadas não tomassem o exemplar como um manual de limpeza de residências...

Com exceção de umas cinco histórias que me pareceram apenas medianas, quase todas são ótimas, algumas delas excelentes mesmo e se fosse obrigado a declarar uma que mais marcou minha memória ela seria Toda Luna, Todo Año. Como não fiz anotações ao final de cada leitura, agora fica complicado discorrer sobre essa ou aquela, coisa que Lydia Davis e Stephen Emerson fazem muito bem em seus textos. Vale destacar que os contos têm muita coisa pessoal, podem ser enquadrados como autoficção, já que Berlin transportou muito de sua vivência e experiência para essas páginas. Como informa a sinopse da Companhia das Letras, ela viveu em diversas cidades e países (especialmente México e Chile, além dos EUA, claro), passou por três casamentos e trabalhou como professora, telefonista, faxineira e enfermeira para sustentar os quatro filhos. Como era alcoólatra lutou contra o vício por anos antes de superá-lo e se tornar uma respeitável professora universitária em seus últimos anos de vida.

Tudo isso está presente no livro, em temas que abrangem trabalho, vida em família e relacionamentos amorosos, além de alcoolismo, doenças e casos médicos, outros pontos de destaque. Assim é que alguns personagens reaparecem em diversas histórias, como se Berlin estivesse narrando algumas novelas dentro de um volume de contos (caso de duas irmãs, uma delas com doença terminal). Outra coisa que chama a atenção do leitor é que grande parte das histórias termina abruptamente numa frase, que nos deixa querendo saber mais, esperando pela continuação daquela narrativa em outro conto. Ou não: simplesmente o conto termina ali, ponto final. Há quem relacione as histórias Berlin às de outro famoso contista americano, Raymond Carver, autor de Iniciantes, o que procede. Também me pareceu que várias delas apresentam certo humor negro, então essa relação pode ser ampliada para os contos de Um Homem Bom é Difícil de Encontrar, o ótimo livro de outra autora craque em histórias curtas, Flannery O’Connor. Sendo assim, Berlin está em ótima companhia e o leitor que se debruçar sobre Manual da Faxineira também vai estar. Seguramente.


Alê | @alexandrejjr 14/08/2022minha estante
Estou de olho nesse livro faz tempo, Jota. Sou, de alguns meses para cá, um caçador de contistas, principalmente mulheres. E esse livro da Lucia Berlin parece ser um exemplar da mais sofisticada linha de contistas mundiais. Ah, e uma informação: apesar de serem publicados em três livros distintos, como tu destacasse, foi numa compilação feita em 2015, compilação essa homônima à brasileira, que Lucia Berlin voltou ao devido posto de grande contista estadunidense (e mundial, para muitos).


jota 14/08/2022minha estante
Olá, Alê. Prazer em ler suas observações e sempre que alguém fala em contistas, sobretudo do século XX, não posso deixar de lembrar dos mencionados Flannery O'Connor e Raymond Carver, também de Truman Capote e Bernard Malamud (seu O Barril Mágico é soberbo). Não apreciei tanto assim Hemingway, apenas um ou outro de seus contos. Tem ainda Virginia Wolf, Katherine Mansfield e claro, nossa Lygia Fagundes Telles. Boa caça!




Dias 18/11/2018

Não consegui gostar. Livro de contos simples e muito pessoais. Gostei mais de alguns contos do que de outros, mas no geral o livro aborreceu-me.
Thiago 14/12/2018minha estante
E mesmo assim, deu quatro estrelas kkkkkkkkkkkkk




Marilia Verdussen 15/05/2022

Lindo lindo lindo
Manual da faxineira.Apesar de ser um livro de contos, você sente que é a história de uma pessoa só porque os temas se repetem. Uma mulher trabalha em uma emergência num conto, em outro está em uma clínica, é enfermeira, depois atendente, depois faxineira... A mãe alcoolatra de quatro filhos, em um conto eles são grandes, no outro estão com o pai, e ela abandona o companheiro, e foge com o companheiro, depois é a professora sóbria... Criança pobre nas minas, adolescente no Chile, adulta que cuida da irmã... Daí que você sente que acompanha a vida de alguém, com toda brutalidade e com toda doçura que ela tem, sempre mudando - e isso é bom, saber que não se permanece no mesmo na vida. É um dos melhores livros que já li, todo conto me tocou e emocionou. São tristes, mas calorosos, com detalhes que te agarram, pessoas que têm tão pouco e acolhem muito, pessoas arrasadas que machucam muito. A mulher pagou o triplo por uma garrafinha de whisky, mas não a abria porque tremia tanto e tinha tanta dor que temia quebrá-la. Outro alcoolatra deu um gole da dele e ela conseguiu voltar pra casa. Impressiona. Umas contradições lindas de sentir. O cara é enorme, gordo e fedorento, ela diz "gostei dele de cara". "O amor te faz infeliz.", "O pai te fazia infeliz?", "Ele não era capaz de fazer ninguém infeliz." Levei meses para ler o livro, me acompanhou por todo fim do mestrado Vou sentir saudades até voltar a lê-lo daqui uns anos.
Alê | @alexandrejjr 14/08/2022minha estante
De 2023 esse livro não passa neste guichê, Marília!




Portal JuLund 26/07/2017

Manual da Faxineira, @cialetras
O que me despertou a atenção para esse livro foi a capa. Acreditei que fosse do gênero chick-lit, pelos detalhes coloridos, mas não tem nada a ver: Manual da Faxineira é um retrato da realidade.
Lucia já foi professora, faxineira e enfermeira, e de suas vivências nessas profissões ela fez vários contos. Alguns foram escolhidos para formar esse livro. Muitas histórias se passam contando dramas familiares, especialmente problemas de relacionamento, desentendimentos que fazem parte de todos os círculos. Com certeza há muitas Lucias entre nós.

"As faxineiras mais antigas nem sempre me aceitam com muita facilidade. E é difícil arranjar serviços de faxina também, porque eu sou “instruída”. Só que eu não tenho conseguido de jeito nenhum arranjar outro tipo de trabalho. "

O alcoolismo também é um assunto recorrente nos contos de Lucia, já que a autora vivenciou esse drama em sua vida. Ela foi alcoólatra, então é bastante entendedora do tema. Seu primeiro conto, que se passa em uma lavanderia, já detalha um senhor bêbado, mas o que mais me chamou a atenção foi um com o título Incontrolável.

Resenha completa no

site: http://portal.julund.com.br/resenhas/resenha-de-manual-da-faxineira-cialetras
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ViagensdePapel 28/08/2017

A Companhia das Letras nos apresenta uma excelente obra, com uma seleção de 43 contos da escritora americana, Lucia Berlin.

O quarto conto, Manual da faxineira, é o que intitula o livro. A capa está toda em pontilhismo, técnica muito usada nos anos 50 pelo movimento Pop Art, as cores também remetem àquela época, despertando a curiosidade, é possível distinguir um aspirador antigo da marca Hoover.

Ao iniciar a leitura, uma onda de estranheza quase me afogou, porém fui me habituando com o estilo inusitado da escritora, quase sempre realista demais, às vezes com finais para mim sem sentido ou incompletos, ela simplesmente conseguiu abalar toda a familiaridade e o conforto que sinto ao ler um livro. Mas, ao mesmo tempo que isso parece ruim, é bom, porque nos leva a refletir sobre os temas abordados nas histórias (velhice, solidão, alcoolismo, traição, aborto, morte, problemas familiares…), que de uma forma ou de outra fizeram parte da vida dela. Depois de alguns contos iniciais, percebi estar cada vez mais ávida em continuar lendo, louca para julgar cada uma das histórias.

Durante as mais de 500 páginas, Lucia menciona objetos, produtos, marcas (Jim Beam, Greyhound, Thunderbird, Kool); lugares (El Paso, Nacogdoches, Texarkana, Mullan, Algarrobo, Baton Rouge, Albuquerque, Púcon); comidas (huevos rancheros, chilaquiles); plantas (delfínios, cosmos, tentilhões, bougainvilleas, alcaçuz, turfa); animais (bacaraus, moreia, pargo, grous); autores (Mishima, Tchekhov, Sartre, Keerkegard, Keats); filmes e programas de televisão (Beau Geste, The odd couple, Mildred Pierce, Leave it to beaver, Papai Batuta); músicos e músicas (Ornette Coleman, Siboney, La vie en rose); arte, mitologia (Sísifo, Laocoonte); medicamentos e procedimentos hospitalares (Nembutal, Fenobarbi, cobaltoterapia, colostomia, Metadona), termos hispânicos (pachucos, chicanos, mariachis, huasos); alguns termos franceses (enchanté, connaisseur, tempus perdu, thés dansants), e também algumas palavras desconhecidas para mim (butins, carfologia, meeiro, palimpsesto, bagana). Com tudo isso, é fácil concluir que a autora possuía uma bagagem cultural excepcional, apesar de ter me sentido um pouco perdida, talvez fosse diferente se eu tivesse vivido na mesma época de Berlin, por isso, decidi pesquisar alguns desses itens para captar com mais profundidade cada coisa mencionada por ela. Puro interesse, friso que é possível ignorar tudo isso e entender com clareza o que está sendo contado.



Leia a continuação da resenha, acesse o link abaixo:


site: http://www.viagensdepapel.com/2017/08/01/resenha-manual-da-faxineira-de-lucia-berlin/
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Jéssica 06/08/2018

"Na verdade, você pode mentir e mesmo assim dizer a verdade. O conto é bom e soa verdadeiro, não importa de onde tenha vindo." pag. 464

É isso. Família, morte, abuso, estupro, relações, amor, prazer, entrega, trabalho, alcoolismo, pobreza... está tudo lá mas é mais do que isso. Os contos dizem a verdade, de maneira crua... crua e, ainda assim, delicada. A personagem de autoficção, narradora da maioria dos contos, sofre com o alcoolismo e é poeticamente lúcida.
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Ivone.Mariano 15/02/2020

Pra quem gosta de contos
Achei desafiador ler um livro tão grande apenas com contos, mas, depois de iniciada a leitura, fiquei muito motivada e torcendo para os contos não acabarem mais. A escrita da Berlim é envolvente, as vezes incômoda, as vezes viceral, na maioria dos contos é seca. Seus relatos findam sem floreios, bruscamente, deixando a gente com o a impressão de incredulidade. Eu gostei demais, recomendo à todos.
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Marker 08/06/2020

Manual da Faxineira (????)
Lucia Berlin, Estados Unidos, 2015

Meio longo, mas show. Lê muito mais como um romance que um compilado de contos. Como toda boa literatura, é um mundo muito específico (mulher americana, fronteiras EUA/México, a língua espanhola, alcoolismo, etc) que se faz plenamente universal. Top.
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Dauro 03/01/2021

Uma grande contista
As histórias dessa coletânea, todas de inspiração autobiográfica, apresentam a vida movimentada de uma criança solitária nascida no Alasca e criada no Novo México, adolescente de elite no Chile, boêmia hipster em Nova York, enfermeira em Oakland nos 70 e, no final da vida, professora universitária. Foi também faxineira e professora de crianças, casou três vezes, teve quatro filhos, um caso apaixonado com um rapaz de 17 anos, amigo de um deles, e passou anos enfrentando o alcoolismo. Ela tinha o que contar e sabia como fazer. Seu estilo compassivo, engraçado, agridoce e direto ao leitor não deixa nada a dever a mestres da narrativa curta como John Fante, Raymond Carver, Paul Auster, Alice Munro, Rubem Braga.
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Sofia.Eternal 02/08/2023

Trágicos...
Os contos dessa escritora são um reflexo da sua vida. Cada conto é mais trágico que outro, mas a qualidade literária e a perfeição fazem dela uma das grandes representantes da literatura americana na segunda metade do século XX.
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George 28/02/2021

Leitura agradavel e dinamica
Gosto bastante de contos. Nao conhecia esta autora, foi uma agradavel supresa a leitura deste livro
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bizoclassico 10/08/2021

O fascínio de uma escrita precisa
A reunião de contos de Lúcia Belin, Manual da Faxineira, reúne algumas das suas produções mais célebres na sua carreira.
A principal característica que é arrastada pelo decorrer dessa coletânea é a simplicidade com que ela escreve. O elemento mais prosaico, como uma ida ao dentista, um acidente de carro e a rotina de uma faxineira ganha contornos muito singulares nas mãos de Berlin.
Para quem gosta da prosa de Tchekov, fica a dica de um excelente livro, em que o efeito de realidade se coloca como uma das bases para uma ficção muito bem delineada. E tudo isso devido ao cuidado com que a autora escolhe sua adjetivação e narração, todas muito precisas e com uma espécie de convite que só a prosa mais simples oferece.
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Letícia | @mamaeliteraria 11/12/2021

aqui podemos ver que tem um romance em algum lugar...
a sensação foi que li uma história completa no meio de tantos contos.
que mulher incrível!

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