Ãssa 07/06/2024
Quinze dias (+13)
Acabei de terminar o livro e ele ainda está claro em minha mente e quando digo que ele se tornou uma leitura necessária e especial não estou brincando. Felipe me representa, já passei pela fase de ter apelidos e comentários sobre meu peso, mas aí você cresce e as coisas mudam e aí você precisa passar por um momento difícil para as pessoas pararem, aliás, só pararam porque eu mudei. Os pensamentos dele são como os meus, sou assim só que ainda mais paranóica.
Os personagens são a coisa mais preciosa, não é só porque eu me identifico não, é porque eles realmente são tudo, a relação deles é muito fofa. A história não precisou ser complexa para ser importante, ela representa pelo que as pessoas passam e ainda me fez rir, ri bem alto ao ponto de minha irmã sair da cama dela para vir ler o que eu estava lendo (minha irmã não gosta de ler, mas leu mesmo assim) a gente acabou dando risadas juntas e esses momentos valem a pena.
Eu gostei do romance, primeiro eles são amigos e vão se conhecendo e não foi algo de 15 dias já que o Felipe já gostava do Caio a muito tempo, eles são tão queridos! É uma pena que quando acabou não mostrou o Caio definitivamente saindo do armário de vez. Quando ele falou de nadar feito sereia na piscina eu lembrei de quando era pequena e eu brincava com as minhas primas de sereia e a gente escolhia a cor da nossa cauda. A piscina em questão era pequena e a gente ficava se debatendo como golfinhos num aquário minúsculo, era assim que me sentia.
Eu adorei as referências de filmes (que inclusive marquei para poder pesquisar e assistir quando tiver oportunidade) e a que mais amei foi O mágico de Oz não só o filme mas o livro, porque eu já li o livro e deu vontade de ler de novo.
O livro me deixou feliz e eu me senti representada, minha eu mais nova principalmente adoraria ler as palavras do Felipe e ver como ele se sentia e ver a Beca também. Ver o protagonista se aceitando foi tão legal, eu também passei pela mesma coisa só que eu nunca cheguei a sofrer o que ele sofreu na escola, ainda bem, mas é muito triste que as pessoas realmente acham engraçado rir dos outros por serem quem são, que eles vêem seu corpo e escolhem aceitar ou não como se coubesse a eles aceitarem ou não você. Ver o que o Caio passa com a mãe dele também me deixou triste, ela é superprotetora e além de tudo ele acha que ela sente vergonha dele por ser gay e dá um escândalo por se aproximar da melhor amiga por achar que ela é má influência por ser lésbica.
A leitura vale a pena, principalmente se você é um adolescente, quer rir ou se sentir representado pelos personagens. Foi uma leitura especial do mês do orgulho e eu adorei ela.