Demônios

Demônios Aluísio Azevedo
Eloar Guazzelli




Resenhas - Demônios


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nicolasramos 01/11/2021

É importante ressaltar que obras como ?Demônios? abriram portas para a ficção cientifica na literatura nacional. Aluísio Azevedo desbrava uma porção de terra inexistente durante o século XIX, ao passo que serve o gênero do horror, também tão escasso por aqui, de acompanhamento para criar uma trama excepcional que pouco se preocupa em atiçar perguntas e formular suas respostas. Seu foco neste conto é puramente imergir o leitor em uma atmosfera densa como o ósmio, optando pelo gótico como principal guia e trajando o que há fantástico com o realismo. O autor instiga o medo com cautela enquanto acompanhamos o protagonista por uma trajetória desesperadora pelas ruas do Rio de Janeiro. Com o passar das páginas, a agilidade dos acontecimentos vai se intensificando, dando espaço para uma metódica sobre-humana, acionando a filosofia do ser e do existir, do pensar e do questionar. Aluísio inspira criatividade ao destrinchar um fluxo metamórfico divino.

Essa obra me lembrou bastante ?Aniquilação? de Jeff VanderMeer e também me aludiu ao ?A Cor Que Caiu do Espaço? de H. P. Lovecraft. Ambos me serviram de base para vislumbrar interpretações para os acontecimentos aqui: seria sobre uma invasão alienígena? Corpos estranhos que se fundiram com as esferas terrestres, alojaram-se no planeta Terra e, aos poucos, passaram a transforma-lo como conhecemos?
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maryelli0 01/06/2023

Gótico
Uma leitura rápida e interessante. Gosto muito do autor e da forma que ele escreve e com essa obra não foi diferente.
É um livro mais sombrio e tem uma essência de apocalipse zombie.

Gosto muito da descrição de ambiente e principalmente dos sentimentos dos personagens, uma forma que só o Aluísio consegue escrever.
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ElaManoela 23/09/2020

Demônios
Em "Demônios" um jovem escritor com insônia nos arrasta pela narrativa de um mundo de horrores, tudo está escuro, acabado, morto.
Em desespero, o jovem vai em busca da amada, que em um primeiro momento acredita estar morta. A amada acorda e os jovens se aventuram no mundo de escuridão que os aguarda. Logo começam a passar por mudanças psicológicas e físicas, passando a viver como um só, como parte desse novo e selvagem mundo.
O fim do conto guarda uma surpresa interessante.
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Lucy 01/08/2021

Laura no livro
Eu peguei pra ler em busca de terror e suspense e me admirei ao ler em um autor clássico.
Acho que foi a primeira leitura que fiz deste autor, séeeeeerioooo.
Depois fui ler o cortiço e descobri a quarta cena mais linda da literatura pra mim!
Pois é, a Laura deste conto é um tanto acessório, mas eu acho ela apaixonante, pois é visceral, né?
Tanto quanto o protagonista, pois ambos se pegam em uma narratuva bastante apocalíptica que não se nega nada para um The walking dead da vida.
É movimento constante, o que me deixa muito feliz em qualquer texto, manter movimento, me fazer questionar, como narrativa, o que o autor quer com aquilo, e ainda ser bem simples em si.
É um texto que eu adoro, pois parece que foi escrito de sopapo e ainda com um que maroto e para resolver um problema aqui e ali de que o autor precisava na hora. Maestria na escrita, esperteza no trato, gingado e pá, toma o texto.
Acho que dentro das identodades de Laura, este me deixa bastante satisfeita. Acabo de descobrir que há uma versão em HQ e queo ver a parte de nudez como é resolvida, pois apare ta ser daquela feita para os xófens gostarem de clássicos e, bem, ... ahahhaha é garantido que vão gostar desse em HQ.
Sim, se tem uma coisa que Aluísio tem é sensualidade, e aqui beira à explosão, vc fica esperando o momendo da devassidão, mas não chega lá, o coelho não escapa das mãos...
Pois é, recomendo e ele é um texto de livre circulação no domínio público , no kindle é gratuito e há audiolivro também!
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Dan 22/07/2017

Uma das minhas obras favoritas da Literatura Brasileira. Primeiro livro de contos de Aluísio Azevedo publicado em 1893, Demônios mistura o naturalismo, o realismo e a (de forma pioneira) ficção científica/fantástica. Nota-se a influência de Guy de Maupassant.

I: Após um sono perturbado, uma insônia inconstante, não amanheceu. O conto entra naquele terror do tempo fantástico.

"Singular, muito singular! nas ruas os lampiões mal se acusavam por longas reticências de uma luz deslavada e triste. Nenhum operário passava para o trabalho; não se ouvia o cantarolar de um ébrio, o rodar de um carro,nem o ladrar de um cão".

II: O personagem põe-se a escrever, cai numa escrita febril, doentia, preenchendo páginas e páginas como atormentado por demônios. Perdido no tempo, agora perde-se nas ideias.

"E um violento calefrio percorreu-me o corpo. Principiei a ter medo de tudo; principiei a não
querer saber o que se tinha passado em torno de mim durante aquele maldito sono traiçoeiro;
desejei não pensar, não sentir, não ter consciência de nada".

III: Não encontra ninguém no prédio (todos mortos?). Lembra-se de Laura. O desespero de estar só no mundo.

"Estranha greve! Mas por que não me chamaram, a mim também, antes de partir?... Por que me abandonaram sozinho entre aquele pavoroso despojo nauseabundo?"...

IV: Atormenta-lhe a fome. Sai e enfrenta a escuridão. Tropeça nos cadáveres. Medo da escuridão total.

V: É atormentado pelo amor. "Havia de ser assim, porque antes, mil vezes antes, morto com ela do que vivo sem a possuir".

VI: Encontra Laura viva. Porém, no meio de todo o caos decidem "cumprir o derradeiro voto".

VII: "Ai! desgraçados de nós, minha querida Laura! De tudo que vivia à luz do sol só eles persistiam; só eles e nós dois, tristes privilegiados naquela fria e tenebrosa desorganização do mundo!"

VIII: Avançam no lodo, pro fundo do mar, invadidos pelas trevas.

IX: Influência naturalista. A adaptação do corpo ao ambiente (mesmo terrível).

X: Ambos sofrem transformações.

XI: "E agora só por estas e pelas extensas raízes de nossos pés é que nos
alimentávamos para viver".

XII: "E oscilamos indolentemente naquele oceano fluido".
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Julyane Polycarpo 07/05/2020

Gostei da ideia
Gostei da ideia de ser uma HQ, mas fiquei um pouco perdida em uns pontos na estória. Indico para quem já leu a obra de Aluízio de Azevedo.
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Driely7 02/06/2024

Que brisa
Comecei achando uma coisa e acabei muito surpresa no final porque foi algo que eu não esperava. Não sou muito fã de escritas rebuscadas assim, mas foi bem agradável até. Ele faz muitas comparação poéticas (até porque o eu lírico é um poeta) e abstratas, então demorou para eu perceber o que estava acompanhando no final KZKAJZ

O conto te deixa curioso so início ao fim, então é bem rapidinho. Muito bom. :)
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Corvo_Literário 19/06/2023

Me surpreendeu
Até esse momento, meu contato com esse autor ficou limitado aos seus romances, por isso existe uma maneira diferente de aproveitar essa obra, se antes eu estava acostumada com a leitura longa que é construída ao decorrer dos capítulos, agora senti como em poucas páginas Aluísio Azevedo consegue nos prender em uma história envolvente e nos fazer sentir um estranho interesse, algumas vezes mórbido, na vida dos personagens. Outro ponto que deve ser comentado é o fato de que o conto Demônios foi o precursor da ficção científica no Brasil e esse pequeno detalhe pode atiçar a curiosidade de mais leitores para o livro.

Ps: Talvez ache os textos de apoio um pouco pesados, então eu indico ler primeiro os contos e depois passar para o apoio.
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Flavio 10/01/2018

Melhor é impossível
Demônios é um deleite de se ler. A narrativa nos envolve com o que a nossa língua portuguesa tem de mais encantador, a eufonia e a beleza das palavras. Sabe aqueles momentos, durante uma leitura, em que nos deparamos com uma frase tão harmônica que fazemos questão de lê-la em alto e bom som para adoçar os ouvidos? Pois é, este conto de Aluísio Azevedo é TODO assim.

Ele narra a história de um homem comum, um escritor, que acorda no meio da noite e ganha uma bela insônia. Começa então uma sequência surreal de acontecimentos (tudo muito bem narrado em primeira pessoa) que nos deixa em constante estado de apreensão e curiosidade. E quanto mais o personagem vai desbravando essa madrugada sinistra, mais aterrorizado nós ficamos. E prepare-se pois a trama toma rumos imprevisíveis. Vai do terror para o fantástico e mais além, para a pura ficção cientifica. Eu, literalmente, viajei junto com o personagem noite adentro percorrendo os sinistros caminhos de sua cidade macabra. Para não ser estraga prazeres só digo que o final foi puro êxtase. Descobri, mais tarde, que esse conto é considerado por muitos (e não me pergunte quem são os "muitos") o precursor da ficção científica brasileira.
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Marcos.Santos 14/07/2020

Tive dificuldades na leitura desse conto, achei muito difícil, e a história um tanto fantasiosa demais, porém, é um prato cheio para quem gosta de terror e quer prestigiar obras nacionais.
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Jordana.Hartmann 16/03/2021

Trevas, trevas e mais trevas....
Um livro um tanto interessante.
Faz você pensar, por mais que tenha partes que são verdadeiro enigma.....
Um livro legal, para uma leitura num dia chuvoso, no frio...
Recomendo, mas não com toda vontade....
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Iza ð 13/02/2022

Eu não estava esperando por nada
Comecei a ler o livro sem espectativa nenhuma, não li nem a descrição. Mas fui surpreendida no início do livro, realmente senti toda aquela aflição do personagem ao desespero de não amanhecer.
Ao decorrer da leitura me perdi em algumas partes, mas isso foi ocasionado só por questões de vocabulário.
Bem, posso dizer que esse é um bom conto para se ler na madrugada, ou não.
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tacizera 01/02/2022

Demônios
Achei interessante, é sempre bom ler contos brasileiros que não sejam somente realismo ou naturalismo, abre os nossos horizontes sobre os autores clássicos
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Cris 15/07/2015

Genial!
" A fome! O amor! Mas, como todos os outros morriam em volta demim e eu pensava em amor e eu tinha fome!..."

Adorei este conto! Nunca tinha lido nada do Aluísio Azevedo e adorei o tipo de escrita. A história tem um estilo de suspense, você fica preso até o final pra tentar descobrir afinal de contas, que maluquice toda é aquela. Adorei :)

" E lá íamos inseparáveis naquela nossa nova maneira de existir, sem memória de outra vida, amando-nos com toda a força dos nossos impulsos; para sempre esquecidos um no outro, como os dois últimos parasitas do cadáver de um mundo."
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WilsonSacramento 27/10/2017

Lovecraft e Poe
Parece tão lovecraftiano, um belo conto fantástico!

O terror/horror segue num crescendo rumo ao tudo e nada.

Quem imaginaria Aluísio Azevedo em tal pegada.
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