A (R)evolução das Mulheres

A (R)evolução das Mulheres Mindy McGinnis




Resenhas - A (R)evolução das Mulheres


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Helder 13/10/2018

Panfletos e Bandeiras
Sabe quando você termina um livro que achou bom, mas fica com aquela sensação de que ele podia ser muito melhor e que algo ali se perdeu? Este aqui é um bom exemplo disso.
Talvez eu não seja o publico alvo deste livro, ou alguns podem me acusar de viver numa bolha, pois com certeza tudo o que é descrito aqui existe, e muitas mulheres no fundo sonham em ter as atitudes de Alex. Eu concordo em partes com esta afirmação. Mas na verdade eu acho que este livro não traz nenhuma revolução nem evolução para as mulheres, e se não for lido com certo cuidado, pode inclusive sair ativando gatilhos errados.
A (R) Evolução das Mulheres possui 3 narradores um pouco estereotipados. Alex, a esquisita. FP, a fofa. E Jack, o Bad Boy.
Diferente do que vem escrito na sinopse, até a metade parece um livro adolescente com uma estória estilo Malhação e seus estereótipos. FP, a garota descolada que tenta fugir do perfil que lhe atribuem por ser a Filha do Pastor, perdeu o namorado para a gostosa da escola chamada Branley, que trai este novo namorado com Jack, o garanhão da escola, que no fundo é muito inteligente e de repente se apaixona perdidamente pela misteriosa Alex e decide mudar de atitudes por amor.
Mas cercando esta estória existe um clima de suspense no ar, que faz com que o leitor continue preso ao texto. O livro inicia com os moradores da cidade encontrando pedaços do corpo da irmã de Alex na floresta. Com o tempo, o assassino é descoberto, mas ele também é assassinado de uma maneira cruel. Os capítulos são curtos e algo nos sinaliza: Vai dar merda!
E é o que acontece quando todos vão a uma festa em uma antiga igreja. Ali a autora nos mostra aquilo que já vinha nos preparando. Ali descobrimos que a personagem de Alex esconde uma característica muito forte.

“E agora estou acordada, desviando dos caminhos que havia criado para me manter estável. Estou fora da jaula, acordada e com medo de não conseguir voltar para dentro. Não são as ovelhas que me atiçam, mas os outros lobos. Quero correr com eles, para poder cortar sua garganta quando ameaçarem minha matilha. Mas não posso voltar para o meio das ovelhas com sangue nos dentes. Elas vão se afastar de mim”

Alex não consegue ver uma injustiça causada por um homem em relação a uma mulher, seja qualquer tipo de injustiça e o livro mostra diversos tipos. Estupro, pedofilia, objetificação da mulher, etc. Alex não consegue se acalmar. Ela precisa cortar o pescoço dos lobos que ameaçam as ovelhas.
Neste ponto o livro dá uma evoluída, deixando de ser um romance adolescente e se tornando um thriller que nos faz querer virar as paginas. Mas também é neste ponto que ele passa a demonstrar diversos sinais de perigo. Como thriller é bem eficaz, mas o problema é que fica claro o tempo todo que a autora quer passar uma mensagem, mas infelizmente esta mensagem não consegue ficar orgânica na estória, então em muitos momentos parece que a autora está levantando bandeiras ou nos entregando panfletos, que dizem que os homens se aproveitam das mulheres e que elas devem se vingar.
E é ai que me acendeu um alarme e a autora acabou me afastando um pouco da estória. Será que a autora não está generalizando demais?
Sou homem e não vesti a carapuça. Como disse, posso ser acusado de viver numa bolha, mas eu não acho que as mulheres devam viver tensas e prontas para um ataque. Acredito que existem Homens e homens, e me incluo no primeiro grupo com H maiúsculo, e ouso colocar diversos amigos neste grupo também.
E para provar sua teoria e levantar sua bandeira a autora ainda volta a abordar estereótipos e acaba criando um final que não me convenceu muito. Alex é literalmente um lobo em pele de cordeiro, e a intenção da autora é transforma-la de justiceira em uma mártir, mas para mim só ficou a imagem de uma menina desajustada que não consegue lidar com a realidade ao seu redor. Já tive mais empatia por outros psicopatas.
Imagino que muitos dirão que esta é uma visão machista do livro e que talvez eu mereça receber uma lição de Alex, mas acredito que mulheres, e principalmente mulheres mais novas vão gostar mais da estória e aceitar mais as bandeiras levantadas.
Em tempos de Bolsonaros, não deixa de ser uma leitura interessante, mas ouso dizer que Bolsonaro aceitaria a premissa do livro melhor do que eu.
Eu ainda voto no amor e no dialogo.
Alcione13 13/10/2018minha estante
Eu gostei mesmo da resenha.
Todas elas têm spoilers??
Rsrs


Helder 13/10/2018minha estante
Achou que tem spoiler?? Não era a minha intenção. A sinopse do livro já conta que Alex é justiceira.


Alcione13 13/10/2018minha estante
Ah que bom. Me pareceu.
Mas também não é meu estilo.


Luanda7 10/11/2018minha estante
Eu acabei de terminar esse livro e pensei exatamente a mesma coisa que você.


Helder 11/11/2018minha estante
Luuh, bom saber que as mulheres tb nao acham certo fazer justiça com as próprias mãos.


Luanda7 11/11/2018minha estante
Sim, mas a própria Alex diz isso "violência gera violência" e ela já esperava que ela tivesse aquele fim.




Anne - @literatura.estrangeira 28/08/2017

Necessário!
Comecei a ler o livro sem ter lido a sinopse, sem ter lido resenhas sobre ele e fiquei interessada na verdade com o que a capa mostrava para mim. Senti que seria algo envolvendo bullying e mulheres, mas de longe imaginei que o livro fosse tão profundo e impactante.

A (R)evolução das Mulheres é narrado em primeira pessoa por três personagens principais que estão vivendo o último ano do ensino médio: Efepê (que é a filha do pastor FP), uma menina que é sempre rotulada como a certinha, a filha perfeita; Jack, um dos garotos mais populares da escola que faz parte do time de basquete e se esforça para tirar notas altas com o intuito de ganhar uma bolsa de estudos para poder sair da sua cidade natal e Alex, a irmã da menina que foi estuprada e assassinada.

"A maioria das pessoas pensa em coisas que não faria na vida real, e isso lhe traz uma satisfação visceral suficiente para sublimar a emoção. Na verdade, fazer mal a outra pessoa de propósito não é uma tarefa simples, e não é todo mundo que está a altura dela."

Efepê e Alex trabalham em um abrigo de animais depois da escola e acabam desenvolvendo uma amizade, apesar de Alex ser uma pessoa muito introvertida e séria. A história é muito cruel e debate sobre vários temas impactantes, dentre eles crueldade contra animais, que me pegou de surpresa e que me fez gostar ainda mais da história.

Alex e Jack também iniciam uma amizade que se torna um romance especial. Tal romance não é o ponto-chave de toda história, mas que faz parte da vida de quase todo adolescente e tem sua importância. Temos personagens falhos que comentem erros e apesar de ser um livro sobre adolescentes, eles são maduros e não infantilizados.

"Vivo em um mundo em que não ser molestado na infância é considerado ter sorte."

Só que Alex embora tenha mudado pra melhor, possui um problema muito sério que vai aparecendo no decorrer da história e que nos deixa sem reação. Ela é retratada muitas vezes como uma heroína imperfeita, mas que tenta fazer o bem de uma forma não convencional. E isso não pode acabar bem.


"- Estou te falando, Claire. Isso não importa. A roupa que você estava usando, sua aparência. Nada. Assiste um pouco daqueles canais sobre a vida selvagem. Os predadores sempre vão atrás da presa mais fácil."

No decorrer da história não entendia para onde a autora queria ir com os fatos que ela apresentava, o que não era ruim, pois com o tempo percebi que o objetivo dela era trazer à luz temas como feminismo, assalto sexual, cultura do estrupo e empoderamento feminino de forma clara e verdadeira, sem aquela necessidade de mostrar ao leitor um início, meio e fim previsível.

"Mais "meninos são assim mesmo", é nossa expressão preferida e que serve de desculpa para tanta coisa, ao passo que para falar do gênero oposto, só dizemos "mulheres...", com um tom de desdém e acompanhado de um revirar de olhos. "

Os personagens que ela apresenta são muito bem desenvolvidos e complexos, que cometem erros, que têm relacionamentos familiares problemáticos, mas que também cultivam uma bela amizade e se juntam para apenas se divertir ou ajudar alguém. Aqui é mostrado nitidamente como as escolhas afetam um ao outro, como a vítima de estupro ainda é estereotipada, como ela ainda tem medo de denunciar e afetar a vida de outras pessoas ao redor e como isso deixa uma cicatriz interna incurável.

"Hoje a noite, usaram as palavras que conhecem, as palavras que não incomodam mais as pessoas. Falaram "[*****]". Disseram para outra menina que colocariam o pau na boca dela. Ninguém protestou, porque esse é o linguajar que a gente usa. Mas aí eu usei as minhas palavras, organizadas em frases que calam fundo, e as pessoas prestam atenção; as pessoas ficaram de boca aberta. As pessoas não sabiam o que pensar. Meu linguajar é chocante. "

Tudo isso é narrado de forma aberta, e por mais que o tema seja pesado, a leitura é inacreditavelmente leve, mas que marca o leitor profundamente. O final foi para mim algo totalmente inesperado e que além de todas as mensagens que a história trouxe ao longo da narrativa, trouxe uma mensagem final ainda mais emocionante, que é a força da amizade e da união.

"Os livros não me ajudaram a encontrar uma palavra para me definir; meu pai se recusou a aceitar o peso disso. Então inventei. Meu nome é vingança."

A capa traz uma reflexão muito forte depois que a gente lê. A diagramação está linda, cheia de detalhes e de qualidade ímpar. Só preciso ressaltar que o uso excessivo de o e a antes dos nomes me incomodou bastante. Vamos, meninas, andem logo - diz a srta. Hendricks, levando a Sara, a Alex, a Branley, a Lila [...]

Achei A (R)evolução das Mulheres uma leitura SUPER válida, de enredo forte, mas verdadeiro e que nos trás muitos pontos para considerar sobre a vida e a sociedade. Apenas leiam!

site: http://www.literaturaestrangeira.com.br/2017/08/resenha-revolucao-das-mulheres-por.html
Priscila - @entretdsleituras 25/11/2017minha estante
Tou lendo ele agora, por enquanto amando


Anne - @literatura.estrangeira 25/11/2017minha estante
É muito bom
??


Priscila - @entretdsleituras 26/11/2017minha estante
Eu amei sabe, mais foi complicado ler aquele final




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Maracujinaa 24/08/2021minha estante
Assim mesmo amiga


Lavi 26/08/2021minha estante
Acho que merecia um final melhor, ao mesmo tempo sei que foi necessário ser assim.


Maracujinaa 26/08/2021minha estante
Olha, sendo bem sincera eu queria mesmo que eles fossem pra faculdade né kk, mas acho que se o rumo da história vai ser a morte, esse foi o melhor final que ela poderia ter escrito, porque agradou quem não gostou do que a Alex fez e agradou quem era fã dela, porque ela morreu mas ficou conhecida como uma heroína.




Queria Estar Lendo 27/01/2018

Resenha: A (R)evolução das Mulheres
Um livro poderoso, importante e extremamente perturbador. A (R)Evolução das Mulheres, da autora Mindy McGinnis, publicado aqui pela Editora Plataforma21, mostra uma realidade nua e cruel e responde a ela através do caos. Não é uma história fácil, mas certamente é necessária.

Alex Craft está em busca de justiça pela sua irmã, que foi encontrada morta na floresta da cidade três anos atrás - desmembrada, vítima de estupro e de tortura. Não houve muito o que fazer contra o homem acusado, mas Alex sabe o que ela precisa fazer. E, com a frieza e a vingança guiando seus passos, a história se inicia - e se desenvolve junto a outros dois personagens, absolutamente distantes de sua realidade traumatizada, mas que são peças fundamentais para a construção do cenário desse livro.

"Isso acontece com todos os animais: as fêmeas da espécie são mais letais do que os machos."

A (R)Evolução das Mulheres tem uma trama pesada, e por isso tão impactante. Fala sobre a linha tênue que separa justiça de vingança; critica a posição às quais as mulheres são forçadas a viver dentro da sociedade, a ideia de submissão pelo gênero que você carrega. É uma história sobre poder, sobre o forte contra o fraco, sobre atingir um ponto na vida em que nada além da retaliação importa.

"Mas 'meninos são assim mesmo', é nossa expressão predileta e que serve de desculpa para tanta coisa, ao passo que para falar do gênero oposto, só dizemos 'mulheres...', com um tom de desdém e acompanhado de um revirar de olhos."

Alex é uma personagem complexa, extremamente bem escrita e desenvolvida. Ela é aterrorizante, mas real. Sua história é real. O assassinato da irmã acontece no nosso mundo, todos os dias. No Brasil, uma mulher é violentada a cada 11 minutos. No mundo, ser mulher significa viver com medo. O livro explora isso de maneiras perturbadoras, mas entrega todas essas situações numa escrita nua e crua, numa narrativa verossímil ao que significa ser a fêmea da espécie.

A protagonista dessa história não é a Alex, é a violência de gênero. É o feminicídio que passa impune em tantas ocasiões. É a piadinha envolvendo abuso. É o comentário sobre uma saia curta, um decote ou maquiagem pesada. Esse livro é poderoso porque grita sobre as injustiças e sobre como, às vezes, a resposta pode ser um extremo. E não dá pra culpar a Alex por isso; não quando ela viveu e viu tanta coisa horrível e buscou uma solução drástica. Aqui entra a linha tênue: o que ela está fazendo é vingança ou pode ser considerado justiça?

"Ter raiva cansa, mas sentir culpa não deixa a gente dormir."

Alex tem alguns traços de psicopatia em sua frieza e racionalidade, mas ela tenta entender o mundo e tenta se ajustar a ele - ainda que saiba, lá no fundo, que não existe um espaço para ela na sociedade. Uma única quote da personagem no livro expressa tudo que ela é para essa história:

"Sou um lobo que minha irmã mantinha enjaulado, até que sua mão foi removida. Sai da jaula e estou curiosa [...] porque sei que esse não é o meu lugar. Não é seguro me deixar sair da jaula, mas me cutucaram com vara curta. [...] Não são as ovelhas que me atiçam, mas os outros lobos. Quero correr com eles, para poder cortar sua garganta quando ameaçarem minha matilha. Mas não posso voltar para o meio das ovelhas com sangue nos dentes. Elas vão se afastar de mim."

Além dela, outros dois personagens dividem os pontos de vista, entregando a parte mais civilizada, mais humana. Jack é o garoto popular aprendendo sobre a vida, e ele encontra em Alex uma companhia agradável e uma atração irresistível. Gostei bastante da composição do garoto; ele é o típico jogador de futebol com um futuro brilhante que acaba se interessando pela garota perturbada da escola - e o fato de o livro tratar o Jack de um jeito tão leve e jovem o transforma em uma figura real, que comete erros e está disposto a consertá-los, que caiu de amores por uma garota e quer fazer de tudo para se provar digno do sentimento recíproco. Um garoto legal, entusiasmado e adorável.

Por fim, a Efepê - chamada assim por ser Filha do Pastor - tem outro arco maravilhoso na história. Começa como uma colega de escola e se torna amiga próxima da Alex, e é com ela que a Alex passa a questionar sua até então vivência solitária. Efepê é a amiga que a Alex nunca teve; estende todo um mundo de possibilidades e de normalidades para Alex. E o curioso é que, para a Efepê, essa nova amizade abre muito seus próprios horizontes. A garota resignada começa a questionar, a querer se impor. Ela comete deslizes e toma algumas atitudes erradas, como toda boa adolescente, mas a intensidade de Alex provoca em Efepê essa centelha de problematização, de querer erguer sua voz e se fazer ouvida.

"Todo mundo se encolhe ao ouvir "estuprar", e a cena é tão ridícula que quase começo a rir [...] E mesmo assim, as pessoas se surpreendem com a palavra, como se, quem sabe, esses caras estivessem arrastando ela para o meio da floresta para ajudá-la a dar uma mijada."

O livro não é impactante por revolucionar o gênero, mas por revolucionar a voz feminina. O que eu mais achei incrível nessa história foi a maneira crua com que a autora tratou suas críticas, como entregou cenas tão pesadas e tão óbvias, perturbadoras ao extremo, para trabalhar os traumas e como o mundo vê essa situações - e o modo como elas devem ser vistas. Mindy escreveu um épico, pura e simplesmente.

A (R)Evolução das Mulheres é o tipo de livro que veio para ficar, para gritar sobre injustiças e opressões; pede mudanças e entrega momentos medonhos para mostrar a realidade que está acontecendo no mundo, e como essa realidade pode impactar de maneiras tão diferentes em tantas pessoas. Principalmente, é uma história revolucionária sobre a voz das mulheres.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2018/01/resenha-revolucao-das-mulheres.html
LuaTeresa 07/05/2021minha estante
Tem gatilho ou cena +18?


Queria Estar Lendo 07/05/2021minha estante
Oi, Lua. Tem alguns gatilhos de estupro e de violência gráfica.


LuaTeresa 07/05/2021minha estante
Obrigada por avisar




Gio 21/11/2017

Um livro que pra mim teve seu Potencial Desperdiçado
A (R)evolução das mulheres - Mindy MacGuines - Nota - 2.5/5 – Trigger Warning ou coisas que podem incomodar: Violência, estupro, crueldade com animais, slut-shaming.

Esse é um livro que tinha tudo para eu amar, pra ser perfeito, favorito, melhor do ano, como eu sei que foi para muita gente, mas infelizmente esse livro me decepcionou, tem uma mensagem legal e não é de todo ruim, lembrando que essa é a minha opinião e tem muita gente amando mais não funcionou comigo.

Aqui a gente vai conhecer a estória da Alex, ela está no ensino médio e ela perdeu a irmã que foi estuprada e esquartejada desde então a Alex caça e mata predadores sexuais. O livro tem um plot muito legal mas o desenvolvimento acabou sendo problemático pelo menos pra mim, por vários motivos, e apesar de ter várias coisas importantes de serem debatidas o livro se perde em vários momentos, a autora parece que se perde na própria narrativa e coloca algumas coisas sem pé nem cabeça, e ainda perdeu tempo com coisas que me incomodaram e atrapalharão a minha leitura, essa foi a minha experiência, pode ser que com você seja diferente e eu recomendo você ler e tirar as suas próprias conclusões.

A gente tem 3 narradores que é a Alex, a Efepê que é conhecida de FP (Filha do pastor) e temos o maior embuste desnecessário desse livro, que é o otário do Jack. Quando a irmã da Alex foi encontrada o Jack, alguns amigos e mulheres estavam se divertindo usando droga, fazendo sexo e essa coisa toda ai o Jack achou a Alex linda e ele sempre estudou com ela mais ela não deu moral pra ele e aquela coisa toda. Nem preciso falar que eles vão acabar se envolvendo né?

Bom outro problema é que a Alex as vezes nem parece protagonista desse livro, e não tem nenhum problema se apaixonar adolescentes se apaixonam o tempo todo mas o Jack é um babaca, ele se acha, ele pensa cada coisa que aff viu eu não sei porque em um livro tão importante sobre mulheres tem um homem narrando (que não teria problema se ele fosse um cara legal e essa paixão fosse aos poucos) a irmã da Alex foi estuprada e ela mata esses homens mas ela não se mostra resistente ao Jack acontece um insta love e ainda tem altas coisas sem sentido só para os dois se encontrarem. Pra piorar ainda tem a Brandeley que poderia ser ela a narradora pra quebrar tabu mais não, e adivinha quem ela é no livro? Sim, a "puta" que sai dando pra todo cara (???) e quando a gente acha que a autora vai quebrar isso ela faz uma coisa que nossa viu, fiquei tipo, como assim?

O livro ficou 60% do tempo desenvolvendo um romance ruim e desnecessário nessa trama, a Efepê é a melhor personagem do livro e a mais bem construída também, ela e os pais dela tem uma interação bem legal. Tem capítulos curtinhos, porém eu senti que os capítulos curtos foram só para o livro passar mais rápido.

Queria falar que esse livro foi um dos melhores do ano, mas infelizmente eu acabei a leitura bem frustrada, a Alex não é um Dexter tá gente, na verdade ela nem chega perto de ser um Dexter e ela não é psicopata também, fui preparada pra me sentir mal na leitura, mas só senti raiva mesmo, a Alex que era uma menina que parecia ser decidida com as coisas do nada fica influenciável, tipo vou dar um exemplo (Ai Alex como você não curte café?, acho que você deveria tomar e mudar a sua opinião// Ai ela fica “ai eu vou tomar”) é mais ou menos isso que acontece, aqui tem uma amizade linda, o amor pelos animais que poderia ser muito melhor explorado mas o livro foi ofuscado por um romance que nem legal é. É o final pra mim foi bem previsível e achei que a autora só fez escolha mais fácil mesmo e foi isso ai. Tem uma mensagem importante por isso dei duas estrelas e meia, porém tenho certeza que tem livros com assuntos tensos que retratam de maneira muito melhor que esse. Recomendo ler sem expectativa, pode ser que você se surpreenda e de uma opinião positiva sobre esse livro.
Carous 21/11/2017minha estante
Gosto de resenhas sinceras como a sua que apontam o que desagradaram o leitor. Resenha com muito elogio, e pior, elogios genéricos não servem de nada. Estava na expectativa para adquirir logo este livro, mas agora vou ficar mais tranquila. Talvez nem leia.


Gio 21/11/2017minha estante
Krous Eu acho que esperei demais desse livro.. Se você ler espero que goste viu.


Carol.Czizek 11/03/2018minha estante
Gio, da um abraço aqui, obrigada por definir meus sentimentos com esse livro.
Pq não ficou focado na alex na FP e se quisesse colocar um terceiro personagem que fosse a Sara ou a Branley, mas não precisava colocar um romancinho como um homem sendo o salvador da vida de uma menina com varias dores internas.
Expectativa foi meu grande erro com esse livro!
Amei sua resenha!!!
Beijos




Clare 24/03/2021

Faz muito tempo que um livro não me faz chorar
Este livro foi um achado totalmente acidental, e quando comecei a ler não achei que a história seguiria os rumos que seguiu. Não vou alongar muito a resenha, mas o importante é que o livro é ótimo, impactante e surpreendente. Particularmente o final dele é tão impactante e emocionante que conseguiu me fazer chorar um pouco.
Leticia.Fonseca 30/04/2021minha estante
oie,o livro tem romance lgbt? ou alex se relaciona com um garoto? to em duvida


Clare 11/08/2021minha estante
Não tem, mas podia muito bem ter, faria o livro ser melhor ainda.




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Helder 24/09/2018minha estante
Concordo com vc. Eu achei o texto meio panfletário, apesar de levantar temas importantes.


Helena Dias 13/01/2020minha estante
Concordo. Os personagens e a trama são bem rasos. Sinto que a autora trouxe temas de suma importância, tentou trabalha-los em uma linguagem mais jovem e descontraída e falhou. Acabou ficando tudo sem qualquer profundidade.




Raquel.Euphrasio 08/09/2017

Não sei nem por onde começar. Uma historia com muita dor, em algumas passagens eu juro que senti toda essa dor dos personagens. muita agonia. confesso ter ficado com um pouco de medo de um certo dialogo. Mas o importante mesmo é toda a mensagem dita aqui. Estou encantada pela beleza das palavras da autora em muitas passagens, ela com toda certeza soube escrever sentimentos, o que não é lá algo fácil.

site: https://pipocaazul.wordpress.com/2017/09/12/li-a-revolucao-das-mulheres-mindy-mcginnis/


Claudia Cordeiro 10/08/2018

Escrito do ponto de vista de adolescentes chegando na idade de ir para a faculdade. Gostei MUITO deste livro, foi um refresco nessa onda de livro ruim que andei pegando.
Os diversos pontos de vista tornam a história mais interessante, adoro livro escrito assim.
Os personagens são bem construídos.
A história não é levinha não. O final...... ah o final. Me pegou de surpresa! Pesado.
Fernando Lafaiete 11/08/2018minha estante
Espero gostar também.




Babbi 19/05/2021

ódio
eu amei tanto mas tanto esse livro pra no final ele simplesmente me destruir completamente.
é uma história incrível, com vários pontos de vista, questionamentos que precisam ser ditos, enfim perfeito
só q sério, o final é horrível eu! estou! simplesmente! devastada!!!!!!!
é isso gnt estou surtando, chorando, quero morrer, o mundo é horrível :)

essa resenha ficou uma merda pq se eu começar a falar mais profundamente sobre esse livro eu acho q choro e nunca mais paro
Maracujinaa 25/08/2021minha estante
Ai, amiga, foi assim mesmo




Babbi 04/08/2021

ESSE LIVRO É TÃO BOM QUE EU ODEIO ELE!!!
esse livro me faz querer gritar.
senti tanta coisa lendo ele, em boa parte do tempo você consegue fingir que é só um clichê adolescente de garota estranha faz amigos e se apaixona pelo cara popular e vive um ensino médio razoável em uma cidade pequena.
mas a em toda página ainda há aquele medo,aquela raiva, ódio e pavor de acabar não tendo mais direito ao próprio corpo.
acho que esse livro mexe tanto porque é mais pura verdade, você pode viver sua vida tranquilamente mas sempre tem aquele alerta de "ei alguém acha que você está pedindo por isso ".
enfim, traumas que infelizmente quase todas passam.

a escrita do livro, é ótima, personagens bem trabalhados e desenvolvidos, a autora realmente consegue entrar na sua cabeça.
sobre os personagens principais:alex- perfeita nunca errou rainha injustiçada nunca vou superar
efepe- outra rainha perfeita aclamação amo dona da porra toda
jack- lindo incrível romântico e sagaz mas às vezes [*****] q me pariu tinha q ser homem
brainley- horrível destruidora de tudo nojenta sem valor tentei defender ela o livro todo mas não dá mais
Maracujinaa 25/08/2021minha estante
Amei a descrição do povo k




Jully @juliannevituri 15/12/2017

IMPACTANTE!
HISTÓRIA:

Alex está no ensino médio, e tinha uma irmã mais velha que foi estuprada e esquartejada. Ela é conhecida por ?a irmã da garota que sofreu uma tragédia?, já que vive numa cidade pequena.

Ela tem muita raiva acumulada dentro si, e por isso, decide fazer justiça com as próprias mãos contra qualquer pessoa que fizer qualquer tipo de abuso. Mas primeiro, ela vai vingar a irmã.

O QUE ACHEI:

Que hino foi esse, minha gente!

Primeiro, preciso dizer para você não esperar um livro de ?caça às bruxas?, sabe? A Alex não sai exatamente caçando predadores sexuais como a sinopse diz, então baixa um pouco a bola. Não é um livro repleto de sangue e morte em cada capítulo. Mas ainda assim, é muito forte e de extrema importância, e violento também.

Ele é dividido entre capítulos narrados por Alex, por Efepê e por Jack. Eu gosto muito de saber o que os outros personagens estão pensando ou sentindo, e isso foi trabalhado de um jeito muito natural, em uma narrativa bem fluida.

Mas também tem seus pontos negativos, o principal é o slut-shaming, e depois o romance entre Alex e Jack, logo Jack que é um completo babaca.

Mas no todo, é um livro muito impactante, que aborda temas tão fortes que chocam, deixam a gente com aquele aperto no peito, e faz a gente entender a personagem.

Eu me senti uma sociopata em diversos momentos, porque fiquei feliz com as vinganças de Alex, em como ela fez eles sofrerem antes de matá-los. E acredito que esse sentimento é normal. Qual mulher ou homem não queria ter coragem de matar esses monstros? Mas, ao mesmo tempo eu tive medo.
É muito difícil explicar a intensidade dos sentimentos que temos ao ler esse livro.

Achei também que foi bem real em mostrar como a sociedade acha que certos tipos de abuso são normais, e acham um exagero quem reage e dá um soco na virilha de um cara que vem falar merda pra você.

Então fica aqui um dos ensinamentos: Não é porque você mulher, que tem que ser submissa aos desejos de um homem. Ou tolerar piadinhas babacas.

Para mais resenhas, fotos e conteúdo literário, é só me seguir no instagram: @juliannevituri
Pandora 15/12/2017minha estante
Não conhecia este livro, mas fiquei com vontade de ler após sua resenha!




Roseane 22/01/2018

Bom livro que tinha tudo para ser mais.
Eu gostei desse livro embora sinta que tinha potencial para mais.
O livro aborda questões importantes como estupro, assédio, machismo e maus tratos aos animais.
Me chamou a atenção a questão por exemplo da raiva que uma mulher fica da outra quando é trocada e na verdade deveria ficar com raiva do cara. Da crueldade feminina para com outra mulher,ofendendo, espalhando injurias, e como acaba contaminando as demais.
Do permissível e aceitável porque “meninos são assim mesmo” e ou "homem pode".
Da vergonha que a mulher que sofre o assédio ou estupro sente o que muitas vezes acarreta na falta de denuncia.
Embora com temas fortes, os personagens (adolescentes) não me cativaram.
Alex e Jack não tinham química nenhuma e apesar dele “amar” Alex continua dando mole para outra garota e sinceramente não entendi esse relacionamento.
Alem disso, o final me pareceu corrido, deixando algumas pontas soltas por exemplo o relacionamento de Alex com seus pais, o Jack com a Brandley,
Apesar disso o final foi bonito mostrando que o exemplo da mocinha foi aprendido.
Karini.Couto 10/04/2018minha estante
se for trocar avisa




Bel 22/09/2017

Um YA necessário.
Disclaimer: o livro trata de assuntos pesados que podem ser gatilho, como o estupro, crueldade animal, slut-shaming, violência.

Até metade da leitura a minha nota não passaria de 3 estrelas, mas existe um motivo para eu ler livros até o final e raramente abandoná-los: os finais que me surpreendem ou me desafiam mudam toda a minha perspectiva sobre o livro, e assim foi com A Revolução das Mulheres. Um livro sobre sororidade, cultura do estupro, justiça e a capacidade do ser humano de ser empático.
Conhecemos a história através do POV de 3 personagens: Alex, Claire (Filha do Pastor) e Jack. Alex é a principal e vamos acompanhar como ela lida com o fato de sua irmã ter sido estuprada, assassinada e esquartejada. Além de criar uma espécie de barreira anti-homens, ela também tem grandes dificuldades de se relacionar com PESSOAS num geral, por isso é voluntária num abrigo de animais, provavelmente para sanar a solidão de não ter ninguém, nem mesmo sua própria mãe, já que a relação das duas é péssima.

O meu problema principal com o livro: a forma como a autora deixou infinitas pontas soltas e forçou um romance da Alex com o Jack. Os personagens têm química, mas a autora não soube desenvolver direito a evolução da Alex como pessoa, como ela superou o impasse com homens, como ela estava lidando com essa aproximação repentina do Jack, etc. Esse livro poderia facilmente ter mais 200 páginas.
Ponto positivo principal: sororidade! Apesar de um discurso um pouco problemático quando se tratava dos homens (totalmente compreensível, mas achei que a autora abusou), a evolução de personagem da Claire (mais conhecida como FP) é incrível. Ela é a melhor personagem do livro e fica muito claro como ela muda seus conceitos e desconstrói aquela imagem de que a mulher é sempre culpada de tudo que acontece com ela, até mesmo na abordagem do slut-shaming a FP foi a melhor personagem.

Enfim, o livro não é perfeito, mas é necessário para as adolescentes. Garotas adolescentes, principalmente. Falei mais sobre ele no vídeo linkado :)

site: https://youtu.be/OJF1KI5ZVHY
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