É isto um homem?

É isto um homem? Primo Levi




Resenhas - É Isto um Homem?


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Pamela.Cristina 21/05/2023

Campo.
É um dos melhores livros que já li, só não dei 5 pois tenho esperança de encontrar um superior...
A forma da escrita fluida e envolvente, uma riqueza de detalhes trás um senso de realidade que nos leva bem próximo ao ocorrido nos campos de extermínio, é terrível o que o homem é capaz de fazer, o mal existe, e diante disso os instintos mais primitivos são ativados.
Nós faz ser gratos, por ser livre, ter comida quente, roupas, enfim nossas necessidades básicas supridas, visto que como temos não conseguimos apreciar e dar o devido valor ...
Uma experiência incrível.
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Aline 28/05/2022

Relato comovente de Primo Levi sobre o tempo que passou em um campo de concentração! Forte e impactante, o autor deixa claro como o holocausto desumanizou as pessoas, fazendo com que cometessem todo tipo de atrocidades!!
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Lorena 30/01/2020

A dor e as agruras de (não) ser quem é
Lembro, nos primórdios da minha relação com os livros, o primeiro relato sobre o Holocausto que li - o livro "Médico em Auschwitz", emprestado pelo meu querido professor de história. Os experimentos muitas vezes sem anestesia que pessoas inocentes eram infligidas apenas por serem gêmeas, por exemplo. Eu tinha 14 anos, mas lembro da leitura como se tivesse lido hoje.

Anos depois, Hannah Arendt me explicou sobre a banalidade do mal, as origens do fascismo. Em 2016, visitei o Museu do Holocausto em Curitiba: vi com meus próprios olhos. As passagens, malas, brinquedos abandonados na hora do desespero. Inúmeros relatos em vídeo de judeus que fugiram para o Brasil. Um terror organizado.

Desde aquela época vi vários filmes e li outros livros. Mas acredito que o livro de Primo Levi cumpriu sua missão, e explicou também, nas entrelinhas todo o objetivo por trás da sistemática criada nos campos de concentração. Ele explica a rotina em Auschwitz, e questiona os objetivos por trás das ações de terror a que foram submetidos.

É uma leitura objetiva, simples, porém suas entrelinhas falam alto. Lido em primeira pessoa, passa a sensação de que você está no lugar dele. Terminei o livro antes de dormir, com lágrimas no olhos, pensando na incredulidade daqueles que sobreviveram aos últimos dias abandonados sem luz e água no inverno até o fatídico 27 de janeiro. Foi por isso que essa noite eu sonhei: estava sendo libertada do campo, junto com outras pessoas, magras, acabadas e surpresas.

O título do livro resume o que se passou na história real: a desumanização das pessoas. Em sua maioria, os judeus. Nomes por números, cabelos por cabeças raspadas, roupas limpas por roupas de mortos, humilhação verbal, espancamentos. A iminência da morte em suas diversas formas - sob a máscara da fome, subnutrição e até mesmo o inverno. A transformação da dor na velada indiferença - "não tínhamos tempo para sofrer". A busca por respostas sem poder fazer perguntas. O momento em que se para de questionar. A amenização da dor com suposições durante as chamadas seleções: quando os alemães escolhiam os que iriam para a câmara de gás. Sim, a maioria deles sabia como funcionava.

Em pequenos momentos de esperança e contato com outras pessoas que já tinham percebido o objetivo daquilo, Primo reflete as questões que nos levam a continuar - e nos separam da nossa essência em troca da sobrevivência: Onde dividir o pão por livre e espontânea vontade era um absurdo, pois a fome era usada como moeda de troca. Onde o roubo era muito comum e os contatos "de fora" eram secretos e preciosos. Onde a dor era deixada de lado para buscar sentido em um lugar que não tinha nenhum.

Mesmo após essa leitura, ainda ressoa nos meus ouvidos a mesma pergunta: Quem sobreviveu, conseguiu juntar os cacos daquilo que um dia foi?

E Primo Levi se questionou: É isto um homem?
Djeison.Hart 30/01/2020minha estante
Nossa! Adorei!
Essa resenha me fez sentir mais vontade de ler esse livro.
Você escreve muito bem. Parabéns!!!


Lorena 30/01/2020minha estante
Obrigada Djeison! Tomara que consiga ler, esse livro é uma escola do que é ser humano.




Andreia 27/10/2023

É isto um homem?
Relatos chocantes do autor sobre seus dias no campo de concentração, da fome, da sede, da humilhação.
" E lá recebemos as primeiras pancadas, o que foi tão novo e absurdo que não chegamos a sentir dor, nem no corpo nem na alma. Apenas um profundo assombro: como é que, sem raiva, pode-se bater numa criatura humana?"
"Foi assim que morreu Emília, uma menina de 3 anos, já que os alemães configurava-se evidente a necessidade histórica de mandar à morte as crianças judias."
São histórias que te farão pensar no que o ser humano é capaz de fazer a outro ser humano. As trocas de objetos por comida, roupa ( no caso trapos ) sendo que não se tinha nem para si mesmo .Principalmente, conforme a gente vai lendo, percebendo como a esperança vai desaparecendo da alma das pessoas, vão se tornando pessoas ocas, que se acostumam com o sofrimento,sabe-se que o destino é só um..."daqui só se sai pelo chaminé"
"Dentro de sua cerca não cresce um fio de grama, a terra está saturada dos resíduos tóxicos de carvão e petróleo, não há nada vivo, a não ser as máquinas e os escravos, mais vivas aquelas do que estes."
"...Hesita-se em chamá-los vivos; hesita-se em chamar "morte" à sua morte, que eles já nem temem, porque estão esgotados demais para poder compreende-la"
Esse é um daqueles livros que quero reler muitas vezes ao longo da minha vida, pois é uma lição de vida , de testemunho do que uma pessoa é capaz de suportar.
"Sabem como é que a gente diz "nunca" na gíria do campo? Morgen früh: amanhã de manhã.'


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pierrealmeidaba 14/10/2022

Uma reflexão sobre a condição humana em situação limítrofe
"Uma parte da nossa existência está nas almas de quem se aproxima de nós; por isso, não é humana a experiência de quem viveu dias nos quais o homem foi apenas uma coisa ante os olhos de outro homem".

"É isto um homem?" é um relato pessoal e social do cotidiano vivido dentro dos campos de concentração na Segunda Guerra Mundial. Primo Levi apresenta com a sua escrita contundente, a perda da dignidade humana em decorrência das situações a que foram submetidos, a perda da capacidade de se indignar, de contestar, de reagir. A desumanização do homem pelo próprio homem.

De fato, uma leitura extremamente necessária e eu diria mais: obrigatória!
Andre234 14/10/2022minha estante
Adorei! Irei ler com certeza!




Thamiris.Treigher 07/10/2022

Uma tragédia em que a morte era o menor dos males.
Em uma situação extrema, sem nenhuma humanidade (como foi no Holocausto), em que momento o homem deixa de ser humano e vira um "animal"?

Em "É isto um homem?", o italiano Primo Levi vai muito além de contar sua experiência como sobrevivente do Holocausto e sobre como era a brutal rotina nos campos de concentração.

Ele mostra como o dia a dia pesado, repleto de humilhações e assassinatos desumanizou e reduziu as pessoas a algo indefinido. Antes, havia uma pessoa. No campo, essa humanidade deixa de existir, graças aos horrores da Segunda Guerra.

"Os personagens destas páginas não são homens. A sua humanidade ficou sufocada, ou eles mesmos a sufocaram, sob a ofensa padecida ou infligida a outros."

Primo Levi faz um relato profundo e íntimo sobre a moral humana em meio ao extermínio, mostrando que os homens nos campos de concentração dificilmente poderiam ser identificados com os homens que eram antes, em uma tragédia em que a morte era o menor dos males. "Era praticamente impossível sobreviver sem renunciar a nada de seu próprio mundo moral".

Arrebatador, incrível, forte, profundo, cruel, necessário.
Michele Boroh 08/10/2022minha estante
Amplia nossa perspectiva sobre a crueldade "humana" quando a gente achava que já tinha ouvido/lido o suficiente sobre o período. Duro, por isso necessário mes-mo.


Carolina.Gomes 08/10/2022minha estante
Own meu Deus! Sem condições de ler, por eqto?


Thamiris.Treigher 11/10/2022minha estante
Exatamente isso, Michele!!


Thamiris.Treigher 11/10/2022minha estante
Carol, mas vale muito!!




Lorena 05/09/2021

triste!

é só o que posso dizer.
ao contrário dos muitos livros sobre a segunda guerra que li, e chorei, nesse não me veio as lágrimas. talvez pela escrita do Primo, foi tudo tão cru, eu me senti anestesiada. tentei imaginar o inimaginável, viver naquelas condições sem vida. fiquei com aquela tristeza quase palpável dentro do peito, uma amargura! acredito que é realmente isso que Primo quis passar, ele já não sentia nada ali, ele já não era um homem.

?já não sou vivo o bastante para ter a força de acabar comigo.?

?
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Fabio.Nunes 23/08/2023

Necessário
É isto um homem? - Primo Levi
Editora: Rocco, 1988.

"Uma vez dentro do Campo, ou por causa de sua intrínseca incapacidade, ou por azar, ou por um banal acidente qualquer, eles foram esmagados antes de conseguir adaptar-se; (...) A sua vida é curta, mas seu número é imenso, (...), são eles a força do Campo: a multidão anônima, continuamente renovada e sempre igual, dos não homens que marcham e se esforçam em silêncio; já se apagou neles a centelha divina, já estão tão vazios, que nem podem realmente sofrer. Hesita-se em chamá-los vivos; hesita-se em chamar "morte" à sua morte, que eles já nem temem, porque estão esgotados demais para poder compreendê-la."

Depois da biografia de Hannah Arendt e do relato de Ellie Wiesel, era chegada a hora de Primo Levi e suas "experiências" em Auschwitz como prisioneiro.
Italiano, judeu e fugitivo do regime fascista, foi capturado e enviado a Auschwitz em 1944.
Uma história muito parecida com a de Ellie Wiesel em "A noite". Nessa obra o autor nos conta de forma mais detalhada a vida cotidiana nesse campo de concentração, numa narrativa que inclui suas próprias reflexões sobre o mundo e o ser humano.
Um livro, portanto, um pouco mais extenso, mas não por isso menos aterrorizante.
Leitura necessária.
Max 23/08/2023minha estante
Preciso tomar coragem, Fábio, pra ler!


Fabio.Nunes 23/08/2023minha estante
Precisa nada cara! Vc tem trajetória literária. Aguenta o tranco.


Max 23/08/2023minha estante
Putz! Depois de incentivo desses...?




Michel Pinto Costa 31/01/2021

Depoimento pessoal
Um livro em primeira pessoa que trata de um assunto hipoteticamente esgotado: a vida num campo de concentração.
É livro obrigatório.
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Alan kleber 13/05/2022

A má nova do que, em Auschwitz, o homem fez do homem.
As últimas páginas descrevendo os últimos dias no Campo são uma das coisas mais poderosas e comoventes já escritas.
Livro definitivo pra entender o que foi o nazismo. E como foi viver prisioneiro nos Campos de exterminio.
Nada do que o homem possa fazer, chegará nunca a reparar o sofrimento que aquelas pessoas sentiram. Por isso é necessário que a civilização esteja sempre vigilante. Para que esse horror não aconteça novamente.

"Nós somos os escravos dos escravos, que todos podem comandar, e o nosso nome é o numero que levamos, tatuado no braço e costurado no peito. O sonho demente de grandeza dos nossos patrões, seu desprezo de Deus e dos homens, de nós homens.
Jazíamos num mundo de mortos e de fantasmas. O último vestígio de civilização desaparecera ao redor e dentro de nós.
Não é humana a experiência de quem viveu dias nos quais o homem foi apenas uma coisa aos olhos de outro homem."
Eliza.Beth 14/05/2022minha estante
Devastador!
Sempre vigilantes ?




Bruna 13/04/2021

Confesso que li este livro pq fazia parte do clube do livro, sinto muita dor ao ler relatos desta época. Este é mais um livro cheio de ensinamentos, reflexões e sobrevivência. Nada fácil, mas, é isto um homem?
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Marcia 14/05/2024

Minhas impressões sobre o livro
Mais um belo livro pra conta!
Historia do escritor Primo Levi sobre tudo que viveu em Auschwitz.
Com fome, sede, fraqueza, maus tratos e muito trabalho pergunto: como sobreviveu?
O livro é muito bem escrito e o autor nos conta que decidiu escreve-lo questionado a hunanidade e pelo título ja percebemos pois questiona: " isto é um homem?"
Com a narrativa dele nos transportamos para Auschwitz em 1945 onde ele viveu por 11 meses.
Um dos poucos sobreviventes e graças a sua escrita temos conhecimento do que foi o nazismo, os campos de extermínio e todo esse período horroroso e triste.
"No livro, o escritor e químico italiano Primo Levi relembra seu sofrimento num campo de extermínio, sem, contudo, invocar qualquer resquício de autopiedade ou vingança. Deportado para Auschwitz em 1944, entre outros 650 judeus italianos, Levi foi um dos poucos que sobreviveram, retornando à Itália em 1945" (sinopse editora)
Super recomendo a leitura. Livro curto de 209 páginas com uma escrita fácil e envolvente.
Leiam amigos, é muito bom!
Valeu!
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Gabi 18/09/2023

Não existem palavras
O primeiro livro do Primo Levi que li foi "Mil Sóis". Ele caiu na minha prova de ingresso no mestrado. Uma porrada. "É isto um homem?" está entre os melhores livros que já li, certamente o melhor testemunho. É difícil, mas necessário, manter a escuta aberta pras palavras de Levi. Só leiam.
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Felipe 30/12/2020

Difícil encontrar melhor
No século XX, a humanidade presenciou importantes conquistas. Elas podem ser notadas, principalmente, no campo econômico e tecnológico. Avanços na ciência e na Medicina permitiram que a expectativa de vida no Brasil fosse duplicada. Infelizmente, no século passado não tivemos apenas benesses. Foi nele em que ocorreram duas grandes guerras mundiais que assolaram diversos países e gerou enormes quantidades de mortes.


Também foi no século anterior que ocorreu o surgimento de ideologias totalitárias como o Fascismo e o Nazismo. Naquele contexto, diversas produções literárias vieram à luz para relatar acontecimentos vivenciados por vítimas daqueles eventos. A literatura de testemunho ganha notoriedade nos estudos literários. Primo Levi, autor da obra aqui resenhada, é hoje considerado um dos autores mais notáveis desse tipo de produção literária.

Conhecer um pouco sobre o autor nos permite entender melhor a história contada em “É isto um homem?”. Nascido em Turim, cidade italiana, Primo Levi se forma em Química em 1941. Judeu, ele é levado aos campos de concentração nazista em Auschwitz.

Primo Levi teve a má sorte de ser contemporâneo ao holocausto vivenciado pelos judeus na Segunda Guerra Mundial. Porém, em comparação com outros judeus, o autor teve o privilégio de ser levado aos campos de concentração em um tempo próximo ao fim da guerra.


Isso, aliado a sua competência na Química, a qual lhe permitiu ir trabalhar em laboratórios do campo de concentração, contribuiu para que Primo Levi se tornasse um dos 20 sobreviventes dos 650 condenados com os quais embarcou em um trem no ano de 1944.

Em “É isto um homem”, Primo Levi nos conta os acontecimentos que viveu durante aquele sombrio momento. Na obra, vemos a ilustração dos sofrimentos vivenciados pelos condenados aos campos de concentração. O prefácio da obra avisa ao leitor que esse é o foco da narrativa, a qual não teve como objetivo trazer reflexões novas sobre o Nazismo e o holocausto.


Contudo, assim como conhecer a vida do escritor nos situa diante do que o enredo se trata, saber o contexto histórico da obra permite que tenhamos uma melhor abstração das principais reflexões que o livro traz. Eis por que falarei a respeit

Conclua a leitura da resenha no blog. Caso tenha gostado e deseje ler outras nos mesmos moldes, siga o perfil no instagram: @literaturaemanalise

site: https://literaturaeanalise.blogspot.com/2020/12/resenha-e-isto-um-homem-primo-levi.html
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Will 27/06/2022

Relato brutal, mas muito necessário...
“É isto um homem?” nos insere no ambiente desumano (e infelizmente real) de um campo de concentração. Primo Levi foi um judeu italiano enviado para Auschwitz que relatou a chegada e rotina no campo, até a libertação dos Aliados.
Um livro terrível de se imaginar, mas extremamente real, o que assusta ainda mais. O livro é muito bem escrito, mas também muito objetivo e consegue transmitir com precisão as sensações que o autor teve durante a degradante situação imposta, sem nenhum tipo de autopiedade. Sentimentos, sonhos, pessoas queridas: lembranças cada vez mais distantes quando cada dia se resume a tentar conseguir alimento, sem morrer de exaustão ou ser morto. A morte é sua sombra em qualquer regime autoritário, onde ser diferente é sinônimo de precisar ser eliminado.
Primo Levi constrói uma obra visceral, não foge de mostrar como os valores morais são impossíveis de se seguir num ambiente imoral, onde a lei da sobrevivência do mais forte ou mais esperto acaba tomando forma por necessidade. Um livro carregado de humilhação, brutalidade, doença e morte. Mas também com momentos de solidariedade, principalmente quando são deixados pra morrer sozinhos na debandada nazista.
Uma experiência aterradora, um livro que deve ser lido com calma, tentar materializar o ambiente na imaginação e se colocar no lugar de todos aqueles julgados fracos, incompatíveis ou uma ameaça. A execução em massa de determinado povo ou classe não é um episódio isolado da humanidade, é triste saber que é recorrente e não terminou após a Segunda Guerra. Um dos relatos mais incríveis que já li, livro espetacular, recomendo a todos.
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