O Rei da Vela

O Rei da Vela Oswald de Andrade




Resenhas - O Rei da Vela


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najuliass 18/01/2022

Perfeito!!! uma peça atemporal, fazem quase 100 anos desde a Época se passada nela e os problemas exatamente os mesmo.
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Mariana 27/04/2021

Superou minhas expectativas!
Eu peguei esse livro pensando que não iria gostar, tanto por ser uma peça teatral, quanto pela linguagem. Mas no fim eu amei a leitura que foi bem rapidinha, e com toda a certeza é possível fazer paralelos com o pensamento do autor sobre a elite brasileira lá de 1930 com a elite atual. Fiquei morrendo de vontade de assisir a peça sendo encenada!
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Marco 06/09/2020

Escrever não adianta nada Clarisse
Há quase 100 anos Oswald de Andrade se rebelava contra o imperialismo norte-americano, revelando a corrupção da burguesia dentro de uma obra ficcional, mas parece que a ação do artista no mundo acaba sendo um grito de desespero, que não reflete mudanças. Talvez isso se dê pelo controle intelectual industrial que as grandes mídias detém de nós, pobres mortais. A obra tem uma linguagem ácida e sarcástica que dá gosto. Vale muito pra quem quer conhecer mais da nossa cultura.
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Biblioteca Álvaro Guerra 24/07/2019

Marco de diversos movimentos culturais do Brasil, a obra — que completa 80 anos — faz uma autocrítica sobre a identidade nacional e põe em prática as ideias antropofágicas modernistas.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!


site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535929294
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Biblioteca Álvaro Guerra 11/01/2019

Escrito a partir de 1933, depois da crise mundial de 1929, da Revolução de 30 e da Revolução Constitucionalista de 32, o texto manifesta a imensa amargura de Oswald, forçado a percorrer infindáveis escritórios de agiotagem para equilibrar-se financeiramente. Esse seu contato forçado com agiotas foi, provavelmente, a causa da caracterização de um agiota como Rei da Vela. Mas o texto supera a experiência pessoal de Oswald: ele fornece, sem falsas sutilezas, os mecanismos da engrenagem em que se baseia o esquema sócio-econômico do país.

Fonte: https://www.passeiweb.com/estudos/livros/o_rei_da_vela

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788599896358
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Wagner 05/12/2018

A VELHA MASCARA...

(...) Há um momento em que a burguesia abandona a sua velha máscara liberal. Declara - se cansada de carregar nos ombros os ideais de justiça da humanidade, as conquistas da civilização e outras besteiras. Organiza-se como classe. Policialmente. Este momento já suou na Itália e implanta-se pouco a pouco onde o proletariado é fraco ou dividido...

in: ANDRADE, Oswald de. O Rei da Vela. Rio de Janeiro : Mediafashion,2008. Pg 66.
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Raian 17/09/2018

oswald, mai friendi
um misto de consequências do capitalismo e historia do brasil.

é interessante visualizar isso numa peça d teatro. falando em oswald, nessa busca entre uma síntese precisa e o riso, ele vai cirurgicamente em imagens interessantes.

abelardo I e abelardo II p definir como o sistema capitalista se mantém é um dos artifícios bons que ele usa na peça.

tem quase um panorama de sexualidades (a ilha de lesbos, a bicha Fruta-do-conde eu amei essa fruta no nome, e a Joana que é João do Divã) ? p n entrar no quesito em q o único casamento da peça (abelardo e heloísa) abrem mão da fidelidade (por interesse, por desejo).

gosto desse tipo de temática envolta num processo formal interessante. tenho ido atrás d oswald cada vez mais: aquele experimento formal "serafim ponte grande" me pareceu interessante, mas formal demais, mas instigante.

e um texto dele sobre a sátira na literatura brasileira começando c gregório de mattos p mim foi inspirador. um grande pesquisador ele era (mt visível nos poemas de Pau-Brasil, uma história da colonização a partir de fotografias textuais, polaroides).

no fim, mesmo d novo c alguns problemas formais c ele, continuo tendo + vontade d ler oq ele escreve.

um pesquisador experimentalista. longa vida.
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Mr. Jonas 08/02/2018

O Rei da Vela
No título da peça, a palavra vela significa agiotagem, isto é, empréstimo de dinheiro a juros extorsivos. O protagonista, Abelardo I, é proprietário de uma firma de agiotagem, a Abelardo & Abelardo, que serve de cenário para o primeiro ato da peça. Seu sócio, Abelardo II, vestido de domador, recebe clientes que saem de uma jaula. Os devedores são tratados com desprezo e violência. Aparece para uma visita Heloísa de Lesbos, noiva de Abelardo I, pertencente a uma família tradicional, salva da bancarrota pelo dinheiro do noivo.
O segundo ato tem como cenário uma ilha tropical, presente de Abelardo I à noiva. Instala-se ali um clima de grande liberdade sexual: Heloísa troca intimidades com Mr. Jones, americano com quem seu noivo mantém alguns negócios e que desperta interesse em Totó Fruta-do-Conde, irmão homossexual de Heloísa. Abelardo I vive uma noite de amor com a sogra, Dona Cesarina, e acerta outro encontro sexual com a tia da noiva, Dona Poloca, cuja virgindade sexagenária é proclamada a todo momento. Há ainda a presença de João dos Divãs, na verdade Joana, a irmã lésbica de Heloísa, e de seu primo Perdigoto, que arranca um empréstimo de Abelardo I, destinado a montar uma milícia fascista para combater os camponeses que insistem em invadir sua propriedade.
O terceiro ato retorna ao escritório de Abelardo & Abelardo. Vítima de um golpe, Abelardo I lastima sua falência, tendo a noiva aos seus pés. Com um revólver nas mãos, dirige-se aos espectadores e declara que eles assistirão a um final digno de dramalhão: suicídio no terceiro ato. Sem conseguir levar o gesto adiante, pede ajuda ao Ponto (auxiliar de cena que, escondido do público, lembra ao ator as suas falas quando necessário), mas este se recusa a auxiliá-lo. Fecha-se a cortina do palco. Ouvem-se salvas de canhão e um grito de mulher. Quando a cortina reabre, Abelardo I está agonizando sobre uma cadeira e a noiva deitada em uma maca.
Entra em cena Abelardo II, com exageradas vestes de ladrão, que substituem as de domador usadas no primeiro ato. Ele assume sua condição de herdeiro dos negócios de agiotagem, ficando também com a noiva. Abelardo II tenta presenteá-lo com o socialismo, mas Abelardo I recusa, chutando um rádio que toca a canção da Internacional Comunista.
No delírio que antecede a morte, Abelardo I ouve sinos. Determina que a jaula seja aberta, e os devedores fogem, proclamando a vitória da revolução. O suicida pede uma vela. Seu desejo é atendido e ele morre.
Heloísa chora a morte do ex-noivo. Mas a um gesto de Abelardo II, aproxima-se dele prontamente. Ouve-se a Marcha nupcial, convidados entram e, ignorando completamente a presença do defunto, celebram o casamento de Abelardo II e Heloísa de Lesbos.
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Nádia C. 25/04/2017

Desbunde e Despudor
http://as-virgulas.blogspot.com.br/2017/04/leitura-9-do-ano-faz-parte-do-meu.html

A peça não se preocupa em criar nada do que oferece a cartilha aristotélica, ou seja, não tem exatamente um conflito, ou climax, nem acirramento de tensões. O que ocorre é uma sequência de situações que mostram puramente a farsa desmascarada do Brasil em progresso que se sustenta nos trabalhadores gritando nas jaulas. É o "desbunde" da família tradicional brasileira eternamente em declínio, mas sempre tem sua queda amortecida pelas aparências e pelo falso pudor.
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