ENSAIO SOBRE A LIBERDADE

ENSAIO SOBRE A LIBERDADE John Stuart Mill




Resenhas - Ensaio Sobre a Liberdade


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Livia.Guida 18/04/2024

Leitura para o meu Mestrado em Ciência Política
Não queria avaliar esse livro, mas por questões de "alacançar objetivos no Skoob" fui obrigada (rs).

Ler Mill, assim como Locke e Rawls, é essencial para todo mundo que deseja se tornar cientista político(a). As raízes do liberalismo que se ramificaram muito ao longo do tempo e que são imprescindíveis para entender o mundo de hoje.

A linguagem de Mill neste ensaio é muito fácil. Ele queria se fazer entender pelo maior número de pessoas possíveis.

Uma das passagens é onde ele defende a possibilidade das pessoas mudarem de ideia. Fato que aconteceu com ele mesmo que de liberal foi caminhando para o socialismo.

Vale a leitura!
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Matheus.Araujo 14/07/2020

Liberalismo utilitário
Publicado em 1859, Sobre a Liberdade era a maior defesa da liberdade individual de sua época. Com uma forte influência de outra filosofia do autor, o utilitarismo, Mill aponta as três liberdades básicas de uma sociedade: de expressão, de gostos (mesmo imorais) e de reunião de indivíduos. Em seguida, Mill propõe uma sólida defesa da liberdade de expressão e da sua importância para o desenvolvimento social, considerações acerca de individualidade como meio para a felicidade e limites do Estado e Sociedade sobre o indivíduo. É obra essencial para qualquer um que reflete sobre os fundamentos da liberdade na vida comum.
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Deghety 07/05/2019

Ensaio Sobre a Liberdade
Ensaio Sobre a Liberdade de Stuart Mill me fez perceber o quanto a Sociedade e o Estado estão estagnados no tocante ao amadurecimento intelectual do indivíduo e à uma sociedade livre e justa, já que esse ensaio possui em torno de 150 anos e os assuntos abordados ainda se mantém falhos em vários aspectos.
O que ao meu ver faz esse texto se tornar mais interessante ainda do que seu conteúdo em si, são os contrapontos em que autor confronta suas próprias ideias, já que enquanto eu lia a ideia principal, os questionamentos que se formavam em minha mente eram respondidos ou descartados com mais pertinência que a ideia original ou me fazia ao menos considerar. E esse é um ponto que a obra dá bastante importância: as divergências de opiniões e o direito à elas.
Mill, apesar de ora ou outra envolver religião e estado nesse processo de liberdade, na maior parte do tempo ele põe a sociedade como principal elemento no policiamento da liberdade e seu limite, limite esse estabelecido quando as ações livres do indivíduo sejam danosas a outros, seja por atos, seja exercendo seu direito à liberdade de expressão.
O autor faz culto ao indivíduo, mas não ao individualismo e sua tese é como a receita de uma utopia.
Não dá pra se fazer um resumo justo de tudo que aqui é apresentado, é necessário ler o livro .
Recomendo.
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Fernando 13/06/2018

Um belo ensaio, falho, mas ainda belo
O livro possui três visões sobre liberdade, que no geral, afirmam que o Estado não pode interferir no ir e vir de alguém, a não ser em dois pontos específicos: quando para promover o progresso livre do indivíduo, ou para impedir que uma pessoa tenha sua livre expressão impedida por outra.
Especificamente falando, a primeira visão que é “Da Liberdade de Pensamento e Discussão”, trata sobre como o livre pensamento é perseguido pela sociedade e o Estado. Para isso, cita como um dos exemplos, a condenação de Sócrates por simplesmente pregar um pensamento reflexivo que ia contra os dogmas propostos em sua época. Para Stuart, a busca pela liberdade de pensamento é o ponto mais importante para que haja uma sociedade justa, igualitária e sem preconceitos.
Acredito que essa visão seja altamente válida, mas como leitor, percebi que o próprio autor contradiz o que ele tanto defende - a livre expressão – quando, por exemplo, condena a igreja com unhas e dentes. Não teria a religião algum ponto positivo a qual merecesse sua atenção senhor Stuart Mill?
Entendo que na época a qual o livro foi escrito, a igreja, dominante naquele momento, abusava de seu poder e influência. Mas acredito que o autor deixou de tirar proveito dos bons ensinamentos pregados, perceba bem, não pelos sacerdotes cristãos, mas sim pelos ensinamentos bíblicos. Focado em condenar tudo o que vinha da igreja, acabou rechaçando qualquer oportunidade, mesmo que mínima, de ampliar de forma produtiva seu conhecimento. Isso significa que ele agiu contra os argumentos que ele mesmo defendia.
A segunda visão sobre liberdade está relacionada à “Individualidade, como um dos Elementos do Bem-Estar”. Aqui concordo um pouco mais com o autor ao dizer que devemos ter nossa liberdade e individualidade preservadas. Isso significa que todos podem buscar o que acham melhor para suas vidas, contando que não prejudiquem a liberdade e individualidade de outra pessoa. Caso contrário, por exemplo, ladrões, assassinos e derivados, por romperem com a liberdade do outro, merecem ser punidos por seus atos.
Contudo, me oponho, e aqui vai minha crítica, em como esse tipo de pensamento é pregado nos dias de hoje. Atualmente tudo é opressão, tudo é insulto, e a preservação do livre pensamento, de novo vai por água abaixo.
Ou seja, a liberdade de expressão fundiu-se com opressão. Manifestar contrariedade ao que é imposto como politicamente correto logo é taxado como invadir a individualidade do outro. Perdeu-se a linha tênue que separa expressar pensamentos sérios, de expressar pensamentos insultuosos. Em resumo, não podemos falar mais nada, porque o simples fato de dizermos um “ai” diferente do que a maioria defende, torna nossa livre expressão um ataque a liberdade do próximo.
E eu sei, pode até parecer que estou caindo em contradição quando acuso Stuart de não ver algo de bom na igreja, mesmo ela sendo tão opressora na época, e agora qualificar pensamentos politicamente corretos de serem intolerantes a todos que não o apoiam. Mas aqui vai um porém. Um belo de um porém!
Na época de Stuart Mill, sua oposição a igreja servia para combater algo que oprimia a sociedade. Ou seja, era algo que precisava ser feito, mesmo a igreja sendo fundamentada em bons princípios. Nos dias de hoje é o contrário. A oposição ao politicamente correto não está sendo necessariamente oprimida, afinal pode ser manifestada, mas está sendo COMPRIMIDA a um rótulo esdrúxulo, como se oposição fosse sinônimo de preconceito e ignorância. Ou seja, naquela época a igreja se sentia ameaçada por pensamentos contrários, solucionando o problema esmagando quem pensasse diferente. Hoje, o politicamente correto faz a mesma coisa movido por outros fundamentos, criando para isso, alcunhas que diminuem tudo o que a ela se opõe. Confundem A com B e tornam C em um D.
Além do mais, os ideais defendidos pelo politicamente correto seguem o mesmo caminho das igrejas da época de Mill: estão fundadas em bons princípios, mas foram corrompidas e distorcidas para satisfazer uma parte seleta da sociedade.
Com isso afirmo que não há risco de vida em dizer que não concordamos com isso ou aquilo, como acontecia na época de Stuart. O que ocorre é que não estamos dispostos a ouvir os dois lados da moeda por pura vaidade. Então, não vamos confundir opressão real com hipocrisia barata ok?
A terceira visão sobre liberdade trata “Os limites na Autoridade da Sociedade sobre o Indivíduo”, e aqui eu e o autor nos damos super bem. Ele faz críticas ácidas sobre o quão o Estado influencia a sociedade e os indivíduos, criando pessoas com pensamentos semelhantes e impedindo que o livre pensamento se manifeste. A partir do momento em que o Estado, como afirma o autor, começa a ter controle da educação, por exemplo, os pensamentos difundidos dentro das escolas públicas chefiadas pelo governo funcionam como câmaras de doutrinação em massa, criando indivíduos iguais em pensamentos, sonhos e metas de vida.
Num resumo bem escrachado: o Estado aliena a sociedade.
Como forma de explanar uma solução, Mill prega que sejam criadas escolas particulares para educar o povo, onde o Estado daria apenas apoio financeiro necessário para as famílias que não conseguissem manter seus filhos em tais escolas. Além do mais, defendia que se criassem conselhos, que cobrariam dos pais a educação dos filhos, investigando se a criança possui o conhecimento necessário para sua idade. Caso percebessem que não, isso acarretaria em multa para os responsáveis por não estarem auxiliando os dependentes em sua educação escolar.
Stuart Mill fez críticas ferrenhas contra o Estado, e apesar de ser um liberal socialista, isso não o impediu de aprovar ideais que iam contra os pensamentos marxistas, como, por exemplo, a propriedade privada. Tudo o que se opusesse a liberdade e individualidade das pessoas recebia críticas ferrenhas em seus ensaios.
Infelizmente, no mundo de hoje, seus pensamentos, mesmo sendo bons em teoria, jazem em sepulcros lúgubres onde sua visão de mundo serve apenas para opor-se a ela mesma. No fim, a liberdade se tornou sua própria escrava. Stuart Mill se tornou seu próprio carrasco. E tudo isso se traduz em uma grande piada sem graça, mas que infelizmente, é a pura verdade.
Para finalizar, mesmo não concordando com o autor, a obra merece 5 estrelas por instigar o leitor a questionar suas crenças.
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