Dance of Thieves

Dance of Thieves Mary E. Pearson




Resenhas - Dance of Thieves


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Luiza Helena (@balaiodebabados) 21/11/2019

Originalmente postada em https://balaiodebabados.blogspot.com.br/
Dance of Thieves é o primeiro livro da duologia que se passa seis anos após os acontecimentos finais d’As Crônicas de Amor e Ódio. Desde já aviso que não é necessário ler a outra série para ler essa, visto que são personagens e histórias novas.

Primeiro de tudo, devo destacar o quanto a escrita da Mary evoluiu. Ela continua bastante fluída e com uma ótima cadência poética, porém parece bem mais madura do que na série anterior. Não que na outra série ela fosse ruim, mas dá pra perceber uma grande diferença na estrutura e narração.

Dance of Thieves me apresentou dois protagonistas que entraram para a lista de casais favoritos de fantasia. Kazi e Jase te conquistam desde o primeiro momento, tanto separados quanto juntos. Os dois são bastante parecidos em vários aspectos, destacando lealdade, determinação e coragem.

Desde nova, Kazi teve que aprender a sobreviver nas ruas de Venda. Agora como uma das guardas de confiança da rainha, ela tem uma missão a cumprir e não vai deixar que nada interfira, mesmo que seja seus sentimentos crescentes, não somente por Jase mas por todo o clã Ballenger.

Kazi é uma ótima personagem. Apesar de demonstrar um exterior frio e calculista, no fundo ela ainda tem vários traumas de quando criança, principalmente no tocante de sua mãe. Quando ela se sente à vontade, a Rathan se mostra uma jovem divertida e boa companhia.

Apesar de ter gostado muito de Kazi, pra mim Jase é o maior destaque da história. Desde Kell (Tons de Magia) eu não encontrava um mocinho de fantasia tão bem escrito e desenvolvido. O Patrei dos Ballengers é uma pessoa bastante justa e íntegra, com um grande instinto protetor, não somente envolvendo sua família, mas a todos que habitam nos arredores de Tor’s Watch e Hell’s Mouth.

Jase também é um jovem divertido, carinhoso com as pessoas queridas, bastante charmoso e apaixonante. Porém, quando algo ou alguém ameaça a paz de seu povo e sua família, ele pode ser também cruel e frio. Justamente esse contraste de personalidade é o que faz de Jase um ótimo personagem. Por muitas vezes, ele se vê na encruzilhada de qual atitude tomar, principalmente no papel de líder do clã e com várias ameaças vindas de todos os cantos.

Segredos e mais segredos é o que define a relação entre Jase e Kazi. Ambos escondem informações um do outro, justamente pelo fator onde sua lealdade foi posta. Nesse meio tempo, os dois vão se envolvendo (como esperado).

Como vi em outra resenha, boa parte do livro ela passa nos ambientando a esse novo lado do universo que ela criou e moldando a personalidade tanto de Jase quanto de Kazi. Gostei muito com a Mary desenvolveu o relacionamento entre os dois e suas personalidades. O desenvolvimento dos dois, tanto separados quanto como casal, é bem escrito e trabalhado, nos mostrando as inseguranças e dúvidas de cada um, principalmente um pelo outro.

Kazi e Jase tem um senso de lealdade muito grande, que passa por cima de tudo, principalmente do sentimento que existe entre os dois. Suas atitudes e decisões acabam por machucar um ao outro, mas não de forma proposital; as circunstâncias que os levaram até aquele ponto. Justamente por seu envolvimento, as consequências são mais doloridas.

Essa nova ambientação do universo criado veio para acrescentar o que já era bom. Desde que descobri que o universo não é nada menos que um universo pós-apocalíptico, a cada nova informação de como aqueles povos se formaram é algo que me deixa de queixo caído. Aqui, vamos descobrir bem mais sobre os primeiros dias depois da estrelas terem caído e destruído todo o povo antigo e como Jase e seu clã está ligado aos sobreviventes.

Novas ameaças políticas também fazem parte dessa nova história. Gosto muito com a Mary consegue equilibrar toda a politicagem com uma dose de romance, sem que esse último sobressaia o primeiro.

Por ser spin-off, claramente teremos algumas participações de personagens da série anterior. Gostei muito de rever Lia e Rafe, principalmente pelo fato deles parecem bem mais maduros e centrados. Outros personagens também aparecem ou são citados, e fica aquela vontade que apareçam também.

Dance of Thieves poderia muito bem ser volume único, se o último capítulo não deixasse um puta gancho para a continuação, Vow of Thieves. Eu estou aqui roendo as unhas de curiosidade e ansiedade de como tudo vai se resolver. Os dois livros já foram lançados no Brasil pela DarkSide.

site: https://balaiodebabados.blogspot.com/2019/11/resenha-454-dance-of-thieves.html
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