Fabio Pedreira 02/10/2017DarkhamOlá, pessoal. Hoje vim trazer para vocês a resenha do livro Darkham, em parceria com o autor Jean Vallens. Sinceramente, eu fiquei meio dividido em relação a ele, sem saber se gostei ou não, então vamos para a sinopse e depois direi os motivos.
“Quando a Lei não consegue mais combater o crime, talvez um vigilante possa fazer toda a diferença. Isso é o que ocorre em Hollandon, uma importante cidade para assuntos internacionais e, amplamente, considerada a segunda capital cultural do mundo. Nela, acompanhamos a história de Jack Lewis, um empresário e vigilante, perseguido por agentes corruptos da Agência de Inteligência Centralizada (A.I.C.). Ele é incriminado por um assassinato e isso o leva a fugir das autoridades. Enquanto tenta provar sua inocência, não pode deixar de dar suporte a cidade na figura de Darkham, um vigilante honesto em meio a uma cidade corrupta e inescrupulosa. Sua jornada não será fácil, ainda mais quando Royal King quer ver o vigilante morto. King ainda designa Frank Tupelo, seu braço direito, a uma missão crucial para sua organização. Entretanto, quando o caminho de Tupelo cruza com o de Darkham, vidas são perdidas”.
Olhando a capa e a sinopse acredito que praticamente 99% das pessoas, assim como eu, devem pensar “Olha, é o Batman”. Jack Lewis assim como Bruce Wayne tem dinheiro a beça, um cara na polícia que o ajuda (olá, comissário Gordon), um mordomo que sabe seu segredo (mas aqui no caso é uma governanta), uma “batcaverna”, muitos acessórios, pensamento estratégico, um super vilão e, claro, uma fantasia para combater o crime.
Eu não sei o que pensar disso. Como fã de carteirinha do Batman admito que a capa e a sinopse me fizeram lembrar do herói e foi um grande fator que me chamou atenção para querer ler essa obra. Porém, o personagem é bem diferente em algumas coisas daquele ao qual, acredito eu, tenha sido inspirado. Ao mesmo tempo em que diz ter pensamento estratégico eu vi umas partes com resoluções de problema muito clichês, como por exemplo, se fantasiar de mendigo (olá, Batman Cavaleiro das Trevas) para entrar em um local vigiado.
Em compensação o livro é todo feito de ação e isso é positivo, te prende em um ritmo frenético e faz a leitura passar mais rápida. Inclusive a escrita do autor também é outro ponto que elogio e critico ao mesmo tempo, isso porque ele escreve como se estivesse narrando um roteiro de filme mais ou menos, às vezes de certa forma se incluindo na história – e eu gostei da forma como ele fez.
É uma escrita boa e divertida, porém, o que critico (e nesse caso vejo mais como uma crítica construtiva) é que: lembra daqueles vários acessórios que o personagem tem? Pois, às vezes dá a impressão de que o autor está mais preocupado em descrevê-los do que dar prosseguimento à história. Porque tem partes, por exemplo, que ele vem me dizer que o personagem está bebendo seu suco feito com uma fruta tal e tal e tal e que só existe no Japão em determinada ilha. Ou que pega sua faca “rambo” não sei das quantas durante o combate.
Essas descrições estão em notas no livro, contudo, são muitas e acredito que sem algumas delas a história iria fluir bem mais, como na parte da faca por exemplo, acredito que seria mais importante saber que a faca fez seu papel do que saber que tipo de faca ele usa. Tudo bem que talvez pelo fato de ser escrito como um roteiro essas descrições sejam necessárias, mas poderia deletar algumas.
Mas, tirando isso, a obra é boa, rápida, divertida de se ler e acredito que se fosse posta na forma de quadrinhos ficaria muito boa devido ao fato de ser muito visual e de ação constante. Ela também conta com um final em aberto, então por aqui vou dando nota 3 à obra e vamos esperar para ver o que nos aguarda na continuação de Darkham e sua busca pela justiça.