Leilinha @homeopatialiteraria 17/01/2018"Crer ou não crer" é escrito em forma de debate, ou melhor, é escrito em forma de conversa, mas não uma conversa qualquer... aquele tipo de conversa filosófica deliciosa!
Imaginei os dois sentados numa mesa de bar - por mais difícil que seja imaginar um padre numa mesa de bar - conversando sobre religião, fé, morte, ciência... o livro também traz algumas críticas sobre a religiosidade e sobre algumas tendências teológicas.
Eu não tinha muita expectativa pelo livro, mas realmente me encantei com a leitura!
.
.
É difícil sintetizar esse tipo de livro porque não tem enredo com início, meio e fim. Então vou deixar alguns quotes pra que vocês vejam um pouco do que esse livro riquíssimo traz:
.
.
?"Costumo dizer que a tristeza tem cheiro de arruda e manjericão. Eram as ervas que adornavam as imagens de Nossa Senhora das Dores e do Senhor dos Passos."
.
.
?"As pessoas customizam a religião, a experiência de Deus. É emblemático o que ouvi de uma pessoa muito célebre. Ela disse: 'eu sou tão católica que em outra encarnação devo ter sido freira'. Ou seja: ela se anuncia católica e esquece que a reencarnação é definida como heresia desde o papa Pio X."
.
.
?"As pessoas se desobrigaram da pertença fiel. Não estão muito interessadas em definições dogmáticas. Querem a religião que funcione naquele momento."
.
.
?"Nada nem ninguém pode oferecer o consolo a não ser a religião. Você não pode chegar a um enterro e usar a ciência para consolar uma mãe. Eu não posso chegar pra uma mãe que perdeu um filho e dizer que seu filho é feito de uma unidade de carbono, e que toda unidade de carbono tende a desaparecer."