Cássio Cipriano 23/01/2023Uma grata surpresaEstou com esse livro no Kindle desde 2021 e ainda não tinha o pego para ler. Resolvi pegar em uma leitura coletiva agora no começo de 2023 e me rendeu uma ótima experiência. A história não me cativou logo nos primeiros capítulos, foi só a partir do 3º que começou a fluir e eu me encantei pela personalidade do Tanner, por sua família e, claro, pelo Sebastian, o garoto por quem ele se apaixona. A narração em 1ª pessoa me fez sentir na mente do Tanner e foi maravilhoso ver o mundo através de seus olhos, contemplar seu deslumbramento por Sebastian, que sempre rendia pensamentos de duplo sentido e me arrancavam boas risadas. Uma coisa que amei nessa história foi como as autoras conseguiram evidenciar de uma maneira muito bonita os sentimentos do Tanner, foi muito crível e gostoso acompanhar a evolução dos sentimentos e também as decepções.
Sempre tive uma resistência com esse livro por abordar religião. Não curto muito narrativas em envolvem essa temática, mas achei tudo muito equilibrado nesse livro e, por se tratar de uma religião que não é tão popular no Brasil, é curioso entender mais a respeito da doutrina mórmon pela perspectiva de personagens que se relacionam de diferentes formas com a religião, como, por exemplo, a mãe do Tanner, que é uma ex-mórmon e atualmente tem aversão à religião; Sebastian e sua família, que seguem à risca as tradições da religião; e Tanner, que apesar de saber que a mãe é uma ex-mormón, não conhece muito sobre a religião e acaba pesquisando para descobrir coisas.
Há uma mudança na narração do livro lá pro final. Até o capítulo 20, a história é contada em 1ª pessoa, pela visão do Tanner, e os três últimos capítulos passam a ser narrados em 3ª pessoa, mas no epílogo voltamos à visão do Tanner. Inicialmente, achei confuso, porém, quando entendi a intenção das autoras ao fazer isso, achei genial e me fez gostar ainda mais do livro.
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