Josiane Moraes 12/05/2016As Crônicas de ArturOs três livros são envolventes. A gente pega um e se compromete a ler só mais um capítulo (aquela velha história), e o que rola? Mais dois, mais três, mais cinco e “Caramba, acabou!”.
No início fiquei com receio porque li algumas resenhas que diziam que o livro era muito arrastado em algumas partes, mas felizmente isso não foi uma realidade durante a minha leitura.
O que eu queria era ver uma coroa na cabeça de nosso querido Artur, mas ele nunca desejou reinar e valorizava muito os seus juramentos. Jurou a Uther colocar Mordred no trono e, como todos sabem, ele cumpriu esse juramento, mas o preço foi salgado. O neto do Grande Rei foi uma criatura odiosa desde pequena e não foi surpresa ele se tornar o rei que se tornou.
Um dos pontos interessante é o conflito entre o paganismo e o cristianismo. O massacre dos pagãos promovidos pelos cristãos sob a desculpa de “salvá-los” e a determinação de Nimue em sacrificar qualquer pessoa em nome do retorno de seus deuses foi, como eu já disse, interessante. Excalibur nos trouxe o derradeiro desfecho e reafirmou uma coisa que todo mundo já sabe: fanatismo é furada.
Outro ponto interessante é Guinevere. Como não gostar dela? Se não fosse por ela, Derfel não teria resistido tempo suficiente até a chegada de Artur ao Monte Badon. Fiquei feliz por ela e Artur se reconciliarem.
O final foi fantástico! Muitos dos meus personagens favoritos pereceram e atravessaram a ponte de espadas. Suponho que Derfel também tenha ido ao encontro de sua família enquanto defendia o mosteiro. Uma boa morte para um bom guerreiro. O destino é inexorável, não é mesmo?
O Bispo Sansum não sofreu tanto quanto deveria. Qual é a frase que Artur usava para falar do bispo? Não me lembro, mas era algo sobre ele sempre dar a volta por cima (ou seria boiar?).