O Inferno Do Dever

O Inferno Do Dever Denise Lachaud




Resenhas -


1 encontrados | exibindo 1 a 1


Cesinha 03/11/2021

Para apresentar o discurso do obsessivo, Denise Lachaud trabalha (de forma mais dispersa do que o resumido aqui) em uma dualidade do obsessivo com o histérico.

Obsessivo: É um escravo. Traz a peste do interdito permeando o gozo através de mecanismos de defesa intrapsíquicos. O neurótico obsessivo se engana e nos engana para melhor se enganar. Ele é assaltado por uma quantidade de pensamentos importunos e dolorosos (nós, de foram, só vemos os efeitos desse conflito permanente). A defesa não é contra o outro, mas contra o gozo do Outro. O obsessivo tenta desesperadamente dar consistência ao supereu. Na neurose obsessiva, a dimensão imaginária do pai será tanto mais importante quanto maior for a distância entre o pai real – desprezado, ineficaz, e o pai simbólico – religiosamente idealizado. O sintoma se instala na distância que separa o pai real do pai simbólico.

Histérico: Se a conduta da histérica tem como objetivo recriar um estado centrado no objeto como suporte de uma aversão, de uma insatisfação, para o obsessivo o objeto é considerado como tendo trazido prazer demais. Ele sempre se vira para evitar o objetivo e o fim de seu desejo. Na histeria se busca um mestre para melhor dominá-lo, ou seja, escraviza.

Obsessivo e Histérico são rótulos? NÃO! São estruturas úteis para direcionar a análise, não são um diagnóstico como uma herpes. A cura não é da estrutura, mas do mau direcionamento do sofrimento. Será que olhando para essa sucinta descrição da dualidade obsessivo-histérico se compreende o dizer de Lacan "na análise, é preciso histerizar o obsessivo".
comentários(0)comente



1 encontrados | exibindo 1 a 1


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR