Notas.Literarias 19/07/2018
Sou fã de Sílvio Santos, isso não nego e não tenho motivo para isso. Faz anos que não assisto ao seu programa, pois me rendi aos encantos da tevê a cabo, mas os domingos na casa dos meus pais sempre foram passados em frente ao Sílvio e seus contratados, como o Gugu Liberato. Ainda hoje sei o que meus pais e minha irmã estão fazendo nos domingos à noite, pois assistir ao Programa Sílvio Santos é regra para eles, algo como almoçar churrasco e maionese nesse dia (risos).
Mesmo não assistindo mais aos seus programas, não perdi a oportunidade de ler esta biografia de Sílvio Santos porque queria conhecer mais sobre o dono do SBT, sobre como tudo começou, sua vida pessoal e as dificuldades pelas quais ele passou. Até quem não goste de Sílvio não pode negar que ele é um empreendedor nato e parece que tem mãos de ouro, que tudo o que ele faz se torna sucesso. Mas nem sempre foi assim e para isso precisamos viajar no tempo e conhecer Senor Abravanel, um garoto de 14 anos.
Seu pai possuía um pequeno comércio, mas todo o dinheiro ganho era gasto em jogos. A família passava por sérias dificuldades financeiras e a mãe de Senor pediu ajuda aos filhos para o sustento da casa. O menino que conhecemos como Sílvio Santos se tornou camelô, após passar alguns dias nas ruas, observando quais vendedores eram mais bem-sucedidos. Assim, começou a vender carteirinha para título de eleitor e canetas, influenciado pelas futuras eleições diretas, algo que há muito tempo não se via.
Senor aliou seus estudos com as vendas de camelô, que eram alternadas com mágica de moedas e cartas. Até que um dia surgiu a oportunidade de ele ser locutor de rádio, por conta de sua bela voz, que chamava a atenção nas vendas. Ele não deixou de ser camelô, conciliando dois empregos aos 14 anos, ainda no Rio de Janeiro.
A visão de empreendedor de Senor sempre o acompanhou, e ele se tornou locutor de anúncios. Assim viagens de barca nunca mais foram as mesmas. Ele começou a ter sucesso nesta profissão, mudou seu nome para Silvio Santos e foi para São Paulo ainda muito jovem, aparentemente por uma temporada.
Para não me estender muito, vou citar em tópicos alguns pontos importantes, contados nesta biografia:
- o trabalho de Sílvio Santos na tevê começou na Rede Globo, onde ele ficou por muitos anos;
- ele foi grande amigo de Manoel de Nóbrega, pai de Carlos Alberto de Nóbrega, de quem herdou o Baú da Felicidade e A praça é nossa, amizade que perdura com o filho;
- falando em amizade, Roque e Lombardi foram os primeiros funcionários de Sílvio, lá na década de 60, e se tornaram grandes amigos;
- Sílvio foi casado com Cidinha, mãe biológica de sua filha Cíntia e com quem ele adotou Sílvia; ela faleceu muito jovem e o dono do SBT se casou algum tempo depois com Íris, que é trinta anos mais jovem que ele, com quem está casado atualmente e ambos possuem quatro filhas, que são todas parcerias de trabalho (o negócio está todo na família);
- Sílvio não queria ser dono de uma emissora de televisão, ele estava muito contente em ser funcionário da Globo. Acontece que a emissora quis mudar o formato de seu programa, deixando de ser popular, e Sílvio insistiu em ser o apresentador do povo, gerando conflitos que culminaram em sua saída da emissora.
- Sílvio Santos quase foi candidato à Presidência, mas parece que não era para ser, pois diversos empecilhos surgiram, alguns deles às vésperas da eleição (até a propaganda eleitoral ele chegou a fazer);
- Foi no SBT que Sílvio fez grandes amizades, como Hebe, Gugu Liberato, Maísa Silva, Jô Soares e Mara Maravilha. Para os funcionários, Sílvio é um pai (paitrão).
Ainda bem que não me estendi muito, né? (kkkkkkk) Mas eu poderia me estender muito mais, pois virei ainda mais fã de Sílvio depois de ler sua biografia. Leia Sílvio Santos - a biografia, e torne-se fã também!
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