Wanderlei 15/07/2009
Trata- se de um livro que só não é melhor porque não temos o VOL.5 Cornwell, como sempre, descreve os costumes da época, as questões dos homens, as simplicidades e complexidades desta vida de forma primorosa. Ele nos transporta para outro tempo através do clima, do terreno, das relações pessoais, do momento da parede de escudos e o júbilo da batalha.No quarto livro, A Canção da Espada, ele narra como os homens de Alfredo, liderados por Uthred, recuperam Londres dos dinamarqueses e iniciam o processo de tomada de todo o reino. Não é o melhor livro da saga, o terceiro ainda é incomparável, mas ainda assim é muito bom. Cornwell poderia ter escrito ao menos umas duas páginas a mais.Mas só a última batalha já vale o livro.
"No outro mundo — disse eu a Pyrlig —, todos seremos deuses. Ele me olhou com surpresa, imaginando de onde viera aquela declaração.
— Estaremos com Deus — corrigiu ele.
— No seu céu, talvez, mas não no meu.
— Só há um céu, senhor Uhtred.
— Então que o meu seja o único— disse eu, e naquele momento soube que minha verdade era a verdade e que Pyrlig, Alfredo e todos os outros cristãos estavam errados. Estavam errados. Não íamos para a luz, nós deslizávamos para longe dela. Íamos para o caos. Íamos para a morte e para o céu da morte, e comecei a gritar enquanto nos aproximávamos do inimigo. — Um céu para homens! Um céu para guerreiros! Um céu em que espadas brilham! Um céu para homens corajosos! Um céu de selvageria! Um céu de deuses cadáveres! Um céu da morte!"