Guerra e Paz

Guerra e Paz Leon Tolstói




Resenhas - Guerra e Paz


380 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Pedro.Inocente 12/02/2024

Um grande livro
No geral foi uma experiência muito boa ler Guerra e Paz, e com certeza eu considero um livro importante e bom, único problema ao meu ver é que não é uma obra prima como alguns aí dizem, há obras clássicas melhores tanto na Literatura russa como de um modo geral, tirando esse fator, com certeza é uma obra que eu recomendaria, apesar de extensa!
JosA.Bertozzi 06/03/2024minha estante
oi tudo bem, primeiramente, gostei de ouvir sua opinião sobre o livro! mas também queria saber sobre essa edição dele, vc acha que é boa? Ou recomenda comprar outra, talvez da cia das letras que é mais consolidada? Obrigado!


Pedro.Inocente 08/03/2024minha estante
Olá amigo, tudo bem?
Quanto a tradução eu achei de excelente qualidade, é em Português de Portugal, pelo Casal Guerra(Nina e Filipe Guerra), mas super de boa de entender(tanto que se eu não visse que eram portugueses eu nem teria reparado), mas é uma edição que tem muitas notas, não sei como você lida com isso, mas eu me perco bastante quando o livro é assim, agora se você não se incomoda, vai na fé! ?

PS: Não sei se a edição da Cia das Letras é boa, não pesquisei muito sobre?mas quanto a do Clube de Literatura eu recomendo!


Pedro.Inocente 08/03/2024minha estante
Ah, e esqueci de comentar, mas o projeto gráfico, que é do Vicente Pessôa(assim como todos do Clube de Literatura Clássica) é impecável, as ilustrações são bem bonitas, a capa é de tecido, tem mapa explicando as batalhas, tem guia de personagens no livro, e achei a diagramação dessa edição muito boa!!!




Leonardo 12/12/2017

A edição da L&PM é boa? É uma versão reduzida ou tem o texto integral? Obrigado
Lismar 16/01/2018minha estante
Texto integral. Tive alguns problemas com certos trechos do livro que achei um pouco rebuscado, não sei se é por causa da tradução, mas são bem poucos e a leitura flui muito bem.


Leonardo 16/05/2018minha estante
Obrigado pela ajuda Lismar!!


Ninguem 07/08/2019minha estante
A tradução do Rubens Figueiredo é a melhor do mercado.




Isaias Teodoro 24/01/2019

Obra prima da literatura
O que falar desse obra que já não tenha sido dito? Simplesmente sensacional do início ao fim. O tamanho do livro pode intimidar alguns mas a escrita do Tolstói é maravilhosa e a leitura fui super bem. Gastei cerca de um mês e meio pra ler e pretendo reler novamente algum dia.
Alcione13 25/01/2019minha estante
A linguagem é de fácil leitura??
Pq amei a escrita de Dostoiévski. Mas os nomes russos me mataram.


Isaias Teodoro 26/01/2019minha estante
Super fácil, a escrita do Tolstoi é muito tranquila, mas também tem uns nomes dificeis


Alcione13 26/01/2019minha estante
Vixi... Mas pretendo ler um dia.




Nícolas 07/03/2020

Brilhante
Guerra e paz é um livro brilhante em diversos aspectos. Tem história, romance, filosofia, espiritualidade, críticas sociais. Um verdadeiro colosso da literatura mundial.
O que mais gostei neste livro gigantesco é que seu tamanho se deve a ser uma história grande e complexa, não a rodeios desnecessários ou descrições cansativas. Temos a oportunidade de acompanhar personagens vazios e fúteis transformarem seu caráter e evoluírem como seres humanos ao serem expostos às adversidades da vida.
O autor ainda encerra com seu ponto de vista profundo sobre a história humana.
É grande, isso é verdade, o tamanho assusta, mas é um livro que vale muito a pena ler.
Mari 09/07/2021minha estante
Qual edição você leu? Tô em dúvida em qual comprar.


Nícolas 09/07/2021minha estante
Olá, Mari.

Eu até tinha começado uma edição qualquer mas desisti por conta dos erros de edição e por conta da tradução. Guerra e Paz foi escrito em russo com várias partes em francês, mas tem edições que traduzem da edição francesa e algumas tem censura... enfim, tem edições que tiram o brilho da obra.

Eu comprei então a edição traduzida pelo Rubens Figueredo, que traduziu direto do russo. A edição era mais cara em comparação com as outras que eu achei, mas valeu cada centavo.

Link da amazon: https://www.amazon.com.br/Guerra-paz-Liev-Tolst%C3%B3i/dp/8535930043


Mari 10/07/2021minha estante
Ahh que bacana. Obrigada pela dica. Vou comprar essa então!




Cristiane 22/04/2023

Guerra e Paz
Um calhamaço sempre assusta, sendo um clássico da literatura universal o susto é ainda maior. A gente tem não dar conta de tantos personagens, da linguagem rebuscada do autor, das tramas ... Não é o caso desse livro.
A descrição das batalhas podem ser cansativas, mas a trama é fácil de acompanhar.
A gente sofre com o destino de muitos personagens, se irrita com as ações de outros... Pierre demorou a amadurecer, Natacha também...
A mensagem principal: "qual é o sentido de tantas vidas serem ceifadas em uma guerra?"
Leia!
Rogéria Martins 22/04/2023minha estante
Estou ansiosa para ler, sua resenha me animou


Mawkitas 23/04/2023minha estante
Um dos meus livros favoritos.


Onassis Nóbrega 24/04/2023minha estante
Este está na minha estante há uns 10 anos. Criando coragem para começar.




Lismar 16/01/2018

Obra de Arte
Guerra e Paz é uma dessas obras em que é bastante difícil em categorizá-la em um gênero específico, pois muito há foco em drama, romance, filosofia, guerra, dentre outros.

O livro se foca no cotidiano de algumas famílias aristocráticas da Russia, somos levados a bailes, caças, orgias, relacionamentos entre estes e casamentos. Aliás o fio condutor da obra, é justamente as famílias presentes no livro: Bezukov, Bolkonski, Karaguine, entre outros. O reflexo da guerra na sociedade russa é representado por eles, desde suas frivolidades ao desespero.

Sempre no início de cada parte, são 15 no total, Tolstói descortina um panorama geral do que irá desenvolver: as posições das tropas, os movimentos dos batalhões, as cartas recebidas pelos generais, as táticas dos imperadores, a reação do povo russo à guerra, as versões dos historiadores, além de filosofar sobre as razões de situação chegar onde chegou.

No restante dos capítulos, ele desenvolve o que previamente escreveu, levando-nos ao centro do conflito, com descrições soberbas das batalhas, e a reverberação destas na comunidade russa.

A escrita, da versão que adquiri, é mais sofisticada do que habitualmente estou acostumado a ler, mas que flui muito bem, exceto em determinadas partes que achei um pouco confuso. Não sei se é por causa da tradução, feita por João Gaspar Simões, já que muitos dizem que a versão de Cia das Letras é melhor; ou pelo fato de eu não estar habituado a obras desse calibre, mas fora essas pouquíssimas partes consegui prosseguir com a leitura tranquilamente.

Enfim, ler Guerra e Paz foi uma experiência inesquecível. Uma obra em que faz jus a todos elogios e evidência que tem recebido ao longo dos anos.
Luiz Miranda 16/01/2018minha estante
Tenho prestado muita atenção a tradução. Alguns são artistas e te transportam pra muito perto do original, já os mais fracos chegam o comprometer a leitura da obra.


Lismar 16/01/2018minha estante
Pois é, quando comprei esse box não sabia sobre as polêmicas das traduções dos livros Russos por aqui.
Já me recomendaram a consumir livros traduzidos por Paulo Bezerra, que falam que é muito boa para as obras russas, disseram também que a de Oleg, pela Martin Claret, também não compromete. No final, acabei comprando Irmãos Karamazov, O Idiota e Os Demônios da Editora 34, e Crime e Castigo da Martin Claret.


Carla.Luciana 01/06/2018minha estante
undefined




Pandora 15/08/2017

Comecei a gritar feito louca quando terminei a leitura: 7 meses!!! 7 meses ininterruptos!!! Foi o livro que eu mais demorei pra finalizar, levando-se em conta que eu não o abandonei em nenhum momento.

Não dá pra mensurar o grau de detalhamento e reflexão contidos neste livro. Tolstói é um gênio! E Pierre é meu personagem preferido ever. As esculhambadas em Napoleão são hilárias.

Só gostaria de ter lido a segunda parte do epílogo em qualquer outro momento que não no encerramento do livro... aquela divagação toda esfriou meus sentimentos, que estavam todos nos personagens e na narrativa. É o único senão.

Por fim, parabéns ao Rubens Figueiredo que abraçou a tarefa nada fácil de traduzir Tolstói.
Drikas Fernandes 15/08/2017minha estante
Esse livro é maravilhoso mesmo!!!!!
Agora que terminou, pensa em trocar??? rs
:-D


Pandora 15/08/2017minha estante
Háháháhá... não, Drikas!!! :D


Drikas Fernandes 16/08/2017minha estante
Kkkkkkk
Tentei :-P




Gláucia 08/08/2016

Guerra e Paz - Leon Tolstói
Finalmente cheguei ao final dessa leitura que se inicou em fevereiro! Foram 6 meses pois fui lendo aos poucos, 2 capítulos por dia e são bem curtinhos. O tamanho assusta mas é uma leitura bem simples e a gente se acostuma rapidinho aos inúmeros nomes e seus diversos apelidos russos.
O que dizer sobre um livro tão grandioso? Vou começar comparando com seu maravilhoso Anna Kariênina, na minha opinião muito superior enquanto entretenimento. Não conseguiria levas meses lendo Anna K, a narrativa é muito envolvente.
GeP teoricamente traz as batalhas napoleônicas como pano de fundo para a história de Pierre Bezukov, Natacha e seu irmão Nikolai, o príncipe Andrei e sua irmã Maria, entre inúmeros outros mas a meu ver foi bem o contrário. Ficou claro para mim que a intenção de Tolstói era defender o lado russo. E nesse sentido a obra é magistral e a trama dos personagens ficou extremamente diluída e meio perdida em meio às digressões sobre essa guerra.
Em resumo, Tolstói diz que a História que a maior parte do mundo conhece é contada sempre pelos europeus e todos acabam adotando essa versão. Seu principal alvo é Napoleão, tido pelo mundo como um grande gênio militar. Mas através de documentos históricos, cartas, etc, o autor vai mostrando que todas as suas conquistas (assim como ocorre em toda guerra) é fruto do acaso, de várias situações fortuitas que levram o país A e não o B a vencer. Ele escreve isso tudo de forma muita divertida e no fim da leitura a imagem que tenho de Napoleão é de uma grande besta quadrada e extremamente arrogante.
Outro ponto que merece destaque são os trechos onde o autor discorre sobre os motivos que levam os povos a se destruírem em guerras. Isso foi bem marcante pois ao final de 2500 páginas de um livro falando detalhadamente sobre uma guerra, se alguém me perguntar o que a motivou, não saberia responder, a não ser com a resposta: basicamente pelo egocentrismo de um único homem.
Quanto ao final (sem spoiler), que coisa esquisita! Tolstói realmente não soube como encerrar sua história, a trama central termina do nada e a partir daí temos cerca de 100 páginas de ensaios abordando alguns temas já explorados durante a narrativa.
Para encerrar, amei Pierre e a forma como ele foi amadurecendo e crescendo durante o livro mas não consegui me empolgar com a trama. A leitura vale mais pela ideia que Tolstói quis defender e nunca mais me esquecerei dessa lição: pense sempre em quem está contando a História antes de repetir frases feitas e canonizadas ao longo dos séculos.
Josiane.Bengtsson 20/10/2016minha estante
undefined


Gláucia 20/10/2016minha estante
Como assim?


Josiane.Bengtsson 20/10/2016minha estante
Desculpe, foi o corretor ortográfico...




Matheus 17/05/2023

Espetacular!!!
Depois de um mês e meio mergulhado nesse monumento da literatura, finalmente posso dizer que entrei para o grupo seleto de leitores que leram Guerra e Paz. Que obra magnífica, não é à toa que Carpeaux diz: ?Guerra e Paz a única obra das literaturas modernas que merece o lugar ao lado da epopeia homérica.? A obra é considerado uma das maiores obras-primas da literatura mundial. Publicado originalmente entre 1865 e 1869, é um romance épico que retrata a sociedade russa durante o período das guerras napoleônicas. Guerra e Paz é amplamente admirado por sua profundidade de personagens, descrições detalhadas e narrativa envolvente. Tolstói explora temas universais como o destino, a história, a guerra e a natureza humana, oferecendo uma visão abrangente da sociedade russa da época.

A obra é conhecida por sua extensão e complexidade, apresentando uma vasta gama de personagens e histórias entrelaçadas. Tolstói mergulha nas vidas e nas emoções dos personagens, enquanto fornece uma análise detalhada dos eventos históricos. Além disso, o autor aborda questões filosóficas e morais, questionando a natureza da guerra e a busca pela felicidade e significado na vida.

Guerra e Paz é valorizado não apenas por sua riqueza literária, mas também por sua representação realista da sociedade e por sua reflexão profunda sobre a condição humana. A obra continua a ser lida e apreciada por muitos, e sua relevância e impacto perduram ao longo do tempo.

Como o próprio Tolstói disse: ?Guerra e Paz não é um épico, nem uma crônica histórica. Não é um romance ou uma reflexão filosófica. É tudo isso. Mas principalmente, é uma obra russa.?
Guerra e Paz acaba de se tornar um dos melhores livros que já li na vida. Recomendo fortemente. Leiam Tolstói!
Marina.Alcala 16/08/2023minha estante
Olá! Você pode me ajudar? Finalizei agora a leitura do livro e encontrei alguns erros na impressão e montagem do segundo volume. A segunda parte do epílogo está com algumas páginas trocadas (pelas páginas equivalentes do primeiro volume), algumas páginas ausentes e alguns números trocados (sim, um caos). Gostaria de saber se você encontrou estes erros nos seus livros ou se, infelizmente, dei azar :(


Matheus 16/08/2023minha estante
Olá, acabei de verificar no meu exemplar e está tudo certo: a primeira parte do epílogo encerrando o romance e a segunda parte trazendo um tratado sobre a guerra. As páginas estão numeradas corretamente. Aconselho você a procurar o clube para solicitar um novo exemplar; eles são bem compreensivos. Já aconteceu de eu receber um livro com um leve amasso na ponta, e eles me enviaram outro sem a necessidade de devolver o primeiro. Espero ter ajudado e que seu problema seja resolvido. ?


Marina.Alcala 16/08/2023minha estante
Obrigada por ter verificado o seu livro, de verdade! E fico feliz por você não ter sido prejudicado, na verdade. Vou fazer exatamente isso, entrar em contato com eles. Obrigada, novamente, pela ajuda! :)




Vitória 24/08/2020

Citações favoritas
Como é possível estar saudável... quando se sofre moralmente? - Anna Pávlovna (Pág. 29)

A influência na sociedade é um capital que é preciso poupar, para que ele não acabe. (Pág. 53)

Para mim, a paz perpétua é possível, mas, não sei como dizer... Não vai vir por meio do equilíbrio político. - Pierre (Pág. 69)

Se todos fossem para a guerra só por causa de suas convicções, não haveria guerras. - Andrei (Pág. 70)

Mesmo nas melhores relações, nas mais amistosas e simples, a lisonja e o elogio são necessários, assim como a lubrificação é necessária para que as rodas sigam adiante. (Pág. 79)

Parece que a humanidade se esqueceu das leis do seu divino Salvador, que pregava o amor e o perdão das ofensas, e parece que a humanidade atribui o maior mérito à arte de se matarem uns aos outros. - Mária Bolkónskaia

Que importância tudo isso poderia ter, em comparação com a predeterminação de Deus, sem cuja vontade não cai nem um fio de cabelo da cabeça de uma pessoa? (Pág. 461)

Contar a verdade é muito difícil; e os jovens raramente são capazes disso. (Pág. 502)

Cada general e cada soldado sentiam a sua insignificância, davam-se conta de que eram grãos de areia naquele mar de gente e, ao mesmo tempo, sentiam ser uma parte daquele todo enorme. (Pág. 507)

Como no mecanismo de um relógio, também no mecanismo da atividade militar, uma vez começado um movimento, ele segue de modo irresistível até o resultado final, e também permanecem imóveis e indiferentes, até o momento da transmissão do movimento, as partes do mecanismo ainda não alcançadas por aquele impulso. (Pág. 533)

A mocidade não impede a bravura. - Sukthliélen (Pág. 603)

"Fitando Napoleão nos olhos, o príncipe Andrei pensou na insignificância da grandeza." (Pág. 604)

Nada foi inventado. Nós só podemos saber que não sabemos nada. E esse é o grau mais elevado da sabedoria humana. - Pierre (Pág. 716)

O senhor não O conhece e por isso é infeliz. - Ióssif Alekséievitch (Pág. 721)

A sabedoria e a verdade supremas são como um líquido puríssimo que queremos absorver. Poderia eu, um recipiente impuro, absorver esse líquido puro e julgar a sua pureza? Só com a purificação interior de mim mesmo poderei manter com certa pureza esse líquido absorvido. - Ióssif Alekséievitch (Pág. 723)

A vida, sozinha, já cuida de não nos dar sossego. - Andrei (Pág. 791)

Toda reforma violenta merece reprovação, porque pouco irá remediar o mal enquanto as pessoas permanecerem como são, e porque a sabedoria não precisa da violência. - Pierre (Pág. 892)

Não penso mal de ninguém: gosto de todos e tenho pena de todos. - Sônia (Pág. 1182)

É muito fácil condenar um homem em desgraça e atribuir a ele todos os erros dos outros. - Andrei (Pág. 1214)

O fatalismo na história é inevitável para a explicação de fenômenos irracionais. (Pág. 1268)

A pessoa vive para si de forma consciente, mas serve de instrumento inconsciente para a realização dos objetivos históricos. (Pág. 1268)

Todos os seus atos, que a eles mesmos parecem voluntários, no sentido histórico são involuntários, estão ligados a todo o movimento da história e determinados desde sempre. (Pág. 1271)

Em assuntos de guerra, nada significam os planos elucubrados com a maior profundidade, tudo depende de como se reage às ações inesperadas e imprevisíveis do inimigo, tudo depende de como e de quem conduz toda a operação. (Pág. 1323)

Na guerra, tudo se passa de forma completamente distinta daquilo que podemos imaginar e contar. (Pág. 1351)

Entre as inúmeras maneiras de dividir os fenômenos da vida, é possível dividi-los todos entre aqueles em que predomina o conteúdo e aquelas em que predomina a forma. (Pág. 1470)

A compaixão, o amor por nossos irmãos, pelas pessoas que nos amam, o amor por aqueles que nos odeiam, o amor pelos inimigos - sim, esse amor que Deus preconizou na terra, esse amor que a princesa Mária me ensinou e que eu não compreendia; é disso que me arrependo na vida, é isso o que eu faria de ainda ficasse, se eu ainda vivesse. - Andrei (Pág.1686)

Para a mente humana, é incompreensível a continuidade absoluta do movimento. (Pág. 1699)

Desde que o mundo existe e as pessoas se matam umas às outras, jamais um homem cometeu um crime contra um semelhante sem se tranquilizar com essa mesma ideia. Essa ideia é le bien public, o que se supõe ser o bem das outras pessoas. (Pág. 1828)

A felicidade se encontra fora das forças materiais, fora das influências materiais exteriores sobre o homem, a felicidade só da alma, a felicidade do amor! - Andrei (Pág. 1894)

Amando com o amor humano, é possível passar do amor ao ódio; mas o amor divino não pode mudar. Nada, nem a morte, nada pode destruí-lo. Ele é a essência da alma. - Andrei (Pág. 1895)

Na miséria e na prisão, nunca diga não. - Karatáiev (1994)

Deus, faça a gente dormir que nem uma pedra e acordar que nem um pão fresco. - Karatáiev (1998)

Amor? O que é o amor? O amor atrapalha a morte. O amor é a vida. Tudo, tudo o que eu entendo, só entendo porque amo. Tudo é, tudo existe só porque eu amo. Tudo está ligado só por ele. O amor é Deus, e morrer significa que eu, uma partícula de amor, vou voltar para a fonte universal e eterna. - Andrei Bolkónski (Pág. 2020)

Para a razão humana, o conjunto das causas dos fenômenos é inalcançável. Mas a exigência de encontrar as causas foi incutida na alma do homem. (Pág. 2027)

A vida é tudo. A vida é Deus. Tudo muda e se movimenta, e esse movimento é Deus. E enquanto existe vida, existe o prazer da consciência da divindade. Amar a vida é amar a Deus. O mais difícil e o mais sagrado de tudo é amar esta vida em seus sofrimentos, nos sofrimentos na inocência. (Pág. 2181)

A grandeza parace excluir a possibilidade de um padrão do bom e do mau. Para o grande, não existe o mau. Não há horror que possa ser atribuída à responsabilidade de quem é grande. (Pág. 2192)

Não passa pela cabeça de ninguém que admitir que a grandeza é imensurável pela medida do bom e do mal é apenas admitir sua insignificância e imensurável pequenez. Para nós, com a medida do bom e do mau que Cristo nos deu, não é imensurável. E não existe grandeza onde não existe a simplicidade, o bem e a verdade. (Pág. 2193)

Mais uma tristeza pura, total, é tão impossível quanto uma alegria pura e total. (Pág. 2206)

"Agora, para a pergunta "para quê?", havia sempre pronta em sua alma uma resposta simples: porque existe Deus, o Deus sem cuja vontade não cai um fio de cabelo da cabeça de um homem." (Pág. 2262)

Achamos que quando nos arrancam de nossas trilhas rotineiras tudo está perdido; mas é só então que começa algo novo e bom. Enquanto existe vida, existe felicidade. Há muita coisa pela frente, muita coisa. - Pierre (Pág. 2289)

Ao amar as pessoas sem nenhum motivo, acabava encontrando motivos inquestionáveis para amar as pessoas." (Pág. 2302)

Apesar de a superfície do mar histórico parecer imóvel, a humanidade se movimenta sem cessar, a exemplo do movimento do tempo. (Pág. 2311)

Se admitirmos que a vida humana pode ser governada pela razão, a possibilidade da vida é aniquilada. (Pág. 2316)

Não amamos porque é belo, mas é belo porque amamos. - Nikolai Rostóv (Pág. 2357)

Todas as ideias que têm consequências enormes são sempre simples. - Pierre (Pág. 2405)

No caso presente, é igualmente necessário renunciar a uma liberdade inexistente e reconhecer uma dependência que não sentimos. (Pág. 2482)
Rafa569 24/08/2020minha estante
Um dos meus livros preferidos. Tenho muito vontade de reler, mas por conta do tamanho, prefiro ler os que ainda estão aguardando na estante para serem lidos rsrs


Vitória 24/08/2020minha estante
Com certeza um dos meus livros favoritos também, uma releitura só daqui a muitos anos kkkkk




Luciana 07/07/2021

Um clássico!
Adorei o livro. Sempre digo que um clássico tem sua razão de ser. Nunca assisti ao filme nem a série, então verdadeiramente não sabia o final e, portanto, sofri com todos os acontecimentos tristes. Entretanto, Tolstói é coerente no destino de seus personagens, só senti falta de algo mais detalhado em relação a Bóris. Outra polêmica literária é que não senti empatia por Natacha, a personagem "mocinha" do filme/série. Aliás, achei ela chata e mimada. No mais indico fortemente a leitura, tornou-se meu clássico favorito, desbancando Os Miseráveis.
Roberto 09/07/2021minha estante
Também achei a Natasha e todos os Rostov bem irritantes e desinteressantes se comparados aos outros personagens, como Andrei/André, Pierre e Kutuzov, mas pensando bem, acho que esse era o objetivo do Tolstoi ao retratar os personagens da nobreza, mais uma alfinetada a personagens dos contos românticos, personagens egoístas e mimados.


Luciana 19/07/2021minha estante
Oi, Roberto. Não tinha pensado nessa possibilidade. É interessante.




Luiz Ricardo 16/01/2011

Tradução e revisão negligente
Esta edição da editora Prestígio praticamente 'assassinou' esta história. Erros grosseiros de tradução e uma revisão negligente,principalmente no último livro.
No mais, importante épico sobre as Guerras Napoleónicas e um retrato da rivalidade entre a Rússia Czarista e a França de Napoleão, retratado de forma quase tragicómica.
Laís 25/09/2011minha estante
Sua queixa é contra a editora Prestígio ou contra a L&PM Pocket (que está na imagem)?


Ricardo_PA 18/11/2011minha estante
Concordo com o colega. Também tive o desprazer de ler a edição da Prestígio. A edição é cara, bonita, mas cheia de erros! Não conheço outras traduções ou edições, mas gostei bastante da história em si.




Nivia.Oliveira 15/05/2021

Período do episódio (1805-1820)
Tolstoi, que se alimentava de Homero e Goethe, cria essa Ilíada moderna para nos contar sobre o povo Russo: das almas vazias da alta sociedade (em paz na véspera da guerra) e das almas pobres, desanimadas, inquietas mas resilientes e mais interessantes.
Os protagonistas André, Pedro e Kutuzov estão desconfortáveis nesse mundo corrompido, cada um à sua maneira, como a divisão da alma de Plantão: razão, coração e fúria.
Para mim foi surpresa personagens russos que só falavam francês. Mas descobri que eles amavam os franceses desde que emigrantes chegaram ao país e após a Revolução Francesa, a França ficou na moda. Paradoxalmente, o país teve que enfrentar o próprio ídolo: Napoleão Bonaparte, liderados por um Czar, Alexandre I, que era um Hamlet coroado.
Concordo com o romancista francês Flaubert que Tolstoi “repete-se” com seus insights filosóficos sobre a civilização humana, pouco convincentes (que deixam o livro denso) mas acredito que o autor queria, como um professor, garantir que entenderíamos seu motivo para escrever Guerra e Paz: que é essa força invisível que dirige as pessoas tanto para o bem quanto par ao mal?
Essa pergunta, que ronda todo o livro, me inquietou também. Afinal, o que movimenta homens e nações para transformar o mundo em guerra? Que é essa força imperceptível que faz o mais fraco virar o jogo? Qual é a força que faz líderes mover massas humanas por um ideal?
A triste cena do saque de Moscou demonstra como o interesse individual se sobrepõe ao coletivo, tão em voga ultimamente.
Gostei também das mulheres nesse livro. Numa época em que os homens encabeçavam a política e o governo, as mulheres (donzelas, princesas, esposas submissas e damas da corte), são elas, as subordinadas que são sábias: não fazem a guerra. Fiquei pensando em que pontos houve “pitacos” de Sofia, a esposa de Tolstoi já que era ela que datilografava os manuscritos do marido.
Em suma: queremos a guerra e a paz e ambas estão dentro de nós. Às custas do nosso livre arbítrio, escolhemos a dor ou a felicidade.
No meu insta @niviadeoliver fiz o resumo em 5 obras de arte. ;) Te espero lá.


site: https://www.instagram.com/niviadeoliver/?hl=pt-br
dialogonoslivros 17/05/2021minha estante
Oi Nívia, nossa concordo com vc e com Flaubert sobre as repetições. Especialmente no final do livro em que ele faz uma síntese de tudo. Eu lia e pensava: "mas ele já falou isso". Mas assim como você também tive a impressão que Tolstói queria ensinar, como se ele tivesse exposto tudo que tem no livro para depois dizer: entendem agora que há um problema com a sociedade?
Vou segui-la no instagram!


de Paula 18/05/2021minha estante
Obviamente ele se alimentava dos gigantes da literatura, por isso a obra de Tolstoi é tão incrível. Sei que a densidade dos comentários são cansativas, mas são essas análises que incomodam e fazem o leitor refletir, pensar sobre a dinâmica da guerra e da paz e porquê elas continuam a acontecer, embora nos tornemos cada vez mais evoluídos. Não tem como não ser tocado pela obra, nem deixar de perceber o que você analisou sobre o contexto platônico que rege os heróis da história, suas motivações representam a essência humana da forma mais pura possível. Parabéns pela resenha! Infelizmente não tenho ig para segui-la, mas tenho certeza que fez reflexões pontuais sobre a relação da obra literária com obras plásticas.




Malu 09/05/2019

Leitura obrigatória para os amantes de História
Guerra e Paz, de Tolstói. Primeiro vem a guerra, depois vem a paz, de Leão Destrói como disse Charlie Brown, rsrs.

Brincadeiras à parte, esse livro não é para leitores amadores. É um livro de 2528 páginas que descreve em detalhes um período de guerra, em especial a invasão da Rússia por Napoleão Bonaparte, e o reflexo desse cenário na sociedade russa. O livro alterna entre Guerra e Paz durante os anos de 1805~1813. E o que me chamou mais atenção foi a humanização desses personagens históricos como Napoleão Bonaparte, que é descrito como um homem extremamente vaidoso.

Em relação aos personagens principais, nenhum me deixou marcas e saudade. Não me apaixonei por nenhum personagem. Mas, entendo que isso foi proposital, pois como já é sabido, não se trata de um romance. Tolstói tinha o propósito de narrar um momento histórico, e não criar personagens fictícios. Contudo, ainda assim, são personagens ricos, com falhas e incertezas, como todos nós.

Amo a literatura russa, tanto Tolstói como Dostoiévski, retrata em detalhes as relações humanas da sociedade russa. Em Guerra e Paz, o livro acompanha a história de cinco famílias em meio ao cenário de guerra. As transformações, decadência e amadurecimento de cada um.

Ler esse livro é como ser um expectador de uma guerra, in loco, e com a capacidade de adentrar na mente e alma daqueles que guerreiam, como também de suas famílias. Compartilhar a dor dessa realidade que foi vivida de fato. Sentir a emoção, a excitação, o medo e hesitação. A vontade de ser herói, o orgulho, vaidade. Todos esses questionamentos na alma desses personagens enriquecem imensamente a obra.

Uma passagem em especial me tocou bastante: o momento em que o Andrei olha para o céu em meio à guerra e admira a beleza da natureza, e por um breve instante esquece que está vivendo aquela realidade tão brutal, e sente uma paz inundar sua alma. É uma cena realmente linda.

Não é uma leitura fácil, pelo menos não foi para mim, porque em muitos momentos Tolstói detalha de uma forma tão minuciosa que parece dar diversas voltas em um só ponto. É um livro que você precisa estar com a mente tranquila e focada para acompanhar. Um exemplo dessa dificuldade é a seguinte: como o livro alterna entre Guerra e Paz, em um momento estamos acompanhamento um desenrolar de uma história que é interrompida pela narração de uma batalha. Muitas páginas depois, retorna àquela narrativa, e outras vezes com pouca importância, o que dá uma sensação que não houve um desfecho, ou que aquilo se tornou insignificante frente a algo tão maior.

Mas todo esse detalhe e estilo de narrativa enriquece a obra. Um exemplo disso foi a descrição de uma caçada, que levou muitas páginas. Ao final da caçada, eles foram à casa do tio em que foi servido um café com pãezinhos quentes. Eu estava tão cansada daquela longa caçada que cheguei a sentir o prazer de finalmente descansar, e juro que quase pude sentir o cheiro do café e do pão. Sempre vi essas cenas de caça nos filmes de época, e me chamava atenção. É comum nos castelos haver um espaço para caça. E, depois de ler Guerra e Paz, essas cenas passaram a ter mais significado do que uma simples cena. É quase uma guerra, uma guerra de vaidades e de poder.

Gostei bastante do livro, mas admito que a leitura do epílogo foi bem cansativa. E estou ansiosa para ler outras obras de Tolstói. A próxima será o romance Anna Karenina.

Hoje, meu escritor russo preferido ainda é Dostoiévski. Mas Guerra e Paz de Tolstói é uma obra rica e intensa. Portanto, eu indico fortemente a leitura, principalmente para os amantes de História.
Gabi 28/05/2019minha estante
Sua resenha foi tão bem detalhada e escrita queeu fiquei com vontade de lê-lo, ainda mais pq tenho em livro físico.


Thaianne 05/11/2019minha estante
Mais uma aqui que sofreu com o epílogo, principalmente com a segunda parte dele. Eu até me afeiçoei a alguns personagens, mas não recomendo. No segundo volume, a guerra ganha protagonismo em detrimento de parte dos personagens, e me "decepcionei" com a falta de desfecho de alguns. Mas como você disse, e o próprio autor atesta por escrito, "Guerra e Paz" não é um romance.




Marcos.Gonçalves 18/02/2023

Entendi porque é um grande clássico
Comecei achando que seria uma literatura complexa, difícil e que não iria gostar. Felizmente me enganei.
É simplesmente um dos melhores livros que já li. Tem drama, pensamentos filosóficos, profundidade de vários personagens, fofoca, intriga e muita ação. Não temos "Paz", mas "Guerra" e intriga temos de um monte. Foi um livro que li lentamente, pois foi uma leitura conjunta, mas é tão grande que poucas páginas por dia, parecia algo grandioso. Vai ser um favorito da vida e é certeza que vou pensar muito sobre mesmo depois de meses após a leitura.
Feliz que é só a metade.
aartemesalva-nat 18/02/2023minha estante
Meu próximo calhamaço


Marcos.Gonçalves 25/02/2023minha estante
Leia, é incrível!




380 encontrados | exibindo 16 a 31
2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 | 8 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR