Cinzas do Norte

Cinzas do Norte Milton Hatoum




Resenhas - Cinzas do Norte


62 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Gabi 18/05/2023

Confesso que demorei bem umas 100 páginas pra realmente me envolver com a estória. A forma como os personagens e lugares são descritos e conectados ente si certamente me causaram estranheza no início do livro, mas uma vez que entrei na narrativa, a leitura foi muito prazerosa e instigante. Me deixou com vontade de ler outros livros do autor pra entender melhor seu estilo.
comentários(0)comente



Dilso 04/10/2023

Perfeito
Terminei a leitura, fechei o livro e abracei-o junto ao peito como a vítima certeira de um sentimento ímpar e "inescrevível" que fui. Então, no esvaziar de um suspiro elástico que foi e regressou, pensei: "Que socão!" E senti o soco mesmo, ainda estou sentindo...

Sem mais, apenas leiam. Leiam, por favor! Obra ótima e... LEIAM! ?
comentários(0)comente



Ludmila 28/04/2024

Eu adoro a escrita desse autor. Ao mesmo tempo que é forte e impactante, consegue ser linda e sensível.
comentários(0)comente



EMey 21/12/2022

Quantas memórias que não tive
Sou de Manaus, nasci anos depois do início da história do livro, mas mesmo assim o livro me remete a infância. Meu pai, SEMPRE que íamos ao centro da cidade, ele que passou sua infância e adolescência por lá, acompanhando a transformação e crescimento da mesma, contava memórias daquele lugar, das escolas que ele e os irmãos estudaram, das praças, cinemas, das pessoas... Tive muita dificuldade em terminar o livro, saboreei mesmo a descrição dos lugares, mais até que a vida de cada personagem, ficava imaginando como era antes, como se vestiam, falavam e viviam basendo-me nas inúmeras fotos que já vi da Manaus Antiga.

Foi bom viver nesse livro!!!
ClAudio 12/03/2023minha estante
Fui a Manaus uma vez só e a trabalho. Nem posso dizer que a conheço. Mas também tenho me deliciado com as descrições da cidade, lugares descritos com tanto detalhe e carinho! Já me sinto íntimo da cidade!




lisa 05/01/2023

Uma viagem!
O livro se trata de uma narrativa feita por Lavo, um estudante de direito, que fala especialmente sobre a relação conturbada de seu amigo Mundo com o pai Jano, tendo como plano de fundo a cidade de Manaus no período dos anos 50 aos anos 80, ou seja, rodeado pela esfera da ditadura militar.

Eu indico o livro para quem estiver a fim de conhecer personagens complexos e conflitantes, assim como pra quem deseja ter contato com a realidade da época através da ficção e refletir sobre perspectivas e sobre o ser humano.

Viajei mesmo no espaço e tempo propostos pela leitura e, no final, ainda fui surpreendida!

Enfim,
boa leitura pra quem estiver por vir!
comentários(0)comente



Toni 20/06/2019

Conflitos familiares, amizade, suspense e uma pitada de crítica ao regime militar. Cinzas do Norte é um ótimo livro. A narrativa de Milton Hatoum é fluida do início ao fim. Um livro fácil e gostoso de ler.

Uma das coisas que mais apreciei e, pelo jeito, ocorre em todas as obras do autor, são os relatos a cerca de Manaus. Hatoum te insere na região amazônica de tal forma, que a sensação é de uma incrível viagem ao norte do Brasil.

A história tem início no final dos anos 50, quando Mundo e Lavo (os dois personagens principais) são crianças, e termina nos anos 80, logo após o final da ditadura. A passagem do tempo ocorre de maneira muito natural e, de certa forma, rápida. Na metade do livro, temos a falsa impressão de saber exatamente como será o final. Porém, no último capítulo, a revelação aparece e surpreende a todos.

Além dos ótimos personagens, boa trama e escrita envolvente, destaco a característica político/social que o autor apresenta, mesmo sutilmente. Em tempos onde o conservadorismo e o autoritarismo avançam em nossa sociedade, Cinzas do Norte se torna essencial.

Com certeza vou ler outros livros de Milton Hataoum.
comentários(0)comente



Carlos Henrique 03/07/2021

Mais um ótimo primeiro contato
Uma história sobre famílias, amor, mentiras e rancor. Aqui Milton Hatoum escreve sobre o norte do Brasil, mas poderia estar falando sobre qualquer outra região, pois os vícios e fraquezas desses personagens certamente podem ser encontrados por todo o país. E a forma como o autor trata esses personagens é o aspecto que mais me agradou durante a leitura. Cito o exemplo dos dois personagens mais antagônicos da história: Mundo e Jano. Se por um lado Mundo é um artista carregado de boas ideologias e sensivel às dores da sociedade onde vive, por outro carrega um rancor cruel pelo pai ao ponto desse ódio ser mais influente em sua arte do que qualquer outra coisa. E Jano, o pai distante e frio, poderia ser a figura mais odiada do livro, no entanto vemos nele também um ser humano equivocado e perdido. Essa capacidade de permitir que todos os personagens oscilem entre a empatia e antipatia causa um efeito agridoce, como conhecer familiares e amigos cheios de defeitos. Mas destaco que o trabalho com os personagens não é o único mérito do livro, que traz ainda elementos históricos e culturais do norte do Brasil (uma região e cultura que muitas vezes parece ser apagada pela mídia nacional). Enfim, em mais um ano de experimentação literária esse livro foi mais uma excelente surpresa e Miltom Hatoum já entrou pra lista de autores que irei ler mais.
comentários(0)comente



afarialima 05/03/2021

Com uma escrita muito fluída e que estimula a ler várias páginas por dia, o livre nos aproxima um pouco de Manaus, da Floresta Amazônica e mostra as marcas da Ditadura Militar numa família e numa cidade.
Cada descrição de paisagem dá mais vontade de estar no Norte do Brasil
comentários(0)comente



tguedes2 14/02/2021

Emocionante.
Difícil resenhar um livro tão complexo. Não por ser um livro difícil, mas por despertar tantas reflexões e sensações no leitor.

"Cinzas do Norte" é sobretudo um drama familiar. Toda uma complexidade de relações humanas são desenvolvidas por Hatoum, em um cenário social repleto de violência, miséria, torturas e mortes.

Lavo, narrador da história, é um mero coadjuvante que acompanha o desenrolar dos acontecimentos na vida de seu amigo, Mundo. Desprezado pelo pai, Mundo alimenta o sonho de ser artista e dentro dele cresce uma revolta pela sua própria vida, pela hipocrisia e desigualdades sociais reforçadas pela elite de Manaus e pelo governo dos militares, muitos dos quais amigos de seu pai.

O lado revolucionário de Mundo é explorado por Hatoum, mostrando como a "subversão" em um Estado de Exceção pode ser fatal.

A leitura é fluída, bem desenvolvida e cortada por fragmentos de escritos do personagem Ranulfo, tio do Lavo, o que dá mais profundidade ao passado e presente das personagens.

Milton Hatoum foi um achado. Ansiosa para ler outras obras dele.
comentários(0)comente



Bianca.Oliveira 25/07/2019

Cinzas do Norte já vale a pena pelo passeio por Manaus em uma época de profunda transformação, os anos 50/60.

O declínio da era extrativista, a urbanização e o consequente aumento das desigualdades e da depredação da natureza, são pano de fundo da história do narrador.

Lavo conta a história de seu amigo Mundo, que acompanha por toda a vida. Filho de Alicia com o grande magnata da cidade, Mundo sonha em ser artista para o desgosto do pai.
Em busca de seu sonho, o jovem simboliza a rebeldia, a revolta e a fuga. São seu olhos que enxergam a verdadeira riqueza do Norte.

Em uma história de amor e interesses, sonhos e falências, Milton Haotum consegue mais uma vez prender o leitor do começo ao fim.

@expansao.cultural
comentários(0)comente



Maylana.Spricigo 21/09/2023

Milton Hatoum me surpreendeu com esse livro!

a forma como a história vai se desenvolvendo, como os personagens vão mostrando suas perspectivas sobre os fatos, a relação com o cenário político (fortemente ligado com o crescimento urbano questionável da cidade) e a angústia dos artistas que buscam criar não para vender beleza e sim para protestar.

incrível demais!

e essa leitura foi mais especial porque eu acabei de voltar de uma viagem para Manaus, então tive a sorte de ter a imagem e a experiência de alguns lugares citados.
comentários(0)comente



Grace @arteaoseuredor 06/09/2018

Cinzas do Norte. Adorei!! Segundo livro que leio de Hatoum, continuo gostando, voltamos para Manaus, e como em Dois Irmãos, também tem uma saga familiar.
A história é narrada por Lavo, órfão criado pela tia, ele participa da trama de forma passiva (as vezes até queremos ver mais reação por parte dele). Ele nos conta a história do amigo Mundo, personagem apaixonante, filho de Jano um rico produtor de juta, nasceu para ser o "herdeiro", mas na realidade é um artista apaixonado por artes, livros e ama desenhar, vive um eterno conflito com Jano, mas é apoiado por sua mãe Alícia, uma mulher linda, que casou para fugir da pobreza e acaba viciada em jogo, é a amante de Ranulfo, uma alma livre que tem uma relação paternal com Mundo. O livro é recheado de personagens interessantes.
O pano de fundo do livro, que se torna até um personagem, é a ditadura, a história se passa dos anos 60 aos 80. Mostra suas consequências em Manaus e como modificou a cidade e as pessoas. Sempre quando penso em ditadura, fico presa ao que aconteceu no Sudeste, e esqueço que a Ditadura foi no Brasil inteiro.
Mundo é internado em um colégio de militares o que o destrói, além da extrema censura que podava qualquer forma de arte contra o governo. O levando para fora do Brasil, longe da pátria e de seu Amazonas querido.
"Todo ser humano em qualquer momento de sua vida devia ter algum lugar aonde ir".
comentários(0)comente



Luciana 17/02/2018

Mais que relações familiares
Uma obra que narra, com maestria, as relações conflituosas de uma família em Manaus, mas engana-se quem pensa que esse livro trata apenas dos conflitos entre pai e filho. Milton Hatoum retrata o Brasil - com destaque para Manaus e Rio de Janeiro - durante o período militar. Leitura obrigatória para entender um pouco mais de nossa história e cultura!
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Enoque 15/05/2015

O Brasil é um só, e sua cultura se espalha por todo o extenso território
O livro Cinzas do Norte foi publicado em 2005 e foi o terceiro livro de Milton Hatoum a ganhar o prêmio Jabuti. Portanto, configurou-se como um autor muito importante na literatura contemporânea do Brasil. Trata-se de um Romance Realista com personagens bem definidas e descritas pelo autor, não tão profundamente, mas todas as suas aspirações e pensamentos mais superficiais são revelados e explicados por suas ações ao longo da narrativa.

A história se passa em Manaus entre os anos 60 e 80, contada por Olavo (Lavo), um garoto orfão e amigo de Raimundo (Mundo), principal personagem da história. Trajano (Jano) é um grande exportador de juta e espera que Mundo, seu herdeiro, o seja também. Ambos vivem em uma mansão com obras de arte por toda a casa, serviçais como Naiá e o motorista Macau e possuem vários carros. Já o narrador, mora com a tia Raimunda, costureira de ofício, e seu tio, irmão de Raimunda, Ranulfo, um vadio que passa o dia todo lendo deitado na rede, vagando por Manaus e tem horror ao trabalho.

Entretanto, desde o colégio, mundo aponta outros objetivos e é influenciado por outros personagens na história, Ranulfo e Arana, que o fazem ter aspirações artísticas e não empresariais. Esse fato deixa Jano desconsolado e este tenta fazer de tudo para acabar com a relação de Mundo com a arte, no entanto, sem sucesso. Apoiado pela mãe Alícia, personagem presente em todos os momentos sensuais, misteriosos e conturbados, Mundo faz de tudo para seguir sua vocação.

A influência do regime militar está em grande parte da obra, influenciando principalmente as relações de poder de Jano com os coronéis. A maioria dos cargos de poder são ocupados por militares e estes também são responsáveis pelas principais desgraças na vida de Mundo, até que ele foi parar em um colégio militar.
O enredo se torna cada vez mais interessante à medida que os personagens crescem, pois histórias do passado vão se revelando e o leitor passa a entender as raízes das discussões e tramas dos personagens. Cartas paralelas à narrativa são adicionadas entre os capítulos e vão tecendo as relações cada vez mais misteriosas entre as principais personagens, envolvem segredos, traições, revelações e provocações, todas destinadas ao herdeiro da Vila Amazônia, Mundo.

Mais um importante aspecto do livro, é sua relação com a cultura e os costumes do norte do país. O autor faz questão de expor muitas características locais ligadas à gastronomia, aos índios e à geografia. Além disso, é descrita brevemente a passagem de Manaus como uma cidade qualquer para uma cidade civilizada e de grande porte. Aliás, essa era outra aspiração de Jano, levar a civilidade ao povo do norte.

Podemos concluir de que a leitura da obra vale muito à pena. O livro é bastante curto e sua leitura flui com muita facilidade. Apesar de se passar em Manaus, um polo distante para muitos brasileiros, a empatia com as personagens e com o enredo acontece de forma natural. Além disso, a escrita de Milton Hatoum me pareceu bastante simples e concisa, capaz de narrar a história com muita facilidade. Um livro muito bom que retrata muito bem a cultura do nosso país e que pode ser enxergada até hoje em muitas famílias contemporâneas.

site: http://virazoi.blogspot.com.br/
comentários(0)comente



62 encontrados | exibindo 31 a 46
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR