Órfãos do Eldorado

Órfãos do Eldorado Milton Hatoum




Resenhas - Órfãos do Eldorado


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Maria 14/05/2023

Original
Que livro sensacional!!!!
A história é tão bem construída dentro do real e do mito que te faz pesar que a narrativa inteira é real, é um história lendária e secular!
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JAQUELINE.ARGOLO 31/01/2024

Mistérios
Narrativa, lenda... Entre momentos de sucesso e fracasso existe uma história de amor e mistérios, com um Brasil ainda pouco conhecido de plano de fundo.
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Cris.Aguiar 04/08/2022

Um bom livro
Não está dentre os meus preferidos do ano, mas não foi uma leitura perdida.

Esse é meu primeiro livro do Hatoum e achei a escrita dele fluída, com uma história muito bem contada que mistura um pouco de lenda urbana com lenda mística e ainda traz uma visão a ocupação do Amazonas.

Não sei se fora do Clube teria lido, mas se o livro cair em suas mãos, recomendo que o faça.

CLUBE DE LEITURA Agosto - 2022

site: https://sociedadedosleitoresvivos.wordpress.com/
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Itamara 23/12/2021

Não é o melhor de Hatoum, mas vale muito a leitura.
Uma história construída por lembranças e contada numa cidade à beira do rio Amazonas por um narrador de juízo meio duvidoso. A narrativa nos apresenta uma riqueza cultural impressionante, marca recorrente nas obras de Milton Hatoum, sem dúvidas um dos melhores escritores brasileiros dos últimos anos. A obra é um mergulho histórico no contexto de fortes conflitos do ciclo da borracha e serve de pano de fundo para que nosso narrador, Arminto Cordovil, nos apresente seu amor incontrolável e obsessivo pela misteriosa Dinaura, bem como sua relação perturbadora com o pai. Temos ainda mitos/lendas amazônicos e de origem indígena bem presentes e personagens com personalidades muito bem construídas.
Gosto muito da personificação criada por esse autor em suas obras. Os lugares são retratados com uma descrição tão detalhada que por vezes parecem personagens e isso é bem evidente em ?Órfãos do Eldorado?.

Achei bem interessante a exploração da relação entre pai e filho, amor e ódio, a ânsia de Arminto querer ser tão diferente de seu pai e inevitavelmente repetir alguns dos mesmos erros. Ganância e negligência, encontros e desencontros, memórias e esquecimentos... o livro é cheio dessas dualidades.

Algo que talvez tenha me incomodado um pouco foi a representação das figuras femininas, meio estereotipadas, até mesmo Dinaura, a grande paixão de nosso narrador. Prefiro pensar que tenha sido proposital (olha eu aqui passando pano para o Hatoum).
Achei o final simplesmente incrível!
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julia 01/04/2021

Uma narrativa incrível! O livro apresenta a história dos personagens a partir das lendas locais, além disso, detalha um amor que quase não foi vivido. O final é surpreendente!
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Ivy 31/01/2021

Órfãos do Eldorado
Há algum tempo que eu tenho a vontade de ler Milton Hatoum, principalmente Os dois irmãos (que virou minissérie da Globo líder de audiência tanto da crítica quanto dos telespectadores). Lembro de ter lido o famoso Relatos de um certo Oriente na epoca da faculdade mas, não lembro muito bem... Eu curti Órfãos do Eldorado, porém, no início achei muito corrido, gostaria de ter visto um maior desenvolvimento dos personagens (principalmente do pai Amando), do meio pro final a coisa engrena e tem um desfecho bem interessante, adorei a experiência de ter lido um autor manauara e desejo agora ler Os dois irmãos
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Clara 11/08/2020

(...) quando alguém morre ou desaparece, a palavra escrita é o único alento.
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Heloisa 29/07/2019

Eldourado
Ao ler essa obra de Milton Hatoum não imaginei chegar ao final tão sem fôlego. Nos primeiros instantes não conseguia racionalizar qualquer expressão sobre a história. A mente mergulhou nas águas dos rios da Amazônia e busquei algum caminho para o Eldorado.
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Um pouco mais de cem páginas e tantos temas para refletir, no entanto o mais ensurdecedor foi sem dúvida o desejo do eldorado por um órfão.
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A história de amor de Arminto por Dinaura, e a busca por essa mulher de mistérios se mistura pelas várias camadas da história, onde vai sendo revelado os elementos míticos de uma cidade.
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Além da busca apaixonada de Arminto por Dinaura, o livro apresenta suas relações familiares conturbadas e elementos históricos como as duas guerras mundiais, a exploração da borracha e a grande seca de 1915.
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Que livro incrível!
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Livro de apoio: A família na economia da borracha. De Cristina Donza Cancela. 1.edição. Editora Estudos Amazônicos.
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><'',º> 19/12/2018

"Em Órfãos do Eldorado, Hatoum abandona a temática da imigração sempre recorrente em suas narrativas e aposta na relação entre os mitos amazônicos e a vida. Nessa obra ele apresenta duas características muito importantes do mito: a primeira refere-se ao fato de abrigarem-se na memória coletiva dos povos, sendo percebido com semelhanças em diferentes culturas; a segunda, ao fato de serem levados a outro continente no processo de colonização. Como ele próprio comenta no posfácio de Órfãos do Eldorado: “Mitos que fazem parte da cultura indo-europeia, mas também da ameríndia e de muitas outras. Porque os mitos, assim como as culturas, viajam e estão entrelaçados. Pertencem à História e à memória coletiva” (Hatoum, 2008, p. 106). Nota-se, portanto, que o mito, apesar de possuir particularidades em uma determinada região, não é material exclusivo desse
espaço, ele viaja e alcança outros povos, envolve-se em distintas culturas, sendo sempre readaptado e reelaborado em novos contextos culturais.

A narrativa de Órfãos do Eldoradoé entrecortada por mitosindígenas da região amazônica. Uma novela cuja leitura flui como a correnteza de um rio e que se inicia quando, numa cidade à beira do Rio Amazonas, um passante vem para descansar na sobra de um jatobá e se dispõe a ouvir as histórias de Arminto, um homem velho, pobre e supostamente louco."

Trecho do artigo "O ENTRELAÇAMENTO DE MITOS EM ÓRFÃOS DO ELDORADO, NARRATIVADE MILTON HATOUM", de Liozina Kauana de Carvalho Penalva & Lorena de Carvalho Penalva.

site: www.abralic.org.br/downloads/e-books/e-book19.pdf
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Haunyed 22/08/2018

Baita leitura
Hatoum nesta pequena novela é bem aquilo que queremos de um drama em manaus. As lendas, mitologia, os sabores do nosso norte, um outro brasil, mas ainda sim tão brasil quanto poderia ser. A velha história do confronto pai-filho. O nosso narrador foge tanto da figura do pai que em alguns momentos segue sendo a sombra do mesmo. Uma obsessão por um amor não resolvido, e poder da auto destruição. Tudo isso marinado e bem temperado no regionalismo amazônico, rico e saudoso.
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Kenia 10/07/2018

Milton deve ser reconhecido como um grande autor da literatura brasileira dessa época. Neste livro ele retrata a cultura regional, uma outra época e seus personagens são complexos. Arminto é o tipo de personagem e personalidade que me irrita e me lembrou outras irritabilidades de antigos clássicos.
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João Luiz 21/11/2017

Nas margens do rio Amazonas, Arminto filho de um rico e poderoso, vai viver uma paixão que fará com que ele perca toda a fortuna do pai. Com reviravoltas, toques de humor, drama e várias lendas e mitos da região. É um ótimo livro com uma leitura fácil e que flui muito rápido!
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Fledson.# 17/11/2010

Vestibular
Um dos três livros que foram mencionados como leitura obrigatória para o vestibular da UNIR, então, eu li (;
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É um livro regional, que expressa um pouco da cultura amazônica envolvendo um conto bem interessante.
É meio complicado de entender a linguagem regional, mas não é nda do outro mundo também. -rs
É legalzinho. Mas não é o tipo de livro ao qual estou acostumado a ler.
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Carlozandre 21/01/2010

O Eldorado de Hatoum
Muito antes do cinema, a literatura já se construía com cenas, e a primeira delas na novela Órfãos do Eldorado, de Milton Hatoum é arrebatadora: uma índia pára na frente do rio, arenga lamentações em língua indígena, falando que se apaixonou por um belo homem que mora no fundo das águas e pretende se juntar a ele. Como hipnotizados, os que a observam só se dão conta do que se passa após a índia haver nadado um bom pedaço de rio, longe demais para ser salva.

Essa é a cena chave de Órfãos do Eldorado, já que seu protagonista, Arminto, herdeiro de uma empresa de navegação vivendo às vésperas da I Guerra Mundial em Manaus, vai repetir ao longo da narrativa, e em vários níveis, o gesto da índia, uma entrega cega e apaixonada a algo que poderia representar encantamento se não fosse ruína. O livro é parte de uma coleção na qual escritores de diferentes nacionalidades relêem em narrativas modernas mitos clássicos da literatura: a canadense Margaret Atwood reescreveu a Odisséia pelo ponto de vista de Penélope, David Grosman deu sua visão para a história bíblica de Sansão, por exemplo. Ah, sim, e o escritor russo Victor Pelevin releu o mito de Teseu, o labirinto e o Minotauro em um romance que já comentamos aqui.

Hatoum usa o “Eldorado” do título para fazer referência ao mito amazônico da Cidade Encantada, um lugar utópico no fundo do rio para onde determinadas pessoas tentam ir, encantadas pela força mágica das águas. No livro, essa cidade é representada pela jovem órfã Dinaura, que magnetiza as atenções de Arminto com olhos oblíquos. A mulher e o rio são signos equivalentes em Órfãos de Eldorado, e não é à toa que Arminto, fascinado pela primeira, descuide do segundo, representado pelo negócio que herdou do pai.

Após a primeira cena, o livro desacelera um pouco ao abordar a relação de Arminto com seu pai ainda vivo. O mal-estar instalado entre eles, embora bem conduzido, remete a situações semelhantes do anterior Cinzas do Norte. Algo que, entretanto, não dura muito. A novela é curta, concisa, e logo Dinaura aparece na trama (simbolicamente no velório do pai do protagonista, morto sem que ambos tivessem oportunidade de se reconciliar) para encantar o leitor como encantou o personagem.
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Ladyce 03/01/2010

Perseguindo o sonho
Órfãos do Eldorado, uma novela de 100 páginas pode quase ser chamada de um discurso sobre a decadência. Decadência dos sonhos, das fortunas, da economia. A decadência como objeto de observação e fascinação dos turistas, a decadência da política local, das mores sociais. Até mesmo a decadência do sonho, da esperança, que não encontram um eco na realidade amazônica retratada aqui.

Não que Milton Hatoum tenha deixado de lado a ficção. Não é esta a minha observação. Mas sua ficção está ainda mais fluida neste livro do que em anteriores. Esta é uma ficção, tecida através de memórias anteriores às do personagem principal, e fatos históricos mencionados que cobrem mais de um século. A fluidez da narrativa dá um leve toque de sonho, de irrealidade porque vamos e voltamos a um passado sem forma, a uma passado interpretado pela criança que foi Arminto Cordovil: a visão que ele tem de seu pai e de sua infância e adolescência.

Esta maneira amorfa e característica da fluidez de pensamentos — que já encontrei anteriormente neste autor nos dois outros livros que li: Dois Irmãos e Cinzas do Norte –, deixa a narrativa aberta. Ela se rebela às datas históricas, às informações precisas.
Não que Milton Hatoum trabalhe com o realismo mágico. Mas as idas e vindas de seus personagens com lembranças e projeções no futuro mantêm uma nebulosidade proposital mostrando traços familiares com fantasias noturnas e sonhos reveladores.

A história pode ser descrita em poucas palavras: Arminto se apaixona por Dinaura uma moça local, que não fala, evasiva, com quem ele tem uma noite de amor inesquecível, e a quem ele jamais volta a ver. Recebi este livro, emprestado por uma amiga, excelente leitora, com a observação de que esta era uma bela história de amor.

Mas discordo redondamente. A história da perseguição de Arminto por Dinaura, sua obsessão do início ao fim da novela, para mim, é a personificação da constante procura pelo Eldorado, que ilude a todos que se estabeleceram e que se estabelecem, ainda hoje, na Amazônia. A procura de Dinaura é a grande aventura, repleta de elementos fantásticos, do mundo, do amor, de tudo que jamais será tal como a terra prometida. Ela, assim como o Brasil, como a Amazônia, é uma moça local, e é natural então que se encontre rodeada pelos caminhos encontrados na ilha encantada das histórias das cunhatãs.

Este é um discurso alegórico sobre a esperança cega de algo melhor, e a decadência que se estabelece quando se procura obsessivamente uma realidade, um sonho, inexistente.

04/08/2008
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