Feminismo em comum

Feminismo em comum Marcia Tiburi




Resenhas - Feminismo em Comum


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Queria Estar Lendo 06/04/2018

Resenha: Feminismo em Comum
Feminismo em Comum, escrito pela filósofa Márcia Tiburi, é o primeiro lançamento do selo Rosa dos Ventos - do Grupo Editorial Record (que enviou esse exemplar em cortesia para a resenha) - e foi a primeira publicação do selo de teor feminista voltado para as mulheres da literatura. Poderia ter sido um baita pé direito na porta para começar bem, mas acabou deixando a desejar.

Feminismo em Comum aborda diversas temáticas do feminismo para tecer explicações; quase um guia para quem está embarcando no movimento e quer entender um pouco mais sobre lugar de fala, feminismo interseccional, a mulher e o trabalho, etc. É um livro bem curto - tem 128 páginas - e em formato pocket.

Infelizmente para mim, os textos da Márcia pareceram perdidos. Muitos questionamentos e abordagens soaram abertos de tal maneira que deixavam no ar mais confusão do que aquela sensação de dúvida a ser instigada, quase como se ela tivesse desistido de escrever aquele trecho ou tivesse se cansado de desenvolver a ideia e tivesse resolvido passar para o próximo parágrafo.

E os comentários e explicações soaram absurdos demais para eu ignorar. O livro vai e volta em ideias, contradiz capítulos e comentários que já passaram, refuta os próprios argumentos de modo a tornar tudo muito bagunçado. Vai além disso: apresenta muitas ideias que passam longe do que deveria ser a apresentação do feminismo.

Os parágrafos enrolam para embelezar trechos quando deveriam apresentar conteúdo e desenvolvimento - como a citação da autora sobre as mulheres que trabalhavam em uma fábrica quando ela foi fazer uma palestra. Teve toda a situação envolvendo diferenças salarias com os homens empregados ali e como as mulheres eram capazes do mesmo que eles (e pobre coitado do padre que não sabia ver isso já que sua visão estava "embasada em uma visão naturalista e essencialista das potencialidades de homens e mulheres" - em resumo, ele foi machista. Mas a autora passou pano).

Dessa situação toda, o que aconteceu: "Não sei como a história acabou. Espero, contudo, que elas tenham conseguido aquilo que quase nenhuma mulher consegue.". Pra que você vai exemplificar uma situação de opressão se não vai desenvolver e dar margem para uma discussão e, principalmente, se não fez nada para mudá-la? Essa história ou um exemplo metafórico seriam o mesmo; no exemplo metafórico, pelo menos, não haveria frustração ao término da leitura. A sensação de "tá, e...? Você nem ao menos questionou para ver se alguma delas tinha algo a dizer a respeito disso?".

Eu li uma resenha dizendo que esse livro era um desserviço ao feminismo e tentei ter esperanças de que alguma coisa pudesse ser salva; ledo engano.

Márcia apresenta ideias revoltantes, algumas que eu me vejo obrigada a enumerar: - culpabilizar vítima pela violência sofrida "A mais difícil das condições é a de vítima, pois, mesmo quando espancada e assassinada, culpada e proscrita, vítima é aquela que desperta em seu algoz o desejo de espancar e assassinar. O sistema de violência opera por repetição de uma lógica (pág. 95)" - culpabilização gourmet, mas culpabilização sim.

- Passar pano em seu familiar agressor porque "ele foi criado assim" "Meu avô espancador, vítima e repetidor do patriarcado (pág. 39)". Uma frase basta para tirar a culpa do homem e colocá-lo como coitado, assim como uma frase bastou para mostrar a culpabilização da mulher e retratar o vitimismo como sendo um exemplo vergonhoso. O que isso quer dizer, afinal? É okay tratar os homens como vítima do machismo, mas as mulheres não podem aceitar esse papel? A ideia é que todos estamos submissos ao patriarcado de maneiras diferentes - sim, os homens podem ser vítimas, mas eles têm privilégios. O patriarcado é a voz deles; ainda que sejam subjugados, ainda estão em posição de poder.

E com licença só para o absurdo que me tirou do sério em relação ao seu avô: "Talvez ele tivesse ódio das mulheres, porque, para começar, tinha ódio da mãe que o deixou sozinho ali no pior dos mundos. (pág. 37). " Realmente não me importa que ela tenha argumentado. Não me importa que ela não tenha usado esse trecho como verdade absoluta; o fato de a autora QUESTIONAR uma situação dessas, de sequer levantar essa hipótese ali com o "talvez" é revoltante.

- Do outro lado, questiona filósofos do passado pelos "pensamentos retrógrados" "Muitos justificarão os filósofos dizendo que são homens de seu tempo [...]" (pág. 70) - sim, ela chega a comentar sobre o fato de filósofos estarem ali para questionar o mundo e seus ideais, mas convenhamos que é mais fácil justificar o pensamento erradico de um pensador do que a agressão de um criminoso.

Ela chega a ter a pataca de dizer que "não adianta responder que as mulheres são vítimas do patriarcado (pág. 95)" quando passou vários parágrafos nos capítulos anteriores mostrando situações em que sim, somos vítimas. Não tem que ter vergonha em dizer isso; não tem nada de "esse argumento reduz as mulheres a pobres coitadas", como a autora comenta. Ser vítima não é ser uma pobre coitada. Mulheres são vítimas da opressão do homem; são vítimas do patriarcado. São vítimas do machismo. E estão lutando contra isso.

Ser vítima não reduz sua força nem sua voz nem sua presença no movimento e na luta. Dizer que aceitar a posição de vítima é aceitar ser uma pobre coitada é desmerecedor, a meu ver. É como mostrar que "nem é assim tão ruim". O patriarcado mata. O machismo mata. O homem mata. Quem eles matam? As mulheres.

Pior ainda em toda essa situação: como a própria citação mostrou, ela mesma disse que seu avô agressor era uma vítima. Então está okay dizer que um homem agrediu sua mulher porque era vítima do patriarcado, mas não é okay aceitar que o patriarcado faz das mulheres suas vítimas? Não tem coerência!

Eu inclusive refuto tudo isso com um único trecho do livro Coragem, da Rose McGowan: "Quem deveria se envergonhar é o assediador, não a vítima, não a sobrevivente. É trágico que tantas de nós tenhamos que sobreviver a esse tipo de merda, e sinto muito se o mesmo aconteceu com você."

Isso sem falar no pouquíssimo e quase ínfimo desenvolvimento sobre as intersecções do feminismo. Um texto desses precisava de um pouco mais de embasamento e pesquisa e até mesmo convite para outras mulheres comentarem a respeito das diversas outras vertentes feministas (até porque não é lugar de fala da autora, mas é lugar de dar espaço a outras mulheres); mencionar a luta das mulheres negras, das mulheres trans, das mulheres pertencentes à comunidade LGBT+, mulheres de diferentes classes sociais, isso não é representar pelo que elas lutam. A autora fez muito pouco para inclui-las além de um capítulo em que mais falou sobre o que significa o feminismo interseccional do que sobre o que é a luta delas e umas poucas citações no resto do texto.

Em vez de levantar discussões interessantes e de apontar as reais problemáticas do patriarcado e do machismo, ficou no ar que a autora preferiu usar comentários mais cautelosos, quase como se tivesse medo de apontar quem são os culpados por tudo que as mulheres sofrem. Como se precisasse abrandar os seus discursos para ser entendida e aceita.

O patriarcado e o machismo são um grande ninho de vespas. Se você quer falar sobre a opressão causada por eles, se quer mostrar o que é feminismo e o que as mulheres aguentam, CUTUQUE. Como o próprio livro diz, se as mulheres não falarem por si mesmas, quem vai?

Feminismo em Comum é para "todas, todos e todes" e acabou extrapolando num discurso que deveria ser, em primeiro lugar e o mais importante deles, para as mulheres.

Uma coisa que eu amei no livro Coragem, da Rose McGowan, é como ela conversava com as mulheres. Sim, você pode ser um homem e pode estar lendo o livro dela (inclusive DEVE) mas o que ela sofreu, o que ela viveu, o que ela entendeu e decidiu, isso é com a gente. É com quem tem a voz contra a opressão; é quem sente o machismo na pele. O feminismo é inclusivo, sim, mas é o movimento das mulheres. É conosco que seu livro tem que falar. É nossa voz que tem que espalhá-lo.

Não consigo e não vou aceitar a ideia de que "a luta é lugar de todos". O feminismo é lugar das mulheres assim como a luta pelos direitos da comunidade LGBT é deles, a luta pelos direitos dos negros é deles, e por assim vai. Quem está de fora pode e deve apoiar, ajudar, incentivar, falar contra a opressão, mas a voz que dita a luta é a quem ela pertence. Não existe discursinho de inclusão nesse caso.

Esse livro fez muito em abrandar comentários e acabou escorregando em quase tudo. Eu salvei muito, muito pouco desses textos. Pequenos trechos que, sozinhos, valem a pena serem reproduzidos - no contexto geral da obra, nem tanto.

"Estamos unidas às feministas do passado e, desse modo, do futuro."

Por último, preciso comentar que para um livro que está sendo vendido como um primeiro passo para quem quer entender mais do movimento como um todo, essa obra não tem absolutamente nada de simples ou didática. É problemática, sim, mas é confusa e muito embelezada. Palavras difíceis, trechos repetitivos que poderiam ter sido simplificados, discussões que não levaram a nada além de confusão.

Feminismo em Comum foi uma grande decepção. E não, não indico esse livro. Se você tiver curiosidade de ler, vale a pena pela discussão, mas não acho que é um pontapé inicial para quem quer pesquisar mais sobre o feminismo. Falou demais e acabou por não representar a voz da luta.

site: http://www.queriaestarlendo.com.br/2018/04/resenha-feminismo-em-comum.html
Natália Tomazeli 06/04/2018minha estante
É aquele ditado "não sabe jogar, nem desce pro play" huehue
Lendo tua resenha, parece que este livro é uma desserviço social terrível, o que atrapalha demais o movimento.


Mayara Valença 30/06/2018minha estante
Um problema que eu enxerguei, além dos citados por ti, foi ver diversas percepções que li em outros autores para a minha monografia sendo colocados como falas dela. Ela citou pouquíssimos autores, não explorou entrevistas, mesmo quando teve a oportunidade. "Para não nos deixar ainda mais tristes". Olhei notas de rodapé, corri no final do livro, mas teve gente que ficou de fora, como a Flávia Biroli e a Sylvia Walby, que equiparam os afazeres de casa para a mulher casada como exploração doméstica. Quando se fala de plasticidade, senti falta de Hirata e Kergoat. Se fosse minha monografia, a banca teria me execrado alegando plágio. Haha


Natália Tomazeli 04/07/2018minha estante
Que absurdo :O


Queria Estar Lendo 13/08/2018minha estante
Oi, Mayara! CA-RA-CA, não sabia desse detalhe. Que absurdo! Vou procurar as autoras citadas e ler os trabalhos dela. Mas, de novo, que coisa mais absurda passar isso em um livro...


Katita 25/08/2020minha estante
É o livro para quem já entende ou busca o assunto.. sensacional! Amarra muitas coisas pertinentes.


thaisdreveck 28/02/2021minha estante
Resenha FODA


Hudson 13/07/2021minha estante
É aquela filósofa que versa sobre o ofício corrugado? Aquela da lógica do assalto?




Juliane.Cristina 19/05/2022

Feminismo em comum (para mim uma leitura rasa)
O livro ?feminismo em comum? de Márcia Tiburi, dividido em curtíssimos 17 capítulos, fala sobre diversos temas relacionados ao feminismo logicamente tratando do assunto no contexto capitalista em que vivemos. Por ser curto é possível ler em uma tarde.
O fato de ter sido avaliado como razoável por mim, é pq sinceramente o achei desse modo, não desmerecendo a escritora, uma feminista, filósofa, escritora e mulher de luta, mas achei que o livro introduziu muitos sub temas e não conseguiu se aprofundar em nenhum deles. Entendo que a premissa era justamente ser objetivo, direto e que instigasse os leitores a continuarem conhecendo cada vez mais sobre o assunto, mas já que a ideia era ser curtinho, que focasse em algo mais específico que possibilitasse uma leve aprofundada. Até o meio do livro eu curti, apesar de sentir essa necessidade de aprofundamento, mas a partir daí a leitura começou (pelo menos pra mim) se tornar muito repetitiva e enfadonha.
De certo modo pra quem tá iniciando a busca pela compreensão sobre feminismo, vale a pena a leitura como uma introdução, apesar de algumas partes do livro não serem de tão fácil compreensão pra iniciantes. Mas pra quem já tem leituras mais rebuscadas, não vai encontrar nada novo.
Richard 19/05/2022minha estante
os livros da bell hooks e Angela Davis são maravilhosos pra esses assuntos, recomendo super!


Juliane.Cristina 19/05/2022minha estante
Acabei de separar o próximo justamente da Bell, os da Ângela Davis ainda não tenho mas pretendo adquirir?depois da Bell vou ler o mito da beleza, já leu?

Obg pela recomendação ?


Richard 19/05/2022minha estante
ótimo, não vai se arrepender! já li "o feminismo é para todo mundo" da bell hooks e foi um divisor de águas pra mim, a escrita dela é simples e ao mesmo tempo profunda e necessária.

nunca li, mas está na minha lista. cada vez mais tento me aventurar nas leituras feministas e Naomi Wolf tá na lista tem um tempão, deve ser um livrasso. minha última leitura que terminei hoje foi: a liberdade é uma luta constante, da própria Angela Davis. Livrão!


Juliane.Cristina 19/05/2022minha estante
Ah que bom
Quanto mais conhecimento melhor, mais críticos nos tornamos e mais sabemos nos posicionar e reivindicar pelos nossos direitos e da coletividade

E boa leitura pra nós ?




thaisdreveck 26/04/2021

Péssimo
Eu poderia falar por horas sobre os problemas que esse livro traz. Mas de forma clara, não é para todas, todes e todos, esse livro não representa o feminismo.
Aline.Menezes 26/04/2021minha estante
Oie, indica algun(s)?


thaisdreveck 26/04/2021minha estante
Olá, Aline! Livros que trazem o feminismo de forma objetiva: Teoria Feminista: da margem ao centro e O feminismo é para todo mundo, da autora bell hooks; também tem Pensamento feminista: conceitos fundamentais (organização da Heloísa Hollanda; Pensamento feminista hoje: perspectivas decoloniais (também de organização da Hollanda); Sejamos todas feministas (um discurso da Chimamanda Ngozi Adichie) e, se você quer aprender de forma mais complexa, entram os livros da Simone de Beauvoir.


Aline.Menezes 27/04/2021minha estante
Que máximo! Obrigada pelas dicas!




Michely 18/07/2018

Um livro sobre feminismo mas com um viés comunista
O livro propõe trazer reflexões sobre o machismo, o patriarcado e o feminismo. Mas, infelizmente, tais reflexões são desconexas, superficiais, e o livro é extremamente viesado. Em inúmeros momentos a autora se refere ao patriarcado como associado tão somente ao capitalismo. Como quando diz sobre o lar, que ?...nunca é um lugar doce para as mulheres, mas um núcleo fundamentalmente capitalista?. Se é assim, suponho que em países socialistas (Venezuela, Cuba...) as mulheres gozem de plenos direitos tais como os homens, que não sofram violência tão somente por serem mulheres e tampouco sejam vítimas de misoginia, confere? Não , não é a realidade. Elas sequer têm acesso a métodos contraceptivos, porque não é de interesse dos homens que estão no comando. Aliás, em regimes socialistas, não há mulheres no comando! Como não questionar isso? Faltou profundidade, faltou conexão de assuntos. O problema não me parece estar no modelo capitalista ou comunista (demonizando um e endeusando o outro, por exemplo), mas na forma com que se organizou e se hierarquizou a sociedade humana...enfim, não sou de direita nem de esquerda, e queria ter tido a oportunidade de ler algo sobre o assunto que realmente acrescentasse, o que pra mim, não foi o caso.
Aline.Mendel 21/07/2018minha estante
Comecei a ler ontem e tb achei as ideias bem enviesadas. Muito interessante a sua resenha.


Michely 29/09/2018minha estante
undefined


Giovanna 16/03/2019minha estante
o movimento feminista é essencialmente anticapitalista




Isa | @odigaisa 30/10/2018

Apesar de acreditar no tema, a escrita de Tiburi não me ajudou com esse livro, não fluiu, precisei reler os parágrafos várias vezes... Não desceu.
Santi 17/01/2019minha estante
Aconteceu o mesmo comigo


Isa | @odigaisa 30/01/2019minha estante
Chato isso, né? Mas acontece mesmo


ClaudiaMF 24/02/2019minha estante
O livro é fraco mesmo




Anne 09/05/2021

Nem tem oq falar de tão ruim que é.
Leiam a resenha do ?queria estar lendo?

Só de ter ?TODES? no título já é o suficiente pra
tirar 2 estrelas do livro.

TODOS OU TODAS
Anne 09/05/2021minha estante
a autora foi desnecessária demais,minimizou a dor das mulher com o machismo e foi extremamente contraditória. fora que acatou o chamado ?pronome neutro?,o dialeto dos indecisos por aí


Eilex 26/05/2021minha estante
Há algum tempo tive o desprazer de ler alguma coisa sobre feminismo naquele site do catracalivre. Feminismo resume-se a mulheres peludas, que andam nuas da cintura pra cima, falam palavrões, usam calças claras sem absorventes para chocar os outros e se rebelar contra os padrões. É uma desgraça!




Annie - @queriaseralice 06/05/2019

Decepcionante
“Só depois de perceber que a condição feminina não precisava ser a da subjugação é que eu me reconciliei com o signo “mulher”. Mesmo assim, hoje em dia, eu falo que sou mulher apenas em nome da luta feminista. Constantemente, digo que sou feminista e que isso vem antes de eu ser mulher.”⠀

Feminismo em comum – para todas, todes e todos – tem como objetivo principal transmitir o conhecimento da autora sobre um tema bastante polêmico de forma simples e acessível, para quem nunca leu nada sobre ou para quem se interessa e entende do assunto.⠀

O livro é dividido em capítulos com títulos bastante atraentes e que, consequentemente, despertam o interesse do leitor. Muitos aparentam possuir conteúdo explicativo e muitíssimo relevante sobre o que é o feminismo, qual a importância dele nos dias de hoje e, além disso, alguns tópicos apontados são de teor histórico.⠀

Porém, preciso ser sincera: eu não gostei do livro. Me vi perdida em grande parte dele. Tal capítulo começava bom, aí parecia mudar o foco, ficando complexo (tanto no vocabulário utilizado quanto no conteúdo) e sem sentido.⠀

Em muitos momentos eu pensei "opa, agora vai!", mas de repente parecia que eu estava relendo trechos anteriores. A autora repetiu palavras como "patriarcado" muitas e MUITAS vezes, tornando algo que seria construtivo em um livro chato. Acredito que seria melhor se o objetivo do livro fosse outro (não introdutório) e a Marcia Tiburi tivesse a liberdade de explorar e aprofundar seus argumentos.⠀

Tinha as expectativas lá no topo. O tombo foi grande. Doeu. Mas não é por isso que eu vou desistir de lutar por aquilo que acredito – como a igualdade de gênero e, sem dúvida, o empoderamento feminino. 💪🏻⠀

site: https://www.instagram.com/p/Bja1_8TlY5w/
Camila 19/08/2019minha estante
Mana, concordo plenamente, foi decepcionante e confuso em boa parte. Senti as mesmas coisas que você e até fiquei meio balançada se comentava aqui ou não. Fiquei feliz em achar seu comentário.


Prisi 30/12/2019minha estante
SIM! Começo o capítulo, to achando maravilhoso, tá tudo certo e de repente me vejo perdida tamanho o enrolado que foi dado no assunto. Sempre começa bem, mas uma hora a autora acaba se.. não sei, perdendo.. aí depois ela se acha e se perde de novo. Precisa paciência.




Bru Fátima 14/06/2018

Altas Expectativas e Um Baita Tombo
Quem me conhece sabe que defendo muito o tema, mas estou longe de ser uma expert no assunto. Sou bem leiga, mas gosto muito de ler sobre o tema e ir formando opinião, agregando, sabem? ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀
⠀⠀ ⠀⠀ ⠀
Então foi com grande empolgação e ânsia que iniciei esse livro. E o que eu achei? Bem, antes de mais nada, lembrem-se não sou uma estudante assídua sobre o feminismo, apesar de apoiar e defender. ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀
Achei que o livro aborda muitos sub-temas importantes dentro do livro. E que esses temas são extremamente densos, logo achei o livro pequeno para tanto conteúdo. Seria necessário um livro para cada tema sabe? Para que fizesse valer. ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀
⠀⠀ ⠀⠀ ⠀
Os exemplos simples e relatos pessoais tornaram a compreensão panorâmica, visto que o vocabulário não é das mais fáceis. E confesso algumas palavras parei e fui procurar no dicionário. ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀ ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀
⠀⠀ ⠀⠀ ⠀⠀⠀ ⠀⠀ ⠀
Enfim, é um livro rico que deveria ter os temas mais explorados e com uma linguagem mais popular. Pois, assim tornaria a compreensão mais fácil a um público que tem menos acesso a tais informações. Não consigo ver minha mãe se empolgando com a leitura, mas já vi ela acompanhando blogs direcionados ao feminismo. ⠀⠀ ⠀⠀ ⠀ ⠀

site: https://www.instagram.com/naoemprestolivros/
Aline.Mendel 21/07/2018minha estante
Comecei a ler ontem e tb estava cheia de expectativas. Mas confesso q estou achando-o um pouco superficial e enviesado. Vamos ver se a leitura vai melhorando...


Bru Fátima 16/09/2018minha estante
Aline, e ai? Concluiu a leitura? O que avhou? ?




Brena Ferreira 12/12/2018

Não tenho muita experiência com livros desse tipo e também não tenho uma base muito sólida a respeito do feminismo. Peguei emprestado esse livro justamente para ter por onde começar. No entanto, apesar de tentar desenvolver ideias importantes, senti que a autora foi prolixa/repetitiva, o que tornou a leitura difícil, tendo eu que voltar várias vezes para poder entender o que ela quis dizer. Faltou clareza, objetividade e conclusão das ideias apresentadas, o que tornou o livro entediante. Além disso, há algumas contradições. Em relação ao conteúdo em si, não concordo com alguns pontos. Achei que a autora extrapolou e quis abarcar todas as causas com o feminismo e findou reduzindo o conceito da luta feminista ao conceito de direitos humanos, deslegitimando o movimento. Apesar de tudo, a autora consegue explicar alguns conceitos que, creio eu, são importantes para os iniciantes no assunto.
Day 29/01/2019minha estante
To no início do livro, e também não estou gostando :/ como feminista eu adoro ler sobre o tema, já li alguns entre eles os melhores são ?Sejamos todas feministas? e como educar crianças feministas? ambos da mesma autora. Caso sinta vontade ler na Amazon o e-book tá sempre gratuito.


Brena Ferreira 29/01/2019minha estante
Oi, Day! Já li Sejamos Todos Feministas e adorei também. Obrigada pela dica! Vou colocar esse outro na minha lista!




Fernandes83 30/04/2021

Importante mas...
Queria dizer que amei esse livro mas não rolou. Ele traz perspectivas e conceitos importantes mas as vezes parece um emaranhado de palavras e significados perdidos. Não me leva a mal, não é ruim, porém não é para todos, se fosse, teria uma escrita mais simples, tive que ler e reler vários pedaços por estar perdida no livro. O bom é que é um livro pequeno e as vezes, você pode recorrer a ele para tirar dúvidas de conceitos, porém, apesar de amar o tema, parece que não segue uma linearidade.
Ro 09/05/2021minha estante
Pensei a mesma coisa. Fiquei pensando se teria a ver com a formação filosófica dela, e cuja linguagem e certos conceitos eu não sou acostumada. Tbm tive a impressão de patinar em vários parágrafos sem entender a mensagem




Ingrid 27/02/2018

Um desserviço para a causa feminista.
Marcia Tiburi claramente está surfando na onda do feminismo pop. Não mostra embasamento teórico suficiente, e demonstra não saber que existem vertentes feministas com propostas diferentes e destoantes entre si. Fala algumas obviedades sem sair da superfície e mesmo quando usa um bom argumento, ela não o segura, contradizendo a si mesmas e seus próprios argumentos, posso citar o exemplo em que ela faz menção à lógica liberal que diz que mulheres "escolhem fazer o que querem" e como isso é falacioso já que vivemos numa sociedade patriarcal então as escolhas das mulheres não são verdadeiras escolhas pois estão condicionadas na cultura, e mesmo assim ela insiste em ser pró-prostituição (e acreditar que mulheres escolhem se vender) sem se aprofundar no que leva mulheres a "escolherem" isso, e já que ela tb acha que as prostitutas escolhem isso porque "adoram sexo", tb deveria se perguntar pq homens não se prostituem em massa, já que gostam tanto de sexo a ponto de pagar para obtê-lo? 2018, e um livro sobre feminismo não traz a tona o debate atual sobre prostituição em que 10 países do mundo através do Modelo Nórdico a estão em vias de abolir a prostituição e tornando inaceitável que homens tenham direito de comprar mulheres, pois isso comprovadamente é um fator para a desigualdade e hierarquia de gênero. Nem vou entrar no mérito do quanto ela tenta fazer um feminismo agradável para os homens, e enquanto coloca seu avó espancador como "vítima" do patriarcado, diz que mulheres não devem ser infantilizadas e colocadas no papel de "vítima" que não controla suas ações.... Ela tb faz conceituações erradas e coloca o feminismo como o movimento para libertar todos os oprimidos, inclusive os não humanos (animais)... Ora, se o feminismo luta por todos, ele não prioriza mulheres, então é melhor chamar de direitos humanos.... Feminismo é um movimento pela libertação de fêmeas HUMANAS, e não tem que abarcar essa síndrome de "mãe abnegada" e priorizar outras lutas sem focar na própria. Não há no movimento LGBT nem no movimento Negro esse desvio de foco, onde seus representantes são chamados a lutar por todas, todes e toddynhos... porque é a prioridade na luta que traz avanços, quando mais fragmentado e menos focado, menos um movimento consegue ser forte.
Pra mim soa como backlash e um enorme desserviço a causa feminista.
Monalisa (Literasutra) 13/03/2018minha estante
Ingrid, estou lendo o livro agora, precisamente na página 72. E tenho lido justamente o contrário que você leu.
Sobre a escolha, na pág 67 a autora fala justamente que a escolha é ilusória, já que o machismo não "prevê espaço para a real liberdade das mulheres".
Já sobre o que você disse em relação a esse "todas, todos e todes"... Nossa, isso tem me irritado bastante. Hahaha
Enfim: gostaria de conversar mais com você sobre esse livro (quando eu terminar)! Está disposta?




Ali 08/10/2021

Não sei se entendi bem.
Bom, não sou nenhuma expert no tema, e por isso, justamente por este motivo me propuso a ler esse livro. Possui uma narrativa difícil e é notório que tenta abordar inúmeros temas de forma rápida, mas sem conclusão de fala, o que me fez questionar muitas coisas.

Por favor se alguém estiver lendo isso, me indiquem livros sobre feminismo. Me sinto leiga nesse tema e com certeza quero saber mais!
Nicole 11/04/2022minha estante
Não sei se ainda interessa, mas um livro bom sobre o feminismo pra qm ta começando é O Feminismo é Para Todo Mundo, da Bell Hooks. (:




Marry 23/01/2023

Para a pessoa falar que sexo é uma construção história antropológica é pq vive em uma bolha e alienada de se mesma! Péssimo!
Lucas | @luagonoslivros 02/07/2023minha estante
te amo, marry kkk




Jéssica @DivaLiteraria 30/03/2018

Minha impressão
🗨️Confesso que não achei um livro fluido de ler, não pela escrita da autora, mas pelo leque de temas que são abordados. São 17 capítulos que te convidam à reflexão página, por página; na verdade, parecia que eu estava lendo um artigo acadêmico, já que alguns conceitos citados na narrativa, eu não domino (O que não é ruim, apenas torna a experiência mais enriquecedora e a leitura lenta). De qualquer maneira, vou precisar reler este livro para sedimentar melhor a mensagem.
Selecionei 2 trechos (Dentre vários que destaquei) para mostrar aqui:
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📖 “Por privilégios, entendemos as vantagens provenientes de posições sociais, políticas, econômicas, de gênero, raciais, etárias.” .
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📖“Se pudéssemos escolher, provavelmente preferiríamos os privilégios, mas nosso nascimento já nos condena a uma classe social, a uma raça e a outras marcações sociais que não nos permitem escolhas e das quais só nos emancipamos com muita luta. Além disso, as pessoas têm vergonha de estar no lugar de oprimidas. Vergonha de serem mulheres, de serem negras, de serem pobres. Vergonha desses legados de classe em uma sociedade que mede os outros pela cafonice autoritária do ‘berço’.” .
🗨️ O livro também me mostrou a questionar meu papel como feminista. Primeiramente ser feminista não é algo feio e nem tem relação com o pelo das minhas axilas, muito menos odiar automaticamente os homens, td bem? Segundo, precisamos separar o feminismo como rótulo da moda e feminismo de luta. Não adianta vestir uma camiseta GRL PWR e se calar diante de uma situação que fere os direitos da igualdade social, política e econômica, não é mesmo?

site: https://www.instagram.com/p/Bg9pK7pgVh7/?hl=pt-br&taken-by=livrosdajehdicas
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anathyleu 23/05/2024

Essencial para o início dos estudos sobre o Feninismo
É um livro claro, objetivo e simples de ser entendido. Márcia levanta questões essenciais de serem abranjidas, como o apagamento das mulheres durante a História.
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