spoiler visualizarNae. 05/05/2024
Sobre Príncipe Lestat e os reinos de Atlântida:
Esse livro... ESSE LIVRO!!!!!
Comecei essa leitura levemente apreensiva pois o último livro dessa saga (Príncipe Lestat) havia sido muito bom, mesmo que também tenha tido alguns pontos negativos que fiz questão de ressaltar na minha resenha sobre, logo fiquei com medo da qualidade dar uma decaída aqui como já percebi que acontece/aconteceu bastante nas sequencias das Crônicas vampirescas; Por exemplo, "O vampiro Lestat" é um livro MUITO BOM e a sequência é "Rainha dos condenados" que eu achei bem mediano, "A história do ladrão de corpos" também é muito bom e a sequência é "Memnoch" que eu acho um dos piores livros dessa saga (só perdendo para Cântico de Sangue que definitivamente é um livro tenebroso) e por aí vai. Mas é com muita felicidade que eu digo que esse livro conseguiu ser ainda melhor que o anterior e que, sinceramente, na minha humilde opinião é um dos melhores das Crônicas Vampirescas e mais uma história super importante para o desenvolvimento do Lestat, ou melhor, para o desenvolvimento de todos os outros vampiros, até mesmo dos que nem chegam a ser citados pela Anne Rice em suas histórias.
O grande foco desse livro é o Amel, aqui descobrimos tudo sobre esse espírito e, inclusive sobre o passado dele pois a grande revelação é que o Amel já foi um ser humano vivo e extremamente importante, no caso, o governante e criador de Atalantaya, o reino que nós conhecemos por Atlântida. Essa revelação é feita de uma forma primorosa por personagens que são introduzidos na trama de uma forma muito bem feita, diferente da coisa porca que a Anne Rice fez introduzindo aqueles taltos na história nos dois livros mais focados na fazenda Blackwood. Se formos parar para analisar bem, obviamente toda essa história de Atlântida e replimoides (seres criados por alienígenas para destruírem a terra e blah blah blah) é muito viajada, mas é tão bem feita, tão bem desenvolvida e amarra tão bem toda a história que é algo totalmente aceitável.
Adorei a forma que nesse livro é amarrada algumas pontas soltas que ficaram no anterior, no caso, a ausência do Quinn e a falta de citações a Merrick, dois personagens definitivamente importantes que foram deixados de lado mas que aqui tiveram menções honrosas (ainda não consigo acreditar que o Quinn morreu). Adorei ter sido o Louis a conseguir resolver a questão de como desconectar todos os vampiros do Amel para que oque acontecer ao Lestat não afete todos os outros fisicamente/mortalmente. Adorei o fato do Lestat ter conseguido sobreviver (AMÉM) a retirada do cerne e que agora o Amel está finalmente livre, algo que ele sempre quis.
Esse livro me prendeu do início ao fim, até mesmo o longo capítulo onde é contado sobre o passado conseguiu me prender sem que eu achasse cansativo ou qualquer coisa do tipo. As cenas finais são deliciosamente angustiantes e o final de fato chega a ser emocionante, eu sei que ainda tem um último livro (na verdade tem mais dois, mas como são contos independentes eu meio que não considero) mas esse já funcionaria muito bem como encerramento para a saga. Sério, é perfeito, nem tenho o que criticar.