Marcos Faria 05/04/2012
Existe coisa mais fofa e delicada do que “A Arca de Noé” (Cia. das Letras, 1991)? Nem um erro grosseiro da editora neste exemplar, com inversão da ordem das páginas no primeiro poema, foi capaz de estragar. Eu sou da geração que não consegue ler “O Pato”, “A Casa”, “São Francisco” sem cantar, pelo menos dentro da cabeça, as músicas de Toquinho. Viraram cantiga de roda, parecem ter sempre existido, serem domínio público. No papel, sempre se força um pouco mais a procura de outras camadas, que sempre existem em se tratando de Vinícius de Moraes. Mas nem precisa. Cantar já basta.
Texto publicado também no Almanaque: http://almanaque.wordpress.com/2012/04/05/meninos-eu-li-21/