O Imperialismo

O Imperialismo Héctor H. Bruit




Resenhas - O Imperialismo


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Daniel 31/01/2022

Imperialismo continua..
O livro é bem claro e informativo, aborda a colonização da África Ásia e América, mostrando os efeitos e motivações capitalistas.
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João Moreno 04/09/2020

Livre mercado de sangue
Num dos 'Guias Incorretamente Políticos', o ideólogo - travestido de jornalista - Leandro Narloch vende a ideia de que o Colonialismo não tem tanta relevância para a Divisão Internacional do Trabalho ou para a configuração atual da periferia (e do centro) do sistema capitalista. Falar em "Imperialismo" seria coisa de esquerdista, escreve, algo mofado e arcaico. Assim, de acordo com o grande pensador Narloch, para entender a pobreza dessas regiões, deveríamos olhar e responsabilizar os governantes que vieram depois, após a reconfiguração do mundo, no pós-Guerra. Obviamente, Narloch sabe que está errado, forçando a barra, usando de um trabalho acadêmico de um doutor africano ('lugar de fala' geográfico?) para vender o seu discurso ideológico liberal em forma de "pesquisa séria", "jornalismo verdade", "doa em quem doer", "custe o que custar". A pergunta que fica é: mas financiado por quem?

Héctor H. Bruit, chileno, doutor em História pela Universidade de São Paulo (USP), discorda. Em 'O Imperialismo', livrinho didático e curto, o pesquisador explica o que ficou conhecido como Segundo Imperialismo. Entendendo o processo histórico a partir de uma consequência da expansão das bases produtivas dos países industrializados, entre 1870 e 1914, a transformação trazida por esse capitalismo industrial obrigou que esses capitais buscassem novas formas de expansão e de acumulação.

Numa definição de Hobson, economista, um dos primeiros autores a identificar o fenômeno, em 1902, "(...) O imperialismo é um capitalismo na fase de desenvolvimento, quando tomou corpo a dominação dos monopólios e do capital financeiro, quando ganhou significativa importância a exportação de capitais, quando se iniciou a partilha do mundo pelos trustes internacionais e terminou a repartição de toda a terra entre os países capitalistas mais importantes" (HOBSON apud BRUIT, 1994, p. 6).

Para Bruit (1994), o Imperialismo surgiu com o desenvolvimento de grandes capitais - financeiro, comercial, bancário -, que se fundem, formando grandes trustes. Nesse contexto, as grandes potências precisam defender suas grandes empresas. A expansão do capitalismo tem a ver com os capitais excedentes a serem exportados às periferias aliado ao surgimento do Nacionalismo como "ordem social imaginada", criando, assim, um sentimento nacional, de amor à pátria, competição e rivalidade entre as demais nações. Assim, dentro de uma perspectiva geopolítica, a expansão das potências imperialistas sobre as colônias tem a função de as manterem no topo. A esses fatores, somou-se o surgimento do Darwinismo Social, discurso o qual enxergava a periferia colonial como submissa, inferior e, portanto, "explorável".

Na obra, divida em cinco capítulos, o historiador discute as particularidades do Imperialismo - ao falar de tipos de Imperialismo, por exemplo, Bruit (1994) cita o Imperialismo Comercial, "o comércio de matérias-primas, alimentos e bens manufaturados que estimulou os países industrializados a penetrar e dominar vastas regiões do mundo" (p. 5), e o Financeiro, comandado por "monopólios de banqueiros, investidores e industriais" (p. 6), os quais acabavam por dominar política e militarmente outros povos através da "exportação de capitais que rendiam juros suficientes na Europa" (p. 5). Mais à frente, cita, em diversos momentos, a atuação militar como outra forma de Imperialismo -, e as suas consequências nos diferentes continentes periféricos: África (capítulo 2), Ásia (capítulo 3) e América Latina (capítulo 4). Ao final, no capítulo 5, faz um balanço, muito rápido, sobre as consequências nessas formas de vida e de organização social, seja demonstrando a espoliação material; o genocídio (como os 40 milhões de indianos (p. 71); o aprofundamento da dependência através de investimentos estrangeiros (endividamento do Estado via Dívida Pública; infraestruturas voltadas à exportação de commodities e não ao desenvolvimento e ao enriquecimento nacional etc etc); destruição de modos de vida com os cercamentos forçados; o analfabetismo das populações; a primarização das economias e a conformação desses países numa posição 'inferior' na Divisão Internacional do trabalho etc etc etc.

Gostaria de destacar que, apesar de livrinho introdutório, me surpreendi com a quantidade de dados trazidos pelo professor Bruit (1994). Ao falar sobre a expansão das potências capitalistas sobre os colonizados, o professor diz que, entre 1870 e 1914, houve uma expansão territorial média de 560.000 km²/ano (p. 5). Ao explicar sobre os grandes monopólios e trustes que vão, inclusive, dar origens às multinacionais de hoje, Bruit (1994) aponta que, antes de 1914, havia 122 trustes norte-americanas; 60 ingleses; 167 frances, alemães e suíços. "(...) os monopólios que associavam poderosos bancos foram um fenômeno característico da economia americana e alemã dessa época, e, de forma menos intensa, na Grã-Bretanha e na França" (p. 7). Sobre os investimentos estrangeiros (excedente de capital para ser exportado), diz que Grã-Bretanha, França, Alemanha e Estados Unidos, os quatro maiores, em 1885, exportaram 2 681 milhões de libras esterlinas; em 1914, o valor foi de 7 959 milhões (p. 7). No início do século XX, "a América Latina absorvia 20% dos investimentos do mundo" (p. 49). Quando fala da transformação dos Estados Unidos em potência Imperialista, ao falar política do "Big Stick", "falar manso com um garrote na mão", Bruit (1994) aponta que, "(...) entre 1900 e 1933, os Estados Unidos intervieram militarmente 40 vezes, além de fazerem pressões diplomáticas, chantagem econômica, advertências e ameaças dissimuladas" (p. 56-57).

Quase por fim, não sei porque comecei esse texto assim, com Narloch, talvez numa forma de chamar a atenção para as disputas ideológicas em torno da Memória Coletiva e da História; talvez para evidenciar a própria categoria de "Imperialismo", ridicularizada pela Direita, por um lado, acusada de "teoria da conspiração" por certos setores da Esquerda, de outro. Entretanto, gostaria de registrar aqui a doutrina que conformou e conforma a Política Externa norte-americana, conforme lembra Bruit (1994, p. 2 e 4): se na África e na Ásia figurou a política das "portas abertas", em que "todas as potências têm os mesmos direitos de participar comercial e financeiramente" na exploração (p. 53), na América Latina, os EUA foram guiados pela "América para os americanos", isto é, a América Latina fechada a intervenções externas que não aquelas praticadas pelos Estados Unidos. Vale ressaltar que o "Destino Manifesto", materializado na Doutrina Monroe, de 1823, não foi abandonado, apesar de, em nossas análises, via de regra, abandonarmos tal categoria (do Imperialismo).

Pois conforme disse o historiador Moniz Bandeira, nas suas últimas palavras em 'Formação do Império Americano: da guerra contra a Espanha à guerra no Iraque', "(...) mediante a guerra ao terrorismo, o que seu filho George W. Bush procurou, completando a militarização da política exterior dos Estados Unidos, foi implementar a doutrina de segurança nacional, baseada na ameaça de preemptive attacks, de modo a desencorajar potencial contestação de sua hegemonia e manter o controle de muitos Estados nacionais, alguns dos quais considerados rogue states, por não se submeterem aos seus desígnios. Esse controle parecia necessário à segurança da ordem econômica global, sobretudo em um cenário de declínio, em que os Estados Unidos se tornavam cada vez mais dependentes de recursos externos (petróleo, matérias-primas e capitais) e, consequentemente, da força militar para garanti-los. E a doutrina de segurança nacional, com a ameaça de preemptive attacks, desenvolvia o Defense Planning Guidance (DPG), de 1992, e o Rebuilding America’s Defenses: Strategies, Forces and Resources for a New Century, de 2000, como base para a realização do Project for the New American Century, visando a superar a contradição fundamental entre a dimensão econômica do capital, que se globalizara, e a estreita dimensão territorial dos Estados nacionais, e atribuir aos Estados Unidos o papel de um Estado ultraimperial, com a função de global cop, empunhando o big stick não mais apenas para a América Latina, mas em âmbito planetário. Daí a necessidade da guerra perpétua, infinita e ilimitada nos seus objetivos, a necessidade de fomentar um clima de permanente tensão e intimidação, com a finalidade de controlar um sistema de múltiplos Estados e submeter todos os países aos ditames do mercado global, sob a preeminência das corporações americanas" (MONIZ BANDEIRA, 2019, p. 784-785).

Em 'A Desordem Mundial: o espectro da total dominação: guerras por procuração, terror, caos e catástrofes humanitária', "(...) Desde a dissolução da União Soviética, todos os presidentes dos Estados Unidos, George H. W. Bush, Bill Clinton, George W. Bush e Barack Obama, promoveram guerras convencionais e não convencionais nos Bálcãs e no Oriente Médio, fomentaram a subversão nos países do Cáucaso, sempre sob o pretexto de tornar o mundo “safe for democracy”. Que democracia? Onde quer que os Estados Unidos intervieram, com o “specific goal of bringing democracy”, a democracia constituiu-se de bombardeios, destruição, terror, massacres, caos e catástrofes humanitárias. C’est la réalité des faits. E o certo é que, na história, como Oswald Spengler salientou, não há ideais, mas somente fatos, nem verdades, mas somente fatos, não há razão nem honestidade, nem equidade etc., mas somente fatos.

E os fatos, ao longo da história, sempre mostraram que os Estados Unidos e as grandes potências capitalistas jamais efetivamente entraram em guerra pela democracia e pela liberdade, para proteger civis ou direitos humanos, senão tão somente a fim de defender suas necessidades e interesses econômicos e geopolíticos, seus interesses imperiais. E palavras não mudam a realidade dos fatos" (MONIZ BANDEIRA, 2017, p. 517).

Aos amantes do livre mercado (sic), deixo um depoimento, abaixo:

"Dediquei trinta e três anos e quatro meses ao serviço ativo de nossa força militar mais ágil: a Infantaria de Marinha. Ascendi do posto de segundo-tenente até o posto de major-general. Durante todo este período dediquei a maior parte do meu tempo a servir aos interesses dos Grandes Negócios, à Wall Street e aos banqueiros. Em resumo, fui um pistoleiro às ordens do capitalismo...

Contribuí para converter o México e especialmente Tampico em um lugar seguro para os interesses petrolíferos dos norte-americanos em 1914. Ajudei o Haiti e Cuba a se tomarem um lugar seguro para os rapazez do National City Bank efetuarem suas cobranças... Ajudei também a Nicarágua a cumprir seus compromissos com a casa bancária internacional de Brown Brothers em 1919-1922. Em 1916, facilitei os interesses açucareiros norte-americanos na República Dominicana.

Contribuí para que Honduras seguisse uma política 'apropriada' para as companhias bananeiras norte-americanas em 1903. Em 1927, servi na China para que a Standard Oil seguisse seu caminho sem ser perturbada.

Durante todos estes anos desfrutei, como disseram os 'rapazes', de magníficas prebendas. Fui premiado com honrarias, medalhas e promoções. Olhando para trás, penso que até poderia ter dado alguns conselhos para Al Capone. Ele, no máximo, pôde operar seus negócios sujos em três distritos da cidade de Chicago; nós matinês operávamos em três continentes."

Major-general Smedley D. Butler, em revista norte-americana de 1935. Citado em Bruit, 1994, p. 57-58.



site: https://literatureseweb.wordpress.com/2020/09/04/livre-mercado-de-sangue-resumo-de-o-imperialismo-de-hector-bruit/
João Moreno 04/09/2020minha estante
Para o 'Dicionário de Conceitos Históricos', entre as páginas 217-221, Imperialismo pode ser definido como:

"Uma primeira questão na definição de imperialismo é seu caráter múltiplo: Não há um imperialismo, mas imperialismos. Cada um com suas práticas e estratégias de controle específicas, possuindo também diferentes definições. A ideia de império surgiu já na Antiguidade. Para Roma, império era a extensão do próprio Estado, construído com base na colonização. Mas a palavra ?imperialismo? apareceu apenas em 1870, sendo bastante utilizada entre 1890 e 1914, e servindo ainda hoje para designar práticas militares e culturais desenvolvidas por potências para exercer domínio sobre outros Estados, politicamente independentes.

As múltiplas definições de imperialismo podem ser buscadas em uma
historiografia tão vasta quanto heterogênea: de Lenin, que primeiro sistematizou o imperialismo como objeto das ciências sociais, até Edward Said, que no fim do século xx estudou o imperialismo na literatura ocidental. Desse amplo debate, o imperialismo se define como um período histórico específico, que abrange de 1875 a 1914, quando a Europa Ocidental passou a exercer intensa influência sobre o restante do mundo. O conceito designa também o conjunto de práticas e teorias que um centro metropolitano elabora para controlar um território distante.

O conjunto de práticas que constitui o imperialismo começou a ganhar coerência a partir do fim do século xix na Europa ocidental, com a concorrência entre as economias capitalistas, o abandono da política liberal, o nascimento dos oligopólios e a participação dos Estados na economia. Foi o momento do surgimento do Capitalismo monopolista, em que a livre concorrência entre diferentes empresas gerou concentração da produção nas mãos das mais bem-sucedidas, levando à formação de monopólio. Rapidamente, os bancos passaram a dominar o mercado financeiro, exportando capital, influenciando as decisões de seus Estados e impelindo-os para a busca de novos mercados.

Nascido, assim, da formação dos monopólios, o imperialismo promoveu
disputas por fontes de matérias-primas entre trustes e cartéis que, já tendo dominado o mercado interno em seus países de origem, precisavam se expandir para além de suas fronteiras, defrontando-se com cartéis e trustes de países concorrentes. Nesse Imperialismo momento, a classe detentora da produção capitalista passou a rejeitar as fronteiras nacionais como barreira à expansão econômica, transformando o crescimento econômico em expansão territorial.

O período entre 1870 e 1914 esteve, dessa forma, associado à expansão do
Capitalismo monopolista, à conquista política e militar de territórios e ao auge do imperialismo sobre o mundo, com a partilha da África. Quase todo o mundo, com exceção da Europa e da América, foi dividido em territórios dominados por potências como a Grã-Bretanha, a França e a Alemanha e, mais tarde, os eua e o Japão. Essa divisão respondeu à busca por novos mercados empreendida simultaneamente pelo capital monopolista de diferentes economias, que se confundiam com os próprios governos nacionais, gerando assim rivalidade entre as potências. O próprio status de potência estava associado à posse do maior número possível de territórios dominados e se tornou por si só razão política para a expansão. Porém, apesar de ter como pano de fundo a expansão mundial das relações capitalistas de produção, o imperialismo teve também raízes políticas e culturais, entre as quais se sobressaía a crença na superioridade cultural e racial dos europeus. Além disso, gerou diversos discursos cujo objetivo era o controle do proletariado nas próprias metrópoles. Um dos discursos de maior influência defendia que a migração do excedente populacional da metrópole para as colônias serviria como válvula de escape para países superpovoados, melhorando as condições dos trabalhadores metropolitanos e diminuindo a tensão social. Assim, a colonização de territórios conquistados geraria mais empregos e mais riqueza para a sociedade conquistadora. Esse discurso permitiu que a burguesia dominante ? a única classe a realmente lucrar com a colonização ? convencesse toda a sociedade metropolitana dos benefícios da expansão colonial. Esse processo, segundo Hannah Arendt, deu origem à transformação do imperialismo em nacionalismo (já que todas as classes se identificavam com os interesses do Estado-nação que, por sua vez, se identificava com os interesses do capital monopolista), e à posterior transformação do nacionalismo em fascismo. Assim, o imperialismo seria a origem do fascismo europeu pós-Primeira Guerra Mundial.

Também teorias racistas, como o darwinismo social, tiveram importante papel
na justificação da dominação imperialista, ao defenderem a superioridade dos povos brancos sobre os povos de cor. A ?raça branca?, que se atribuiu o status de raça superior, assumiu, a partir dessas teorias, a missão civilizadora de levar progresso, desenvolvimento e civilização àqueles povos que considerava incivilizados e racialmente inferiores.

Essas justificativas ideológicas tiveram a função principal de convencer as massas das metrópoles de seu papel civilizador no mundo, mas também atingiram as elites de regiões dominadas, sobretudo na América Latina, que por sua situação de território construído a partir da Europa tinha muito mais pontos em comum com os imperialistas Imperialismo do que o restante do mundo. Para entendermos a situação diferenciada da América Latina diante do imperialismo, precisamos retroceder para a própria constituição histórica desse território. Segundo Marc Ferro, de todas as independências do mundo, apenas as realizadas na América Latina não foram levadas a cabo pelos nativos, mas pelos próprios conquistadores. E como foram os descendentes desses conquistadores que dominaram os Estados nacionais latino-americanos no século xix, as afinidades com as ideologias europeias, inclusive imperialistas, não são assim de espantar.

Na América Latina, o imperialismo do fim dos séculos xix e xx foi principalmente financeiro e comercial, ou seja, em geral não houve dominação política, mas sim dependência econômica. Em sua primeira fase, esse imperialismo foi em especial inglês, sendo a Inglaterra a principal potência a emprestar dinheiro aos Estados americanos e controlar seus investimentos. Mas no século xx, esse imperialismo britânico foi gradativamente substituído pelo imperialismo norte-americano, bem mais intervencionista. O controle dos investimentos e dívidas dos Estados americanos passou então a ser feito pelos eua, que também realizavam invasões e intervenções militares diretas, sobretudo sobre o Caribe e a América Central. Tal domínio criou, além disso, durante o decorrer do século xx, um crescente imperialismo cultural norte-americano sobre a América Latina.

Já o imperialismo inglês, durante o final dos séculos xix e xx, tornou-se
intervencionista na África e na Ásia, dividindo essas regiões com outras Nações europeias, como a França e a Alemanha. Nesse caso, a dominação foi também política, com a transformação dos territórios e povos dominados em colônias.

Visto que o imperialismo também teve seu momento de colonialismo, qual a
diferença entre o imperialismo dos séculos xix e xx e a expansão colonial europeia dos séculos xvi e xvii? As diferenças estão nas ligações do imperialismo com o capital financeiro e no fato de a conquista política não ter sido sua única forma de expressão, podendo a dominação imperialista também se acomodar à independência política dos povos submetidos. O colonialismo da Idade Moderna, por sua vez, era nitidamente mercantil e baseado no controle total, político, cultural e social da região dominada.

Hoje, no início do século xxi, assistimos, em plena era da globalização, a uma
nova fase do imperialismo, visível na intervenção militar norte-americana sobre o Iraque. Nesse caso, tanto o termo imperialismo quanto colônia foram deixados de lado por terem se tornado sinônimos de dominação, e os dominadores falam agora em protetorado, termo que designa um país submetido a uma potência intervencionista que se define como democrática e pacífica e tem suas intenções de dominação disfarçadas sob um discurso de defesa dos direitos humanos e dos interesses internos da população submetida.

O imperialismo, dessa forma, está vivo e é um dos mais importantes aspectos das relações internacionais atuais. Mas é um tema de análise difícil, pois se trata da História do tempo presente, da qual nós, seus participantes, estamos incapacitados de ver o todo. Apesar disso, podemos fazer uma leitura crítica do tema, trabalhando com as notícias que todo dia nos bombardeiam, relacionando-as com o processo histórico que gerou o imperialismo. Dessa forma, conhecendo as causas e os fatores históricos que criaram esses cenários, o professor se capacita a destrinchar seus significados atuais, utilizando a mídia como fonte e analisando suas informações criticamente."




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