z..... 22/06/2021
A obra enfatiza a relação agressiva que a humanidade tem tido com a natureza, geradora de consequências desastrosas, instigando a importância de medidas sustentáveis.
Além do racionalismo ambiental, há destaque para as relações desarmônicas entre os povos.
Em linhas gerais, a Terra entra num superaquecimento global que inviabiliza a existência da vida, por conta das intervenções danosas do homem e, sobretudo, por um estranho desalinhamento da órbita terrestre, que gradativamente se aproxima do sol. Kristen é a capitã de nave da NASA que ruma desesperadamente pelo universo em busca de nova morada para os terrestres.
A proposta em si é interessante, mas até aqui.... Daí em diante a ficção é ruim, sem fundamentos minimamente lógicos, com os tripulantes em contato com civilização "mais desenvolvida" que mais parece a humanidade no estágio medieval, destituída de empatia fraterna e voltada apenas a seus interesses.
Tosqueira a "carraspana" que deram nos tripulantes, o desenrolar surreal em busca de uns tais criadores (selvagens também) e o final abrupto em que o narrador é na prática um "deus ex-machina" tentando trazer lucidez para desfecho tão nonsense.
A história se perdeu tanto que nem citaram mais qualquer coisa sobre o desalinhamento orbital.
Na real, encontraram povo que era faceta da própria humanidade e não precisava ir tão longe para aprender coisas que nosso passado, presente e futuro visceralmente alertam...
Não gostei! Deixa a desejar no que poderia ser legal.
Leitura em Macapá, contexto da pandemia...