Vidas Secas

Vidas Secas Graciliano Ramos




Resenhas - Vidas Secas


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Nahima.Bogado 22/05/2024

10/10
Eu não me canso de admirar a beleza e a singularidade da literatura brasileira.
Vidas Secas me encantou e entristeceu na mesma medida. Retrata a vida de uma família de retirantes que foge da pobreza e da vulnerabilidade que a seca traz.
Fabiano, Sinhá Vitória, menino mais velho, menino mais novo e a Baleia, personagens sem sobrenome, reforçam que a miséria, a fome, a sede, a opressão e a exploração tiram a identidade, a humanidade e a esperança das pessoas.
“Você é um bicho, Fabiano. Isto para ele era motivo de orgulho. Sim senhor, um bicho, capaz de vencer dificuldades.” Dói saber que não é só uma Estória, mas uma História e que ainda hoje pode ser a realidade de alguém. Todos os louros ditos sobre esta obra de Graciliano Ramos são merecidos. Sua escrita é bela, profunda e reflexiva. Vidas Secas é um livro pra ler hoje e refletir uma vida inteira.
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Nicole764 22/05/2024

Acho que jamais esquecerei do momento que estava lendo essa obra. Enquanto no livro se narra a seca, a falta de água e chuva, estamos em meu estado sofrendo a maior enchente da história, momentos em que eu fique receosa, alerta e ansiosa, com medo de ter que evacuar minha residência em face desse desastre climático. A leitura já havia sido iniciada antes de acontecer as enchentes e no meio do caos, eu estava lendo o oposto do que ocorreu aqui.

Enfim, sobre a obra, todos sabemos sobre a Baleia e no momento da descrição, eu pensei: ah, pensei que seria pior... só que meu Deus, foi pior, foi muito pior do que tudo que imaginei, foi doloroso demais para mim. :(

É um livro de fácil leitura que narra a história de uma família nordestina que está a fugir da seca, em busca de água e comida. No início eles já estão a perambular, mas depois de um tempo, a seca para e eles encontram uma fazenda para se instalar, porém pensaram de forma erronea que ela não tinha proprietário. De qualquer forma, ao aparecer o proprietário, o Fabiano (narrador), é contratado e a família passa a viver ali.
Porém, após algum tempo, o seca torna-se um problema novamente e ele acaba, ao fim, como no início. É triste os trechos em que Fabiano menciona que Sinha Vitória, sua esposa, sempre quis dormir em uma cama macia e no fim, ele entende que a possibilidade de esse desejo se realizar é quase impossível.

É uma grande obra, curta e que vale muito o tempo despendido, ainda mais para trazermos como reflexão: a falta de água afeta todos igualmente? Sabemos que não... mas qual o motivo?
Regis 22/05/2024minha estante
Realmente são duas situações contrarias que causam danos traumáticos, tanto o livro retratando a seca quanto a situação das chuvas no seu estado. Espero que tudo isso passe logo e que as pessoas possam reconstruir.

Tive a mesma sensação que teve com a pobre da Baleia, Nicole, foi doloroso demais.


Nicole764 22/05/2024minha estante
Vai e já está passando, tenho muita esperança na reeconstrução.

Muito pesado né? Eu fico muito mal quando animais morrem :( ainda mais da forma que ocorreu com a Baleia e tão detalhada como foi a cena




Lulucarneiro 22/05/2024

Entediante
Livro necessário porém entediante. Não é meu tipo favorito de leitura aaajshsjsnsnshahshshssshsdddddgd
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Nahima.Bogado 22/05/2024minha estante
Excelente percepção do livro, gostei.




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Amanda3913 21/05/2024

Vontade de ler mais
O texto de Vidas Secas é direto, seco e ao mesmo tempo aflora sentimentos de desassossego, raiva, angústia e esperança.

Acompanhamos Fabiano, Sinhá Vitória, sua esposa, seus dois filhos e a cachorra Baleia.

Cada parte do livro acompanha o olhar de um dos personagens. Todos secos, muitas vezes sem conseguir externar o que sentem e com desejos simples.

Sinhá Vitória sonha com uma cama de couro. A sua, de esteira, lhe dá dor nas costas.
O filho mais novo quer ser igual ao pai. O pai quer apenas o que é fruto de seu trabalho. O filho mais velho quer saber, aprender e o bem de Baleia. A Baleia quer um mundo onde a sua família não tenha escassez.

Fiquei com vontade de ler outras obras de Graciliano Ramos.
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Gabriele 20/05/2024

Esse livro é sobre gente
Tudo indicava que aquela família era menos gente que as outras. O autor nos faz refletir através de uma escrita seca, mas para mim, nada objetiva, sobre o que é ser humano. Apesar das autoridades, materializadas de diversas formas no livro, tanto no soldado amarelo quanto nos impostos, insistirem em reafirmar a falta de "civilidade" naquela família, eles tinham problemas de gente: as infelicidades, angústias, a esperança no amanhã. O que nos resta para além do ser civil obediente?

Um personagem que me intrigou muito foi Fabiano. No começo achei ele esquisito e violento, mas ao longo da sua trajetória fui reparando o quanto me pareço com ele. Acho que seu desejo de se defender com palavras eloquentes como Sinha Tirta, ser sabido como Seu Tomás da bolandeira, se assemelha com os nossos quando encontramos nos outros mais dignidade do que em nós mesmos.
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Eduardo 20/05/2024

Dolorido.
Havia lido há muito tempo atrás e resolvi reler em conjunto com um amigo. Foi complicado reviver essas emoções e todo o sofrimento que o livro causa, estava passando por um momento frágil mentalmente e tudo me atingiu de maneira amplificada.

Esse livro é marco na literatura brasileira e muda sua perspectiva sobre algumas coisas básicas da humanidade, sobre os privilégios que alguns de nós temos, tudo isso de maneira dolorosa.
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Gleidson 20/05/2024

Todo mundo é um pouco Baleia
As palavras de Graciliano Ramos me fizeram sentir toda a aspereza dessa história, a secura de vida e a poeira que se assenta sobre a pele, cria uma casca rígida e permanente e aos poucos aterra os personagens. Vai se perdendo o serviço, peso, sonhos, palavras e só a volta da chuva pode fazer a vida florescer. No fim, gente e bicho se confundem. Ambos têm medo de terem os olhos arrancados e serem comidos vivos pelos urubus. Pestes! Mas se a morte é um destino que não se pode evitar, só resta dormir, e então "acordaria feliz, num mundo cheio de preás".
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JAlia372 20/05/2024

Uma bosta. Pra mim o autor acordou num dia e pensou "vou escrever um livro. Escreveu qualquer coisa, misturou o presente da história com o passado sem explicar nada e publicou, nem revisou.
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Renata.Crema 20/05/2024

A história mostra a extensão dos efeitos relacionados ao processo de exploração do capitalismo colonial e do trabalho alienado.

A narrativa é atemporal, e não se encerra naquele contexto histórico e social, porque a desgraça vivida por Fabiano se repete até hoje.
Essa miséria é, primeiramente, uma consequência da natureza humana, do bicho homem que maltrata, exclui, engana e subjuga, e se mantém por interesse de quem os explora, que é quem os priva do acesso à educacao e à cultura.
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ncamilafreitas 19/05/2024

Uma leitura triste, densa e necessária.

pegar esse livro por livre e expontânea vontade, sem ser por motivos institucionais, me fez entender o quão importante ele é e o motivo pelo qual ele é tão indicado nos âmbitos educacionais.

li ele enquanto escutava também o audiobook na audible e em alguns momentos tinha que voltar e reler algumas partes porque me sentia confusa, mas no fim tudo estava esclarecido.

é uma leitura bem forte, seca e é triste - muito triste.
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carlos 19/05/2024

Tristeza crua e seca
Tô lendo esse ano mas já havia ouvido falar tanto dele que não poderia mais fugir.
O livro é curto mas não um livro simples, muitos dos capítulos são fortes e tristes exemplificando o sofrimentos dos sertanejos de tantas regiões do Nordeste, além disso, o livro tem uma linguagem bem característica dos sertanejos da época então tive um pouco de dificuldade para compreender algumas partes mas isso trouxe uma nova bagagem linguística para mim, coisa que gosto muito.
Achei um livro, forte, pesado mas senti falta de um pouco mais de alguns personagens mas com certeza entendo a grandiosidade dessa obra para a literatura do nosso país, por fim, digo aqui o quanto amo a Baleia e que queria que ela não tivesse sofrido tanto!
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cami 19/05/2024

Inferno, inferno?
?Como podiam os homens guardar tantas palavras? Era impossível, ninguém conservaria tão grande soma de conhecimentos.?

A conversa hoje é sobre um dos maiores clássicos nacionais!

Em ?Vidas Secas?, Graciliano Ramos retrata a vida de forma dolorosa, real e humana, e transforma a complexidade em poesia.

O autor traz uma escrita única e uma forma de ver o mundo muito clara, abordando sobre abuso de poder, desigualdade social, relações humanas de forma mais primitiva, e sobretudo a esperança em sua forma mais singela.

Durante a leitura é possível sentir a seca, o sol ardendo, a necessidade de água, a impossibilidade de vislumbrar um futuro diferente mas a vontade de viver, o desespero, as descobertas e a injustiça.

A aproximação mais íntima com os pensamentos confusos dos personagens traz a sensação de desordem e isso foi simplesmente genial, já que eles sentem dificuldade até mesmo de pensar de forma lógica e acaba fazendo total sentido com a proposta do livro.

O fato de seus familiares não terem direito nem de um nome é outro ponto importante e retrata de forma crua a desumanização da sociedade em relação à realidade presente na história.

Em específico o capítulo sobre a cachorrinha Baleia foi o que mais me emocionou e gerou identificação, ela é afeto, companheirismo, vigia, fome e dor, e lidar com isso foi triste, principalmente por ela ser um dos pontos altos da narrativa.

?Vidas Secas?, nesta edição da Principis, traz uma diagramação impecável e uma ilustração de capa lindíssima, com certeza uma das minhas favoritas!

Não deixe que o receio da escrita regionalista te impeça de ler essa arte, se deixe levar pelas reflexões propostas pelo autor e se permita voltar para 1938, para perceber que algumas dessas coisas (infelizmente) nos pertence até hoje.

4,5 ??
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