Resenhas - Vidas Secas

Maria 30/04/2024

Resenha
Graciliano Ramos retrata em sua obra a dura realidade vivenciada por uma família sertaneja que foge da míseria e escassez em busca de melhores condições de vida.

Maria Fernanda Noiman 30/04/2024

Cheguei no final e parecia que eu tava no começo
Livro chato, quanto mais eu lia mais sono me dava. Esse foi o tipo de leitura que não me marcou em nada, no momento que terminei parecia que nem tinha começado kkkkk. Não sei se conseguir entender a proposta do Graciliano, cheguei no final e parecia que estava no começo.

Rute31 30/04/2024

Vidas Secas é um livro que sempre me despertou interesse, mas era um daqueles que eu vinha adiando. Esse ano eu pensei: chega, vou ler essa história. Já tinha lido Memórias do Cárcere, vários anos atrás, e sabia que gostava da prosa de Graciliano. Mas o que encontrei nesse livro foi uma pancada.

O livro é dividido em 13 capítulos, numa narrativa que apesar de linear não é sempre sucessiva (às vezes a distância entre um capítulo e outro são anos, e isso é sinalizado de forma muito breve).

Fabiano, Sinhá Vitória, os Meninos, Baleia. Esses são os retirantes. Por meio deles, conhecemos ainda seu Tomás da bolandeira, figura morta que representa o saber; o patrão, o soldado amarelo (representantes metafóricos do capital e do Estado). Nessa intrincada teia, Graciliano movimenta seus personagens com brutalidade e cautela, alternando a força no tear.

Sinhá Vitória quer uma cama, é seu desejo mais simples. Fabiano quer um pouco de terra, animais para cuidar. Os meninos querem saber o mundo. E Baleia queria dormir.

Não esperava uma leitura tão absurdamente comovente, embora Vidas Secas tenha acompanhado todo estudante que, como eu, devorava os livros de Português assim que os recebia. Aqueles trechos e recortes que levavam a questões me davam o tom da história, mas de modo algum me prepararam para amar Baleia, sentir pena dos meninos, me zangar com Fabiano, querer segurar as mãos de sinhá Vitória.

Vidas Secas é sobre teimosia. É sobre a insistência da vida.

Daianex 30/04/2024

Graciliano ramos é realmente muito bom.
Por alguma razão a estrutura da escrita das histórias dele sempre me lembrar a narrativa do Dostoievski, portanto foi muito fácil me prender.

Vidas secas em específico é um ótimo livro pra ver uma expressão das relações de opressão dadas na sociedade, pra mim foi esse o ponto central da história. Infelizmente muita gente vê essa leitura como uma tentativa de retrato da realidade nordestina, coisa que não consigo enxergar.

Maria 30/04/2024

O sofrimento dos personagens é muito bem retratado durante todo o livro, o livro em si parecia estar sofrendo junto com os personagens de uma forma que nem consigo explicar.

Acho que a comunicação entre Sinhá Vitoria e Fabiano foi o que mais me tocou, o entendimento entre eles parecia puramente primitivo e ao mesmo tempo intenso. Ótima obra, fiquei interessada nos outros livros do autor.

Marlonbsan 30/04/2024

Vidas Secas
A seca é cruel, assim como a vida de quem vive por lá, as famílias retirantes buscam algo melhor, mas continuam enfrentando as mazelas não importa onde estão.

O livro é narrado em terceira pessoa, a linguagem não é simples e possui pouca fluidez.

A história mostra a vida sofrida e com pouca perspectiva que muitas pessoas tiveram e ainda tem nas regiões menos favorecidas pelo clima. Além dos sacrifícios que precisam ser colocados em prova para sobreviver.

Porém, o formato em que é contado não me agrada muito, já que não possui uma linearidade tão evidente entre os capítulos ou uma progressão mais gradual entre os acontecimentos. Parece mais histórias soltas ou um compilado de contos que formaram o livro. Ainda há umas repetições que, no geral, me incomodam.

Quanto aos personagens, são interessantes, possuem suas características e peculiaridades, a interação entre eles ajuda a aprofundar sobre os temas debatidos. Mas ao mesmo tempo, não consegui criar conexão com eles. O mais próximo que consegui foi com Baleia.

Mas o mais importante dessa leitura, são as reflexões sobre tudo o que ocorre, a desigualdade social é escancarada, assim como a exploração da mão de obra. E ver as nuances de como um trabalhar para sobreviver e, mesmo assim, ainda não ter o mínimo suficiente.

Gabriel1994 29/04/2024

ME BATA QUE EU VIRO UM REVOLUCIONÁRIO ?????
Bem, vamos falar da escrita de Graciliano Ramos? e como suas críticas "óbvias" as questões sociais são pertinentes e certeiras. Acompanhar a história de Fabiano e sua família é algo que vai te comover e te fazer pensar sobre essas pautas, ais quais o autor quis repassar em sua obra, como a mentalidade, dificuldade e escolhas dos personagens, é algo muito complexo e repassado por uma escrita simples, com características linguística da região nordestina, e a ambientação do sertão nordestino em que o livro é ambientado. Ademais, a forma como os personagens são desumanizados para poder sobreviver as situações do dia a dia em que presenciam, é algo q te faz refletir sobre muitas questões sociais e humanas , ironicamente o personagem mais humanizado do romance, é um animal, a cachorra baleia, que é um membro importante para a história e sem dúvidas um dos mais bem escritos da obra . É uma leitura obrigatória e linda que transcende o tempo.

sntsisa 29/04/2024

?Ele, sinha Vitória, os dois filhos e a cachorra Baleia estavam agarrados à terra.?
?
De uma linguagem simples e avassaladora, ?Vidas Secas? é uma das obras mais brasileiras que já li.
Acompanhamos aqui Fabiano e sua mulher, sinha Vitória, os dois filhos e a cachorra Baleia. A seca é uma constante ameaça para essa família, que fala tão pouco, ao mesmo tempo cada um guarda uma vida interna tumultuada de pensamentos, reflexões, existencialismos?
Graciliano Ramos nos oferece essa história crua, humana e ambígua entre o ser-poder, o bem e o mal, a esperança e a desistência. Entretanto, mesmo com o medo da seca, do patrão, das perdas e do soldado amarelo em nosso encalço, a sensibilidade e a humildade ainda nos oferece uma possibilidade de existência? apesar de.

Luiz Paulo 28/04/2024

Dor e esperança
O sobreviver árduo e seco. Vidas invisíveis cheias de dor e esperança de tranquilidade e estabilidade. Castigados pelo tempo, topografia, injustiça de classes.
Os filhos sem nome, dois. Sem nomes.

Entre1 28/04/2024

Vidas Secas
Chocado com a escrita do Graciliano e de como o livro é certeiro em suas críticas sociais, bem ponderados.

Mayara819 28/04/2024

Que livrão, acompanhar a luta diária de Fabiano e sua família foi uma experiência única. Todos deveriam ter o prazer de ler essa obra prima!

maracujaaa 28/04/2024

Bom
é bom, mas sla, acho que é uma leitura que você não pode ir com muita expectativa, tipo tem partes muito marcantes, recomendo ler só ele e focar nele para a história fluir.

Beatriz 28/04/2024

Uma Jornada pelas Vidas Secas do Sertão Brasileiro
"Vidas Secas", obra-prima de Graciliano Ramos, nos leva a uma jornada intensa pelo árido e desolado sertão brasileiro, onde acompanhamos a trajetória de uma família de retirantes em busca de sobrevivência e dignidade. O autor retrata de forma profunda e sensível a dura realidade enfrentada por Fabiano, Sinha Vitória, seus dois filhos e a cachorra Baleia, personagens que representam a luta incessante contra a seca, a fome e a opressão social.

Ramos utiliza uma linguagem precisa e despojada, característica marcante de sua escrita, para explorar as angústias, os sonhos e as frustrações dessa família marginalizada. Através de uma narrativa envolvente, somos confrontados com as adversidades enfrentadas pelos personagens, que lutam para manter sua humanidade em um ambiente hostil e desumano.

Ao longo da obra, somos levados a refletir sobre questões sociais, econômicas e políticas que ainda permeiam a realidade brasileira, tornando "Vidas Secas" não apenas uma obra literária atemporal, mas também um retrato contundente da desigualdade e da injustiça social.

Graciliano Ramos nos presenteia com uma obra que transcende as barreiras do tempo, tocando profundamente o leitor e deixando uma marca indelével em nossa consciência. "Vidas Secas" é um livro que merece ser lido e apreciado por todos aqueles que buscam compreender a complexidade e a beleza da alma humana, mesmo nos lugares mais áridos e desolados.

Isis 27/04/2024

Uau!
Não consigo expressar meus sentimentos ao ler esse livro. Que coisa linda, triste e realista!! A partir desse livro pretendo ler mais literatura brasileira.

SamuelSan 27/04/2024

É uma obra que transcende o tempo, que nos leva a mergulhar nas paisagens áridas do sertão nordestino e nas vidas marcadas pela seca e pela pobreza extrema.

Vou dar ênfase à cadela Baleia, que é a personificação da lealdade e da esperança em meio ao desespero. Ela acompanha a família de Fabiano em sua luta diária pela sobrevivência, tornando-se um elo emocional vital entre eles e o ambiente hostil que os cerca.

Graciliano Ramos, com sua prosa magistral, dá voz não apenas aos seres humanos, mas também aos animais, mostrando-nos que todas as formas de vida compartilham a mesma luta pela dignidade e pela sobrevivência.