spoiler visualizarLarissa Vascore 06/07/2021
Aru Shah e o Fim dos Tempos - Roshani Chokshi
No momento em que vi Aru Shah e o Fim dos Tempos, me apaixonei pela capa e soube que eu precisava ler esse livro. Bem, eu não lia nada sobre mitologia hindu desde a Saga do Tigre e o selo Rick Riordan só me deixou mais animada.
Aru é uma garota de doze anos que mora no Museu Arqueológico de Arte e Cultura Indiana com sua mãe, mas inventa várias histórias diferentes para os colegas da escola de elite que frequenta.
Um dia três de seus colegas aparecem no museu tentando desmascará-la, num ímpeto de desespero Aru acende a lâmpada amaldiçoada tentando provar que estava falando a verdade. No entanto, o que ela não podia prever era que a lâmpada realmente era amaldiçoada e que ao acendê-la ela libertaria o poderoso demônio Sono, cujo objetivo é despertar o deus da destruição. Então Aru deve partir numa jornada para detê-lo e salvar sua mãe e seus amigos que ficaram congelados no tempo, tudo isso em apenas nove dias.
Para essa jornada ela contará com a ajuda de Buu, uma divindade na forma de pombo que será seu guia, e Mini, sua irmã Pândava que por acaso é um tanto quanto neurótica no que toca a doenças.
Apesar de eu ter ficado um pouco perdida no meio de tantos termos hindus, o livro me proporcionou boas risadas e fiquei com curiosidade para saber o que aconteceria em seguida. Entretanto, algumas partes achei bem forçadas. Como a primeira vez em que a Aru chamou a Mini de irmã, gente, elas tinham acabado de se conhecer, como já teriam um laço afetivo forte a esse ponto? Não sei você, mas eu esperaria no mínimo alguns meses antes de chamar alguém assim. Já na segunda vez em que a Aru chama Mini de irmã me pareceu mais autêntico, até porque elas já tinham passado por muitas coisas juntas, porém a impressão que tive foi que a Roshani Chokshi esqueceu que era a segunda vez que isto acontecia e agiu como se fosse a primeira.
Outra coisa que achei meio forçado foi quando o Buu teve uma súbita mudança de atitude para com as meninas perante Sono, ele disse que era uma honra ajudá-las, quando até então só reclamava da desgraça que era ter garotas como Pândavas e como elas eram ingratas.
Uma coisa que me chateou foi que mesmo após toda a batalha com Sono, a mãe da Aru continuou sem conversar com ela sobre o passado delas. Acredito que a Aru deva saber sobre isso por ser parte da história dela e também como preparação para o que está por vir. Apesar de que acho que a Aru se sairá bem mesmo sem ter todas as informações, foi uma sensação de orgulho ver ela crescendo diante dos colegas, não mais procurando a aprovação deles.
Mesmo com tantos pontos que não gostei, ainda acho que é uma leitura válida para passar o tempo, e sim, eu irei ler o próximo livro da saga. Apesar de não entender tanto assim sobre mitologia hindu e achar as palavras muito difíceis, não estou pronta para deixar Aru sozinha em sua aventura.
site: https://larissavascore.blogspot.com/2021/07/resenha-aru-shah-e-o-fim-dos-tempos.html