Vivik Oliveira 11/09/2018Romântico e realami não foi uma jovem comum, nunca sonhou em ir a faculdade ou ter uma residência fixa, ela queria viajar o mundo, ver e conhecer todas as suas maravilhas. Aos 18 anos ela partiu em sua primeira viagem e logo descobriu que o mar era uma de suas paixões. Se você levar em consideração que era a década de 80 vai entender porque a história da Tami é tão surpreendente.
Tami aprendeu a navegar em barcos grandes e pequenos, aprendeu a manusear instrumentos tecnológicos e instrumentos antigos. Aos 24 anos ela era uma navegadora e tinha um próspero negócio de envernizar madeira, sempre atenta a trabalhos para navegar.
Richard era oficial da marinha, mas nunca se sentiu realizado profissionalmente, contrariando a vontade de seu pai ele deixa o cargo para trabalhar em uma empresa. Mesmo sendo bem sucedido ele ainda não está satisfeito, só encontra sua verdadeira vontade de viver no mar. Ele constrói o próprio iate, o Mayaluga e parte pelos mares para conhecer o mundo.
Tami e Richard se conhecem no Taiti, a identificação é imediata, o relacionamento inevitável, eles parecem almas gêmeas unidas pelo mar. Quando aparece uma proposta de trabalhar para entregar um navio em San Diego eles embarcam para um trajeto de trista dias no mar. A viagem era uma promessa de romantismo com um excelente pagamento no final.
Tudo seria perfeito. Mas a vida nunca foi e nunca será perfeita.
Richard e Tami são surpreendidos por uma tempestade em alto mar e a morte irá rondar através do furacão Raymond.
Eu não sabia muito bem o que esperar dessa leitura. Gosto muito sobre relatos baseados em fatos reais e por isso embarquei nessa jornada com Tami. Foram dois dias de intensa leitura, ela começou doce como o sabor dos novos amores, mas logo a fúria de Raymond apareceu e eu não imaginava o que estava por vir.
Pelos narrativa de Tami nós conhecemos Richard e como podem imaginar é fácil se apaixonar, ele é bem humorado, descontraído e traz em si a bagagem de uma vida moldada a duras decisões, Richard é mais velho que Tami e fica nítido como sua maturidade é determinante na relação.
Temos muitos flashbacks de memórias do casal e sentimos como esse amor é verdadeiro.
Tami também narra com riqueza de detalhes tudo que foi necessário fazer no iate após o furacão. Ele fica sem vela, sem motor, completamente a deriva, sem nenhum pedaço de terra próximo. Sem a tecnologia tami precisa recorrer ao sextante e carta de navegação, instrumentos rústicos, difíceis de usar e sem nenhuma garantia de estarem corretos.
É profundamente angustiante. Mas também muito inspirador.
É uma história sobre a força do amor verdadeiro.
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