Joseph Fouché

Joseph Fouché Stefan Zweig
Stefan Zweig




Resenhas - Joseph Fouche


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Filipe 09/12/2021

Mais uma vez, Stefan Zweig se prova não apenas um ótimo escritor, mas um extraordinário biógrafo.

É admirável o conteúdo especulativo que o autor insere na obra, pois mostra o quanto ele se debruçou sob o personagem para entendê-lo.

Fouché é uma figura fascinante, uma professor não só de política, mas também de relacionamentos e persistência.
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Rick Muniz 19/12/2018

Fantástico!
Stefan Zweig realiza na obra “Joseph Fouché” um excelente ensaio psicológico daquele que é tido com um dos mais habilidosos políticos da Era da Revolução Francesa.
O que me chamou a atenção nesse livro, além da descrição psicologia de Joseph Fouché, foi o detalhamento da Revolução Francesa, sim, aquela de 1789, cujos reflexos ainda se fazem notar no mundo atual...
A Revolução Francesa tratada aqui não é aquela idealizada nos livros de história, mas sim a verdadeira Revolução, mostrando os personagens históricos de forma mais impessoal possível, sem as cores vivas da imaginação...
Temos aqui um Napoleão Bonaparte tirânico, ambicioso e ‘cruel’. Um Robespierre sonhador e intransigente...e por fim (mas não menos importante) um Joseph Fouché, que soube como manipular como ninguém os acontecimentos históricos.
Joseph Fouché pode ser considerado como um modelo para muitos políticos, pois a única bandeira por ele levantada não são os altos ideais e sim a necessidade constante de pertencer ao “time que está ganhando”.
Essa habilidade política de saber o tempo certo é quase instintiva em Fouché, talvez por isso a sua maestria em direcionar a política francesa durante tanto tempo...
Dizem que esse livro era um dos favoritos de Fidel Castro, eu acredito que realmente ele tem muito a dizer sobre a história e principalmente sobre os homens que comandam a política. Certamente um ensaio sobre a natureza humana na sua forma política pura...

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Ângelo Von Clemente 07/02/2016

Alma de novelista, pretensão de historiador; Um dos pouco êxitos de Zweig
Talhado para trabalhar somente com personagens infames, Zweig encontra nessa presente obra a sua consagração como o suposto ''historiador'' que a posteridade lhe destinou. Com uma narrativa pouco objetiva, dispersa, e revelando sua astúcia mais para a composição de novelas que de trabalhos acadêmicos e biográficos, o autor parece em diversas ocasiões esquecer-se de ambas as coisas e terminar por confundi-las. Em Joseph Fouché sua pseudo-erudição chega ao ponto de envolver o leitor com uma universalidade incontestável. Ele é bem agraciado em sua narrativa descritiva, sabe exemplificar e enfrentar pequenos contratempos, mas sem conseguir se redimir do seu crime de completa parcialidade analítica. Seu objetivo é conduzi-lo ao mesmo raciocínio que ele, independentemente de qualquer coisa. Sua facilidade de dissimulação é bem evidente se pararmos para refletir acerca da conveniência que rege sua ideologia pessoal. Ele se auto-intitula como opositor da vertente histórica que tende a estigmatizar os indivíduos de forma equivoca, mas sua hipocrisia pessoal não lhe permite enxergar que ele faz absolutamente a mesma coisa, principalmente em sua biografia de ''Maria Antonieta'', na qual ele pinta, com tons pouco lisonjeiros, por pura conveniência, uma caricatura grotesca e repulsiva da figura histórica de Louis XVI.

Em Joseph Fouché, Zweig teve maior felicidade em retratar o contexto proposto, suas personagens e posições politicas instáveis, a trajetória de um genocida dissimulado que o autor faz com que criemos até mesmo um pouco de empatia, ele teve grande felicidade em todos esses quesitos, principalmente pelo exito de conseguir a universalidade, no caso de transmitir compreensão e clareza extrema ao leitor. Aconselho a leitura, embora tenha de seu autor uma opinião pouco favorável, digo que é uma obra que lhe envolve desde as primeiras paginas.
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Léo Araújo 23/07/2010

A política descrita da melhor forma
Antes de falar do livro é preciso falar sobre Stefan Zweig. Nasceu em 1881 em Viena e morreu no Brasil em 1942. Judeu, humanista, pacifista e crítico do nazi-fascismo, ele escreveu as biografias de Dostoiévski, Dickens, Balzac, Nietzsche, Tolstói e Stendhal. Anos mais tarde lançou as biografias de Maria Antonieta, Fouché, Rilke e Romain Rolland. E é exatamente sobre a biografia de Joseph Fouché que me foco.

O estilo do autor demonstra a forma clara de passar as informações necessárias: narrado como um filme, é possível entender o período inicial da Revolução Francesa, a ascensão e queda de Napoleão e as nuances através da visão deste político que sobreviveu a várias condenações de morte. É livro histórico.

O autor ainda cita a possibilidade de Fouché ter escrito o primeiro manifesto comunista, o que a história tratou de deixar de lado, dando os créditos a Marx.

O livro é fantástico: é emoção do início ao fim, já que Fouché é um político que sempre está do lado dele, dos vencedores, não importando o que seja necessário ser feito para que isso aconteça. Apesar de ser biográfico, lembra um romance.

Entenda o que este político fez e como sobreviveu as condenações de morte. Aprenda com ele como ser político, audaz, sem escrúpulos, ambicioso, manipulador, sem moral alguma e como controlar as emoções em momentos críticos.

Recomendadíssimo.
Graice Magalhães 23/04/2014minha estante
Comprei há 1 ano mas ainda não havia iniciado a leitura; lendo agora seu comentário, começo hoje!!!


Léo Araújo 23/04/2014minha estante
Graice, fico feliz que eu a tenha animado.

Acredite, o livro é muito bom! Boa leitura.


Julia.Azevedo 12/08/2018minha estante
Excelente resenha! Resume muito bem os sentimentos ao ler o livro. Parabens




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