Joseph Fouché

Joseph Fouché Stefan Zweig
Stefan Zweig




Resenhas - Joseph Fouche


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Léo Araújo 23/07/2010

A política descrita da melhor forma
Antes de falar do livro é preciso falar sobre Stefan Zweig. Nasceu em 1881 em Viena e morreu no Brasil em 1942. Judeu, humanista, pacifista e crítico do nazi-fascismo, ele escreveu as biografias de Dostoiévski, Dickens, Balzac, Nietzsche, Tolstói e Stendhal. Anos mais tarde lançou as biografias de Maria Antonieta, Fouché, Rilke e Romain Rolland. E é exatamente sobre a biografia de Joseph Fouché que me foco.

O estilo do autor demonstra a forma clara de passar as informações necessárias: narrado como um filme, é possível entender o período inicial da Revolução Francesa, a ascensão e queda de Napoleão e as nuances através da visão deste político que sobreviveu a várias condenações de morte. É livro histórico.

O autor ainda cita a possibilidade de Fouché ter escrito o primeiro manifesto comunista, o que a história tratou de deixar de lado, dando os créditos a Marx.

O livro é fantástico: é emoção do início ao fim, já que Fouché é um político que sempre está do lado dele, dos vencedores, não importando o que seja necessário ser feito para que isso aconteça. Apesar de ser biográfico, lembra um romance.

Entenda o que este político fez e como sobreviveu as condenações de morte. Aprenda com ele como ser político, audaz, sem escrúpulos, ambicioso, manipulador, sem moral alguma e como controlar as emoções em momentos críticos.

Recomendadíssimo.
Graice Magalhães 23/04/2014minha estante
Comprei há 1 ano mas ainda não havia iniciado a leitura; lendo agora seu comentário, começo hoje!!!


Léo Araújo 23/04/2014minha estante
Graice, fico feliz que eu a tenha animado.

Acredite, o livro é muito bom! Boa leitura.


Julia.Azevedo 12/08/2018minha estante
Excelente resenha! Resume muito bem os sentimentos ao ler o livro. Parabens




Luana:) 18/03/2024

Primeira biografia escrita por Zweig que leio e depois dessa fiquei com vontade de ler as outras.
Joseph Fouché foi um homem que mesmo trndo nascido em uma família simples, conseguiu; através de muitas estratégias, traições e oportunidades; se tornar um dos homens mais importantes da França.
Com esse livro da para perceber o quanto o autor parece indignado, mas ao mesmo tempo admirado pelas decisões que Fouché tomou para se destacar e se tornar cada vez mais poderoso.
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EduardoCDias 05/03/2024

Figura quase desconhecida
Surpreendente biografia sobre uma personalidade pouco conhecida. Zweig manobra com maestria a vida dessa figura execrável e tão importante na história da França. Delícia de leitura cativante!
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Thais 14/03/2024

Se não fosse pela Tati Feltrin e Victor Hugo em Os Miseráveis, certamente nunca teria lido a respeito de Fouché.
Quem foi este homem e como sua inteligência e perspicácia fizeram dele um dos políticos mais poderosos da Revolução Francesa, deixando até mesmo Napoleão admirado.
Incrível biografia narrada por Zweig, onde a cada página você vai querer descobrir mais um pouco sobre este homem genial e maquiavélico.
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Léia Viana 20/03/2024

Clube Biblioteca Tatiana Feltrin - Livro de Março
"...a pena de todos os historiadores franceses, sejam monarquistas, republicanos ou bonapartistas, enche-se de fel quando escreve seu nome. Traidor nato, intrigante miserável, réptil escorregadio, desertor profissional, alma mesquinha de policial, amoralista deplorável, não lhe poupam nenhum insulto..."

Joseph Fouché, um desconhecido para mim, se não fosse ler a respeito em
uma nota na obra "Os Miseráveis ", de Victor Hugo, foi um político e um ser humano da pior espécie e Zweig destrincha, o que era (e o que ainda é), fazer política e ser um político, o quão cruel foi a Revolução Francesa, a ascensão e queda de Napoleão, e deixa claro que foi bem possível que Fouché tenha escrito o primeiro manifesto comunista.

Fouché, para mim, não tinha coração e nem alma, o que ele tinha era ganância e sede de poder, revestido de frieza e muita esperteza. Entretanto, como pode alguém assim ser capaz de amar e ser fiel a sua única esposa?

A escrita de Stefan Zweig é linda, uma delícia de ler. É o primeiro livro que leio dele e gostei muito do estilo.
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Mariana Rodrigues 31/03/2024

Joseph Fouché
Maquiavel da era moderna, político foi considerado por Balzac um dos personagens mais interessantes da história da França Com imbatível talento narrativo, Stefan Zweig oferece um perfil psicológico do homem político, investigando essa carreira construída atrás do palco principal e buscando descobrir o segredo de sua força. Capaz de abraçar qualquer ideologia e aceitar qualquer cargo, amoral, urdidor, que traiu a Igreja e todas as instituições da Revolução Francesa, que derrubou, entre outros, Robespierre, Lafayette e até Napoleão. Fouché só não traiu a viciosa e insaciável sede de poder que o colocou no papel do mais abjeto governante da era moderna. Um único partido mereceu sua lealdade até o fim da vida: o mais forte, o da maioria. Durante o combate, Fouché não definia posição; no final do combate, alinhava-se ao vencedor. Os girondinos caíram, ele ficou; os jacobinos foram expulsos, ele ficou; o Diretório, o Consulado, o Império, o Reinado e outro Império desabaram, e Fouché ficou - sempre disposto a abrir mão de qualquer caráter ou convicção. Complementa essa edição um afiado posfácio de Alberto Dines, maior especialista em Zweig, que contextualiza o livro e aponta perigosas semelhanças com a atualidade.
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Ângelo Von Clemente 07/02/2016

Alma de novelista, pretensão de historiador; Um dos pouco êxitos de Zweig
Talhado para trabalhar somente com personagens infames, Zweig encontra nessa presente obra a sua consagração como o suposto ''historiador'' que a posteridade lhe destinou. Com uma narrativa pouco objetiva, dispersa, e revelando sua astúcia mais para a composição de novelas que de trabalhos acadêmicos e biográficos, o autor parece em diversas ocasiões esquecer-se de ambas as coisas e terminar por confundi-las. Em Joseph Fouché sua pseudo-erudição chega ao ponto de envolver o leitor com uma universalidade incontestável. Ele é bem agraciado em sua narrativa descritiva, sabe exemplificar e enfrentar pequenos contratempos, mas sem conseguir se redimir do seu crime de completa parcialidade analítica. Seu objetivo é conduzi-lo ao mesmo raciocínio que ele, independentemente de qualquer coisa. Sua facilidade de dissimulação é bem evidente se pararmos para refletir acerca da conveniência que rege sua ideologia pessoal. Ele se auto-intitula como opositor da vertente histórica que tende a estigmatizar os indivíduos de forma equivoca, mas sua hipocrisia pessoal não lhe permite enxergar que ele faz absolutamente a mesma coisa, principalmente em sua biografia de ''Maria Antonieta'', na qual ele pinta, com tons pouco lisonjeiros, por pura conveniência, uma caricatura grotesca e repulsiva da figura histórica de Louis XVI.

Em Joseph Fouché, Zweig teve maior felicidade em retratar o contexto proposto, suas personagens e posições politicas instáveis, a trajetória de um genocida dissimulado que o autor faz com que criemos até mesmo um pouco de empatia, ele teve grande felicidade em todos esses quesitos, principalmente pelo exito de conseguir a universalidade, no caso de transmitir compreensão e clareza extrema ao leitor. Aconselho a leitura, embora tenha de seu autor uma opinião pouco favorável, digo que é uma obra que lhe envolve desde as primeiras paginas.
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Rick Muniz 19/12/2018

Fantástico!
Stefan Zweig realiza na obra “Joseph Fouché” um excelente ensaio psicológico daquele que é tido com um dos mais habilidosos políticos da Era da Revolução Francesa.
O que me chamou a atenção nesse livro, além da descrição psicologia de Joseph Fouché, foi o detalhamento da Revolução Francesa, sim, aquela de 1789, cujos reflexos ainda se fazem notar no mundo atual...
A Revolução Francesa tratada aqui não é aquela idealizada nos livros de história, mas sim a verdadeira Revolução, mostrando os personagens históricos de forma mais impessoal possível, sem as cores vivas da imaginação...
Temos aqui um Napoleão Bonaparte tirânico, ambicioso e ‘cruel’. Um Robespierre sonhador e intransigente...e por fim (mas não menos importante) um Joseph Fouché, que soube como manipular como ninguém os acontecimentos históricos.
Joseph Fouché pode ser considerado como um modelo para muitos políticos, pois a única bandeira por ele levantada não são os altos ideais e sim a necessidade constante de pertencer ao “time que está ganhando”.
Essa habilidade política de saber o tempo certo é quase instintiva em Fouché, talvez por isso a sua maestria em direcionar a política francesa durante tanto tempo...
Dizem que esse livro era um dos favoritos de Fidel Castro, eu acredito que realmente ele tem muito a dizer sobre a história e principalmente sobre os homens que comandam a política. Certamente um ensaio sobre a natureza humana na sua forma política pura...

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Shirley.Peixe 03/05/2024

Gostaria de ter gostado mais...
Nunca havia ouvido falar sobre o Fouché (ou pelo menos não me lembro). Foi uma bela de uma camuflagem dentre os registros históricos quanto a influência dele no período retratado neste livro, porque homenzinho cabuloso esse aí, vamos combinar.
Em pesquisas pela internet até é possível achar alguns registros da presença e participação dele, mas são praticamente menções diante do que realmente aconteceu.
Apesar de ser bastante curioso acompanhar o rei da manipulação, o professor e inspiração de toda politicagem da qual se tem conhecimento, não me empolguei tanto com a leitura.
A estrutura de texto me cansou um pouco. Me pareceu que eu precisava ter um pouco mais de "background" sobre o cenário da época e os envolvidos. Muitas foram as personalidades mencionadas, assim como as classificações de poder da época, e como eu não saí anotando nomes, nem pesquisando a todo momento, me perdi diversas vezes. Não posso dar culpa ao texto exatamente, mas isto atrapalhou a experiência.
De toda forma, o livro tem um conteúdo interessante e o negócio às vezes é tão absurdo que você acaba questionando se é verdade, embora saiba que é. Não duvido que o Zweig possa ter floreado um pouco, afinal não é uma biografia tradicional e sim detentora de um formato ficcional (sem contar as próprias limitações de se conseguir as informações, como mencionei anteriormente), mas trás realmente informações verídicas.
Enfim, achei uma leitura válida, mesmo com as dificuldades apresentadas.
Quem sabe em uma futura releitura, eu possa ter mais repertório para usufruir melhor do texto.
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Filipe 09/12/2021

Mais uma vez, Stefan Zweig se prova não apenas um ótimo escritor, mas um extraordinário biógrafo.

É admirável o conteúdo especulativo que o autor insere na obra, pois mostra o quanto ele se debruçou sob o personagem para entendê-lo.

Fouché é uma figura fascinante, uma professor não só de política, mas também de relacionamentos e persistência.
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Hallisson 01/09/2023

Retrato de um político como não deveria ser
O livro já tinha tudo para dar certo por ter sido escrito por Stefan Zweig, mas a combinação do escritor com o tema do livro (Joseph Fouché) é fenomenal. Me surpreende essa figura que passou por cima da Monarquia, da Revolução Francesa e até mesmo de Napoleão Bonaparte é tão pouca conhecida. Aqui temos um retrato de um homem que não tem escrúpulos, que está do lado que ganha e que só se preocupa consigo mesmo. De uma frieza impactante, ele veio do nada e enfrentou as maiores personalidade do séc. XVIII, se tornou o segundo homem mais rico da França e por muitos o mais temido da Europa. Uma figura fascinante.
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Maria17661 06/03/2024

A incessante busca pelo poder
Uma figura pouco conhecida que, por mais que tenha sido um homem sem escrúpulos, é necessário reconhecer a sua importância história.

Um homem não confiável que perto da sua morte tentou alcançar o esquecimento.

Acho importante a leitura para conhecermos todos os feitos que Joseph Fouché tentou se desvencilhar.
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Thelma 21/03/2024

Biografia de um verme
Pior que são muitos iguais a este Fouché que rastejam pelo mundo político afora. É bom ler uma biografia de um ser ignóbil desses para abrir nossos olhos.
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Vanessa1073 26/03/2024

Primeiro de tudo: QUE DELEITE ESSA ESCRITA!!!

Zweig conseguiu me conquistar de primeira com esse livro. Foi meu primeiro contato com o autor e estou encantada com os detalhes, a forma de escrever, o texto enxuto e rico.

Sobre a obra, isso sim é política na sua forma mais crua e bizarra. Eu nunca sequer ouvir falar de Fouché, mesmo lendo outras obras sobre essa fase histórica. Ele foi um homem muito inteligente, mas um escroto rsrs

Quando concluí a obra fiquei me perguntando o motivo dele ser ignorado pela história, mas faz sentido... Robespierre, Napoleão e todos os demais perderiam tal vigor histórico se Fouché estivesse nos livros, filmes, evidenciado de alguma forma.
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