Pedra Bonita

Pedra Bonita José Lins do Rego




Resenhas - Pedra Bonita


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Antonio 09/07/2013minha estante
Já li nos últimos meses o ciclo da cana-de-açúcar inteiro(Menino de Engenho, Doidinho, Bangüe, Moleque Ricardo, Usina e Fogo Morto) comecei a ler Pureza hoje.. Pedra Bonita será o próximo...quero ler até o ultimo livro de José Lins...


Antonio 09/07/2013minha estante
Você agora terá que ler Cangaceiros, que é a continuação de Pedra Bonita!


Jorge460 25/07/2013minha estante
continuação, como assim
?




Katia Rodrigues 14/03/2021

"O caminhar do sertão era aquele, monótono"
Meu primeiro contato com José Lins do Rego não poderia ter sido melhor. O livro me soou um tanto quanto estranho e lento no começo, mas aos poucos as descrições acuradas da vida cotidiana sertaneja foram ganhando meu afeto. E acabei por perceber a importância dessa lentidão na narrativa que tanto serve para aclimatar o leitor como serve de espelho para vida rural, sertaneja.

Ao longo do romance, o autor explora a questão do fanatismo religioso, passando pela formação de uma identidade social brasileira e por uma busca de valorização das raízes humanas perdidas no tempo. Essa tentativa de construir uma visão nacionalista, característica dos romances regionalistas, ganha ares de documento sociológico da verdade humana.

Outro aspecto marcante do livro é a escrita arrebatadora do romancista: “Povo e terra viviam ali há um século numa intimidade profunda. Mas sem se quererem, inimigos íntimos". Reitero a fala do crítico Otto Maria Carpeaux quando diz que a obra de José Lins do Rego “é qualquer coisa de vivo”.

Ig: @ingrisias
Fatima 15/03/2021minha estante
Não conhecia o livro e fiquei interessada depois de ler sua resenha ?


Katia Rodrigues 15/03/2021minha estante
Que bom, Fatima. Ele é maravilhoso. Boa leitura! :)




Gláucia 23/04/2011

Pedra Bonita - José Lins do Rego
Padre Amâncio é transformado em santo por um povo sofrido e carente de um líder a quem seguir, um amparo a quem se apoiar. Fanatismo religioso em meio a uma terra seca, inóspita e sem lei, um povo dominado pelo medo do rigorismo da natureza e do poder do cangaço.
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Rodrigo 09/03/2012

ACHANDO GRAÇA COMUM EM JOSÉ LINS DO RÊGO
"O Padre Amâncio estava ali no Açu porque amava a Deus. Ouvira D. Eufrásia dizendo: "Se Amâncio quisesse já era Bispo, um grande, um príncipe." E não. Ficava no Açu para aguentar aquele povo, aquela gente. Montava a cavalo para andar seis léguas com o tempo que houvesse (...) para salvar uma alma das profundezas do inferno. Se não fosse ele, teria fugido com Dioclécio, teria fugido com homem mais feliz do mundo. O que anda pela terra, o que amava mulheres lindas e vira um milagre, uma força de Deus se exercendo. Antônio Bento vacilava assim entre o Padre Amâncio e o mundo que Dinoclécio descobrira.

José Lins do Rêgo em PEDRA BONITA, pp 82

COMENTÁRIO MEU: Antônio Bento foi criado pelo amoroso, piedoso, altruísta e dedicado Padre Amâncio. Aquele homem sempre foi seu referencial de abnegação, amor a Deus. Realmente, este personagem ainda que fictício tem traços admiráveis de devoção e compaixão. Narra o autor que ele poderia ter ascendido na hierarquia, tornado-se se Bispo, mas preferiu continuar na pequena cidade, sofrendo com e por aquelas pessoas.

Entretanto, certo dia, o jovem se depara com um forasteiro, um cantador, cangaceiro, que narra história incríveis, recheadas de aventuras, mulheres, milagres, e tudo num ritmo alucinante e poético. Uma vida livre e libertina. Acontece que o referencial do jovem é abalado. Ele passa a admirar aquele homem, até mesmo em confronto com a imagem criada ao redor do Padre.

Uma perola literária que nos fala profundamente a respeito de nossa natureza humana, que parece se encantar mais com aventuras libertinas, coisas vãs que nada contribuem para o crescimento de outros, do que com o sacrifício pessoal, a humildade e o altruísmo sem vaidade.

Pensamos que a felicidade está na satisfação de nossos desejos egoístas. E passamos longe da real satisfação plena e perpetua que em está em Deus!

Já dizia o salmista:
Tu me farás conhecer a vereda da vida; na tua presença há plenitude de alegria; à tua mão direita há delícias perpetuamente. (Salmo 16:11)
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Raquel Lima 03/07/2012

Vida de nordestino e fanatismo
Vida sofrida, fanatismo, tristeza e dor.
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Julio.Argibay 12/04/2018

Pedra Bonita
Uma grande estória tipicamente nordestina. Bento eh filho de sertanejos e quando era criança foi dado ao padre de uma vila paupérrima no fim do mundo, devido a seca de 1904. Um grande mistério envolve a terra natal do garoto, Pedra Bonita, por isso que ele eh discriminado na pequena vila. Uma estória incrível, um épico nordestino, com personagens verossimeis e uma natureza implacável.
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z..... 16/12/2019

HQ EBAL (Edição Maravilhosa Nº 200)
Não li ainda o romance e fiquei curioso pela obra que, supondo pela breve adaptação em quadrinhos, é uma história que instiga a percepção do fanatismo religioso e cangaço em realidade muito peculiar no Nordeste.

O cenário é transformador ao homem, despertando buscas, que na primeira parte dão impressão de adesão ao formalismo (o comum, o rotineiro). A Vila do Assu é o enfoque, onde a igreja remete à visão de fé, de esperança, de segurança, enfim, de religiosidade, principalmente entre os mais simplórios, como o povo de Pedra Bonita. O menino Bento é um dos flagelados levados pelos pais até lá, sendo apadrinhado pelo padre (Amâncio) e tornando-se coroinha. Existe rejeição local para o povo de Bento e a igreja, o povo, incluindo o padre, parecem inertes em sua verdadeira objetividade cristã. Fatos expressos no preconceito e na religiosidade interesseira, como a manifestada pela irmã do padre (Dona Eufrásia), que tem apenas desejo de que o sacerdote alcance projeção hierárquica. A religião torna-se então formalidade e acaba não satisfazendo a busca de esperança aos flagelados. Sutilmente a história conta isso...

Na segunda parte, o apego do povo de Pedra Bonita aos devaneios e loucura do fanatismo religioso propagados por um beato, tido como santo. É como se a busca tivesse encontrado esperança em alguém que verdadeiramente se mobilizasse a se favor, encontrando também segurança no cangaço. É a informalidade apresentando-se nos caminhos trilhados... A adesão ao inusitado, ainda que surpreendente (e é, para coisas hediondas...).

Pronto, está ai o cenário extremado de fanatismo e cangaço em adesão para muitos em seus porquês.

A obra tem esse desenrolar e, no final das contas, Bento é como uma testemunha dos fatos, através de quem o leitor enxerga essa situação instalada nos sertões nordestinos, tendo sua criticidade instigada.

Logicamente a história não é só isso, e nem escrevo como se fora um resumo. Foi o que entendi, no que essa mal-acabada HQ instigou. Sinceramente, se já tivesse lido o romance, não ia gostar da adaptação, seja pelos desenhos toscos, sem capricho, ou pelo desenrolar onde o texto tem mais destaque que a imagem. Acabou sendo um exemplo de que a fome torna as coisas saborosas, pois queria saber algo da obra e bem ou mal fiquei sabendo, lendo aprumado na atenção.

Quem quiser que conte melhor, que vou gostar...
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Biblioteca Álvaro Guerra 16/01/2020

Considerados dois marcos literarios sobre o nordeste, Pedra Bonita, de Jose Lins do Rego, narram a historia de Antonio Bento, o Bentinho, menino nascido nos sertoes. Na primeira obra, ainda menino, ele e deixado pela mae aos cuidados do tio, o Padre Amancio, para fugir da seca. Ele passa a ser sacristao, mas por ter um irmao envolvido com o cangaco, e rejeitado pelos moradores da Vila do Aco. Ele acaba dividido entre seguir os ensinamentos de seu tio ou os passos de seu irmao.

Empreste esse livro na biblioteca pública.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788503010641
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Ludmilla 21/02/2020

Peculiaridades da época do cangaço.
O livro nos conta sobre as várias facetas do nordeste à época do cangaço: o misticismo, a vida sofrida, a violência e as agruras de todos os lados (povo/cangaceiros/agentes do poder estatal).
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Everton Vidal 16/05/2020

Entre a abnegação e o desatino religioso
É um romance em diversos aspectos religioso. Mostra os dois caminhos que a fé e a religião podem tomar (no caso do livro no ambiente duríssimo do sertão nordestino do início do século XX): Abnegação e altruísmo ou desesperança e fanatismo.
Como se vive entre os dois? É o desafio que Betinho, o protagonista, vai descobrir enquanto busca compreender e construir sua própria história.
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Edson Camara 14/09/2020

Sertanejo sofre de todo jeito: com santo, com cangaceiro, com a volante.
Pedra Bonita é o relato do sofrimento que o povo sertanejo parecia designado e resignado desde o nascimento. O autor conta a história de Antonio Bento, o bentinho que foi deixado pela família na seca de 1904 para ser criado pelo padre do vilarejo menos pobre de Açu.

Pelos olhos e pensamentos de bentinho acompanhamos na primeira parte do livro a vida modorrenta e sem esperança de uma dezena de personagens com menos ou mais importância no enredo. O padre Amâncio, os habitantes de Açu e a família de bentinho.

Tudo vai se arrastando até que bentinho precisa voltar para o seio de sua família. E ai as coisas começam a mudar e acontecer com mais velocidade.
Na segunda parte do livro acontece muita injustiça, desespero, violência, fanatismo e resignação.
As cenas de violência não são explicitas, na maioria são só sugeridas, mas sentimos na pele do mesmo jeito.
Há cenas de erotismo bem audaciosas para época como a descrição do desejo da solteirona Fausta por bentinho.
Dá para sentir a poeira nos dentes e o cheiro de suor causado pelo calor infernal da caatinga: "O sol se espalhava pela caatinga com furor. Podiam ser seis horas, e aquele queimar de sol parecia de meio-dia".

A Pedra Bonita, um conjunto de duas pedras que se projetavam em um vale como as torres de uma igreja escondia uma historia de tragedia e muito sangue inocente que havia corrido 100 anos antes.
Um parente de bentinho tinha sido o causador da tragedia no passado, e agora que a história se repetia bentinho tinha uma oportunidade de mudar a reputação do sangue ruim da sua família.

José Lins do Rego é um bom contador de histórias e um criador de personagens profundos, fortes e de personalidades marcantes.
O desenlace da história se insinua umas 40 páginas antes, mas a certeza do que acontece, só sabemos na última linha da última página.
E aí fica aquela vontade de querer saber mais, mas não tem mais. Acaba bruscamente sem oferecer um final feliz ou infeliz, só fica a duvida no ar como uma preparação para uma continuação que não veio.
Pedra bonita é um excelente livro, da mais pura e notável literatura brasileira e José Lins do Rego é um grande escritor.
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igsuehtam 21/06/2021

Achei que seria melhor
Acho que eu devia começar a ler esse autor pelo livro O menino de Engenho. Esse, no começo, achei muito lento. Depois as coisas aceleram, mas mesmo assim as situações do enredo não me interessaram tanto. Isso aconteceu também porque fiquei muito confuso em alguns parágrafos, tive a impressão de que o autor mistura os nomes dos personagens com algumas ações deles. Falando em personagem, o protagonista não faz nada, não nos dá nenhuma ação. Só faz pensar no que fazer é não faz. A única coisa que ele faz, na verdade, e no último capítulo. Especificamente na última frase do livro ele reage, faz alguma coisa digna de protagonista.
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Bruna Peixoto 25/07/2021

Pelos olhos e pensamentos de bentinho acompanhamos na primeira parte do livro a vida modorrenta e sem esperança de uma dezena de personagens com menos ou mais importância no enredo. O padre Amâncio, os habitantes de Açu e a família de bentinho.
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Glauber 20/08/2021

Bela história
Sou fã incondicional da Geração de 1930, do Modernismo brasileiro. Sobretudo desse pessoal que escreveu o Nordeste tão profundamente.

Particularmente, considero José Luis do Rego um grande escritor. Gosto da simplicidade da sua escrita, tão lírica e reverberadora de memórias tão palpáveis...

"Pedra Bonita" não é dos seus melhores livros, mas não deixa de trazer uma boa história sertaneja com doses de religiosidade popular e problemas sociais.

Acompanhamos tudo pela visão de um ajudante do padre na vila do Açu, que por ter nascido em Pedra Bonita, é estigmatizado, devido a uma história macabra de fanatismo, que não só marcou aquela região, como está prestes a se repetir, mexendo com a cabeça e o destino daqueles que ele ama.
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