smoraisc 22/05/2022
Dias de luta, dias de glória...
Que relato emocionante e forte. Graziela Gonçalves conseguiu passar muitos detalhes sobre o CBJr., sobre o Chorão e sobre sua história com ele, de luta e amor. É uma leitura que passeia por todos os momentos bons, alegres, divertidos, mas também por todos os problemas, percalços e dores. A todo momento você se pega cantando alguma música da banda, que o Alexandre compôs exatamente sobre o momento narrado e tudo se encaixa cronologicamente.
Esse livro é recheado de fotos lindas.
É uma nuance de emoções, indignações e alegrias. Um artista muitas vezes nunca é conhecido pelo que ele realmente é. Problemas psicológicos e dependência química, juntos, levaram esse artista incrível, que por trás de toda fama e polêmicas, tinha um coração do tamanho do mundo e era romântico muito além de suas músicas.
Graziela foi fundamental no sucesso da banda. Me pergunto se teriam alcançado a fama sem tudo o que ela fez por eles. Uma mulher que abdicou muitas vezes da própria realização profissional e saúde mental para ajudar o Ale, e viu a grande maioria a culpar injustamente pela morte do mesmo. Lutou o quanto pôde para vê-lo vencer o vício, mas já estava muito além de seu alcance.
Essa leitura é essencial para todos que cresceram ouvindo Charlie Brown Jr. e nada que eu diga aqui será suficiente para expressar a sensação de ler este livro.
?Escuta, Grazi, que isso é importante. Diz que é possível ter um sonho e chegar lá. Mas tem que querer de verdade, ter coragem e persistência, porque não é um caminho fácil. Fala de todas as dificuldades, que tem que manter a cabeça no lugar e ficar esperto pra não cair nas armadilhas. E você sabe que eu caí em algumas. Mas cair faz parte. O importante é levantar e continuar na luta. Tem que manter a humildade, nunca deixar as vitórias subirem à cabeça. Tem que tomar cuidado com o ego. Se você alimenta esse bicho, ele acaba te dominando e virando seu pior inimigo.
Mostra pra eles que eu também sou de carne e osso, que tenho os meus defeitos e fraquezas, que nem sempre eu consigo ser o cara que gostaria.
Como qualquer pessoa, estou tentando ser melhor, evoluir, mas ainda erro pra caramba e me sinto um aprendiz diante da vida. Você faz isso por mim, Tiri??