RAFAEL2640 15/05/2024
Sobre
A história pode ser resumida assim: Liesel Meminger é filha de um comunista na Alemanha nazista. Tem a sorte de ser adotada por pessoas boas (ainda que sua mãe nos ensine um bocado de palavras rudes em alemão), os quais, posteriormente, abrigam um judeu, Max Vandenburg. Liesel, no começo, nem sabe ler, mas aprende e se apaixona pela leitura. Os “roubos” de livro são discutíveis — ao menos os primeiros dois ela com certeza não furtou. Mas ela realmente rouba coisas — comida, numa Alemanha faminta — junto a seu melhor amigo (e namoradinho) Rudy Steiner.
Esse garoto é o meu personagem favorito na história, decididamente me apaixonei por ele. E o maior golpe que levei foi saber do seu destino, já pelo meio do livro. Ele tem cinco irmãos, um mais velho e quatro meninas, e seu pai é um alfaiate que é filiado ao partido nazista, mas não defende apaixonadamente o nazismo, por assim dizer. Caso contrário, Rudy teria morrido ao imitar o corredor americano Jesse Owens —aquele que ficou famoso por botar a gente do Führer no chinelo nas olimpíadas de Berlim e fazê-lo explodir de raiva, porque era negro.
Os personagens são inesquecíveis, embora o livro falhe em realidade, pois, se na Alemanha de Hitler houvesse tantos Hubbermans, Steiners, Liesels, Walter qualquer coisa, bem… ela não teria sido a Alemanha de Hitler. Mas não se pode esperar tanto rigor histórico de uma ficção.
Os livros que Liesel leu… Dá vontade de ler com ela. Até O Manual do Coveiro. Dá vontade de ouvir o acordeão de Hans Hubberman, e de tirar Max do porão…
Volta e meia a Morte dá seus pitacos, e eu tinha vontade de fazer uma careta para ela. Apesar de sua dureza, no entanto, a narradora solta o fim do livro aos pedaços, aqui e ali, e assim o choque não é tão grande.
Concordo agora com as pessoas que disseram que o livro era bom. Até as “cores” não me parecem tão antipáticas.
Pode ler. Apenas não vá roubá-lo. Verstehst?