Passeio Ao Farol

Passeio Ao Farol Virginia Woolf




Resenhas - Rumo ao Farol


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Matheus.Lima 22/08/2023

O indivíduo do século XX em "Ao farol"
Mas ir ao farol para quê? Por quê? Dar uma meia grená ao filho do faroleiro e trazer "a eles todo o e qualquer conforto possível", dirá a Sra. Ramsay. Para James "um êxtase extraordinário" ir ao farol, uma "maravilha". Tudo isso inicia a parte I chamada "A janela".

Então, tudo está posto: ir ao farol, eis o grande objetivo do livro no seu plano externo. Porque se você pensar, por exemplo, em Dantès de "O conde de monte cristo" ou qualquer livro da Jane Austen, há muitos eventos externos ocorrendo, mas não em "Ao farol". Um dia, uma noite, um simples passeio ao farol não são suficientes para dar conta de um romance da Austen ou do Dumas.
Em Virgínia, sim. Mas por quê?

A questão está no interno das personagens: monólogo interior, fluxo de consciência, discurso indireto livro... You name it, dear.

Paro o indivíduo modernista, Terry Eagleton nos lembra:"[...] a realidade não se desenrola de maneira ordenada". Esse mesmo indivíduo foi abalado, de acordo com Freud, com a ideia de que a terra não é o centro do universo; de que apesar de racional, ainda sim somos animais. Freud traz à luz a ideia de que o homem não tem controle de si mesmo.

Nesse contexto está inserido Virgínia e suas personagens. Elas estão abaladas pela terceira ferida narcísica.
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Luciano74 21/08/2023

Ao Farol
Meu primeiro contato com Virgínia Wolf me tirou da zona de conforto. Um estilo de escrita que, a meu ver, requer mais atenção e cuidado.

Li que Virgínia vê aquilo que nós deixamos passar, aquilo que é invisível a nós. E eu consigo concordar. A riqueza de detalhes e de conexões feitas durante a história são muito interessantes - e desafiadores.

Fico com a sensação de que Virgínia faz de nós, leitores, uma espécie de farol que ilumina em certo ritmo as profundezas dos personagens.

Os comentários apresentados nesta edição permitem um panorama do contexto da criação dessa obra prima - o que deixa a história ainda mais significativa.
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José 02/08/2023

Não sei nem o que dizer!
Entrou para os meus favoritos, um dos melhores da Virginia, simplesmente perfeito. Amei tudo, os personagens, o contexto, os detalhes, tudo!
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abibliotecadamica 31/07/2023

Excelente
E as vidas que já vivemos
E as que havemos de viver
São cheias de folhas outonais.

Quinto romance de Virginia Woolf, ´ Passeio ao Farol´ foi originalmente publicado em 1927.
A narrativa deste romance divide-se em três partes: A janela, O tempo passa e O Farol; e a ação é ambientada na casa de férias da família Ramsay nas Ilhas Hébridas, Escócia, local onde o casal com 8 filhos e alguns amigos passam o verão. Na primeira parte do romance há a promessa de um passeio ao farol, feita pela Sra. Ramsay a seu filho James, que poderá ocorrer no dia seguinte, dependendo do clima. Esta promessa é negada pelo Sr. Ramsay, que expressa sua certeza de que o tempo não estará claro, opinião que gera uma certa tensão entre o casal, que ecoa por toda a obra.
A segunda parte do livro movimenta-se como se fosse narrada pelo próprio tempo, em uma casa já vazia e abandonada pela família, no pós primeira guerra. Nessa fase, a Sra. Ramsey e dois de seus filhos estão mortos e há uma sensação de perda acompanhando a passagem do tempo. A clara visão de como as coisas mudaram desde que a casa de veraneio foi desocupada é narrada em um capítulo curto e com grande tom emocional.
Na última parte, após as perdas na família e o fim da guerra, eles retornam para a casa anteriormente desocupada, e finalmente o Sr. Ramsey decide ir com seus filhos fazer a viagem ao farol.
Essa é a obra mais autobiográfica de Virginia, e os personagens principais, Sr. e Sra. Ramsay, foram inspirados em seus pais na vida real. Acompanhei toda a narrativa com a sensação de que a autora criou um retrato familiar revisitando seu passado e seus sentimentos, e se curvando sobre a passagem do tempo e as mudanças que ela provoca no movimento da vida. Através de uma escrita bastante poética e envolvente, criou um livro lindo, que eu recomendo fortemente. A minha edição é da Penguin-Companhia, tem tradução de Paulo Henriques Britto, prefácio de Genilda Azerêdo e foi publicada em 13 de junho desse ano.
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Ana Paula 21/07/2023

{05/100 - 100 Anos em Livros}

"Qual é o significado da vida? Isso era tudo - uma questão simples; uma questão que tendia a nos envolver mais com o passar dos anos. A grande revelação talvez nunca chegasse. Em vez disso, havia pequenos milagres cotidianos, iluminações, fósforos inesperadamente riscados na escuridão [...]."

Minha quinta leitura para meu projeto pessoal de leitura 100 Anos em Livros.
Que livro! Virginia Woolf mais uma vez surpreendendo positivamente. Depois de ter lido Mrs. Dalloway, estava animada para a leitura desse, e não fui decepcionada.
O mais interessante desse livro, na minha opinião, é sua construção em partes: a primeira parte, no pré-guerra; a segunda parte, a passagem de tempo da guerra (e o modo como a autora narra isso, não com o foco nas pessoas, mas no efeito do tempo sobre a casa de verão!); e a terceira parte, com o pós-guerra. São surpreendentes os mecanismos narrativos que ela utiliza, e extremamente bonitos.
É um livro com pouca "história" em si, e mais foco nos próprios personagens, seus pensamentos e modo como veem o mundo, então entendo que não é um livro para todos. Mas, caso esteja disposto a dar uma chance para esse tipo de livro, há uma grande chance que não vai se decepcionar.
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Miss Depressed 16/07/2023

Abrupto Como Feixe de Luz
A família Ramsays é fascinante, a morte e vida são retratadas pela autora de forma tão singular e abrupta quanto deve ser, como é em vida, e sem distanciamento ela nos faz percorrer a mente de outros, nos faz sentir como parte daquelas pessoas, sentir suas conquistas, fracassos e vergonhas. Um livro lindo, que me fez enxergar com mais clareza um pouco das questões da vida corriqueira, da vida familiar, da vida.
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Jak 12/07/2023

Nesse livro não ocorre fatos fantásticos e extraordinários.
O passar do tempo foi algo que me marcou como passamos no nosso dia a dia sem prestar atenção, de fato, na nossas rotinas e que quando acontece algo inesperado queremos lembrar e reviver ao que antes não damos valor. Queremos lembrar aquele momento com aquele pessoa especial que de tão banal não demos atenção. Em dando momento do livro, quis fazer isso, voltar desde o início e reviver aquele dia que antes não prestei atenção.
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Vê Lemes 08/07/2023

Diferente
A forma como a autora escreve é peculiar e no começo você fica meio perdida.
Mas foi uma história que mexeu bastante comigo. Me fez pensar no aproveitamento do tempo porque em algum momento pequenas coisas que podiam ser feitas não são, são as coisas que nos arrependemos por não fazer.
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Mari 14/06/2023

A própria autora classifica Ao Farol como uma elegia, então não espere um romance linear onde coisas acontecem, porque esse livro é um olhar para dentro contínuo.

Com elementos autobiográficos, Woolf diz que a obra é o mais perto que ela chegou da psicanálise e foi uma forma de exorcizar a morte dos pais, por isso, é super reflexivo e intimista (e melancólico).

A gente entra na mente de cada personagem, suas angústias, suas dúvidas sobre o sentido da vida, a morte, o medo de ser esquecido e até o processo criativo da própria Virginia através de Lily, que na história é uma pintora tentando pintar um novo quadro.

Embora curta, é aquele tipo de escrita que se você se dispersa em uma frase, tem que voltar e reler para entender do que ela está falando naquele momento. Não é uma leitura fácil, mas é maravilhosa uma vez que você mergulha nela e começa refletir sobre as mesmas questões que os personagens.
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Luciana 06/06/2023

Me senti perdida mas mesmo assim gostei
Esse foi meu primeiro contato com Virgínia Woolf, e peguei Ao Farol por indicação da Laura do Literapia. No início tive bastante dificuldade pois não há diálogos, quase nada acontece. 60% do livro descrevem uma tarde uma noite na casa de praia da família Ramsay - o casal com seus 8 filhos - e alguns convidados. A partir daí vamos tendo a percepção dia personagens a respeito uns dos outros, como uma espécie de leitura do pensamento, e como nossos pensamentos são muito rápidos por vezes aleatórios em alguns momentos me senti perdida no livro sem saber muito bem quem estava pensando e sobre quem... Na segunda parte (a mais curta) passa-se 10 anos e foi a parte que mais gostei: achei incrível a forma como a autora descreve tudo de maneira que é fácil visualizar a deterioração da casa, do jardim, dos objetos ao devido ao tempo e abandono. Na terceira parte os personagens voltam à casa e aí eu fiquei um pouco perdida novamente. Talvez eu não tenha lido na hora mais adequada pois venho de uma ressaca de 4 meses, de qualquer forma tirei muitos ensinamentos desse livro e apesar da dificuldade de acompanhar o enredo não me arrependo em nenhum momento e acho que vale a pena a leitura sim no momento certo, pois esse livro e pede paciência e concentração para ser degustado como merece.
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Italo139 02/06/2023

Ao farol de Virginia e uma obra que cativa o leitor a querer continua se tivesse um segundo livro eu leria a previa..
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Livia M. 21/05/2023

Para trás, para a frente
Para trás, para a frente

Uma leitura difícil e compreensível
difícil e compreensível

à luz do farol obscura e clara
obscura e clara

Um bailar de sentimentos enquanto dialogam em pensamentos

Indo e vindo
Indo e vindo

#voltaaomundoem7clássicos
6/7
Inglaterra
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skuser02844 07/05/2023

Ao farol
Eu queria poder conseguir escrever o tanto que foi maravilhoso viver essa história. Mas acho que não vou conseguir, então vou deixar que você, caro leitor, tire suas próprias impressões, porque as minhas eu vou guardar só pra mim. Só posso adiantar que se vive uma epifania a cada página. Sem mais!
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