Cidadã de segunda classe

Cidadã de segunda classe Buchi Emecheta




Resenhas -


261 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


@eleeoslivros 07/12/2018

a história se passa na década de 60 e conta a história de Adah, que tem o sonho de morar na Inglaterra e se tornar escritora, só que nada na vida é fácil e ela enfrenta violência doméstica, preconceito, entre outras coisas durante a busca dos seus sonhos.
o livro despertou em mim vários sentimentos, cujo principal foi uma certa irritação pela submissão dela ao marido em alguns momentos.
é um bom livro que faz você refletir sobre várias coisas.
recomendo.
Carolina CM 15/12/2018minha estante
O que você achou do final?


@eleeoslivros 15/12/2018minha estante
gostei do livro como um todo, mas fiquei com uma sensação de incompleto no final. você leu? se sim, o que achou?


Carolina CM 15/12/2018minha estante
No capítulo Aprendendo as Regras eu achei que ia ter uma reviravolta. Mas ela não consegue se desvencilhar da cultura, da opressão do marido...e grávida de novo! Que desespero! Enfim, eu achei que faltou um final. Parece que tem uma continuação, uma parte 2 para ser lida. Mas é isso, desespero contínuo, sem final.


Dani 27/12/2018minha estante
Tive exatamente a mesma impressão que você, Carol.


Aline C. 21/01/2019minha estante
acho que o final é pra ser desesperador mesmo. o livro todo, assim como 'as alegrias da maternidade', é uma porrada atrás da outra. a gente tem esperança, a protagonista tem esperança, e sempre vem algo e arranca isso da gente (e dela). o final pra mim é meio que isso. a gente tem uma esperança incompleta, não respondida, se ela finalmente se livrou daquele marido e conseguiu realizar o sonho de ser escritora ou não... martiriza, mas funcionou como uma luva pra mim, porque eu me preocupo com a Adah até hoje.




spoiler visualizar
Tainateixeira92 06/06/2023minha estante
Gostei da resenha, interessante!


Felipe 07/06/2023minha estante
Leia, vai curtir ?




Hugo. 27/02/2022

O machismo se molda de maneira inacreditáveis.
O livro conta a história de Adah, porém é como se fosse uma autobiografia da própria autora. É um história devagar, previsível em alguns momentos porém muito importante de ser lida. Por mais que seja uma história que se passa em parte na Nigéria e outra parte na Inglaterra é bom ver que o machismo ele é empregado em qualquer cultura, é uma loucura como o esposo dela se comporta, porque Adah se mostra uma mulher muito forte, muito determinada, muito sábia e com tudo isso ela é induzida a se diminuir pelo próprio esposo e como ele tem uma visão tão pequena sobre a vida e sobre as possibilidades e sobre o que de fato uma união poderia elevar os seus desejos. A história se passa logo após a segunda guerra mundial e podemos ver Francis ainda hoje, homens iguaizinhos. Os últimos 10% do livro foi incrível, a força da Adah, vi muito a minha mãe como ela. Não sei se foi a intenção da autora mas a escolha dela de ficar com os 5 filhos sem querer nada do Francis me lembrou a história da briga das mães perante o Rei Salomão, onde Adah abdica de qualquer ajuda e diz a ela mesma que ela tem capacidade de cuidar dos 5 filhos. Sei que tem continuação, porém vou dar um tempo para pegar a continuação, espero muito que esse amigo de infância não seja uma grande decepção.
Kah Flôres 13/10/2022minha estante
Qual seria a continuação, sabe me dizer?


Hugo. 14/10/2022minha estante
Kah, a continuação se chama "No fundo do poço".




Bookster Pedro Pacifico 07/10/2020

Cidadã de segunda classe, de Buchi Emecheta - Nota 9,5/10
O título escolhido pela incrível autora nigeriana consegue definir bem a forma como Adah, a protagonista do livro, se sente na Inglaterra da década de 60. Muito embora Adah tenha nascido e sido criada na Nigéria, decidiu deixar o país e acompanhar os passos do marido em busca de uma vida mais promissora para si e para seus filhos. Mas o que a jovem não sabia é que naquele país a rotina seria de muita discriminação. A discriminação por ser estrangeira, negra e mulher.

E não bastasse a forma cruel com que a sociedade lhe trata, o ambiente íntimo familiar é ainda pior. Francis, seu marido, é o retrato daquele que suga até as últimas forças de sua companheira. O abuso psicológico e físico é algo constante na relação. E, mais que isso, a fragilidade e insegurança de Francis não consegue conviver com o fato de que é Adah quem sustenta a família com um trabalho, sobre o qual se somam os trabalhos domésticos e a criação dos filhos.

A força do relato sofrido da vida de Adah parece vir da própria história da autora nigeriana. Nascida em 1944, em Lagos, na Nigéria, Buchi Emecheta também perdeu os pais e foi dada em casamento ainda quando criança, também se mudou para uma Londres racista e xenofóbica e também foi vítima de um triste relacionamento abusivo.

A escrita é tranquila e, apesar do impacto e da crueza das passagens, consegue segurar o leitor. Ao longo do livro foram vários os momentos em que senti uma vontade de poder interferir naquela situação tão injusta, o que confirma a minha aproximação com a personagem.

Além dessa obra, já havia lido “As alegrias da maternidade” da mesma autora e a experiência com as duas obras foi muito marcante. Emecheta é uma daquelas autoras que, na minha opinião, merecem ainda mais destaque na literatura universal. Suas obras são uma denúncia de realidades muito frequentes, mas ainda pouco conhecidas. Por isso, se desejo que as palavras da autora possam ser espalhadas por todos os cantos, o que posso recomendar para vocês é que leiam seus livros! Recomendo muito!

site: http://instagram.com/book.ster
Lili 18/10/2020minha estante
Li por sugestão do Pedro Pacífico. Em muitos momentos me identifiquei muito com a autora, principalmente quando ela sente pena do marido que sofre muito por ter que ir trabalhar. Para ela trabalhar é algo que dá prazer, mas ao mesmo tempo lhe impõe grandes sacrifícios.


Ravs 20/05/2021minha estante
Tive contato com o livro através de seu instagram e diante da repercussão positiva, acabei lendo também!
Acho que nunca tinha me identificado tanto com um livro, como foi com esse. Viver em busca de sonho, alcançá-lo e ter que lidar com os outros efeitos dele é algo muito profundo.




LG 26/07/2019

Buchi Emecheta, tem uma escrita fascinante se expõe seus sentimentos fortemente neste livro. Senti arrepios no ultimo capitulo, intitulado "O Fascínio da Vala", como o ser humano pode chegar a um nível desses!!! E como Adah aguentou tanto... Recomendo fortemente a leitura desse Livro e a sua reflexão quanto ao atual cenário, não só do Brasil, mas do mundo.
Valéria 26/07/2019minha estante
Realmente, um ótimo livro. Um dos melhores que li este ano.
Recomendo


LG 28/07/2019minha estante
Sim!!!! Adorei ele, ja estou querendo ler o que recentemente saiu, acho que e "No Fundo do Poço"




spoiler visualizar
Dricristini 06/09/2020minha estante
O livro é uma trilogia, já foi lançado o segundo No Fundo do Poço e depois será lançado o terceiro.


arlete.augusto.1 13/09/2020minha estante
Bom saber! Obrigada!




Lorrane Fortunato 23/05/2020

Um soco no estômago a cada capítulo
Incrível! A escrita da autora é completamente viciante. Impossível parar de ler.

A cada capítulo um soco no estômago. Recomendo totalmente! Um livro que todos deveriam ler!
Hester1 23/05/2020minha estante
Esta na lista. Vou passar na frente.


Lorrane Fortunato 24/05/2020minha estante
Acho que você vai adorar!




juliabmelo 16/02/2022

leiam autoras africanas
?cidadã de segunda classe? conta a história de Adah, uma jovem mulher nigeriana, cuja trajetória desde a infância é turbulenta- em sua cultura, as meninas não eram quistas ou dignas de investimento pela família, eram apenas um objeto. assim, luta para ter acesso à educação desde o início da sua vida. casa-se bastante jovem, com um rapaz também instruído, e decidem se mudar à inglaterra em busca de melhores condições de vida da família por meio da educação superior.

foi uma leitura bastante difícil, ao mergulhar nos pensamentos da protagonista, minha mente era tomada por ansiedade. inexoravelmente, calcei os sapatos de uma mulher pouco mais nova que eu, privada de seus direitos reprodutivos e fadada a ser uma máquina de procriação dentro de um casamento abusivo, enquanto tenta vencer a xenofobia que lhe imposta em uma terra de colonizadores.

leiam autoras africanas, dêem continuidade ao discurso daquelas que foram amordaçadas durante grande parte de suas vidas.
Bia 17/02/2022minha estante
me empresta!




Tatinha 16/02/2024

Maravilhosa, como sempre!
Eu poderia ter lido num dia só!! É o meu segundo livro da escritora e eu amo a escrita dela!!
Amei os sentimentos que esse livro me despertou, mesmo que eu tenha sentido muita revolta!
Eu fiquei impactada com a força da personagem e pensar que é inspirada na vida real dela!
Bela 17/02/2024minha estante
Esse livro é incrível!




spoiler visualizar
Amanda Milani 01/08/2023minha estante
Eu tb tive essa impressão. Achei a escrita corrida e pouco desenvolvida em diversos momentos




spoiler visualizar
iarakessia 25/02/2024minha estante
esse livro é um heartbreak mesmo ? acho q todos da Buchi




Elisabete Bastos @betebooks 17/11/2018

Cidadão segunda classe
O livro me surpreendeu de forma muito favorável. A leitura não tem ruptura e não excessos de palavras é a medida certa. O tema Nigéria com sua cultura opressora em relação à mulher na década de 60 e a tentativa da protagonista de Adah de ir à Londres com os filhos para novas conquistas.
A reflexão da opressão da mulher, da vida de imigrante, ser negro, as dificuldades são constantes no livro.
A pergunta que proponho: como o ser humano se divide em classes, se ele é indivisível e de vida tão curta?
Excelente romance de Buchi Emecheta.
comentários(0)comente



Lais Porto (@umaleitoranegra) 06/01/2019

Cidadã de segunda classe
Essa foi a segunda leitura da escritora Buchi Emecheta e até então a última, pois só temos dois livros traduzidos para a nossa língua, fico esperando ansiosamente pelas próximas traduções para desfrutar ainda mais de uma escrita profunda, intensa, em alguns momentos difíceis e outras sarcástica.

Uma mulher na cultura da Nigéria não é considerada uma pessoa por isso não precisa estudar, mas Adah sentia algo diferente, sentia o desejo de estudar para poder melhorar, principalmente para melhorar a sua condição de vida. Então Adah contraria a tradição e consegue estudar, mas vai arcar com todas as consequências dessa escolha. A situação fica ainda pior quando perde seus pais, fica sem uma família, mesmo tendo um irmão, porém com este não tem uma verdadeira ligação, só mais tarde lá pro final do livro ele se posiciona de forma que eu particularmente aprovei, apoiando a irmã independentemente do que tenha ocorrido.

Devido os estudos Adah consegue alcançar lugares que para os negros são de difícil acesso, para uma mulher negra de maior dificuldade, assim na Nigéria ela passa a ocupar uma posição social e financeira muito boa, fica sendo bajulada pela família do esposo e pelo próprio esposo, mas tudo muda quando vai para o tão sonhado Reino Unido, em Londres ela passa a ser somente uma mulher negra sem valor algum, uma cidadã de segunda classe.

Essa situação se assemelha ao período escravocrata, quantas princesas e rainhas foram trazidas para o Brasil e viveram como escravas, mas continuaram lutando como princesas e rainhas?! Uma das diferenças das situações é que Adah foi para Londres acreditando que iria melhor ainda mais de vida e também para alcançar a grande ideia de um mundo melhor que pairava na Nigéria sobre o que era viver no Reino Unido.

Em Londres além dos conflitos que vai enfrentar com um lugar racista, machista e xenofóbico, ela ainda vai lidar com o conflito de cultura que acontece tanto com seu marido quanto com ela mesma, Francis apresenta uma personalidade perversa visto os relatos que Adah faz no final do livro sobre situações que ele lhe contou, como por exemplo, quando ele matou o macaco do amigo e bateu no cabrito do seu pai, junto a isso tem a base cultural que concede permissão para que o marido possa bater na esposa e ter outras mulheres, isso em Londres se apresenta de forma diferente, não que não ocorresse tais vivências neste local, mas não era permitido pela ideia cultural.

O outro conflito que ocorre com a própria Adah é pelo fato dela trabalhar em uma biblioteca, função que já ocupava na Nigéria, e ter acesso a uma informação completamente diferente da que ela recebia em sua aldeia, no seu dia a dia, receber essas duas informações e não ter com quem dialogar gerava uma dificuldade de raciocínio para Adah. Em Londres ela conhece um colega da biblioteca que lhe apresenta a literatura negra e ele acha estranho logo ela não ter um amplo conhecimento sobre esta literatura, chega ser engraçado a branquitude cobrar de nós algo que eles próprios tiraram e ainda se assustarem por não termos o que era esperado.

O livro trata de muitas outras questões, mas acho que para uma resenha esses são os principais tópicos, além destas duas outras questões me chamaram a atenção por eu ser da área da saúde, acho que esse olhar de fono sempre vai existir rsrs as situações são a seguinte – a filha mais velha de Adah apresenta uma confusão de línguas, seu pai obriga que ela fale apenas em inglês e não em iorubá, mas a criança domina apenas uma língua e não tendo contato com outras pessoas da língua inglesa não consegue aprender este idioma e mesmo quando passa a ter contato sente dificuldade para se expressar nessa língua, por isso apresenta vários episódios de mutismo que muito incomodam Adah.

A outra situação é que quando Adah teve Bubu em uma das visita do médico com os estagiários ela chora bastante e surge o comentário de que estava em depressão pós parto, essa menção já precisa acender um pisca alerta vermelho para a medicalização da saúde e principalmente para a medicalização do corpo negro, não estou dizendo que depressão pós parto não exista, o que quero dizer é que o choro de Adah foi motivado por inúmeras outras razões que nenhum dos presentes foram capazes de procurar saber ou entender apenas não se importavam com o que uma mulher negra africana estaca sentindo e logo lhe diagnosticam, pois é muito mais fácil assim cumprir o seu papel e fingir que a situação está controlada.

Li cidadã de segunda classe depois de ler as alegrias da maternidade e confesso que me inquietou muito mais que a leitura anterior, ambos os livros são fantásticos, ambas as personagens jamais vou esquecer, mas esse livro em especial me fez sentir várias emoções durante a leitura e me fez gostar ainda mais da escritora. Os dois livros foram recebidos da editora Dublinense.

site: https://leitoranegra.blogspot.com/
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Luana.Torres 15/07/2019

Queries um final feliz
Esse é o segundo livro que leio da Buchi Emecheta e de alguma forma o preferi, apesar de ter adorado As Alegrias da Maternidade. Do mesmo modo que esse, a história é sobre os percalços enfrentados por uma mãe nigeriana de muitos filhos. Porém, nesse livro, a história se passa em Londres. A história é dura, você se compadece de Adah, a personagem principal, ao longo de todo o livro e odeia seu marido, que é um homem muito cruel e sádico. Como aconteceu na minha primeira leitura de Buchi, eu desejei muito um final feliz para Adah, a personagem merecia. Mas como eu escrevi na outra resenha, raramente ha finais felizes para nós mulheres, ainda mais para mulheres negras, africanas e em meados do século XX
comentários(0)comente



261 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6 | 7 |


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR