Resenhas - Carol

lulis 08/01/2023

?Seria Carol, em mil cidades, mil casas, em terras estrangeiras onde poderiam ir juntas, no céu e no inferno.?

Eu não poderia imaginar um final melhor pra esse livro, simplesmente esplêndido.

supertramp 03/01/2023

A história de amor entre as duas é algo lindo de se ler. Mesmo com todas as adversidades da época elas conseguiram viver lindos momentos. Sou encantado pela história.

ana 03/01/2023

sui generis
munida de uma trama forte e envolvente, ?carol? nos coloca em uma posição tanto apreciativa quanto provocativa, atenuando a relação ?leitor-personagem? ao adentrar-mos, de uma forma respeitosa e madura, na mente de therese.

em um trecho, a vida é posta como ciência exata em seus próprios termos, resumindo-se em uma questão de encontrá-los e defini-los.
patricia highsmith, portanto, traz therese nessa ?busca? natural dos termos.
é extremamente aprazível ver aquela confusão marrom-avermelhada das ruas secundárias de nova york passando, para therese, de opressoras para um abrigo imersivo.

carol é uma amálgama de contradições que estava presente até o ponto que therese conseguia tolerar sua presença, estando ela ausente.
é interessante ver que ?seria carol, em mil cidades, mil casas, em terras estrangeiras onde poderiam ir juntas, no céu e no inferno?.

um presente de leitura, extremamente fluida? recomendo!

Carol Lino 21/12/2022

Ótimo livro, acredito que um dos melhores que já li. Leitura fácil e que envolve desde o início ao fim.

hellflections 17/12/2022

Ouço falarem de Carol há muitos anos, um grande clássico que sempre me interessou, mas que por algum motivo desconhecido, só fui parar para conhecê-lo verdadeiramente agora. O livro me cativou muito, devorei as páginas em poucos dias, ansiando pelo desfecho e para ver as duas mulheres juntas. É realmente de se admirar que a autora tenha realizado uma obra dessas nos anos 50. Até então, não assisti o filme, mas com certeza será a próxima coisa que farei.

triz.. 04/12/2022

pertubadoramente quieto
Mas irresistível. Habitar a mente da Therese, mesmo que pouco, uma mente calma, ligeiramente lenta, inocente e ingênua, é o toque de ouro deste livro. Therese não tem muitos motivos de felicidade na vida, isso fica claro nas entrelinhas, é como se ela vivesse por viver, mantendo relacionamentos por comodidade (o que me causou tremendo incômodo de início). Mas há beleza nessa morbidade, vida tão calma e rotineira. A escritora tem grande parte da minha admiração por isso, adoro como ela transforma uma ação tão banal na realidade em um coisa emocionante, em como ela transcreve olhares em coisas tão maiores.

Outro ponto bom (e impressionante #minhaopnião) é a distância que ela mantêm do leitor da Carol e da Therese. Ela escreve de tal forma, numa linha tênue entre vivído e distante, que é como se a gente (leitor) observasse as cenas de longe, sentimos cada emoção das falas, mas estando a uma mesa de distância. É bom porque dá privacidade às protagonistas, a gente não sabe 100% do que acontece nem 100% do que se passa na cabeça da Therese, me arrisco dizer que no livro todo a gente chega nem perto de 50%, o que torna toda a história muito mais real. Eu realmente acredito que nos anos 40 houve um romance misteriso entre duas mulheres.

Por fim, cedo a crítica e admito que no desenvolvimento do livro falta detalhes, emoção, entonação e de fato, um desenvolvimento. Porém, assim como no filme, o final é repleto disso tudo e faz valer a pena. Ponto extra por ser um livro escrito em 1952 sobre duas mulheres E TEM um final feliz. (um murro em todos os escritores e diretores que só fazem obras tristes quando se trata desse tema, te amoo Patricia Highsmith)

Andreina.ConceiAao 16/11/2022

"Seria Carol, em mil cidades , mil casas, em terras estrangeiras onde poderiam ir juntas, no céu e no inferno."

Simplesmente amo demais esse estória, sou apaixonada por Carol. Confesso que achei a construção da personagem da Therese bem interessante, foi bastante retratada a garota que por mais independente que fosse, também era bastante ingênua. De todo modo, acho que a contrução em si, da relação delas e de como cada lembrança que tiveram juntas foi bem feita e guardada, fez tudo valer super a pena.

lavisnaotankou 11/11/2022

Intrigante
Sendo um romance lésbico dos anos 50/60, super da pra aturar a homofobia ao redor delas, torna o livro muito mais real e realmente te leva de volta ao passado.
Foi angustiante ler as últimas páginas e sentir que elas não ficariam juntas, eu amei todos os plot twists

Marcos Nandi 07/11/2022

Gosto muito da autora, ela conta histórias polêmicas para sua época. Por exemplo, uma história de um romance lésbico escrito nos anos 50. Uma autora genial que sabe muito bem escrever romances românticos e policiais.

Pois bem, apesar da história ser um pouco arrastada (e eu estava de ressaca literária também), é um livro muito bom.

Therese é uma aprendiz de cenografia que trabalha numa loja de departamento. Namora um cara sonso e a quem não possui nenhum paixão e vive uma vida pacata. Até que em dado momento, conhece Carol, uma pessoa indiferente, complexa e que estava passando por um divórcio litigioso.

Obviamente como todo romance homossexual (em especial, pela época em que foi escrito) as duas vão sofrer um bucado. Mas eu gostei do final.

Zabrona 05/11/2022

Mano
Você está lendo esse livro por causa do filme e,meus amigos,tem coisas que você pensa-poxa eles poderiam ter colocado isso no filme-mas a maioria você fica -ainda bel que não foi pro filme.Esse livro é um pouco problemático pra mim,o jeito que a Carol trata a Therese,como a Carol é,quão egoísta a Therese em algumas coisas,o quão a Therese é mais madura e pé no chão que a Carol e tudo mais.Chega em momentos que a Carol chega até a humilha um pouco a Therese e,quando Carol fica junto com a Abby, pelo amor de Deus é provocação sem fim.Mas você descobre o passado da T,um pouco dos pensamentos (que,alguns,recomendo não levar pro filme).Mas no geral é uma leitura legal,gostei e ficou sendo um dos meus fav pq eu sou clubista kkkkkkk tinha demorado um pouco para acostumar com a escrita da autora mas no geral é legal.Eu amo as interações entre Carol e Therese,gosto da construção deles e o final é MAGNIFIC.Meu fav

Milena 16/10/2022

carol
o filme continua sendo melhor mas n tem como não amar esse livro, só sei sentir de tanto que significa pra mim. leva o nome da carol mas a protagonista é a therese ok. amo vcs carol e therese muito!

rhamara 16/10/2022

o início do livro é meio chato e cansativo, e também meio estranho, pq a therese diz q ama a carol desde a primeira vez q viu ela kkkk mas ao longo do livro a história flui e o romance é lindo, e finalmente é uma história de amor lesbico com um final feliz, gostei bastante, e a adaptação pro cinema é muito fidedigna ao livro

Denise 10/10/2022

Carol: "Seja boazinha - ela disse"
Primeiramente, acho importante destacar a coragem da autora de escrever um romance LGBTQIA+ num contexto conservador como foi (e ainda é) aquele.
Durante a leitura, eu admito que me encantei muito pelo estilo de escrita da autora. As reflexões e metáforas da personagem davam uma atmosfera diferente pra realidade em que ela vivia, o que foi um fator importante para a descrição do ambiente, pois tinha muito da visão pessoal da Therese nisso. Porém, deixando de lado a escrita, a construção da personagem em si me incomodou um pouco. Therese inicia como uma garota auto-proclamada órfã, por não ter uma figura paterna ou materna marcante em sua vida (houve uma ruptura de laços com sua mãe). Ela trabalhava numa loja de brinquedos, atormentada pelo sistema capitalista e alienado, em que era "escrava" do relógio. Therese ainda tinha um certo complexo de inferioridade em relação às pessoas do trabalho, demonstrado com a Robitchek. Além de tudo, ela é uma garota nova, de dezenove ANOS, coisa que para mim foi uma surpresa. É com essa personalidade que ela conhece Carol, uma mulher mais velha. Há uma relação meio "mãe e filha" entre elas, com a "maturidade" da Carol em contraste com a da Therese, a mais nova. Assim, o romance possui uma construção psicológica meio freudiana.
Durante certo tempo, há apenas fagulhas de romance entre elas acontecendo, prevalecendo mais os pensamentos da Therese em relação a ela do que realmente cenas de reciprocidade entre as duas. Por um tempo, uma certa estranheza entre as conversas se sobressai, passei até a me questionar se rolaria algo ou se a Carol permaneceria a tratar ela como uma criança. Nesse ponto, acho que o livro falhou um pouco, deixando o romance entre elas um pouco de lado, sendo sustentado mais pelos sentimentos da Therese. Acho que a visão (POV) da Carol também era muito importante nesse ponto. Além disso, desenvolveu-se na protagonista uma certa obsessão pela figura da Carol, que se tornou um verdadeiro porto seguro na vida dela. A Therese não tem muitas amigos (talvez, só o Dannie a quem ela considere como um amigo), o que a torna, também, mais dependente emocionalmente da figura da Carol. Nisso, o romance entre elas se desenrola melhor na viagem, especificamente NA VIAGEM. Essa parte foi muito detalhista com a paisagem, ainda desenvolvendo a obsessão e dependência da Therese pela Carol (que ia além da paixão que existia). É nessa viagem onde elas se declaram e também onde se separam. A partir disso, Therese passa pelo que deveria ser um "amadurecimento" ao desapegar da Carol, mas as cenas que se passam só mostram o quanto ela era obcecada pela imagem dela, até que, ao final, ela 'rejeita' a Carol.
Acho que o livro foi meio descuidado na construção desse amadurecimento da Therese e na construção do romance em si também (até porque só tínhamos acesso à visão da Therese de toda essa relação). Até durante a separação, seria importante que tivéssemos uma ciência do que se passava com Carol, coisa que "ficou no ar". Por isso, considero que o livro tenha, pelo menos, três estrelas, mais pelo estilo de escrita que, de forma mais pessoal, me conquistou, mas também pela construção da história que não me agradou muito, pelo descuidado e pela tomada de decisões.

Júlia 10/10/2022

Mesmo com um bom final, a história não anima
Quero começar a resenha dizendo que admiro a coragem de Patrícia Higsmith por retratar um casal lésbico, em um período em que, como a própria autora afirma no pós-escrito, "os bares gays eram uma porta escura em algum lugar de Manhattan, e as pessoas que os freqüentavam saltavam do metrô uma estação antes , ou uma depois, da estação certa, com medo de desconfiarem que eram homossexuais". Sabemos que até hoje a população LGBTQIA+ sofre repressões, mas naquele período havia uma discussão e acolhimento bem menores em relação a hoje.

Apesar disso, o livro peca no quesito desenvolvimento e personagens. Apesar de torcer pelo casal apenas por ser o casal principal, nenhuma das protagonistas me afeeiçoou (nem como casal nem no plano individual). Therese é egoísta(principalmente com Richard- ao não expor seus verdadeiros (ou a falta de) sentimentos por ele. Carol é madona, e muito chique.

Achei que, quando Carol e Therese se conhecem, a mais nova se apaixona imediatamente por ela- e isso não me agradou. Ao longo dos capítulos (bem arrastados, por sinal), Therese desenvolve um sentimento obsessivo por Carol, que passa por problemas com seu marido pela guarda de sua filha.

Quando, já na viagem, há finalmente um beijo, Carol sai pra COMPRAR LEITE. A viagem é bem interessante, mesmo com uma descrições meio entediantes. A parte mais interessante é o final, quando Carol tem que deixar Therese sozinha.

Uma coisa que não me agradou foi que Therese amadureceu meio que do nada, ela começou a negar o seu amor por Carol.

No geral, é um livro bem mediano, com personagens entediantes e uma história bem arrastada. Fazendo com que o livro parecesse ter bem mais que 300 páginas.

O final me agradou por trazer um final feliz. Como a própria autora falou, "o atrativo de The Price of Salt era o seu final feliz para as duas personagens principais, ou pelo menos haveria uma tentativa das duas compartilharem um futuro juntas."

Tabita.Maier 05/10/2022

Carol
Therese é uma jovem de 19 anos que trabalha como atendente em uma loja de brinquedos. Lá ela conhece Carol, uma mulher mais velha por quem acaba se encantando.

Eu havia visto o filme algumas vezes e li o livro na versão em Inglês. No livro, Therese e Carol tem uma relação ainda mais íntima e cada vez que elas se encontram você sente borboletas no estômago.

Enquanto Carol tem uma relação conturbada com o ex marido e luta pela guarda da filha, Therese ainda está se descobrindo no mundo como profissional e como pessoa. As duas se encontram em um momento pelo qual ambas podem aprender e ensinar uma a outra sobre amizade, cumplicidade, leveza e o amor.

Uma história escrita nos anos 50 e que não esconde ou resume as personagens em suas sexualidades. Tem momentos de reflexão ação, paixão e de alegria. O livro é sobre amor próprio e também sobre a coragem de se amar, seja quem for.