Cinara... 24/01/2023
Lento, cansativo, e apático...
"Quer dizer que não existe a menor possibilidade de nada. Nada de adiantamento, nada de nada."
Nada define melhor o livro do que sua própria frase, nada...
Nem as digressões de Victor Hugo sobre as batalhas em os Miseráveis foram tão paradas, monótonas, massantes e chatas igual este livro... ( E olha que elas não são fáceis de encarar...) São 350 páginas de detalhes completamente esquecíveis para falar sobre doação de órgãos, vidas que valem menos ou mais, limites da ciência, clones, etc, etc, pontos chaves que passam longe do foco de quem fica páginas e mais páginas lendo sobre detalhes da amizade de crianças e adolescentes que tem relacionamentos normais de adolescentes... Nada acontece. A não ser esperar e esperar pela hora de doar órgãos e fim.
Não me cativou nenhum personagem, não sofri pelo sofrimento deles, se o ponto seria a apatia da sociedade sobre certos problemas, me vi inserida no mundo apático e sem sentimentos.
Só me restou a canseira de ler um livro que se espera, espera, espera e nada.
O autor trabalha memórias e lembranças de uma forma muito lenta, já ouvi falar que em o Gigante Enterrado ele usa essa mesma narrativa cansativa de memórias e isso me desanima muito.