Não me abandone jamais

Não me abandone jamais Kazuo Ishiguro




Resenhas - Não Me Abandone Jamais


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Ana Mc Bairros 12/02/2019

Eu li - Não me Abandone Jamais
Aos 31 anos de idade, e quase encerrando seu trabalho como cuidadora, Kathy H. vai relembrando os tempos antigos da infância e adolescência. Assim, somos levados a Hailsham, uma espécie de colégio interno, que é onde ela viveu maior parte de sua vida e se tornou amiga de Tommy e Ruth.

A escola parecia normal, tanto que Kathy vai narrando de forma bem sutil, mas uma pessoa bastante atenta aos detalhes, já consegue perceber que tem algo estranho e diferente naquele lugar. Lá os alunos frequentam as aulas, mas ao mesmo tempo vão sendo instruídos para um destino que já está selado, pois eles serão doadores de órgãos, e suas vidas foram "criadas" para tal.

Mesmo sabendo o que lhes irá acontecer, eles conviviam normalmente, criando laços de amizade, frequentando as aulas... Entretanto, suas atitudes eram inocentes, os seus guardiões não falavam realmente o que acarretava ser um doador. Logo, cresceram na completa ignorância, pensando que teriam todo o tempo que quisessem antes e depois das doações.

Um exemplo disso é o comportamento de Ruth, sempre manipuladora e egoísta, agia como se tivesse um segredo que nunca iria revelar. Já sua amiga Kathy pensava diferente, sempre desconfiada, trocava ideias com Tommy, se argumentando sobre assuntos mal explicados para eles no dia a dia em Hailsham. E é através dessas ideias que ela vai ligando os fatos que fizeram chegar onde chegou.

A clonagem humana já foi tema de diversas histórias. No cinema, literatura, séries de TV há sempre uma ideia do que poderia acontecer com um mundo extremamente avançado cientificamente.

Não Me Abandone Jamais retrata esse avanço de forma bem lapidada. Ele não foca na questão da clonagem propriamente dita, mas como seria a vida e convívio de clones humanos criados para doar seus órgãos. Tanto que temos apenas a versão de Kathy, não conseguimos descobrir porque eles eram tão submissos e resignados com suas vidas tão curtas.

Com uma linguagem prática, mas bem detalhada, Ishiguro nos envolve em uma história emocionante. Através dela é possível fazer uma relação com nossas próprias vidas, que, se pararmos para ver, também são curtas, pois não sabemos como será nosso futuro, quando morreremos. Sempre acreditamos ter todo o tempo do mundo para usufruir.

Em suma, é um livro incrível, o conteúdo e a parte física estão de parabéns. Com a capa (brochura) e miolo na cor prata, composto em papel pólen, letras confortáveis, e revisão impecável, a parte gráfica não deixa a desejar nem um pouco. Está um luxo só!

Vale lembrar que já foi adaptado para o cinema, com Keira Knightley, Carey Mulligan e Andrew Garfield nos papéis principais. E nem preciso comentar sobre quem estamos falando, né? Kazuo Ishuguro venceu o Nobel de Literatura 2017, portanto só isso já diz tudo (hehe)

Recomendo imensamente!

site: http://www.vicioseliteratura.com.br/2018/01/eu-li-nao-me-abandone-jamais.html
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Day 29/03/2019

Não Me Abandone Jamais
O filme que foi baseado neste livro é um dos meus favoritos, e eu acreditava que o livro seria igualmente maravilhoso ou mais, entretanto a minha experiência de leitura não foi assim... O livro no geral é bom, mas a narrativa torna o livro cansativo, ou talvez o que causou minha decepção tenha sido as altas expectativas...
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Cristine 20/05/2019

A premissa da obra é instigante: um internato em que as crianças são tratadas de forma diferente, criadas para um propósito maior - mas que, para elas, é desconhecido. Nasceram para desempenharem a função de “doadores".
A escrita de Ishiguro é muito boa, o que deixa a leitura mais fluida e me ajudou a não abandonar o livro. O problema para mim está no desenvolvimento da narrativa. Tive a sensação de que ela não evoluía e que as cenas eram extensas demais, sem contribuir para o desenvolvimento da obra. As questões abordadas pelo autor são interessantes, como ética e condição humana, mas não conseguiram me despertar reflexões. Os personagens também não me cativaram muito. Tentei me apegar a algum deles, mas não consegui me aprofundar nos seus questionamentos. Ao final, me pareceu mais um livro juvenil, que não conseguiu refletir, “através da ficção científica, a questão da existência humana" - como promete uma das sinopses.
Enfim, o livro não ME fisgou; tinha muito potencial, mas achei que foi pouco aproveitado.
Por outro lado, vi muitas mensagens de pessoas que adoraram a leitura! Ou seja, umas das coisas mais interessantes da literatura é como cada leitor tem uma experiência única com uma obra. Se ficou curioso, leia e depois me conte o que achou! E para quem já leu, quero saber as opiniões!

"É um momento gélido, esse, o da primeira vez em que você se vê através dos olhos de uma pessoa. É como passar diante de um espelho pelo qual passamos todos os dias de nossas vidas e de repente perceber que ele reflete outra coisa, uma coisa estranha e perturbadora."
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Monique 08/07/2019

Não me abandone jamais
O livro começa com uma vertente diferente da do filme, parece um pouco difícil de se orientar, mas com o decorrer da história, você vê de que maneira o autor quer te conceituar sobre o que ele quer passar.
Temos a Kathy que é narradora e tudo se passa a partir da perspectiva dela, ou seja, se é aquilo mesmo ou não, é algo que muitas vezes não teremos como saber. Ela vai contando tudo desde a infância, adolescência e fase adulta desde o que lidava solitariamente até o que dividia com os seus principais amigos: Tommy e Ruth.
Até aí você não vê nada de mais, a partir do ponto que entra a adolescência e e algumas coisas começam a criar certa profundidade e tocam o seu coração.
Dificilmente, se existe escritor japonês ruim, eu ainda nao encontrei. Kazuo Ishiguro continua valorizando o que eu já havia observado.
A historia está tomando uma profundidade que vai te pegando aos poucos, parece que vai te imergindo gradativamente ao seu real conteúdo e quando você dá por si percebe o tamanho daquela dimensão bem dramática que nem os personagens ainda se deram conta.
No decorrer da história você percebe como a Ruth é uma pessoa má, eu não tive outra opinião sobre ela o tempo todo. Ou ela tem algum distúrbio de personalidade e valores quando se trata do relacionamento com o próximo. Mesmo tendo apenas aquele mundo como referência de comportamento, ela se assemelha muito aquelas garotas que só ligam para o mundo delas como se isso bastasse, apesar de às vezes, tomar consciência que tem amigos e buscar cuidar deles quando precisam - no fundo, ela vive tropeçando no próprio pé e deixando cair por terra tudo que já fez. Ela tem um distúrbio de personalidade que vai do ciúmes para a falta de segurança em si e chega ao ponto de querer se firmar como alguém que não é perante aos estranhos, pela simples necessidade de chamar atenção e se sentir importante. Sabe aquela pessoa que gostaria de ser um ET ou andar com uma melancia pendurada no pescoço só para todo mundo olhar pra ela como alguém interessante? É isso que a Ruth é. Claro que digo isso por tudo que já ouvi da narradora que é em primeira pessoa.
Porém, todos encontram seus pares e suas redenções, suas frustrações e suas surpresas, se é que pode-se dizer assim.
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Carol | @carolreads 11/07/2019

Não me abandone Jamais
Um livro que me prendeu do começo ao fim.

“Crianças costumam ser levadas a acreditar que são especiais. Mas os alunos de Hailsham, internato inglês, são tão especiais que vivem encobertos em mistérios. De onde vêm? Para onde vão? Assim como essas crianças, que têm de descobrir por conta própria o que há de estranho em suas vidas, o leitor juntará as pistas que vão sendo deixadas ao longo da narrativa. Não me abandone jamais é uma obra-prima de atmosfera e alusões.”

A história é narrada por Kathy, uma ex aluna de Hailsham que irá nos contar sobre o período que ela passou no internato, sua amizade com Ruth e Tommy, além da sua trajetória para se tornar uma cuidadora.

A princípio o enredo parece simples, mas a forma como o autor trata da relação dos três personagens principais (que ranço da Ruth, sério!) e insere o mistério central do livro - por que os alunos são tão especiais? - é sensacional.

Uma das coisas que me prendeu tanto no livro foi acreditar que Kathy, que sempre aceitou tudo com uma complacência irritante, iria explodir a qualquer momento. Apesar de ficar um pouco frustada, entendo o porquê que isso não ocorreu, afinal, o meio em que os alunos estavam inseridos sempre anulou o individual e priorizou o coletivo e as doações.

A conversa que o Tommy e a Kathy tem quando ele pede para ela ir embora é muiiiito triste. E que final foi aquele! 💔

site: https://www.instagram.com/carolreads
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Erika stan 20/11/2019

Provavelmente um dos mais excepcionais livros do século XXI
Não me abandone jamais se passa em uma Inglaterra alternativa, com a personagem Kath como protagonista. No mundo distópico de "Never Let Me Go', a sociedade humana evoluiu ao ponto que é possível a criação de clones humanos com o único dever de doar órgãos para os humanos "naturais". E é nesse contexto que a trama se desenvolve, onde a personagem principal conta a sua história.

Há pouco tempo, comecei a criar uma grande vontade de ler obras de escritores laureados pelo grande Nobel da Literatura, e assim me esbarrei com Ishiguro. Observando as sinopses — e também as capas — de seus livros, “Não me abandone jamais” logo me chamou atenção, seja por sua temática distópica ou por sua capa cheia de referências. Mas o motivo principal do meu grande interesse em ler este livro, foi por ele envolver clones em sua narrativa. Eu sempre gostei bastante de tudo que envolvia a criação ou o desenvolvimento de clones, logo me interessei pelo livro. E arrependimento é a última palavra que usaria para descrever a leitura realizada.

Tudo neste dramático livro é bem-planejado: A escrita, a leitura fluída, os personagens — estes muito marcantes —, a ambientação, entre outros. Tudo aqui está dentro dos conformes e muito bem desenvolvido. Quando o assunto são os personagens, Ruth é a primeira que me lembro. Personalidade mais memorável do livro, Ruth se mostrou extremamente sonhadora — e algumas vezes sem vergonha — durante todo o livro, sempre acreditando no impossível e sonhando com mais. Protagonista um pouco sem graça, porém memorável, Kath sempre foi mais “pé no chão” que sua amiga Ruth, todavia também era uma boa sonhadora e sempre pensava em mais. Tommy seguia quase o mesmo caminho que Kath, mas o mesmo era um pouco mais birrento e até mesmo um pouco songamonga, como é possível observar em sua relação com Ruth. Além disso, outros personagens como Emily e a Madame eram dignas de menções e tiveram seus momentos no livro.

Não me abandone jamais é um livro que realiza inúmeras criticas a sociedade de uma forma silenciosa, apesar de não ser tão latente. Fazendo um paralelo com a realidade, os clones podem ser facilmente comparado com os animais que são em grande parte fonte de alimentação humana, como frangos e porcos, criados de forma pavorosa em indústrias alimentícias com o objetivo de lucrar cada vez mais. Este lucro é equiparado ao sistema de doação de órgãos que existe no enredo, uma vez que a sociedade distópica de Never Let me Go usa e abusa dos clones sem pudor nenhum, sendo a preocupação com estes praticamente zero, e é nesse ponto que a ficção cruza com a realidade de forma magistral. Outras várias relações com a realidade poderiam ser feitas — como a guerra às drogas e o uso de células-tronco —, mas só vou deixar esse exemplo para que as pessoas reflitam como grande parte da sociedade só se preocupa com si mesmo.

Finalizando, Never Let Me Go apresenta uma narrativa dramática que convence o leitor de tudo que o escritor quis apresentar, dos pequenos aos grandes detalhes. Kazuo Ichiguro apresenta um livro que te força a refletir sobre a problemática da sociedade contemporânea, com uma linguajem acessível que irá fazer você pensar sem parecer entediante.

Never Let Me Go

Darling,
Hold me,
Hold me,
Hold meeeeee,
And never (never),
Never (never),
Never (never),
Let me gooooo

Darling,
Kiss me,
Kiss me,
Kiss meeeeee,

And never (never),
Never (never),
Never (never),
Let me gooooo

Lock my heart
Throw away the key
Fill my love with exthasy

Bind my heart
With your warm embrace

And tell me,
No one
Will ever take my place

Darling,
Tell me,
Tell me,
Tell meeeee

You'll never, never, never

(Letra da música que foi produzida para a adaptação cinematográfica do livro)
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Inalda 11/02/2020

Kaith , tomy e Ruth sao amigos que cresceram no orfanato. Kaith fica lembrando a sua infancia no instituto. Quando crescem eles descobrem coisas que voce vai ficar surpreso.......
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Sylvia 07/03/2020

.
Uma história bem diferente, com narrativa às vezes cansativa, mas de uma maneira geral, gostei do livro!
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Kelly 11/03/2020

Uma leitura interessante, q te deixa curioso é te obriga a continuar lendo, e lendo rápido. Pode nos fazer questionar várias coisas :)
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Claire 27/03/2020

Um momento para respirar
Perfeito! Não tem como não se emocionar e ficar pensativa ao final, a maneira que foi descrito e conduzido a história é única , e que história.
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Juscelino L 29/03/2020

Ótimo livro! Uma ficção cientifica que ensina mais à respeito dos valores humanos como amizade, solidão e solidariedade
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